ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O SÍNODO DA AMAZÔNIA

O SÍNODO DA AMAZÔNIA. 
Alberto Bittencourt - 07 out 2020 


O Papa Francisco falou contra a colonização e a favor de evangelização dos povos indígenas. 
Concordo.
 
A colonização implica na manutenção dos índios, pelos séculos afora, no estado selvagem em que foram encontrados pelos colonizadores portugueses, para poder melhor explorar as riquezas minerais e vegetais das terras que ocupam. 
A Evangelização, cristã, implica na aculturação desses povos, e na assimilação por eles de hábitos e costumes ditos civilizados. A Evangelização não significa mante-los no estado primitivo, para expô-los como animais em zoológicos. 

O Brasil tem uma população formada por um caldeamento de raças e costumes. Dessa miscigenação de brancos, negros, índios, imigrantes de várias partes do mundo, formou-se o biotipo e a raça brasileira. Somos um povo mestiço, um povo, talvez único no mundo, do sincretismo religioso, onde todas as religiões, cristãs e não cristãs convivem harmonicamente. Somos um povo da paz. 

Há quem insista em polarizar, dividir o povo brasileiro, colocando de um lado os brancos e de outro os negros, como antagônicos e conflitantes. Falam do racismo como razão de todos os males. Ora, não somos assim. Somos mestiços, já dizia o mestre Gilberto Freire. Nas veias dos brasileiros corre um pouco do sangue de cada raça que o formou. O biotipo moreno de Sônia Braga, dizia o mestre, representa o verdadeiro brasileiro. O tipo louro, de olhos azuis, de Vera Fischer, dizia ele, representa os imigrantes europeus que aqui chegaram posteriormente. Desse caldeamento formou-se a raça brasileira, sem conflitos étnicos nem religiosos. Os índios fazem parte da nossa raça. A eles devemos parte do que somos. 

Que o papa Francisco escute e respeite a voz do povo e da raça brasileira, exemplo para o mundo, modelo de convívio fraterno e universal.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

MICROCOSMO DE UM MUNDO EM PAZ



MICROCOSMO DE UM MUNDO EM PAZ

Alberto Bittencourt







O Rotary é um microcosmo de um mundo em paz, um modelo que as nações fariam bem em seguir.
Paul Harris


Por duas vezes tive oportunidade de sentir “na pele” a grande verdade dessa assertiva do fundador do Rotary, Paul Harris.

Tudo se passou no ano de 2002, durante o meu IGE - Intercâmbio de Grupos de Estudos - um programa do Rotary destinado a enviar e receber grupos de profissionais de um país a outro, num intercâmbio de um mês de duração. Naquele ano de 2002, o nosso Distrito 4500 emparceirou com o Distrito 5300, que compreende Rotary Clubs dos estados de Califórnia e Nevada, nos Estados Unidos.

A experiência foi tão rica que registrei tudo num livro intitulado: “Ajudando a Construir a Paz”. 

Eu era o líder de um grupo de quatro jovens não rotarianos, profissionais da maior categoria – dois homens e duas mulheres – um auditor fiscal, Saulo Souza, de Caruaru, um cientista, farmacólogo, Isac Medeiros, de João Pessoa, uma dentista, Viviane Mergulhão, do Recife e uma professora de inglês, Márcia Ferreira, de Natal.

Durante um mês fomos recebidos pelos rotarianos americanos, acolhidos como membros de suas famílias, quando tudo nos foi dado, tudo nos foi mostrado, tudo nos foi proporcionado. Aquela gente abriu para nós, brasileiros, as portas de suas casas e de seus corações. A preocupação única era a de nos oferecer o melhor, não deixar faltar nenhum detalhe. Só quem viveu tal experiência pode fazer ideia do que seja esse programa da Fundação Rotária. 

A intensa programação começava pela manhã, bem cedo e se estendia até a noite, todos os dias. Havia vários tipos de atividades, a começar pelas visitas profissionais, onde cada integrante da comitiva era levado a um ambiente dentro de sua profissão, procurando atender suas aspirações. Não eram apenas visitas técnicas, mas recebíamos verdadeiras aulas sobre métodos de trabalho, aspectos teóricos e práticos, em todos os detalhes. 

Nas prefeituras fomos recebidos pelas autoridades, conhecemos os sistemas políticos e de gestão pública americanos. Visitamos os departamentos de Polícia e dos Bombeiros, fizemos exercícios do mesmo modo que eles fazem nos treinamentos. Aprendemos como eles fazem o controle do trânsito, passamos pelas obras sociais dos clubes, visitamos escolas, abrigos de idosos, centros de recuperação. Estivemos em fábricas, centros espaciais, empresas de rotarianos, sempre ganhando muitos brindes e presentes. Mas a parte turística excedeu todas as expectativas, um verdadeiro sonho. Tudo está descrito em detalhes no meu livro. 

Enfim, vivenciamos um mundo de amor, de alegria, de felicidades. Eu até já havia me esquecido de todos os males e agruras que afligem o ser humano de hoje, especialmente nas grandes cidades. 

Constatei que o Rotary é um microcosmo de um mundo em paz, quando nosso grupo, conduzido por dedicados companheiros americanos, se deslocava em vans refrigeradas pela rodovia que liga Los Angeles na Califórnia à Las Vegas em Nevada onde se realizaria a Conferência do Distrito 5300. A rodovia atravessa o deserto de Mojave, uma das regiões mais áridas da Terra, temperatura altíssima de dia e baixíssima de noite, um lençol de areia e sal onde outrora fora mar, a se estender por quilômetros e quilômetros até as encostas da cadeia de montanhas. Nesse deserto situam-se vários Army Centers, quarteis do Exército americano, locais de treinamento e desenvolvimento de armas. De repente, numa ferrovia paralela à estrada, deslocava-se no sentido contrário, uma composição imensa, com vagões, abertos, sobre os quais se enfileiravam tanques de guerra ou carros de combate, às centenas, aos milhares. Imediatamente deduzi que se deslocavam para o porto de Los Angeles, para dali partirem para a invasão do Afeganistão. Estávamos no mês de maio de 2002 e o atentado às torres gêmeas se dera a 11 de setembro de 2001, poucos meses antes.

Então caiu a ficha. Enquanto vivíamos num mundo de paz, de comunhão, de harmonia, de amor, lá fora, a poucos metros se descortinava um outro mundo, o da guerra, da violência, da destruição, do sofrimento. Paul Harris tinha razão: o Rotary é um microcosmo de um mundo em paz. A guerra, naquele momento, não fazia o menor sentido para nós.

Em outra ocasião, já no final de nosso mês de intercâmbio, novamente tivemos essa prova. A coordenação do programa chamou-me para uma conversa. Queriam saber de minha opinião sobre o programa e o acolhimento recebidos por nós. Queriam saber dos pontos falhos, do que deveria ser corrigido ou poderia ser melhorado, com vistas ao aprimoramento do programa para o ano seguinte, 2003. 

Foi então que pasmei. Eles estavam se preparando para receber um IGE da Rússia. Queriam recebê-los da melhor forma, abrir, como o fizeram para nós, as portas de suas cidades, de suas casas, de seus corações, mostrar tudo, sem restrições. Eu custei a acreditar. Só me lembrava do período da Guerra Fria, terminada com a queda do muro de Berlim, a 09 de novembro de 1989. Naquela época, todo russo, não importando a origem, fosse da embaixada, dos consulados e empresas, ou mesmo simples turistas, era tido como espião. E todo espião é inimigo do Estado e, como tal, eram discriminados. 

Agora, tudo ficou para trás. No microcosmo do Rotary não existem guerras, aqui somos todos irmãos. Vivemos num mundo de paz, amor e solidariedade.

Paul Harris tinha razão.

VIVA O ROTARY!!!!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ASSOCIAÇÃO PARA RESTAURAÇÃO DO HOMEM


 

Recife, 20 de agosto de 2012 



Núbia Mesquita e Alberto Bittencourt

ARH_ Associação para Restauração do Homem
Espaço da Criança







Conheci a ARH - Associação para a Restauração do Homem em 1998. Na ocasião eu era presidente da Subcomissão Distrital de Subsídios da Fundação Rotária, encarregada de coordenar todos os projetos dos Rotary Clubs do Distrito 4.500 financiados pela Fundação Rotária.

Certa manhã, em meu escritório profissional, recebi a visita de duas pessoas interessadas em desenvolver com o Rotary, um projeto para benefício de uma instituição, cujo nome fantasia era “Espaço da Criança”, situada no bairro da Boa Vista. Eram elas Núbia Mesquita, advogada e professora, dona do curso de idiomas Target, na época cursando mestrado em Ciências Políticas e a americana Starla Joy, missionária evangélica.

O “Espaço da Criança” fora fundado em 1991 pela sra. Abigail Mesquita, mãe de Núbia, dando realidade a um sonho: construir um abrigo para as crianças desamparadas das ruas do Recife, especialmente aquelas recolhidas pela Justiça, fornecendo-lhes, além de um teto, alimentação adequada, vestuário, complemento escolar e, sobretudo, muito carinho e amor. Além desses pequenos albergados, a instituição cuidava também de crianças cujas mães precisavam trabalhar, preenchendo o outro expediente, fora da escola municipal, com atividades culturais e reforço escolar. Nessa época, abrigava 150 (cento e cinquenta) crianças, com idades de 06 aos 18 (dezoito) anos.

Núbia e Starla tinham ouvido falar que o Rotary desenvolvia projetos com o intuito de ajudar creches, escolas, hospitais, comunidades, e outras instituições que lidavam com as camadas mais carentes da sociedade e foram bater à minha porta. Elas já sabiam que os projetos, para receberem a contribuição da Fundação Rotária, necessitavam, além do patrocínio de um Rotary Club local, da parceria com outro Rotary Club do exterior, o que seria garantido pelos contatos que Starla, mantinha nos Estados Unidos.                

Após visitar a creche e constatar a seriedade e o alcance do trabalho que realizavam, optei por encaminhar o projeto a um dos Rotary Clubs da cidade do Recife, pois o meu já estava comprometido com outros três projetos. Infelizmente, os parceiros indicados por Starla, não deram seguimento e o projeto permaneceu longo tempo engavetado.

Alguns anos após este primeiro contato, Núbia se inscreveu através de meu clube e foi selecionada para participar de um importante programa da Fundação Rotária do Rotary International, denominado IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos. Era o ano de 2003, quando Núbia e mais três profissionais foram Embaixadores da Boa Vontade, no Distrito 1130 da Inglaterra, recebendo uma bolsa com duração de um mês tendo por líder do grupo o companheiro rotariano Múcio Souto, do Rotary Club do Recife.

Poucos anos depois, nosso Distrito de Rotary International recebeu a visita de outro grupo do IGE, enviado pelo Distrito 6.000 do estado de IOWA, nos Estados Unidos. Núbia, já era rotariana de meu clube, minha afilhada, tendo exercido a presidência no ano rotário 2007-2008. Uma das programações dos americanos foi levá-los à creche de Núbia, para apreciarem os trabalhos e atividades das crianças. Nessa altura a instituição deixara de ser abrigo, para ser apenas creche. As crianças não mais eram albergadas, apenas passavam o dia.  O grupo visitante ficou tão encantado que o líder Rotariano, Lynn R. Hicks, do Rotary Club of Des Moines, se comprometeu a participar de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, o MG 71.955, doando materiais e equipamentos para aparelhar a cozinha e o refeitório, no valor correspondente a US$ 18.970.

Posteriormente, Núbia integrou um outro grupo de IGE, desta vez como líder rotariana. Comandou uma equipe de quatro profissionais para um intercâmbio com a Holanda, no Distrito 1610. Os contatos que realizou nessa viagem resultaram em diversos intercâmbios entre holandeses e brasileiros do nosso clube. Recursos vieram da Holanda, para o “Espaço da Criança”; foi feito um intercâmbio da amizade, com a vinda de casais holandeses, recebidos por rotarianos do Boa Viagem e, ainda, tomou corpo um novo projeto, a partir de um encontro de Núbia com um ex participante do intercâmbio de jovens, chamado Sander den Hartog. Como estudante do ensino médio, Sander havia morado durante um ano no Recife, e ficara muito impressionado com a grande dificuldade dos estudantes de escolas públicas em conseguir aprovação nos vestibulares para as universidades públicas. De volta à Holanda, bem jovem ainda, criou uma ONG para financiar reforço escolar e estudo de jovens carentes no Brasil, em turmas montadas especialmente para prestar exames vestibulares. O Rotary Boa Viagem, sob a presidência de Núbia, selecionou 35 alunos dentre as escolas estaduais do bairro de Boa Viagem e Pina. Foi feito então um contrato entre esta ONG holandesa, denominada Equal Education (Educação Igual), o Colégio Contato e o Rotary Club do Recife-Boa Viagem para que, através de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, tendo como parceiros os clubes rotários: Rotary Club do Recife-Boa Viagem e Rotary Club de Hulst da Holanda, no valor de US$ 30.000 para custeio dos estudos, por dois anos. O projeto recebeu o nome de Equal Education e recebeu da Fundação Rotária o número de MG 68.505/2009. O RC Recife-Boa Viagem obteve também a participação do SESI e da ABCC - Associação Beneficente Criança Cidadã, conseguindo financiar material didático, passagem e merenda para esses alunos. O sucesso foi total com a aprovação de mais da metade dos alunos, matriculados que foram em cursos superiores das universidades públicas.

Com a ajuda de voluntários, doadores do Brasil e do exterior, com apoio de profissionais competentes como os arquitetos Sondja Beirão, Francisco Buarque e Francisco Elihimas, os engenheiros Ilo Borba e Ildica Gonçalves, Alberto e Helena Bittencourt; Vera Magalhães e a Associação das Mulheres Internacionais do Recife; Consulado do Japão no Recife; Kraft Alimentos; ONG Viver Bem; Construtora Rio Ave e muitos outros, bem como de toda uma equipe de funcionários e colaboradores, muito afinada, a ARH – Associação para Restauração do Homem - está agora concretizando um sonho ... o sonho da sede própria, a ser inaugurada no dia 18 de setembro de 2012.

Para nós, rotarianos é muito importante o apoio a instituições como o Espaço da Criança, que acolhe e tira as crianças das ruas, do ambiente deturpado pela miséria em que vivem, vítimas da exploração e da violência, do abandono.

Por razões profissionais, Núbia não mais integra o Rotary, mas pedimos a Deus que a proteja e lhe dê saúde e forças para continuar esta grande obra – O “Espaço da Criança”, agora, de casa nova.

Visite o site do Espaço da Criança:

http://www.espacocrianca-arh.net.br/historico.php


 

 


terça-feira, 26 de maio de 2009

VISITA DO IGE-2009




Eles vieram dos Estados Unidos, dia 05 de abril. Desembarcaram em Petrolina, PE, onde por três dias, conheceram as riquezas e peculiaridades da região. Visitaram as vinícolas dos melhores vinhos, as fazendas das melhores frutas. Percorreram empresas privadas e instituições políticas, sociais, culturais. Fizeram passeios turísticos, receberam informações profissionais, de acordo com seus interesses. Trouxeram a visão de sua terra e aqui receberam a visão de nossa gente, nossa cultura, nossa nação.
Assim foi em Caruaru, PE; Caicó, RN; Mossoró, RN; Natal, RN; até chegarem no Recife, PE, onde completaram os 30 dias do programa do Intercâmbio de Grupos de Estudos, IGE-2009. Em cada cidade foram recepcionados por Rotary Clubs anfitriões, encarregados dos programas locais e ficaram hospedados em casas de famílias rotárias. Um ponto de destaque foi o jogo de futebol que assistiram no estádio, entre as equipes do Náutico – PE e Internacional – RS, pela Copa Brasil.
O grupo de cinco americanos enviados pelo Distrito 6290, que compreende os Rotary Clubs de parte dos estados de Michigan, EUA e Alberta, Canadá estava assim constituído:
• Virginia Ryan, 71, publicitária aposentada, líder, única rotariana do grupo.
• Mattew Pierle, 34, ambientalista.
• Emily Rose, 27, marketing.
• Leslie Anderson, 30, promotora de vendas da ind. Farmacêutica.
• Chip VanderWier, 39, urbanista.
No feriadão da sexta feira, 01 de maio, dia nacional do trabalho, coube ao nosso querido RC do Recife-Boa Viagem, a vez de ser o anfitrião.
Nosso clube proporcionou uma jornada agradável aos americanos em Porto de Galinhas. Infelizmente, por motivo de indisposição, Matt Pierle deixou de comparecer.
Chip, careca e barbudo, não muito alto, forte como um gigante, lembrou-me daquele marujo rival do marinheiro Popeye, que aplica imensas surras no herói, antes dele engolir a lata de espinafre. Pois bem, Chip, cujo nome mais parece ser um apelido, mostrou-se um jovem educado, cavalheiro, fidalgo, muito interessado em conhecer em detalhes as coisas do Brasil.
As duas jovens profissionais, Leslie e Emily, simpáticas, estavam sempre alegres, sorriso nos lábios, dispostas a trocar detalhes e informações com os brasileiros.
A líder Virginia é que surpreendeu. Trata-se de uma senhora na qual o tempo deixou suas marcas, mas dotada de uma disposição de dar inveja a qualquer um. Sem recusar um convite, nem deixar de participar de todos os eventos, semblante alegre, jovial como os demais, sempre demonstrando curiosidade e interesse pelas coisas do Brasil. Ela fala um bom português. Disse que há apenas cinco meses começou a estudar. Antes nada sabia. Desabafou que em seu estado, não é fácil encontrar candidatos ao IGE no Brasil: _Não são muitos os interessados e deu um certo trabalho formar o grupo, afirmou.
O fato é que o grupo parecia bem interessado e disposto, considerando que estavam no fim do período de intercâmbio. Na próxima segunda-feira embarcarão de volta ao seu país, decorridos 30 dias de sua chegada no Brasil.
O ponto de partida de nossa jornada foi o Clube Português, de onde saímos às 9h30, em dois carros, um dirigido por mim outro pela Helena.
Em Porto de Galinhas fomos direto para casa da Núbia. Esta nos esperava com os filhos Rafael e Raíssa. Raquel chegou depois, com o namorado. Chegamos, trocamos as roupas de banho e fomos direto para o paraíso ecológico de Maracaípe, viveiro natural de cavalos marinhos.
O tempo chuvoso dos últimos dias turvou a água na desembocadura do rio. A água salgada do mar foi expulsa da foz o que tornou o ambiente não propício para os cavalos marinhos.
Pegamos as jangadas e aportamos num banco de areia logo após. Um pescador mostrava num vidro de compota o único exemplar disponível na área. Coitado! Já devia estar ali há dias. Estressado, debilitado, teimava em restar deitado no fundo do pote. Só levantava quando trocavam e agitavam a água. Ainda assim, turistas deslumbrados tiraram muitas fotos tentando mostrar o nosso herói como se estivesse numa boa, desfrutando excelente saúde.
De volta, ainda demos um mergulho nas piscinas marinhas que fazem de Porto a praia mais bela, entupida de banhistas, barraqueiros, cadeiras, vendedores.
Chip, curioso, quis conhecer os detalhes de uma jangada. Segundo ele vai fabricar e vender nos EUA. Eu disse que a jangada era simples e perfeita. Não afundava jamais, diferente do TITANIC, que, com toda a tecnologia da época, não resistiu a um iceberg. Assim é a vida, completei. As coisas mais simples são as melhores.
De volta à casa da Núbia, nos esperava lauto almoço, antes de retornarmos ao Recife.
Obrigado Helena, Núbia, Raissa, Rafael e Raquel pela excelente jornada.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

HOLANDESES EM PORTO DE GALINHAS



  1. Klaas de Vos, time-líder, do RC de Middelburg, Distrito 1610. Chefe de Polícia aposentado há dois anos. Altivo, postura marcial, comunicativo e simpático.
  2. Marieke Hermus, profissão parteira, com curso superior e mestrado. Ficou hospedada na casa do presidente Lacerda. Impressionou por sua alegria e disposição, mesmo com infecção na perna causada por picadas de mosquitos. Foi curada pelos cuidados médicos do presidente.
  3. Marlein Raaijmakers, enfermeira, entrosou-se com facilidade. Alegre e comunicativa.
  4. Job Muurmans, bancário, setor de seguros. Manifestou disposição para aprender o máximo.
  5. Stefan de Crom, psicólogo. Alegre e brincalhão, amante da natureza.

Acredito que desde a época de Maurício de Nassau, Pernambuco não recebia um grupo tão animado de holandeses. A alegria contagiante desse IGE–2007, proveniente dos Países Baixos, ou melhor, Netherlands, ou ainda, Holanda, tomou conta de Porto de Galinhas no sábado, dia 28 de abril.

Às 10 horas saímos de Boa Viagem, em direção à casa de praia do casal Carlos Roberto e Maria Helena, ele presidente do RC Recife-Boa Viagem. A palavra de ordem, além do convívio e integração com as famílias, era lazer, diversão, banhos de piscina e de mar, passeios turísticos, dando um breque nas intensas atividades profissionais, culturais, sociais, institucionais e políticas do programa de Intercâmbio de Grupos de Estudos da Fundação Rotária.

Ao chegarmos à acolhedora casa dos Lacerda o grupo buscou logo alívio para o calor com mergulhos na piscina, volei aquático e outras brincadeiras. Helena e Maria Helena prepararam supimpa mesa de frios, farta e variada, para aplacar a fome geral.  Vale ressaltar a agradável companhia da gentil e doce Karlena, filha do casal anfitrião.

A surpresa veio a seguir na forma de dois bugres para excursão aos pontos mais atraentes da orla. Eu e Bebeto, como é chamado carinhosamente o presidente por sua mulher, seguimos com os cinco holandeses. Paramos para um mergulho na praia. Tudo novidade. A praia selvagem, o coqueiral, a água morna, a areia branca e fina, quase não queriam sair. Tivemos que insistir. Sentados nos encostos dos bancos traseiros, os visitantes se divertiam a valer. As duas moças, no bugre da frente fizeram o maior escarcéu quando viram a primeira tanga tipo fio dental, chamando a atenção dos marmanjos no carro de trás.  

Chegamos a Maracaípe, foz do rio Ipojuca, que se tornou point turístico por abrigar um viveiro natural de cavalos marinhos, ostras, e mariscos. Em duas jangadas, penetramos nos meandros ribeirinhos. As raízes altas do manguezal com seu emaranhado de paus e folhas, emolduravam quadro de rara beleza. Paramos numa bacia com profundidade de 1,5m, enquanto os barqueiros de máscaras e nadadeiras afundavam entre as raízes à procura dos cavalos marinhos. Logo retornaram, cada qual com dois exemplares nas mãos, que colocaram em vidros, para gáudio de nossos visitantes.

De volta, Maria Helena esperava-nos com uma brasileiríssima feijoada, prato típico do qual eles nunca tinham ouvido falar mas que adoraram, pois comeram de montão.