ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

QUADRO SOCIAL - REFLEXÕES

QUADRO SOCIAL - REFLEXÕES

Publicado em janeiro de 2011




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Quadro Associativo ou Social, não importa o nome, reflexões sobre o tema são sempre oportunas.

Alguns clubes tradicionais, mais que cinquentenários, outrora pujantes, dinâmicos, hoje se ressentem da inalcançada renovação. Capengam na rotina de um quadro social decorativo, ineficaz, ausente. Assim sendo, é preciso abrir os olhos.

Olhe para seu clube como um jardineiro: verifique se ele está verde e crescendo, ou se está amarelo e morrendo.

Quando um Rotary Club, não importa a idade, possui um quadro associativo disperso e desinteressado, avesso a novas propostas e idéias, é um sinal de que ele envelheceu, está amarelo e morrendo.
Para manter acesa a chama do ideal de Paul Harris, seu clube deve estar verde e crescendo, o que significa ser eficiente e eficaz, atuante e determinado, consciente de sua força e de sua grandeza.

Muitos dizem que o clube é o presidente, se o presidente for bom, o clube vai bem, se o presidente for fraco, o clube vai mal. Ouvi, por exemplo, que os índices de retenção dependem de líderes atuantes no quadro social.
Tenho hoje uma percepção diferente: fosse a premissa correta, teríamos clubes oscilantes, fortes num período, fracos no outro, ao sabor do presidente.

Acredito que o que faz o clube não é apenas a pessoa do presidente, mas sim a totalidade do quadro associativo.
Um Rotary Club é o reflexo de seus sócios. Clubes de qualidade correspondem a sócios de qualidade, dedicados ao ideal de servir, fieis aos princípios rotários e éticos.

Em qualquer sociedade, a ética é antes de tudo a capacidade de seguir as regras que tornam possível a vida coletiva.

Há sócios que já nem comparecem. Pouco se importam com os índices de freqüência, não mais expostos nos boletins. Aparentemente consideram os trabalhos rotários subalternos. Falta-lhes tempo, disposição, boa vontade para sair da zona de conforto, abraçar a causa, ir à luta por um mundo melhor e mais justo.

Outros, contestadores por natureza, costumam levantar dificuldades ante qualquer proposta. Poderíamos chamá-los de personagens-problemas, o contrário do personagem-solução que busca resolver, superar obstáculos, viabilizar empreendimentos.

Todo Rotary Club, assim como um time de futebol, depende do trabalho em equipe para atingir suas metas e objetivos.
Um time pode ter o melhor técnico, o mais preparado, o mais competente. Ele pode ser um grande líder, mas todo esforço será em vão se o conjunto de seus atletas não estiver à altura, se não houver um verdadeiro espírito de corpo, uma sinergia que faça com que cada jogador pense primeiro na equipe, nos objetivos maiores, para depois pensar em si próprio.
Grandes treinadores e atletas que se tornaram também grandes palestrantes, como Bernardinho e Hortênsia, são unânimes em afirmar que, para manter a o espírito de corpo da equipe, para manter a harmonia do conjunto, muitas vezes torna-se necessário eliminar os focos de desajuste, excluir quem não soma, quem não consegue enxergar além de seu próprio umbigo. A esses, ensinam, não resta alternativa senão a da remoção, mesmo sendo talentosos, de valor individual, mas dissociados dos objetivos maiores do coletivo.

Num Rotary Club é a mesma coisa. As regras da convivência harmônica nos obrigam a afastar qualquer forma de arrogância, de preconceito, de intolerância. O arrogante é aquele que acha que já sabe, que já conhece. O arrogante se considera superior, que é dono da verdade, que não precisa seguir as normas.

Entretanto, sabemos que no Rotary, é muito difícil afastar alguém. Daí, nas admissões, a ênfase ser dada na qualidade como requisito precedente à quantidade.

Por outro lado, quando um clube possui um quadro social pequeno e um custo fixo elevado, muitas vezes não se pode prescindir do sócio pagador, ainda que ele transgrida às regras de freqüência. Somos, então, levados a contemporizar, mesmo sabendo que a ausência é sempre um exemplo negativo, principalmente para os mais novos. Como proceder?

A meu ver, a solução mais viável é procurar rapidamente aumentar o quadro social. Só há um jeito: é falando uma linguagem moderna. É levantando uma bandeira, procurando uma causa que mobilize os jovens, que motive as mulheres, que reacenda nos mais velhos a chama do verdadeiro rotariano, que atraia a família rotária.
Somente assim seu clube voltará a ser o que era.

Lembre-se que a força de um clube não está no número de sócios, mas nos resultados que obtém nas comunidades.

Há um ditado africano que diz:

Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças maravilhosas.

É o Rotary em que acredito.

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