ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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sábado, 6 de janeiro de 2018

A PROVA QUÁDRUPLA E AS NOSSAS LIBERDADES



 A PROVA QUÁDRUPLA E AS NOSSAS LIBERDADES

Alberto Bittencourt



Na vida de cada um a liberdade representa a autonomia, a independência de ir e vir, o poder de si sobre si mesmo.

A Prova Quádrupla Rotária é um conjunto de princípios e valores que regem a convivência entre pessoas livres. Como um código de ética, ela visa regular a vida em sociedade, com o objetivo maior de preservar a dignidade do outro e a própria dignidade de quem a aplica.

O fato do ser humano ser dotado de autonomia, não significa que seja soberano. Não podemos nem devemos agir puramente por instinto ou emoção. Devemos, antes, agir por reflexão, juízo, decisão e avaliação. 

A Prova Quádrupla tem o formato de quatro quesitos para serem aplicados sempre no momento presente. São quatro perguntas, quatro testes, quatro questões, destinadas a nos capacitar para melhor refletir, julgar, decidir, avaliar.

Aqui e agora, de modo singelo, a Prova Quádrupla oferece regras comportamentais para o relacionamento entre os seres humanos.

A Prova Quádrupla, reconhecendo nossa autonomia, parte de três diferentes tipos de liberdades: liberdade de pensar, liberdade de falar e liberdade de fazer. São três diferentes modos de ser livre: pensar, falar e fazer o que se quer.

A Prova Quádrupla disciplina e regula essas três liberdades, na busca da dignidade, da harmonia e da paz entre homens e nações.

A liberdade de pensamento é a mais simples, a mais legítima das liberdades, a mais independente e autônoma. Pode-se aprisionar o homem, mas nunca seus pensamentos ou suas idéias. A liberdade de pensamento é uma questão filosófica. Eu diria que a liberdade de pensamento é a liberdade da vontade.

Ser livre é pensar o que se quer, mas não é falar, nem tampouco fazer o que se quer. O comportamento humano é condicionado pelo trilema: QUERO? POSSO? DEVO? A paz interior é a resposta afirmativa a essas três questões: o que eu quero deve ser o que eu posso e o que eu devo. Porém, tal nem sempre é realidade, pois, muitas vezes eu quero, mas não posso, ou se eu posso, não devo. Outras vezes eu posso querer uma coisa e ser obrigado a fazer outra, que não quero.

A liberdade de fazer, ou de ação, é a mais comum. Eu sou livre para agir quando posso e quando devo, ou seja, quando nada me impede ou bloqueia. A liberdade de ação é o contrário da repressão, da opressão, da escravidão, no sentido político do termo. Cabe ao Estado, através da lei, o poder de garantir e também de restringir as liberdades individuais. O princípio da vida em coletividade, para a harmonia da convivência social é: "A liberdade de um termina onde começa a liberdade do outro". 

Até nas crianças, na sua espontaneidade primordial, sem limites nem condicionantes, o "quero porque quero", a liberdade da vontade, é relativa. Ela depende das características hereditárias, ambientais, culturais, de DNA, das condições de saúde, sociais, econômicas, circunstâncias essas que não lhes foram dadas escolher. Mas são reais.

A afirmação de Ortega y Gasset: "Eu sou eu e minhas circunstâncias" ou "Eu sou o que sou" significa que restamos prisioneiros do que somos, já que nosso pensamento não é nem mais nem menos livre do que a vontade. Quero mas não posso, ou posso mas não devo, são fatores limitantes da vontade, constituem a nossa ética comportamental.

Senão, vejamos a PROVA QUÁDRUPLA:




Estes quatro quesitos da Prova Quádrupla Rotária nos capacitam a refletir, decidir, julgar e avaliar. São o que podemos chamar de razão ou bom senso. É onde se encontra a verdadeira liberdade. Quando submetido à razão, meu pensamento não obedece nem mesmo à mim, nem à minha vontade, nem  ao meu inconsciente, nem à ninguém, ou a quem quer que seja. Ele se submete à ele mesmo ou à sua própria necessidade.

A razão é fruto do livre arbítrio individual. Livre e arbitrária, a razão escapa à prisão de nosso ego vaidoso e egoísta. Nossos pensamentos, guiados pela razão, conduzem à vontade, para que nossas falas e nossas ações se pautem pela ética, pela dignidade, pelos valores morais. Sem a razão, a vontade, as falas e as ações não seriam senão reflexos do ego.

Restam, portanto, três liberdades essenciais: liberdade do pensamento, liberdade da vontade e liberdade da razão. Destas, a única que prevalece é a liberdade da razão.

E cada um é livre, na medida em que compreende que não é, nem nunca será livre. Jamais.




5 comentários:

FERNANDA PIRES disse...

Caro companheiro Bittencourt: Parabéns pelo artigo: A PROVA QUÁDRUPLA E A NOSSA LIBERDADE.
ABRAÇO ROTÁRIO.
FERNANDA RC RECIFE ESPINHEIRO

CONCEIÇÃO MARTINS disse...

Olá Dr. Alberto, bom dia!
Grata e parabéns pelo Blog.
Atenciosamente,
Conceição Martins

Anônimo disse...

A liberdade e' nosso comprometimento de garantir a nossa própria e ao mesmo tempo a liberdade do outro!

Anônimo disse...

Caro companheiro EGD Alberto Bittencourt, excelente artigo, sempre nos ensinando os princípios que regem o Rotary, neste momento a Prova Quádrupla. Parabéns.

Antonio do Vale disse...

O comentário acima é do companheiro Antonio do Vale do RC Tambaú.