CONSCIÊNCIA E LIDERANÇA NA GESTÃO
DOS SONHOS
Compilação de textos e artigos de autoria de Alberto Bittencourt
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO
II – DESENVOLVIMENTO
1.
O Rotary é uma reunião de pessoas.
2.
Coerência Rotária
A Primeira
Chama
Dom Helder
Câmara
3.
Foco Rotário
4.
Conscientização Rotária
Os três Pedreiro
O elefante e os seis cegos.
O Feixe de Varas
5.
Liderança
6
Voluntariado
7
Transparência
8.
Motivação
9.
Participação
10.Trabalho
em equipe
xxxxxxx
I – INTRODUÇÃO
CONSCIÊNCIA E LIDERANÇA NA GESTÃO
DOS SONHOS
Trata-se de
um tema motivacional da maior relevância que vem sendo bastante abordado em
palestras e seminários. Mesmo sendo um tema conhecido, é bom enfatizá-lo,
apresentá-lo sob nova didática, com nova roupagem, principalmente para os
novos, que ainda não conhecem em profundidade o que é ser um rotariano de
verdade.
Vale a pena
rememorar algumas características que fazem com que o Rotary seja diferente de
um aglomerado de pessoas que não tenham o mesmo comprometimento de ética, de
prestação de serviço, de amizade e de companheirismo.
II – DESENVOLVIMENTO
1.
O
ROTARY É UMA REUNIÃO DE PESSOAS
·
Coerentes
·
Focadas
·
Conscientes
·
Líderes
·
Voluntárias
·
Transparentes
·
Participativas
2. COERÊNCIA ROTÁRIA
O Rotary é
uma reunião de pessoas coerentes.
A coerência significa não perder de vista os objetivos, as metas e as
razões palas quais você entrou no Rotary. É preciso ficar batendo sempre nesta
tecla: não perder a coerência para com as razões que o trouxeram para o Rotary.
Com o passar dos anos, a gente acaba se esquecendo porque que entrou no
Rotary. Para não perder a coerência, você deve manter um foco no passado, nas
suas origens em Rotary.
Mantenha sempre acesa a pergunta: _Porque que você entrou no Rotary?
Quando me perguntam por que eu entrei no Rotary, eu respondo: _ Eu
entrei em Rotary porque eu quero mudar o Brasil.
Vou contar um fato que se passou comigo.
2.1 - A Primeira Chama
Recém-formado
pela Academia Militar das Agulhas Negras, ainda no posto de aspirante a
oficial, comandante de pelotão, fui designado em abril de 1964, para dar
segurança à Fábrica Nacional de Motores, situada no distrito de Xerém,
município de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro, no sopé da serra de
Petrópolis, limite da baixada fluminense.
Ali se fabricava o famoso caminhão FNM, mais conhecido como
Fenemê. Naquele tempo, a quase totalidade do transporte rodoviário de carga era
feito pelos caminhões Fenemês. Valentes, robustos, possantes, esses veículos
varavam o Brasil de ponta a ponta, dominavam absolutos as estradas
de terra e lama, levavam o progresso aos quatro cantos do país. Ainda não
existiam os Mercedes, Volvos, Scânias, Fords, Chevrolets, Volks, tudo era feito
pelos Fenemês, produzidos, para nosso orgulho, por uma fábrica genuinamente
brasileira, do governo, a Fábrica Nacional de Motores.
Às duas da madrugada, numa noite escura e fria, de jipe, eu
rondava os postos de sentinelas, acompanhado apenas do motorista. Ao
contornar a fábrica pelo lado de fora, notei uma sombra fugidia a se
esgueirar pelos cantos dos muros. A figura de pronto despertou-me suspeita.
Aproximei-me com cautela. Uma mulher, envolta em panos dos pés à cabeça,
transportava nos braços um volume amorfo. A cada passo, seu corpo estremecia,
chorava copiosamente.
“O
que houve, perguntei, aonde vai?”.
“Estou
indo para casa”, respondeu entre soluços.
“O que você está fazendo a esta hora,
sozinha, chorando, por essas ruas escuras e desertas?”
“O
hospital não quis receber meu bebê!”
“Por
quê?”
“Meu bebê morreu dormindo, sufocado.”
Fixei o olhar com atenção. Envolto nos trapos, havia um
bebê de no máximo dois meses de idade. Só então verifiquei que o corpo
franzino, pequenino, jazia inerte nos braços da mãe. Certamente essa fora a
razão pela qual o hospital não a quis receber. A criança já lá chegara sem
vida. Uma chuva fria e fina ameaçava. Ofereci-lhe carona.
Chegamos! No pequeno barraco de apenas um vão moravam a
mulher e quatro filhos, idades entre 2 meses e 4 ou 5 anos. Chão de terra
batida, paredes e teto de restos de tábuas, pedaços de telhas, misturados com
taipa, plástico e papelão. Para se chegar ao pequeno fogão sobre uma mesa
tosca, tinha que passar por cima da cama. O bebê morrera asfixiado, porque
todos dormiam embolados num pequeno estrado, arremedo de cama.
Tal aconteceu há 45 anos, em 1964. O Brasil tinha uma
população de apenas 80 milhões de habitantes. Os jornais da época já noticiavam
constantemente que: crianças eram vítimas de deslizamentos de barreiras, pois
moravam em lugares perigosos; bebês eram roídos por ratos, porque viviam em
lugares infectos; crianças morriam de disenteria por falta de água potável;
esgotos serpenteavam a céu aberto, nas chamadas valas negras; padrastos
estupravam enteadas, habitantes de um só vão; adolescentes eram abusadas por
irmãos mais velhos, porque dormiam todos na mesma cama...
Hoje, nossa população beira os 200 milhões de habitantes e
o que mais aumentou foi justamente a camada mais pobre, excluída, despojada,
desprovida de tudo.
O fato ocorrido no início de minha carreira militar, fez queimar dentro
do meu peito o clamor de uma chama. Ardeu como uma fogueira em meu coração um
primeiro impulso em favor dos excluídos da vida.
2.2 - DOM HELDER CÂMARA
Passei a questionar: _O que
cada um pode fazer para mudar essa situação?
A resposta, assisti no final dos anos setenta, num programa de
entrevistas da televisão, comandado por Ziraldo. O entrevistado da noite
era o nosso querido e saudoso arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder
Câmara.
Comentando esse quadro de miséria, de pobreza, de violência que se
multiplica a cada dia, de sofrimento que afeta cada vez maior número de
pessoas, Ziraldo perguntou a Dom Helder: Padre, que conselho o senhor daria a cada um dos ouvintes que querem
fazer alguma coisa para mudar essa situação de injustiça social, de
violência, de pobreza, de exploração, de abandono? Qual o seu conselho, padre
Helder?
Dom Helder disse apenas três palavras:
_Não fique só!
Aí companheiros, eu entrei no Rotary.
É dever de todo presidente ficar vigilante para não deixar a
incoerência prosperar dentro do clube.
A incoerência é pode ser uma palavra mais
agressiva, uma palavra sarcástica uma palavra um pouco menos construtiva. A incoerência é a
falta de cortesia, a desatenção, a impolidez, a agressividade. Tudo isso deixa
seqüelas, mágoas, cria ressentimentos, é incompatível com os ideais
rotários É preciso zelar pela coerência
do grupo. Isso não é tarefa nem de um, nem de dois, mas da totalidade dos
membros rotários.
As vezes até de uma discordância normal pode se instalar a incoerência.
Os focos de incoerência precisam ser identificados para serem corrigidos.
A
contenda, a competição, tudo o que separa, desagrega, é incoerente com os objetivos do Rotary, de unidade, de
solidariedade, de fraternidade, de amizade e companheirismo.
3. FOCO ROTÁRIO
O Rotary é uma reunião de pessoas focadas.
O rotariano mantém o foco no passado, ao se
tornar guardião da história e das tradições rotárias, ao lembrar das razões
que levaram Paul Harriis a reunir três amigos e fundar o Rotary.
O rotariano mantém o foco no presente, ao ter a
consciência plena da grande obra que o Rotary executa no mundo. Ao conhecer e
participar das ações de seu clube nas comunidades.
O rotariano mantém o foco no futuro, ao se fixar
nas metas e objetivos do Rotary International,
Foco rotário significa não perder de vista os objetivos a curto, médio e longo prazo de seu
clube, do presidente do Rotary, da Fundação Rotária e do RIBO
4.
CONSCIENTIZAÇÃO
ROTÁRIA
O Rotary é uma reunião de pessoas conscientes.
“CONSCIÊNCIA é o
atributo altamente desenvolvido na espécie humana, pelo qual o homem toma
conhecimento em relação ao universo, da possibilidade de níveis mais altos de
integração”
Daí se depreende que a consciência é um atributo inerente ao homem. Os
animais são desprovidos desse atributo.
Conscientização é o conhecimento ou noção de que o homem não é um ser
isolado, separado, estanque, que inicia e termina nele mesmo mas sim, que o
homem é antes de tudo, um ser integrado, unido, uma parte, um pedaço do
universo.
Quanto maior for o nível de consciência de cada um, maior será o seu
sentimento de união com o todo.
Segundo Maharish Mahesh Yogui, o guru da Meditação Transcendental, os
três níveis mais elevados de consciência são:
- a Consciência Universal, na qual temos a noção de que somos parte
integrante da natureza, da Terra, do mundo tal qual o percebemos;
- a Consciência Cósmica, em que nos sentimos como parte do Cosmos.
- a Consciência Divina, em que somos um só com Deus, unos com a força
criadora e amorosa responsável por tudo o que existe. É o nível de percepção
dos grandes yogues e dos iluminados homens santos.
E a CONSCIÊNCIA ROTÁRIA, o que vem a ser?
Creio, firmemente que a Consciência Rotária é a percepção de que, cada
um, dentro de sua singularidade, é unido ao coletivo, ao todo, que é o Rotary.
É o sentimento de que os valores coletivos da comunidade rotária, tudo o que
ela defende, prega e tem por objetivos, são os valores de que cada um, são o
que cada um pensa, fala e faz.
A consciência rotária é o que faz com que o rotariano sinta uno com a
filosofia do movimentos rotário, que ele e o Rotary se confundem, expresso na
afirmação: “EU SOU ROTARY”
Isso é a consciência rotária, e ter Concientização Rotária é o ato ou
efeito de viver no dia a dia, em todos os minutos, sob a inspiração dos ideais
rotários.
Ter Conscientização Rotária significa que o rotariano tem
integrado dentro de si a consciência plena de que em todas as ações, seja no
companheirismo, seja nos serviços, seja ao dar sua contribuição espontânea para
a Fundação Rotária, ele está Construindo a Paz e a Compreensão, entre homens e
nações.
·
Os três passos para adquirir Conscientização Rotária
Para que haja a integração e a harmonia, é preciso que todos estejam
sintonizados com os objetivos do coletivo, nessa grande peça de teatro que é o
Rotary. Isso é Conscientização Rotária. Para que ela exista, são necessários
três requisitos:
Para ser consciente, você precisa dar três passos:
1) - O PRIMEIRO PASSO é fazer um exame de consciência que lhe traga
respostas às seguintes questões. Feche os olhos e pense:
_Onde está você neste momento?
_O que está você fazendo aqui e agora?
_O que é que você está fazendo no seu clube de Rotary?
_Qual o seu papel dentro do seu clube?
_Como está você se sentindo como membro do Rotary International?
_Sabendo ser o tempo o bem mais precioso de cada um, você gasta de
forma proveitosa o seu tempo no Rotary?
Para ser um rotariano consciente, você precisa primeiro identificar o
seu papel dentro do clube, em seguida, verificar como é a sua atuação, e
depois, saber como você está se sentindo como rotariano.
Para
ilustrar, cito a fábula de Charles Péguy, escritor francês, 1873-1914:
4.1 - OS TRÊS PEDREIROS
“Uma vez um viajante, percorrendo uma estrada, deparou-se
com uma obra em início de construção. Três pedreiros, com suas ferramentas,
trabalhavam na fundação de um importante projeto.
O viajante aproximou-se, curioso. Perguntou ao primeiro
pedreiro o que estava fazendo. Estou
quebrando pedras, não vê? Respondeu
o pedreiro. Expressava no semblante um misto de dor e sofrimento. Eu estou morrendo de trabalhar, isto aqui é
um meio de morte, as minhas costas doem, minhas mãos estão esfoladas, este
trabalho é um sacrifício, concluiu.
Mal satisfeito, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e
repetiu a pergunta. Estou ganhando a
vida, respondeu. Não posso reclamar,
pois foi o emprego que consegui. Estou conformado porque levo o pão de
cada dia para minha família.
O viajante queria saber o que seria aquela construção.
Perguntou então ao terceiro pedreiro: O
que está você fazendo? Este respondeu: Estou construindo uma Catedral!
“
Três pedreiros, três respostas diferentes para o mesmo
trabalho. Cada um manifestou sua própria visão.
Para o primeiro pedreiro, o serviço significava dor e
sofrimento. Um sacrifício que certamente tornava a ação muito mais penosa e lhe
fazia mal. Se você tiver no Rotary o sentimento do primeiro
pedreiro, estiver se sentindo de certa forma desconfortável, sem gostar, meio
contrariado, até um pouco desmotivado, tudo lhe será muito difícil e penoso.
Você estará desperdiçando um tempo precioso de sua vida. Você precisa mudar.
O segundo pedreiro manifestou indiferença. Estava
conformado mas não realizado. O trabalho nada lhe significava e ele só o fazia
por obrigação. Você pode estar no Rotary com o mesmo sentimento
de indiferença do segundo pedreiro. Comparece, cumpre as obrigações de
freqüência, pagamento e nada mais. A indiferença, geralmente, termina em
desistência. Mude antes que seja tarde.
Já o terceiro pedreiro tinha a consciência da
importância do seu trabalho. Desempenhava a função com orgulho e satisfação.
Tinha o sentimento elevado de participar de uma grande obra, o que lhe dava
muito mais força, energia, ânimo, felicidade.
Você, rotariano, como em tudo na vida, deve encarar suas
ações, com o sentimento superior do terceiro pedreiro, com a consciência
de que é vetor da construção de um mundo melhor, mais justo, mais humano, de
que trabalha para o bem do Brasil.
Se você manifestar a visão do terceiro pedreiro, ao atuar
em seu clube, ao colaborar com a Fundação Rotária, você estará dizendo com
devoção e orgulho: Eu estou construindo a
Paz e a Compreensão Mundial!
Esta é a visão maior de quem tem a verdadeira
Conscientização Rotária, a
consciência de estar participando de uma grande obra, a consciência de que o Rotary está mudando o mundo. Assim, você será feliz e terá a consciência tranqüila de
quem está cumprindo a sua parte. Você estará atuando no Rotary com
alegria, com felicidade, com amor.
Sempre que você comparecer a uma reunião plenária, a um serviço numa
creche, ou a um evento, você tem que ter a consciência de que faz parte da
grande obra do Rotary no mundo inteiro. Todos os que estão em Rotary têm que
ter a consciência do terceiro pedreiro, têm que ter a consciência de que estão
construindo a paz no mundo e a compreensão entre os homens.
2) - O SEGUNDO PASSO para adquirir e desenvolver uma consciência
rotária, é desenvolver o seu potencial, estudar, aprender. Deixar que seus
talentos naturais evoluam, que as
capacidades adquiridas se manifestem.
Para tanto, você precisa conhecer os trabalhos e programas, as metas e
sonhos de seu clube, sintonizar-se com os objetivos do Rotary International, do
presidente de RI. Significa que você tem que estudar, para adquirir
CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO ROTÁRIA.
Leia o boletim de seu clube, a Carta Mensal do
governador, a revista Brasil Rotário. Adquira as publicações disponíveis no
RIBO, busque informações no site do Rotary, navegue na web, você verá que tudo
o que diz respeito ao Rotary está escrito, está previsto, está didaticamente
exposto, à nossa disposição.
Paul Harris escreveu um livro em 1935, intitulado “Esta Era Rotária”.
Ele narra a parábola abaixo:
4.2 - O ELEFANTE E OS SEIS CEGOS
São
palavras de Paul Harris:
“Há
uma parábola a respeito de seis cegos do Industão que foram conhecer um
elefante. O primeiro dando de encontro ao flanco do animal gritou: _Valha-me Deus! Percebo que o elefante é tal
qual uma parede. O segundo, encontrando o dente, afirmou, com certeza: _o elefante é parecido com uma lança. O
terceiro, agarrando-se à tromba que se retorcia, asseverou: _o elefante é parecido com uma cobra. O
quarto, esbarrando numa das grandes pernas disse: _o elefante é igual a uma árvore. O quinto, que encostou a mão numa
das orelhas, exclamou: _este grande
animal é parecido com um leque. Finalmente o sexto, apoderando da cauda
bamboleante, disse: _o elefante é
parecido com uma corda.”
Paul
Harris continua:
“E assim discutiam longamente esses homens do Industão, firme e insistentemente, cada um segundo o seu modo de pensar. Todos, porém, enganados, apesar de cada qual
ter certa dose de razão”.
Na
seqüência, Paul Harris nos ensina:
“Grande
número de rotarianos se assemelha a estes seis cegos. Algum objetivo em
particular, certa atividade especial ou ainda algum produto de Rotary os
impressiona como sendo o mais importante, e certos disso exclamam: Isto é
Rotary!
Existem
outros rotarianos que se interessem mais por determinadas atividades rotárias e
não conseguem ver Rotary no seu conjunto. Em vez disso continuam a
perguntar: _O que é Rotary?”
Paul
Harris conclui: “E as percepções limitadas conduzem geralmente a
conclusões desconexas, como foram as dos cegos a respeito do elefante”.
A
expressão Conscientização Rotária
não existia na época de Paul Harris, mas a mensagem dos cegos e do elefante tem
tudo a ver.
Ter Conscientização Rotária é o mesmo que
ter
uma visão holística do Rotary,
ou
seja, perceber Rotary no seu conjunto.
Não
ter Conscientização Rotária é o mesmo que
ter
uma percepção limitada do Rotary.
Tem uma percepção limitada do Rotary,
quem
acha que Rotary é apenas companheirismo,
ou
somente festa.
Que
é apenas sessão plenária,
ou
somente pagamento das mensalidades...
Estes
não têm Conscientização Rotária.
Tem uma visão holística do Rotary,
quem conhece, compreende, propaga e luta
por
todo o bem que o Rotary faz no mundo.
Por
toda a defesa do meio ambiente,
Por
toda a união e companheirismo,
Por
toda a amizade, solidariedade, cooperação e harmonia
que
o Rotary semeia em toda a parte.
Por
toda a paz que o Rotary cria,
não
importa o país, a raça, a religião, a posição,
nem
a classe social de qualquer cidadão.
Estes estão plenos de Consciência
Rotária.
3) – O TERCEIRO PASSO para se adquirir a consciência rotária é a
integração e o relacionamento. É ter a consciência que você faz parte de uma
grande família. É você se integrar com
todos os outros membros da organização.
Para viver de forma harmoniosa em coletividade, basta confiar e respeitar as escolhas dos outros.
Sabendo que todos os rotarianos também adquiriram conhecimentos e
informações, a sugestão é utilizar os talentos e capacidades de cada um para
desempenhar o seu papel de forma competente. Isso lhe permitirá curtir com
alegria o grupo, e adquirir a consciência de que você faz parte de um todo.
Aprenda a observar os talentos de cada um, a
aproveitar esses talentos, a entender que cada companheiro é único no mundo. Se
alguém quiser ser de um jeito, pensar de um jeito diferente do seu, você tem
que respeitar. Você não é obrigado a amá-lo, mas é obrigado a tratá-lo como
gostaria de ser tratado. Você pode querer dançar uma valsa e ele querer dançar
um samba. Você tem que entender a singularidade e a diversidade do ser humano e
cultivar a integração, o companheirismo, o bom relacionamento, a amizade, porque
se não houver amizade tudo vai por água abaixo. Aqui é o lugar onde a gente
consolida as amizades, os relacionamentos.
Tudo deve ser feito em harmonia e alinhamento com os demais
participantes. Deixe de se preocupar com os outros e redirecione suas energias
e atenção para o desempenho de seu próprio papel. Respeite as escolhas dos
outros.
Neste segundo século de existência do Rotary, a preocupação maior é
saber como anda o Quadro Social de seu clube ou distrito. Estudos, pesquisas, seminários, programas
pilotos, são lançados a toda hora para avaliar o presente e o futuro de nossa
instituição. Relatórios e mais relatórios são difundidos.
Creio que tudo depende de uma simples palavra que é, ao mesmo tempo, um
gesto, uma atitude, uma disposição: relacionamento. Estou convencido de que a
chave do sucesso é sobretudo a riqueza dos relacionamentos. O grande vilão, ao
contrário, é a pobreza dos relacionamentos.
Relacionamento é a pedra fundamental que mantém o clube ativo, eficaz,
trabalhando em prol da comunidade. Se não houver relacionamento entre os
companheiros, entre o que se chama a família rotária, você pode despejar
toneladas de informação rotária, você pode fazer preleções, ditar regras,
evocar normas, que tudo vai cair num terreno árido, infértil.
Relacionamento é cuidar das pessoas. É estar junto, como uma família. É
ter um comportamento amoroso, sem distinção. A alegria, o entusiasmo, o
otimismo, são reflexos do bom relacionamento. O relacionamento cria
circunstâncias favoráveis em que uns se apóiam nos outros – é o que mantém
acesa a chama do Rotary. A chave do sucesso é promover o relacionamento dentro
do grupo, dentro da família. Quer ter sucesso? Aproxime as pessoas. Promova
encontros, fortaleça os relacionamentos.
O relacionamento é que dá fertilidade ao terreno para que, a semente da
informação rotária frutifique, para que o novo sócio possa crescer e se
transformar um rotariano de escol. O relacionamento é o principal requisito
dentro do clube. Um relacionamento afetivo, um relacionamento baseado na mútua
confiança.
A mútua confiança é a cola que une os relacionamentos, disse James
Hunter, o autor de O Monge e o Executivo. Porém, você só vai adquirir confiança
se freqüentar. Por isso a presença é importante porque é ela que faz com que
uns confiem nos outros
Investir nos relacionamentos, companheiros, é um trabalho constante,
contínuo, para fazer com que o seu clube seja sempre e cada vez mais a extensão
de sua família.
Relacionamento é você acolher o companheiro mais idoso com carinho, com
amor, com afago, porque esse companheiro precisa mais do trato afetivo, da
cortesia, da palavra amiga. A gente reclama as vezes que a pessoa idosa é mais
intransigente. Que ela quer que o Rotary de hoje seja igual ao Rotary de 40
anos atrás. Mas temos que entender que geralmente o idoso tem os seus medos
ampliados, seus medos de perdas são maiores, por isso também ele é mais
conservador. Daí ele se sentir bem com
uma palavra de carinho, um afago, uma consideração maior. Então esse
relacionamento é importante, é você ter um relacionamento afável com todos os
companheiros, principalmente os mais idosos.
Dizem que as mulheres são mais eficientes, porque elas investem mais
nos relacionamentos do que os homens. Não há nada que uma palavra carinhosa, um
beijo, um abraço não resolva. Precisamos aumentar a presença das mulheres em
nosso quadro social.
Companheiros, não deixem de investir no relacionamento, porque o
terreno onde vai frutificar a semente do novo sócio, a semente da informação
rotária e a semente da prestação de serviço, esse terreno é o relacionamento. É
a família rotária, forte e unida como um FEIXE DE VARAS. Nada vai funcionar se
não houver um bom relacionamento. O companheiro se afasta, fica apático, fica
distante, sem motivação porque ele não tem um relacionamento, adequado dentro
do clube.
Paul Harris, disse, em 1935, no livro “Esta Era Rotária”:
“A amizade é maravilhosa; ilumina o caminho da vida,
espalha alegria e tem valor inestimável.
A amizade prospera na atmosfera do Rotary, onde
formalidades e artificialismos são deixados de lado; onde homens, independente
de sua origem e posição social encontram-se no mesmo plano.
Perder a oportunidade de cultivar relações de amizade é
mais tolo do que jogar diamantes no oceano.
Você está se sentindo sobrecarregado com as tarefas do dia
a dia? A visita a um amigo ao entardecer irá renová-lo. Visitar ou receber a
visita de um amigo é o melhor remédio de que se tem notícia. Eu peço de todo
coração que experimentem.”
Sábias palavras de Paul Harris. Visitar um companheiro que está
ausente, por motivo de saúde é revigorante para ambos. Mas, não se esqueça de
levar sempre uma lembrancinha, não apenas para marcar a visita mas,
principalmente, como prova de apreço e afeto. É de bom tom.
4.3 - O FEIXE DE VARAS
(Baseado na fábula de la Fontaine, “o Velho e seus
Três Filhos”)
“Um ancião, no leito de morte, chamou os três filhos que não se
entendiam e viviam brigando entre si. Deu a eles um FEIXE DE VARAS, e disse:
- Aquele de vocês que conseguir
quebrar este feixe de varas, herdará toda a minha fortuna.
Os três tentaram e nenhum conseguiu. Pacientemente, o ancião desatou o
laço que unia as varas e as foi quebrando, uma a uma. Disse-lhes:
- Se vocês se
mantiverem unidos, como este feixe de varas, serão invencíveis, ninguém poderá
derrotá-los. Porém, se derem lugar às desavenças, aos desentendimentos e vierem
um dia a se separar, vocês se tornarão frágeis como as varas que foram
quebradas.
Ele morreu e os irmãos permaneceram unidos. Enquanto estiveram unidos,
foram fortes, ninguém conseguiu derrotá-los. Mas, em pouco tempo, as
desavenças, os desentendimentos, começaram a aparecer. Chegaram a tal monta que
eles acharam melhor dividir os bens herdados e cada um seguir o seu rumo.
Não demorou muito, o primeiro irmão foi vencido pelos concorrentes.
Logo em seguida o segundo irmão foi derrotado pelos inimigos. Mais tarde, o
terceiro irmão acabou sucumbindo ante os mais fortes e faliu.
Nesse momento, eles se deram conta que o velho pai tinha razão.”
O Feixe de Varas foi adotado por nós para símbolo da Família Rotária.
Se a Família Rotária for partícipe das reuniões e eventos rotários, se
se mantiver unida como um Feixe de Varas, ela será forte, o clube será forte,
terá um Quadro Social forte. Porém se ficar cada um por si, o clube será fraco
e não fará nem a metade do seu trabalho.
Adotamos o mote do FEIXE DE VARAS, como um grito de entusiasmo pela
força de união e do companheirismo da Família Rotária.
"Não pretendemos ser o maior,
tampouco queremos ser o melhor,
mas a Família Rotária , creiam todos
é forte e unida como um FEIXE DE
VARAS!”
5. LIDERANÇA
O Rotary é uma
reunião de líderes.
Você foi escolhido para ingressar no Rotary por suas qualidades de
liderança. Todos trazem dentro de si a semente da liderança. Mas, é preciso
praticar. Se você não praticar, você não vai desenvolver o que pode ser um
talento inato dentro de você.
Como um jogador de futebol, se ele não praticar, não chutar a bola, ele
nunca vai desenvolver suas qualidades futebolísticas. Pelé, por exemplo, se não
tivesse chutado a bola, jogado desde pequeno, praticado desde cedo, não seria o
atleta do século. Aquele seu talento excepcional restaria inerte sem se
desenvolver. Assim é a liderança.
Liderança é uma qualidade que tem que ser praticada. No Rotary você tem a
oportunidade de desenvolver essa liderança, ao assumir funções como a de
presidente do clube, presidente de comissão.
Como líder que é, você deve manifestar e compartilhar a sua visão. Use
a tribuna do clube e você estará desenvolvendo suas qualidades de orador. Use o
boletim do clube para expressar sua opinião, escrever seus pensamentos, e você
estará desenvolvendo suas qualidades de escritor. Você pode usar a internet
para se comunicar, para dar o seu recado.
Esta é a segunda característica do Rotary: todos são líderes, mas é
preciso praticar, desenvolver essa liderança.
Assuma o líder que você é. Proceda como líder, lide com os problemas da
mesma maneira que um líder. Viva como vive o líder, pense como pensa o líder,
aja como age o líder.
Fale como um líder, enfrente a vida tal qual um líder.
5.1 - OS DEZ
MANDAMENTOS DO ROTARIANO
1)
Proceder como líder.
Não há ninguém que possa conferir-nos o
grau de líder, pois ele já é nosso. A liderança a gente traz conosco. Cumpre
praticar.
Precisamos nos ver como líderes, proceder
como líderes, lidar com os problemas da mesma maneira que um líder. Devemos
viver como vive o líder, pensar como pensa o líder, agir como age o líder.
Atuemos do mesmo modo que um líder atua.
Falemos como um líder se dirige às pessoas, enfrentemos a vida tal qual um
líder a enfrenta.
2)
Estar aberto a mudanças
Não ter medo de mudar. Ser aberto e
receptivo ao novo. Sepultar velhas e arcaicas estruturas. Sintonizar com os
novos pensamentos, as novas idéias, os novos estilos de vida que estão à nossa
volta. Aceitar as mudanças em tudo o que está acontecendo no mundo, neste
momento, e se tornar parte delas. Ter a mente e o coração abertos aos novos
ensinamentos.
3)
Ser proativo.
Tomar as iniciativas. Não ficar eternamente
esperando. Partir na frente, sem medo, com decisão, firmeza. Antecipar-se,
prever os acontecimentos, prevenir, planejar, criar, tomar providências.
Assumir encargos, não transferir responsabilidades. Ser mais do que
comprometido, ser cúmplice. Ser militante e não apenas simpatizante.
4)
Viver o momento presente
Estar voltado para o “aqui e agora”. Não
ficar pensando no futuro, nem tampouco viver em função do passado. Não deitar
na cama de glórias anteriores, nem ficar remoendo erros cometidos. Os erros, os
desenganos são oportunidades de
aprendizado, formam a nossa bagagem de experiências. Os obstáculos, as metas, os objetivos, são
desafios a serem conquistados.
Vivendo o momento presente, estaremos
preparados para viver o futuro, quando ele se
tornar presente.
5)
Ser otimista.
A realidade você cria. Todos os
acontecimentos da vida são emocionalmente neutros. Nós é que temos uma reação
emocional e eles, positiva ou negativa.
Criar uma realidade favorável. Ter uma
visão positiva da vida. O otimista encara as dificuldades como desafios. O
pessimista vê barreiras intransponíveis. O otimista pensa grande, corre riscos.
O pessimista já começa derrotado, desiste logo.
6)
Não desistir nunca
Ter persistência, ir até o fim. Não
desistir no meio do caminho, não desistir nunca, jamais. Aja o que houver,
aconteça o que acontecer, não desistir.
Ter perseverança nos projetos, na busca de
parcerias, na angariação de recursos. Ir
até o fim, custe o que custar, mesmo que isso implique em sacrifícios, e muita
paciência.
7)
Praticar o amor como comportamento.
Praticar o amor. Não o amor como sentimento
ou emoção. Tampouco é o amor fraternal, condicional, do tipo “você me faz o bem
e eu faço o bem a você”, mas o amor como comportamento. Isso significa que,
como seres humanos, não temos obrigatoriamente que gostar de todos os nossos
colegas e companheiros, mas como líderes, somos instados a amá-los e tratá-los
como gostaríamos de ser tratados. A regra do Pai é que nos amemos uns aos
outros. Não amar no sentido de como nos sentimos uns em relação aos outros, mas
na maneira como nos comportamos uns com os outros. É o amor incondicional,
baseado no comportamento com os outros, sem exigir nada em troca. É o amor como
ação.
8)
Atuar dentro dos princípios da ética.
A ética é um princípio que não pode ter
fim. É imutável, desde que o Rotary existe. Vigora nas relações familiares, nas
relações comerciais e profissionais, nas relações com os companheiros. Praticar
o comportamento correto, leal, sério e verdadeiro dentro e fora do clube.
Aplicar a Prova Quádrupla.
9)
Não fazer julgamentos.
Aceitar as pessoas, situações,
circunstâncias, como elas se apresentam. Evitar julgamentos, não fazer juízo de
valor, não rotular nem classificar as pessoas. Não criticar pelas costas.
Aceitar as diferenças individuais, a
singularidade do ser. Você pode querer dançar uma valsa e o outro pode querer
dançar um samba.
10)
Viver o EU SOU ROTARY.
Ter consciência de que Rotary é cada um de
nós. Cada clube é a soma de seus membros, o reflexo de seus sócios. Quanto mais
eficientes formos, maior eficiência terá o clube. Essa consciência de que cada
um é Rotary, é manifesta na afirmação: EU SOU ROTARY, como atitude de vida.
Viver o EU SOU O ROTARY, é deixar cair a máscara da aparência, da
vaidade, esse ego que parecemos ser e começar a viver a verdadeira vida.
Praticando o EU SOU ROTARY, alguém, em
algum lugar, algum dia, em algum momento, nos agradecerá.
6.- VOLUNTARIADO
O Rotary é uma reunião de pessoas voluntárias.
Todos vocês estão aqui porque, algum dia, de livre e espontânea
vontade, fizeram a opção de ser rotarianos. Estão aqui porque colocaram o
Rotary em suas vidas, como terceira prioridade, logo após o trabalho e a
família.
Se lhe fizerem a pergunta: “por que você entrou em Rotary?” Certamente
você vai responder que foi para fazer a sua parte. Você dirá que entrou em
Rotary, porque queria fazer algo pelas crianças em situação de risco. Ou que
gostaria de aliviar o sofrimento dos idosos em abrigos, ou ainda para cuidar
dos enfermos. Tudo isso é importante, mas esta não foi a principal razão de seu
ingresso em Rotary. Na realidade, você entrou em Rotary, antes de tudo, porque
alguém lhe convidou. Alguém viu em você características inerentes aos
rotarianos. Alguém viu em você o perfil da pessoa solidária, da pessoa
interessada em ajudar ao próximo, da pessoa ética, que sabe viver em
comunidade, da pessoa líder em seu trabalho, em seu segmento profissional. Você
entrou em Rotary porque seu padrinho lhe convidou.
Ao aceitar o convite, você adquiriu uma série de responsabilidades. A
primeira é corresponder à confiança em você depositada. É dever de todo
afilhado divulgar o Rotary. Convidar alguém de seu relacionamento para ser
sócio, trazer pessoas para dentro do clube, tornar-se padrinho de um afilhado
também. Estatisticamente 90% dos rotarianos nunca apresentaram um afilhado.
Muitos de vocês podem vestir a carapuça, mas este é o primeiro dever do
rotariano, negligenciado por muitos.
A segunda responsabilidade do voluntário é a seriedade. No Brasil o voluntário muitas vezes acha que
está fazendo um favor, que o compromisso adquirido não é uma obrigação. Lá
fora, no exterior, eu e Helena constatamos que o serviço voluntário é tão
importante quanto qualquer outro tipo de serviço. O Canadá, por exemplo, é o
país que tem o maior percentual de voluntários. Cerca de 80% da sua população
exerce algum tipo de prestação de serviço voluntário. Aposentados são
voluntários em museus, bibliotecas, sítios históricos. Eles servem de guias
turísticos, trabalham na administração com a maior seriedade, como se
empregados fossem. Com dedicação, cumprem religiosamente todos os horários a
que se comprometeram. Nos Estados Unidos, vimos em algumas cidades bombeiros
voluntários. Eles operam viaturas com equipamentos sofisticados, delicados, com
o maior cuidado, o maior esmero, com a maior seriedade e responsabilidade.
No Brasil tem voluntário que acha que não precisa cumprir horário, que
tudo não passa de brincadeira. Entretanto, é bom frisar que a hora de recusar o
trabalho é a hora em que se é convidado. Depois de aceito o convite, tudo passa
a ser obrigação. Dito o sim, o não deixa de existir. Por exemplo, a
função de governador assistente. Uma vez aceito o convite, todos os encargos
inerentes à sua função, todas suas responsabilidades, tudo passa a ser
obrigação. Não raro a gente encontra governadores assistentes que aceitam a
função e cruzam os braços, não visitam clubes, nem fazem nada. Há clubes que
nunca foram visitados, em que os rotarianos não sabem quem é o governador
assistente.
Há um termo matuto, do interior da Paraíba, em se diz que, quando
alguém ocupa uma função e não faz nada, que ele está entupindo a função. Não se pode substituí-lo, por que ele lá, entupindo a função. Ele é um entupidor de função, porque não faz, nem
deixa fazer. Pode ser governador assistente, um membro de uma comissão, um
secretário, um tesoureiro de clube.
Então, a primeira característica de um clube é que ele é uma reunião de
pessoas voluntárias, de pessoas que têm responsabilidade, seriedade.
7 – TRANSPARÊNCIA
O Rotary é
uma reunião de pessoas transparentes.
O Rotary é uma entidade transparente. O Rotary não é fechado, o Rotary
é aberto a todo mundo. O Rotary de hoje quer mostrar para a sociedade aquilo
que ele faz.
O Rotary tem hoje a imagem pública como uma das ênfases mais
importantes.
O meu presidente do centenário o presidente do Rotary, Gleen Estess,
dizia que o Rotary não é para tirar o rotariano do meio de sua família. O Rotary é para trazer o rotariano e
toda a sua família para dentro do Rotary. Todos, porque isso aqui é uma
família. O conceito de família rotária cresceu porque o Rotary verificou que
hoje, com tanta dificuldade no mundo, tanta violência, tanto sofrimento, se a
gente não for uma família e não trouxer a nossa família para dentro do Rotary,
as coisas ficam muito mais difíceis. Temos que envolver a família nos trabalhos
do Rotary no companheirismo, nas atividades do clube. Tudo fica mais bonito,
mais fácil.
Todos nós devemos ser transparentes naquilo que fazemos. Por exemplo,
num projeto. Tem que ser transparente, tem que mostrar todos os passos, todas
as contas tudo aberto para todo mundo, pois ninguém é dono de projeto.
Nossa família toda apoiando fica mais fácil e a família rotária não é
só a nossa família, são os rotaractianos, interactianos, são os amigos do
Rotary, pessoas que agente conhece que tem o perfil do Rotary que a gente
chamou na época do centenário de rotarianos do coração. Então, a transparência
dentro de um clube é o clube ser aberto não ter nada de fechado. Não tem
segredos não ter códigos, tudo sendo transparente, para ser divulgado, para ser
mostrado, inclusive para aqueles que não são rotarianos.
Hoje vocês vêem que o Rotary coloca programas de televisão com os seus
projetos, suas atividades. Saiu na televisão, saiu no jornal no rádio,
Mas eu digo que o mais importante não é pagar a mídia, o mais
importante é o rotariano mostrar ai fora o que ele faz no clube. É levar para o
seu trabalho, para o seu emprego, para sua profissão o que ele faz aqui no
clube. Isso é que é mais importante. Se vocês forem para uma campanha de
vacinação por exemplo, não adianta você chegar lá e ajudar a arrumar a fila,
ajudar a vacinar as crianças e trabalhar.
Se você não disser que é o Rotary que está fazendo aquilo, não vai
mostrar para o público externo que o Rotary está trabalhando para erradicar a
paralisia infantil na face da Terra. Então, no posto de vacinação coloque uma
faixa: “O Rotary está erradicando a paralisia infantil da face da Terra”. Ponha
uma banda, uma fanfarra, solte foguetes,
foguetões para fazer barulho. e quando as pessoas perguntarem: “o que é que
aquela gente está fazendo ali? Alguém vai responder: “é o Rotary que está
eliminando a paralizia infantil da face da terra.
8 – PARTICIPAÇÃO
O Rotary é
uma reunião de pessoas participativas.
Participação é motivação. Para participar tem que estar motivado. Este
é um dos temas mais importantes.
A questão é como motivar os companheiros para que todos participem
alegremente, com vontade, com gosto, nas atividades, nos programas do Rotary.
Não apenas participem mas também sugiram programas tragam idéias novas,
tragam propostas diferentes até para mudar a rotina dentro do clube.
Como fazer com que os rotarianos na sua totalidade se envolvam nos
trabalhos do clube? Isso é importante, não podemos deixar de pensar na
motivação.
A motivação você consegue quebrando a rotina, fazendo coisas novas, mostrando aquilo que faz. Talvez esta seja a parte mais difícil,
mobilizar e motivar os companheiros. Cabe a cada um de vocês motivar as pessoas
a trabalhar em equipe. Às vezes tem um companheiro já antigo em Rotary, já um
pouco cansado, até dispensado de freqüência que comparece pouco, só nas
ocasiões especiais. Você conseguir reacender nesse companheiro a chama do
Rotary é muito importante, isso é motivar, e você reacende com o relacionamento
amigo, com afago, com carinho, com a palavra de apoio, com a visita ao
companheiro.
9 – TRABALHO EM EQUIPE
O Rotary é
uma reunião de pessoas que trabalham em equipe.
Finalmente a ultima característica antes de encerrar é a do trabalho em
conjunto. O Rotary é diferente de qualquer agremiação de qualquer organização.
O Rotary não é um aglomerado qualquer de
pessoas porque aqui todos trabalham em equipe, todos têm as suas comissões às
quais pertencem. Uns são da Fundação Rotária, outros do Quadro Social, mas todos trabalham em
equipe, sob a liderança maior do presidente do clube. No trabalho em equipe
cada um faz a sua função. Cabe ao presidente delegar, supervisionar, avaliar,
reconhecer e premiar. Esse é o segredo da delegação, e instrui primeiro, ele dá
as suas diretrizes, as suas coordenadas.
Essa foi a ultima característica de um clube de Rotary. Eu quero
agradecer a todos pela oportunidade, dizer que eu estou muito feliz e que
pretendo voltar muitas vezes a esta
linda cidade...