ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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domingo, 29 de novembro de 2020

MUDANÇAS NA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

MUDANÇAS NA FUNDAÇÃO ROTÁRIA
(Palestra realizada no RC Recife, dia 18 de novembro de 2010)

Prezados companheiros

É uma alegria estar aqui neste clube, o Rotary Club do Recife, por ser este clube uma referência em se tratando da Fundação Rotária. Ele tem o maior e mais importante projeto de Subsídios Equivalentes do Brasil, em benefício da Fundação Altino Ventura. Refiro-me à Unidade Móvel Inácio Cavalcanti, o Ônibus da Esperança, que tanto bem tem espalhado por este Pernambuco afora, realizando milhares de cirurgias de catarata.

Vamos falar das mudanças que estamos vivendo a partir deste ano na Fundação Rotária, já visando pavimentar o caminho para o centenário, que ocorrerá no ano de 2017.
Inicialmente, vejamos porque a Fundação Rotária fez uma tão grande reestruturação em seus programas e projetos.

Vocês sabem que os programas da Fundação Rotária são de três tipos: Humanitários, Educacionais e a Polio Plus.
O programa de Subsídios Equivalentes é do tipo Humanitário. Sua criação é relativamente recente, data de 1965. De 1965 a 2000, em 35 anos portanto, a Fundação Rotária recebeu, analisou e aprovou, 10.000 projetos, provenientes de todas as partes do mundo. De 2000 a 2004, deram entrada, foram analisados e aprovados, outros 10.000 projetos. O que ocorreu em 35 anos, a partir de 2000, aconteceu em apenas 4 anos. De 2004 a 2008, mais 10.000 projetos. O Brasil e o México, na época, disputavam o segundo lugar em número de projetos, atrás apenas da Índia, que tinha mais do que o dobro desses dois países.

Essa enxurrada de projetos trouxe muitos problemas à equipe de funcionários encarregada das análises na Fundação Rotária. O ex-presidente de RI, Luis Vicente Giay, falou que era comum ele ir aos sábados e domingos nos escritórios da FR em Evanston, USA, e encontrar a equipe trabalhando. E não raras vezes ele encontrou funcionárias chorando na mesa de trabalho, porque tinham sido destratadas, ou tratadas de forma grosseira, por algum rotariano inconformado talvez, com uma demora um pouco maior na análise de seu projeto.

Ao mesmo tempo, a partir de 2000, a Fundação Rotária alcançava enorme credibilidade no mundo inteiro, junto a governos, instituições, organismos como a ONU, UNICEF, OMS, UNESCO, fundações e ONGs internacionais. Isso começou a atrair parceiros como Bill Gates, Warren Buffet, Carlo Slim, os homens mais ricos do mundo, este último, mexicano de origem libanesa, dono da Claro e da Embratel no Brasil. Eles não detinham conhecimentos, nem experiência para aplicar recursos como só o Rotary sabe fazer, com a pulverização, a capilaridade, a eficiência, zero de perdas. Toda essa credibilidade, seriedade, e confiabilidade, classificou a Fundação Rotária no topo do ranking das instituições humanitárias e filantrópicas dos Estados Unidos.

Mas os funcionários não estavam conseguindo dar conta de tanto trabalho e começaram a ocorrer problemas. Relatórios finais de prestação de contas do dinheiro recebido, deixaram de ser apresentados por muitos distritos. Os casos mais graves ocorreram na Índia, onde houve inclusive desvio de recursos. Lá foram criados clubes fantasmas que elaboraram projetos, forjaram assinaturas, receberam recursos, para em seguida desaparecerem e ninguém saber onde o dinheiro foi parar.

Muitos distritos deixaram de apresentar os relatórios financeiros porque os funcionários não tinham condições de cobrar, nem de examinar em tempo hábil. Felizmente, no Brasil, muitos clubes que estavam devendo os relatórios finais, os apresentaram no prazo estipulado, do contrário o distrito teria ficado impedido de apresentar novos projetos.

Com tudo isso, verificou-se a necessidade de se reformular os programas da Fundação Rotária, pois essa credibilidade, disse Giay, conquistada ao longo de décadas de muito esforço, tem a fragilidade de uma taça de cristal. Em fração de segundos pode cair e se partir, definitivamente.

Alguma providência tinha que ser tomada. Não adiantava aumentar a quantidade de funcionários, pois isso traria um aumento nos custos. Um projeto, seja ele de mil ou de cem mil dólares, dava o mesmo trabalho para a Fundação Rotáriae e tinha  o mesmo custo financeiro, em torno de 4 mil dólares. E 80% desses projetos eram de valor inferior a 4 mil dólares. O quê fazer então?

Uma consultoria foi contratada e chegou à conclusão que a melhor solução seria aumentar o valor mínimo dos projetos. Foi então criado e está vigorando, em caráter experimental, por três anos, de 2010 a 2013, o Plano Visão do Futuro. Tem ele a finalidade de simplificar e dar mais velocidade aos projetos, dando mais autonomia aos clubes na sua elaboração e implantação. Foram selecionados 100 distritos pilotos no mundo. No Brasil são oito os distritos que integram o Plano Visão do Futuro, inclusive o nosso, D.4500. Até 2013 serão corrigidas as arestas, melhorado o que for preciso, modificado o que não deu certo, para então, estendê-lo aos demais distritos do mundo.

A nova estrutura de projetos criada pela Fundação Rotária estabelece dois tipos de projetos humanitários: os Subsídios Distritais e os Subsídios Globais.
Os Subsídios Distritais são recursos que vêm para o distrito, sem necessidade de parceria internacional. O governador distribui para os clubes, mediante solicitação. A prestação de contas é feita pelo próprio governador, sem formulário, sem burocracia. Por exemplo, se o clube quiser doar uma geladeira para uma creche, ele faz um orçamento, anexa as propostas, informa o objetivo do projeto e o póblico a ser beneficiado. Entrega ao governador e este então lhe dá o dinheiro.

É tudo muito simples. O problema é que os recursos são pequenos. Nosso distrito recebeu este ano, para os Subsídios Distritais, cerca de 25.000 dólares. Tal soma corresponde a 50% do FDUC, ou 25% do que foi doado três anos antes para o Fundo Anual da Fundação Rotária.

Em 2007-08, o então governador Jorge Rosa, enviou para o Fundo Anual, cerca de 100 mil dólares, um recorde na época. Esse dinheiro ficou aplicado por três anos. Em 2010-11, ele foi desimobilizado para ser aplicado nos diversos programas da Fundação Rotária. 50% desses recursos ficam na mão da Fundação Rotária, no Fundo Mundial, e os outros 50% vêm para o distrito doador, creditado no FDUC – Fundo Distrital de Utilização Controlada. A metade do FDUC, ou 25 mil dólares constituem os Subsídios Distritais, para serem distribuídos, a critério do governador, mediante solicitação dos clubes.

Só que 25 mil dólares não dá para nada em nosso distrito. São 91 clubes. A governadora Tereza Neuma estabeleceu um teto de 3 mil dólares por clube. Não contempla nem dez por cento dos clubes.

Os Subsídios Globais, que substituem os antigos Subsídios Equivalentes, estabelecem um valor total mínimo de 30 mil dólares por projeto.
Se antes, nós fazíamos um projeto de 10 mil dólares para perfuração de um poço, hoje nós temos que incluir, além da perfuração e instalação, a irrigação, a construção de abrigos para os equipamentos, os canteiros e hortas, a distribuição de sementes, o treinamento, a iluminação, o combustível, de modo a atingir um valor mínimo de 30 mil dólares. E o projeto tem que ser auto-sustentável. Significa dizer que ele tem que perdurar além do término dos recursos.

A Fundação Rotária visa com isso criar um impacto maior nas comunidades, dar uma visibilidade maior para o clube, deixar uma imagem pública mais duradoura e marcante. Quanto maior o projeto, quanto mais abrangente seja, maior será o impacto, a visibilidade, a imagem pública do Rotary. A Fundação Rotária pretende que, em 2013-14, todos os distritos estejam trabalhando dentro do Plano Visão do Futuro.

Mas isso criou, para nós, do D.4500, uma série de dificuldades. Primeiro, além da busca da parceria internacional ser mais difícil, pelo seu valor mais elevado, enquanto estivermos na fase experimental, nós só podemos emparceirar com outro distrito que também seja distrito piloto. E são apenas 100 no mundo. Além disso, um projeto de âmbito maior exige um trabalho mais elaborado e cuidadoso, uma maior contrapartida local.

Conclusão: se não aumentarmos nossas contribuições para o Fundo Anual, não haverá recursos suficientes nem para os Subsídios Distritais, nem para o FDUC, de importância fundamental para ajudar aos clubes nos seus projetos de Subsídios Globais.
Atualmente, com o dólar rotário a R$1,72, estamos numa fase muito boa para aumentarmos nossas contribuições para a Fundação Rotária.

Agora, quero deixar aqui, presidente, uma mensagem para este clube. Nós temos que pensar e agir positivamente, afastar o negativismo, acreditar naquilo que estamos fazendo.
Cito aqui um exemplo. O distrito 4420, que abrange os Rotary Clubs de Santos e de parte da cidade de São Paulo, vinha contribuindo com 400, 500, 600 mil dólares por ano para a Fundação Rotária. Em 2009-10, sabem qual foi a contribuição desse distrito para o Fundo Anual? 1.534 mil dólares. Está nos relatórios da Fundação Rotária. Foi o quarto do mundo. Como é que ele consegue? São os rotarianos que botam a mão no bolso? Não. Eles vão buscar nas empresas. Eles usam a ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation, que é uma OSCIP.
Os rotarianos do D.4420 procuram as empresas, pessoas jurídicas com imposto de renda baseado no lucro real, que podem destinar 2% de sua despesa operacional para a ABTRF e diminuir com isso, o seu imposto a pagar. Esse dinheiro é contabilizado na Fundação Rotária, fica imobilizado por três anos e depois aplicado, acrescido dos rendimentos, nos projetos dos clubes.
Se o distrito 4420 consegue, nas docas de Santos, nós também podemos conseguir, basta acreditar, basta pensar positivamente.

Ao visitarmos uma empresa, pedirmos uma contribuição para um projeto, levarmos depois um diploma de Empresa Cidadã, nunca devemos entrar como pedintes. Devemos entrar como vencedores. Essa é a atitude que o rotariano deve ter, porque o Rotary é um vencedor e nós somos rotarianos. Ao entrar no gabinete do presidente da empresa, levamos uma proposta de investimento social que vai mudar o Brasil, que vai melhorar as condições de uma parte da população sofrida, explorada, que vive na miséria, em condições sub-humanas.
O rotariano é um vencedor porque ele é um voluntário. Ele está ali, às vezes prejudicando seus próprios negócios profissionais, seu tempo de lazer, para ir buscar um dinheiro que não é para ele, que não é para benefício próprio, mas para uma causa nobre. Ele está pensando além dele mesmo, além de seu tempo, no tempo dos outros, dos mais necessitados.

Para isso, companheiros, é preciso pensar e agir positivamente, pois não se pode fazer nada sem dinheiro. Quando você começa a pensar num projeto, começa a gastar. E não é anti-ético pedir dinheiro, mesmo através de rifas, carnês, leilões, eventos, quando a causa é nobre, quando o fim é institucional.

Desse modo, companheiros, a mensagem que deixo para vocês é que é preciso acreditar. Acreditar no projeto, acreditar no sucesso e agir positivamente, como vencedores que somos. Não ficar, como diz a governadora Tereza Neuma dentro da sua zona de conforto. Sair um pouco dessa zona de conforto, senão nós não vamos conseguir melhorar o Brasil.

Estão aí os índices: o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, as mortes por acidentes de trânsito, que chegam a 40 mil por ano, as mortes por armas de fogo, num total de 50 mil anuais, a disseminação do crack, a gravidez precoce, as doenças por falta de água potável e saneamento. Há muito o que fazer.

Lembro-me de um ditado, que aprendi de um chefe militar:

UNS QUEREM E NÃO PODEM.
OUTROS PODEM E NÃO QUEREM.
NÓS QUE QUEREMOS E PODEMOS,
DAMOS GRAÇAS A DEUS.

Vamos à luta! Obrigado.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

NOS MEANDROS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA


NOS MEANDROS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

                                   Alberto Bittencourt - 19 nov 2020




 

Caros amigos e companheiros em Rotary

Com o coração cheio de emoção, recebi o convite dessa abnegada rotariana, querida amiga, Cidinha Pereira, presidente do RotaLatinos, grupo de internacional de rotarianos pela internet, para escrever um texto para o boletim do mês de novembro. De imediato sugeri que, por estarmos no mês consagrado pelo Rotary à Fundação Rotária, o tema não poderia ser outro. 

Comecei de forma despretensiosa, a vasculhar arquivos, a reunir minha experiência e tudo o que havia escrito a respeito dessa instituição admirável, a partir do meu primeiro contato, em 1996, ano em que participei do PETS como presidente eleito do Rotary Club do Recife-Boa Viagem, D.4500.  Minha trajetória está descrita de forma resumida no apêndice, sob o título Minha Relação com a Fundação Rotária. Terminei escrevendo quase um tratado. 

Evitei a inclusão de números e estatísticas, disponíveis nos relatórios financeiros do site My Rotary. Neste trabalho, ative-me mais aos textos conceituais, filosóficos de forma a ser motivador para tantos companheiros que ainda não têm a compreensão do real papel da Fundação Rotária e do bem que ela faz no mundo. 

Em nove anos no total, como presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotária do Distrito 4500, primeiro de 1997 a 2003, e de 2013 a 2016, fiz muitas palestras em conferências, assembleias e seminários distritais, não somente em meu distrito, mas também Brasil afora. Sempre disse que, à medida em que você se enfronha nos meandros da Fundação Rotária, vai aprendendo a admirá-la, vai adquirindo a consciência da grande obra que, através dela, o Rotary faz no mundo.

Nesses anos, conheci pessoas admiráveis, pela dedicação, seriedade, amor ao Rotary e à Fundação Rotária. Verdadeiros líderes pelo exemplo que não vacilam em emprestar seu tempo, trabalho, recursos, para elevar o nome da instituição, ensinar e motivar aos mais novos.

Alguns já se encontram prestando serviços em outros planos espirituais, e eu venho aqui para reverenciar a sua memória: 

·     Luís Vicente Giay, meu presidente plus, 1996-97, em cujo exemplo eu sempre me inspirei. Um verdadeiro timoneiro na condução dos destinos do Rotary e da Fundação. Um líder na verdadeira acepção da palavra, pelo convencimento, pelo diálogo, pelo amor.

·    Emerson Loureiro Jatobá, ex-governador do Distrito 4500, meu primeiro chefe na Comissão   Distrital da FR, rotariano de escol, que muito me inspirou nos trabalhos da Comissão.

·         Eudes de Souza Leão Pinto, ex-governador do Distrito 4500, único a ostentar o título de Rotariano Exemplar, por muitos anos presidente da Comissão da Pólio Plus para a América Latina e Brasil. De palavra fácil, retidão de caráter e amor ao Rotary.

      Hipólito Ferreira, sua palavra inspiradora, motivadora, orientadora, fará enorme falta á família rotária. O falecimento precoce desse grande líder do Rotary pegou a todos de surpresa  

Não posso deixar de citar os diretores, a começar pelo decano, Mário Antonino, de cuja amizade muito me orgulho, que tanto me ensina, aconselha e inspira, que, como diretor do Rotary, em 1985-87, deu início à Campanha Pólio Plus. José Alfredo Petroni, cujo empenho e dedicação fizeram da ABTRF uma realidade marcante, existindo apenas cinco congêneres no mundo. Luiz Coelho de Oliveira, diretor de minha turma de governadores do Centenário, um amigo a quem muito devo, sempre presente, sempre solidário. Gerson Gonçalves, grande orador, defensor dos valores morais e éticos da sociedade. Alceu VezzozoAntonio HalageTemístocles Pinho, José AntiórioJosé Ubiracy. A todos meus respeitos, minha gratidão e admiração.

Minha homenagem ao confrade, ex-governador Waldenir de Bragança, fundador e presidente de honra da ABROL- Academia Brasileira Rotária de Letras, a quem muito respeito e admiro, um tribuno de excelência, um amigo e rotariano exemplar.

Rendo ainda minhas homenagens às dedicadas funcionárias da Fundação Rotária, Susan Doxtator e Valerie Pereira, que muito me orientaram e muito me ajudaram na aprovação dos projetos do Distrito 4500.

Finalmente, não poderia deixar de citar essa pessoa dotada de um coração enorme, sempre disposta a ajudar os mais necessitados:  Susan Clarke que trabalhou comigo na Comissão Distrital da FR, sem a qual eu não poderia ter realizado tantos projetos de Subsídios Equivalentes no distrito 4500. Muito obrigado a todos. Que Deus os abençoe e proteja.

Além desses, há tantos outros, impossível citá-los todos. Certamente,  terei cometido a injustiça da omissão, pelo que, peço perdão.

Muito obrigado. 

 

Recife, 19 de novembro de 2020

Atualizada em 2021

ALBERTO DE FREITAS BRANDÃO BITTENCOURT




NOVEMBRO É O MÊS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA             Alberto Bittencourt – nov. 2020




 


SUMÁRIO

 

1 – INTRODUÇÃO

2 OS TRÊS MITOS DA FR

3 – HISTÓRICO

4 – ADMINISTRAÇÃO

5 – OS TRÊS MAIORES FUNDOS

6 - BOLSAS ROTARY PELA PAZ MUNDIAL

7 - PLANO VISÃO DO FUTURO

8 - CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA A FR

9 – ABTRF

10 – O ROTARY ABRE OPORTUNIDADES.

11 - PARÁBOLA DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA.

12 - CONCLUSÃO - MINHA MENSAGEM    

APÊNDICE – MINHA RELAÇÃO COM A FUNDAÇÃO ROTÁRIA

 

 

1 – INTRODUÇÃO

O Rotary International consagra o mês de novembro de cada ano à Fundação Rotária.

A Missão da Fundação Rotária é capacitar os rotarianos para que possam promover a boa vontade, paz e compreensão mundial por meio do apoio a iniciativas de melhoria da saúde, da educação e do combate à pobreza.

Lema: Fazendo o bem no mundo
Proposto por Arch Klumph, ao criar o Fundo de Dotações em 1917.

Esta é a oportunidade para que se conheça um pouco mais sobre aquela que é a maior fundação do mundo não ligada à igrejas, órgãos do governo ou empresas. Uma instituição que transforma a vida das pessoas, em nossas cidades e no mundo inteiro, que multiplica as contribuições aportadas, promovendo iniciativas sustentáveis e de grande impacto.

Não existe similar. Uma grande instituição benemérita como a Cruz Vermelha Internacional, consome um percentual significativo das contribuições que recebe, no custeio da máquina administrativa. Outra pequena ONG sediada na Suíça, a Association Enfants du Brésil, em que diretores bancam as despesas administrativas e de viagens, faz chegar às crianças carentes do Brasil, 100 % do que arrecada. Somente a Fundação Rotária faz chegar ao beneficiário final de seus projetos, de 200 a 300% da arrecadação. É mágica? É milagre? Não. É apenas o resultado de uma engenhosa matemática financeira no gerenciamento dos recursos, realizada por competentes profissionais, somada à importantes parcerias internacionais.

Apenas 8% da receita da FR é aplicada em despesas administrativas.

Desde que foi criada, em 1917, há 103 anos, a Fundação Rotária investiu cerca de 4 bilhões de dólares em projetos humanitários, educacionais e comunitários.

Pela 11a. vez, consecutiva, a FR recebe a classificação Quatro Estrelas, nível máximo de qualidade da Charity Navigator, organização internacional  que analiza as finanças, lisura, transparência de entidades que recebem fundos para projetos humanitários, educacionais, comunitários e ambientais.

Companheiros, sua doação pode salvar uma vida:

Bastam US$0,65 para que uma criança seja vacinada e fique protegida da paralisia infantil.

Com parcerias como a da Fundação Bill e Melinda Gates, essa contribuição para a erradicação da pólio vale o triplo. Com isso, conseguimos reduzir a incidência da pólio em 99,99% no mundo inteiro.

Com apenas US$50,00 podemos aumentar o acesso à água limpa, em comunidades desprovidas de saneamento e água potável.

Com US$500,00 podemos treinar promotores da paz, financiar campanhas contra a violência nas escolas e ajudar no desenvolvimento econômico de diversas comunidades.

Você pode ajudar a fazer a diferença no mundo.



2 – OS TRÊS MITOS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA:

1 – A Fundação Rotária pertence ao Rotary International.

FALSO! Sediada em Evanston. Illinois, USA, a Fundação Rotária possui uma administração independente do Rotary International, nada recebendo das contribuições percapitas pagas obrigatoriamente pelos rotarianos. A Fundação Rotária é a maior fundação do mundo não vinculada a órgãos governamentais, igrejas ou empresas privadas. Não tem um dono, não vem de uma família, como as Fundações Rockfeller e Ford, nem de uma empresa, como a Fundação Bradesco. Tampouco pertence a governos, como a Fundação Fulbright do governo americano.

A quem pertence a Fundação Rotária?

A Fundação Rotária pertence a todos os rotarianos do mundo que a mantêm através de suas doações espontâneas, voluntárias, e de suas campanhas de captação. São os rotarianos que determinam para quem serão destinados os recursos da FR.

2 – A Fundação Rotária vive das percapitas compulsórias dos rotarianos.

FALSO! A Fundação Rotária vive única e exclusivamente das contribuições voluntárias e espontâneas que rotarianos do mundo inteiro fazem para seus programas.

Mas todos devemos ter em mente que a FR não é apenas uma instituição de fins caritativos, nem assistencialistas, tampouco destinada somente a ampliar os conhecimentos dos jovens através das bolsas de estudo e programas de intercâmbio cultural.  Ela é tudo isso e muito mais.  O objetivo maior, básico da FR é um só: o de conseguir a concretização do sonho universal de paz e de compreensão mundial. 

3 – Contribuir para a Fundação Rotária é exportar capital para o Estados Unidos.

FALSO! Muitos rotarianos têm a ideia errônea de que contribuir para a Fundação Rotária é mandar dinheiro para os americanos.

Na realidade, o dinheiro que enviamos para o Escritório do RI no Brasil não chega a sair do país. Caso acontecesse, teria que recolher 35% de imposto para a Receita Federal. O dinheiro que doamos é aplicado e gerido aqui mesmo, embora contabilizado na FR. O Brasil e o nosso distrito em particular, têm recebido muito mais do que contribuem para a Fundação Rotária, cerca do dobro.

Disse o ex-presidente do Conselho Curador da FR, o saudoso Luiz Vicente Giay, em maio de 2005:

“Em toda a história da Fundação Rotária, o Brasil é o segundo país maior recebedor dos benefícios da Fundação Rotária, atrás apenas da Índia. Vocês têm ideia de quanto dinheiro o Brasil recebeu para seus projetos da Fundação Rotária? 172 milhões de dólares. Em bolsas educacionais; programas educativos; 3Hs; programas humanitários; Intercâmbio de Grupos de Estudos; todos os programas, de um modo geral, da Fundação, inclusive o pagamento de vacinas da Campanha Pólio Plus. E desde que a Fundação Rotária nasceu quanto vocês colocaram na Fundação Rotária? Muito menos da metade”.

Ao longo dos anos, tem se repetido: O Brasil recebe da FR muito mais do que contribui.



3 – HISTÓRICO

3.1 – Arch Klumph jamais desistiu.         

Arch Klumph, sexto presidente do Rotary International, 1916-17, teve um sonho. Durante a Convenção do Rotary International de Atlanta, Georgia, EUA, em junho de 1917, propôs a criação de um Fundo de Dotações para receber doações e fazer o bem no mundo. Em 1928 esse Fundo transformou-se na Fundação Rotária.

A primeira doação, no valor de US$ 26,50, pelo RC de Kansas City, foi recebida poucos após a convenção de Atlanta. Mas as doações continuaram tímidas. Arch Klumph, porém, nunca desistiu. Durante trinta anos persistiu, continuou a sua divulgação, a peregrinar, a fazer palestras e mais palestras. Entretanto as doações não deslanchavam. Trinta anos é uma vida. Arch Klumph nunca desistiu. Garimpou apoio para a Fundação Rotária até 1947, ano do falecimento de Paul Harris. Antevendo o fim que se aproximava, Paul Harris pediu que o dinheiro das homenagens póstumas fosse canalizado para a Fundação Rotária. Foi o bastante. Após a sua morte, cerca de 1,3 milhão de dólares, chegaram aos cofres da Fundação Rotária nos dezoito meses seguintes.

A Fundação Rotária é fruto de um sonho. Começou como uma pequena semente, lançada por Arch Klumph. No início, toda semente pode parecer igual, marrom e seca, sem nenhum sinal aparente de vida. Arch Klumph a colocou na terra com confiança, certo de que no momento adequado ela começaria a vingar. Durante trinta anos empenhou sua palavra para implantar essas ideias e pensamentos na mente dos rotarianos. Jamais desistiu, pois tinha a certeza de que a semente iria crescer e prosperar.  

Arch Klumph podia não imaginar que a Fundação Rotária, um dia viesse a se tornar uma das maiores fundações do mundo. Podia nem pensar que um dia  se lançaria na empreitada de erradicar a poliomielite da face da Terra. Mas certamente acreditou que a Fundação Rotária seria um instrumento essencial para o trabalho dos rotarianos em prol das crianças deficientes, dos idosos desamparados, das comunidades excluídas.

Decorridos mais de cem anos daquela convenção de Atlanta,  todo o poder, toda a força, toda a energia que fez a planta nascer, crescer e se fortalecer, advém da absoluta, irrestrita e incondicional confiança que os rotarianos do mundo inteiro depositam na Fundação Rotária. Advém da seriedade e transparência de suas administrações e da credibilidade que ela conquistou na sociedade. 

Portanto, digo aos rotarianos: sigam o exemplo de Arch Klumph. Ante as dificuldades, não desistam, ante os problemas, sejam a solução.  Não desistam, nunca, jamais. Contribuam, façam seus companheiros contribuírem para a Fundação Rotária. O sucesso do Rotary depende de uma Fundação Rotária forte. A Fundação Rotária depende de nós.

3.2 – Cronologia 

·     1916-17: Arch Klumph, sexto presidente do Rotary International, propôs a criação de um Fundo de Dotações para fazer o bem no mundo. A primeira contribuição de US$26,50 veio do Rotary Club de Kansas City, nos EUA.

·       1928: esse fundo passou legalmente a se chamar Fundação Rotária.

·     1930: foi outorgado o primeiro subsídio, no valor de US$500 à Associação Internacional da Criança Deficiente.

·       1947: com a morte de Paul Harris, teve início uma nova era para a Fundação Rotária.  Ele havia solicitado que eventuais doações em sua memória fossem encaminhadas para a então incipiente Fundação Rotária.  Foi o bastante para que os rotarianos do mundo inteiro aportassem US$1,3 milhão. 

·   1947: nesse mesmo ano foi implementado o primeiro programa da Fundação Rotária, que ofereceu bolsas de estudo a 18 pessoas, conhecido como Bolsas Educacionais do Rotary.

·      1957: foi lançado o programa de reconhecimento através do título de PHF, Companheiro Paul Harris.

·       1965: marca o início dos programas de Subsídios Especiais, mais tarde chamados de Subsídios Equivalentes e o programa de IGE - Intercâmbio de Grupos de Estudos.  

· 1978: foram criados os programas de Subsídios 3H - Saúde, Fome e      Humanidade e, Subsídios para Voluntários do Rotary, em 1979.

·         1981: foi criado o Fundo de Dotação, inicialmente chamado de Fundo Permanente.

·     1985: foi lançado o programa Pólio Plus, a primeira e maior iniciativa privada de apoio à saúde pública do mundo.  Nesse mesmo ano foram lançados os Subsídios para Professores Universitários.

·     1988: é criado um pool com o objetivo de erradicar a pólio, denominado GPEI - Iniciativa Global de Erradicação da Pólio - sob a liderança do Rotary, integrada pela OMS, UNICEF,  CDE – Centro Norte-Americano de Prevenção e Controle de Doenças, governos de países, ao qual depois viria a se juntar a Fundação Bill e Melinda Gates.   

·    1993: 500 milhões de crianças são imunizadas contra a pólio, graças à Iniciativa Global de Erradicação da Pólio.

·         1994: o hemisfério ocidental é declarado livre da pólio.

·         1998: o total das contribuições à Fundação Rotária desde seu início ultrapassa US$1 bilhão.

·       1999: são fundados os Centros Rotary de Estudos Internacionais para a Paz e Resolução de Conflitos. É outorgado o Subsídio Equivalente número 10.000.

·         2000 são outorgadas as primeiras 70 bolsas Rotary para a Paz Mundial.

·         2001: são conferidas as primeiras Bolsas Educacionais a Países de Baixa Renda.

·    2002: a FR recebe o Prêmio Gates para Saúde Global, acompanhado de US$ 1 milhão da Fundação Bill & Melinda Gates. A Europa ocidental e oriental é declarada livre da pólio

·    2002: o Rotary lança nova campanha de captação de recursos, denominada - Cumpramos o Prometido, Erradiquemos a Pólio, visando arrecadar US$80 milhões para garantir a erradicação da pólio.

·     2003: com o aporte de US$123 milhões, muito acima da meta de US$80 milhões, o Rotary conclui a campanha de um ano de arrecadação para combater a pólio. Lançados os Subsídios Individuais e os Subsídios Simplificados.

·     2004: foi outorgado o Subsídio Equivalente número 20.000. Formatura da primeira turma de Bolsistas Rotary pela Paz Mundial. Aberto o Fundo para a Infância, integrado ao Fundo Permanente. O Fundo Anual para Programas atinge o recorde de mais de US$70.350 milhões recebidos em contribuições de rotarianos.

·    2005: restabelecimento dos Subsídios Saúde, Fome e Humanidade (3-H) e da anualidade do programa do IGE. Aberto o Fundo de Solidariedade pelo Sul da Ásia, em apoio às vítimas do tsunami. Com o lançamento da campanha EREY - Todos os Rotarianos, Todos os Anos, o Fundo anual para Programas atinge o novo recorde de US$84,7 milhões. É criada a Sociedade Arch Klumph, para pessoas que doam no mínimo US$250.000,00.

·       2006: O marco de um milhão de Companheiros Paul Harris é alcançado.

·      2007: A Fundação Bill e Melinda Gates, fez uma doação-desafio de US$100 milhões ao Rotary para arrecadar fundos para a erradicação da pólio.

·   2009: A Fundação Gates dá ao Rotary mais US$255 milhões para a erradicação da pólio e aumenta o desafio para US$200 milhões, equiparando em duas vezes cada dólar arrecadado pelo Rotary.

·  2012: O Rotary supera o desafio de US$200 milhões feito pela Fundação Gates em 2009, arrecadando US$228 milhões.

·  2012: A Índia é retirada da lista de países endêmicos, após ficar um ano inteiro sem registrar novos casos de pólio.

·     2013: A Fundação Gates se oferece para equiparar as contribuições do Rotary contra a pólio, na proporção de 2:1 até US$35 milhões por ano, por cinco anos. O Rotary aceita o desafio e cria a campanha End Polio Now - Elimine a Pólio Agora.

·   2013: Ao término do programa piloto de três anos, que abrangia 100 distritos no mundo, o Rotary adota uma nova estrutura de subsídios denominada Plano Visão do Futuro. Os programas Subsídios Equivalentes, Subsídios Distritais Simplificados, Bolsas Educacionais e IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos são descontinuados, permanecendo apenas os Subsídios Distritais, Globais e Predefinidos. Os distritos patrocinam VTT – Equipes de Formação Profissional, como parte desses subsídios e alinham seus projetos às seis áreas de enfoque.

·       2014: A região sudeste da Ásia é declarada livre da pólio.

·   2019: O Rotary cria a sétima área de enfoque para os projetos:  Preservação do Meio Ambiente. Essa área de enfoque vem resgatar o programa Preserve o Planeta Terra, do presidente do RI, 1990-91, Paulo Viriato Correa da Costa e descontinuado pelo Rotary.



4 – ADMINISTRAÇÃO

A Fundação Rotária vive única e exclusivamente das contribuições que rotarianos do mundo inteiro, de forma voluntária e espontânea, fazem para seus programas.

Sediada em Evanston. Illinois, USA, a Fundação Rotária possui uma administração independente do Rotary International, nada recebendo das contribuições per capitas pagas obrigatoriamente pelos rotarianos.  É administrada por um grupo de dezesseis homens – os Curadores da Fundação Rotária – constituídos de quatro ex-presidentes de RI, sendo um deles o presidente do Conselho Curador, do Secretário Geral do RI, e de onze ex-diretores ou ex-governadores, que têm a responsabilidade de aplicar com rigor, com o máximo de cuidado, cada centavo arrecadado.  A transparência, a seriedade, a responsabilidade com que tudo é feito dignificam a ação dos rotarianos do mundo inteiro.

A Fundação Rotária aplicou no ano fiscal de 2018, US$86.677.399 no financiamento de 1.306 projetos distribuidos pelas seis áres de enfoque. 

No ano de 2019 aplicou cerca de US$335 milhões em seus diversos programas humanitários, educacionais e de intercâmbio cultural, em mais de 150 países, mudando a vida de milhares de pessoas. Destes, US$87 milhões foram destinados aos Subsídios Globais, US$26 milhões aos Subsídios Distritais,  US$ 5 milhões para os Centros Rotary de Paz e Resolução de Conflitos, entre outros.

Muitos companheiros desconhecem o alcance e a extensão desses projetos. Muitos sequer visitaram as entidades apoiadas e assistidas por seus Rotary Clubs. É preciso se engajar. É preciso participar. A responsabilidade da luta contra a miséria, o analfabetismo, a exploração, a violência, é de todos nós.

Aos presidentes das Comissão da Fundação Rotária de Rotary Clubs:

Aproveite para ampliar os horizontes daqueles que até agora não conseguiram vislumbrar Rotary além dos limites das   reuniões plenárias. Promova uma visita à creche, escola ou hospital assistido por seu clube. Veja o que lá foi feito, quais as suas carências, quais os seus objetivos, qual é o alcance do trabalho. Veja os projetos humanitários do seu clube, como fazer para melhorá-los, para ampliar a participação dos companheiros. Procure saber em que programa você melhor se enquadra, que sugestões tem a oferecer, como deseja atuar.



5 - OS TRÊS MAIORES FUNDOS

As doações dos rotarianos e outros podem ser destinadas ao Fundo Anual de Programas, ao Fundo de Dotação ou ao Fundo Pólio Plus

5.1 – O FUNDO ANUAL

As contribuições para o Fundo Anual de Programas são investidas durante três anos, sendo os rendimentos também utilizados para cobrir os custos administrativos da entidade, isto é, mais de 100% dos dólares doados vão financiar os nossos programas, três anos mais tarde.

Esse ciclo trianual de aplicações, mais rendimentos serve de apoio ao sistema SHARE que quer dizer compartilhar e é destinado a dois fundos menores:

    • 50 % da arrecadação de três anos antes, acrescido dos rendimentos vai para o Fundo Mundial, que é distribuído pela FR aos distritos do mundo inteiro, sem levar em conta as contribuições de cada um.
    • 50% são colocados à disposição dos distritos doadores, no FDUC- Fundo Distrital de Utilização Controlada.

5.2 – FUNDO DE DOTAÇÃO

Anteriormente chamado Fundo Permanente, o Fundo de Dotação é considerado o meio mais importante para assegurar o futuro dos programas da Fundação. Apenas os rendimentos são utilizados. O principal permanece aplicado de forma a fornecer um suplemento seguro e regular para apoiar a Fundação em seus programas humanitários, educacionais e culturais, sempre garantindo um nível mínimo de atividades e possibilitando a expansão e lançamento de novas iniciativas no futuro.

O Fundo de Dotação recebe legados, heranças, espólios, seguros de vida, imóveis, milhas aéreas, e tem convênio com cartões de crédito, programas de milhagem, seguradoras.

Pelo último balanço auditado, de 30 de junho de 2019, os resultados são os seguintes:

 

Saldos em 30/06/2019

Metas até 2025

Ativos líquidos

US$ 487,5 milhões

US$ 1.0 bilhão

Promessas não realizáveis

US$ 827,9 milhões

US$ 1.25 bilhão

Patrimônio líquido- Soma

US$ 1.316,4 milhões.

US$ 2,25 bilhões

 

Os US$827,9 milhões não realizáveis incluem imóveis, doações testamentárias e compromissos de doações. Assim sendo, somente o valor correspondente à primeira parcela de US$487,5 milhões gera dividendos que auxiliam o financiamento de programa

A meta atual da Fundação Rotária é de alcançar o montante de um bilhão de dólares de reservas financeiras do Fundo de Dotação até o ano de 2025. A partir daí os rendimentos das aplicações financeiras do Fundo seriam suficientes para patrocinar todos os programas da Fundação Rotária. Estima-se, então, que a Fundação Rotária não mais dependeria dos recursos do Fundo Anual para Programas. Estaria, desse modo, assegurada a continuidade dos programas da Fundação Rotária.

A Fundação outorga o título de Benfeitor da Fundação Rotária a todos que incluírem uma doação substancial em seu testamento ou doarem a quantia mínima de US$1000 ao Fundo de Dotações.

5.3 - O FUNDO PÓLIO PLUS

O Fundo Pólio Plus do Rotary não é propriamente um fundo, pois o dinheiro é para ser gasto na campanha Pólio Plus e não para ficar acumulado. A meta é erradicar a poliomielite da face da Terra.

O Rotary e seus parceiros integrantes da GPEI – Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, criada em 1988, a saber: OMS – Organização Mundial de Saúde; UNICEF- Fundo das Nações Unidas para a Infância; CDE - Centro Norte-Americano de Prevenção e Controle de Doenças; Fundação Bill e Melinda Gates; além dos governos de 37 países, trabalham para alcançar essa meta.

A Pólio Plus é uma campanha do Rotary para erradicação global da poliomielite. O programa foi lançado em 1985 com o objetivo de angariar US$120 milhões até 2005, ano do centenário do Rotary, para fins de imunização de crianças e erradicar a poliomielite da face da Terra. Essa meta financeira foi ultrapassada em mais do dobro, tendo sido arrecadados US$247 milhões.

Os casos de pólio reduziram-se drasticamente, de 350 mil em 125 países endêmicos, em 1985, para:

            1979 casos em 2005, em 16 países endêmicos e
            33 casos em 2018, em apenas 2 países endêmicos: Afeganistão e Paquistão            
                     99,99% da meta está cumprida.

Em trinta anos, entre 1988 e 2018, foram aplicados pelo GPEI, recursos de US$17 bilhões na campanha da pólio, 2,5 bilhões de crianças foram imunizadas, com o trabalho de mais de 4 milhões de voluntários. Mais de 1,5 bilhão de mortes foram evitadas.

  • A economia no custeio da saúde no mundo no mesmo período é de 27 bilhões de dólares. 
  • O GPEI estabeleceu um novo plano estratégico para o período de 2019 a 2023, com um orçamento de US$4,2 bilhões.
  • O total de recursos do Fundo Pólio Plus da Fundação Rotária aplicados pelo Rotary na luta contra essa doença, até agora, foi de US$1,3 bilhão.
  • Os surtos que aparecem em nações já livres da pólio, são sistematicamente interrompidos ou controlados pelo Rotary. 
  • A experiência de campanhas de vacinação em massa, permitiu ao mundo evitar epidemias como ebola, cólera, meningite, e agora, com a nova pandemia da covid-19, será certamente de grande utilidade, quando chegar a vacina.  



- BOLSAS ROTARY PELA PAZ MUNDIAL

 

Você gostaria de mudar o mundo? 

Gostaria de ganhar uma bolsa de estudos numa universidade de renome internacional com todas as despesas pagas? As despesas cobertas são: passagens aéreas, mensalidades e taxas escolares, hospedagem e alimentação, transporte local, despesas fortuitas e estágios. 

Então inscreva-se numa “Bolsas Rotary pela Paz Mundial”. 

As inscrições para bolsas no período 2022-23, estarão abertas a partir de 01 fevereiro, até o dia 01 de julho de 2021.

Candidate-se a uma das bolsas patrocinadas pela Fundação Rotária do Rotary International, em um dos oito Centros Rotary de Estudos Internacionais, existentes no mundo:

  1. Chulalongkorn University, Bangcoc, Tailândia.
  2. Makerere University - Uganda
  3. Duke University - Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA.
  4. University of North Carolina - Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA.
  5. International Christian University - Tóquio, Japão.
  6. University of Bradford - West Yorkshire, Reino Unido.
  7. Uppsala University, Suécia.
  8. University of Queensland, Brisbane, Austrália.

Você pode concorrer a dois tipos de bolsa:

·         um curso de mestrado, com duração de 15 a 24 meses;

·         um curso de aperfeiçoamento profissional em Paz e Resolução de Conflitos, com duração de um ano, que pode se realizar nos Centros Rotary da Tailândia ou de Uganda.

A Fundação Rotária seleciona anualmente, com base de mérito, a nível mundial, 50 bolsas de mestrado e 80 de aperfeiçoamento profissional, num total de 130 bolsas anuais. Oferece também um estágio, onde os bolsistas podem aplicar, na prática, os conhecimentos adquiridos no curso.

Os bolsistas do Rotary pela Paz Mundial são líderes que promovem a paz, a mútua cooperação entre homens e nações, a resolução de conflitos em todos os setores. Atuam nas áreas onde houver guerras, cataclismos, fome, miséria, doenças, no atendimento.

Os cursos abrangem relações internacionais, administração pública, desenvolvimento autossustentável, estudos da paz e resolução de conflitos, entre outros assuntos.

Após a conclusão, os ex-bolsistas trabalham em várias áreas: órgãos públicos governamentais; ONGs internacionais, como Médicos Sem Fronteiras; empresas de consultoria; Forças Armadas e em organizações internacionais, como o Banco Mundial, a Organização Internacional para as Migrações, a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas (ONU), entre outras.

Os candidatos devem ter, além de excelentes habilidades de liderança, compromisso com a paz e compreensão mundial, demonstrado por intermédio de conquistas acadêmicas, profissionais e pessoais, e de participação em atividades de prestação de serviços comunitário.

Para o curso de mestrado são exigidos diploma universitário, proficiência em um segundo idioma e um mínimo de três anos de experiência na área, seja como voluntário, seja em empregos remunerados. A decisão final pela aceitação dos candidatos é da universidade escolhida.

Para o curso de aperfeiçoamento profissional são exigidos diploma de nível médio ou superior, proficiência em inglês e um mínimo de cinco anos de experiência em posição de responsabilidade. 

Não poderão candidatar-se: rotarianos; rotarianos honorários; funcionários de qualquer entidade rotária; cônjuges, descendentes diretos (filhos e netos) ou ascendentes (pais ou avós) de rotarianos; ex rotarianos que deram baixa do Rotary há menos de 36 meses, e seus parentes.

Sócios de Rotaract Clubs e pessoas deficientes podem e são incentivados a se inscreverem.

Para se inscrever, o candidato deve baixar na internet o formulário de inscrição, ou solicitar por e-mail junto a um Rotary Club.

Uma vez preenchido o formulário, anexar os documentos pedidos e enviar a inscrição a um dos Rotary Clubs locais até o dia 01 de junho de 2021. 

Desde que foram criados em 2002, os Centros Rotary pela Paz Mundial já formaram mais de 1300 bolsistas (alumni).

Você, rotariano, deve divulgar o programa, de modo a atrair candidatos de qualidade, com o perfil adequado, entre professores, advogados, militares e outros profissionais de sua relação.

   

7 - PLANO VISÃO DO FUTURO

     ENFRENTANDO E VENCENDO DESAFIOS

Desde a criação, no ano rotário de 1965, o programa de Subsídios Equivalentes demorou 35 anos para chegar a dez mil projetos, no ano 2000. A partir desse ano, o número de projetos aprovados de SE aumentou mais dez mil, em apenas quatro anos, chegando a 20 mil no ano de 2004. Em mais três anos chegou a 30 mil.

Os funcionários da FR não davam conta da demanda por serviços. Os recursos alocados se esgotavam completamente antes do fim de cada ano rotário. Mais da metade dos projetos aprovados eram deixados para o ano seguinte, por esgotamento de fundos.

As razões do não atendimento desse grande número de projetos foram as seguintes:

a) de um lado o espetacular aumento da demanda por subsídios. No mundo inteiro mais rotarianos passaram a usar o benefício.

b) de outro lado, as aplicações financeiras da FR sofreram enorme queda nos rendimentos internacionais.

Em vez de reprimir a demanda, no início a solução encontrada foi aumentar a oferta de recursos.

Assim, os Curadores da FR estabeleceram objetivos ambiciosos para o Fundo Anual de Programas a alcançar até o ano do centenário do RI em 2005. Até lá, cada rotariano deveria contribuir com o valor médio anual de US$ 100, o que uma vez atingido, elevaria a arrecadação anual para US$ 120 milhões naquele ano.

Com o lançamento do programa EREY – Todos os Rotarianos, todos os anos – em 2005, o grande objetivo dos curadores da FR foi alcançar a média de US$ 100 per capita em contribuições no ano do centenário, de modo a sustentar a formidável expansão do número de projetos humanitários.

De acordo com o ciclo de 3 anos de aplicação dos investimentos, o que for arrecadado neste período 2001-02 será distribuído, acrescido dos rendimentos, justamente no ano em que se celebrará o centenário do RI, em 2004-05.

Em 2013, a FR lançou o Plano Visão do Futuro, visando simplificar e diminuir a quantidade de pedidos de Subsídios por parte de Rotary Clubs. Uma nova estrutura de Subsídios foi criada, permanecendo apenas os Subsídios Globais, Subsídios Distritais e Subsídios Predefinidos.

 

8 - CAPTAÇÃO DE RECURSOS 

Se você foi escolhido pelo governador do distrito para presidente da Comissão Distrital de Captação de Recursos, tenho a certeza que o cargo não poderia estar em melhores mãos. Com certeza você vai dinamizar a captação e o seu distrito vai ser destaque.

Sugiro aqui algumas iniciativas, parte delas já adotadas no Brasil e outras que vi em Rotary Clubs no exterior. Lá a Fundação Rotária é sempre lembrada nas reuniões plenárias, seminários, fóruns, conferências distritais, eventos, sejam eles destinados a captação de recursos ou não.

Antes de tudo, para mobilizar os companheiros e tirá-los da inércia, é preciso, além de massificar a divulgação das ideias, partir para a ação. Não ficar apenas na expectativa. Se ficar esperando, as contribuições não chegarão.
Inspirar para mobilizar são palavras de ordem, capazes de alcançar bons resultados.

Seguem-se algumas sugestões:

1. EREY - Every Rotarian, Every Year
A meta é atingir a média per capita de doações de 100 dólares anuais no clube ou no distrito. Se somos 1200 associados no distrito, por exemplo, significa alcançar 120.000 dólares ao fim do ano rotário.
Na realidade, o maior objetivo é fazer com que os rotarianos sempre se lembrem da Fundação Rotária ao longo de suas atividades.
Os companheiros que se comprometerem com essa meta de cem dólares por rotariano, por ano, recebem o título de Contribuintes Especiais da FR.

Para suprir a crescente demanda por programas humanitários e educacionais, os curadores da F.R. estabeleceram essa nova categoria de doadores.

Todos os rotarianos serão incentivados a se tornarem Contribuintes Especiais mesmo que já sejam companheiros Paul Harris ou Doadores Extraordinários

2. Prêmio ou sorteio durante a conferência.
Pode ser a rifa de um veículo, de uma motocicleta, ou o leilão de objetos de arte.
A iniciativa implica em correr o risco calculado de se adquirir previamente os objetos para sorteio. O custo não deve ultrapassar 20 ou 30% do valor do prêmio.

3. Consórcio Paul Harris.
Sugiro que o distrito administre um plano de consórcio Paul Harris que vá contemplando os participantes na medida em que for alcançando quantias múltiplas de mil dólares. Tenho os modelos do termo de adesão e do regulamento à disposição dos interessados.

4. Sociedade Paul Harris.
Contempla os companheiros que se comprometerem a doar mil dólares por ano para a FR

5. Reuniões Plenárias

a) Colocação de cofrinhos ou mealheiros. 

Pode estabelecer uma saudável competição, se colocar nos cofrinhos brasões de times de futebol.

b) Pagamento de multas em benefício da FR.

É um jeito divertido. A gravata mais bonita, o esquecimento do distintivo, apareceu na mídia, gera uma pequena multa para a FR, cobrada pelo presidente do clube.

c) Sorteios tipo fifty- fifty (50-50).

Esse sorteio significa a venda na entrada das reuniões de um bilhete numerado, com duas pernas. A perna canhota vai para uma urna, destinada a sorteio, a outra fica em poder do adquirente.

Cada bilhete pode ser vendido por R$5,00 ou mais.  O rotariano adquire tantos bilhetes quantos queira. Faça promoções do tipo: um por cinco, três por dez. No final da reunião é feito o sorteio. O vencedor fica com a metade do apurado e a FR com a outra metade. A chance de ser sorteado é proporcional ao número de bilhetes adquiridos pelo rotariano.

d) Promessa de doação.

É uma lista com os associados do clube. Na primeira coluna, coloca-se a promessa de doação (pledge) a ser cumprida até o fim do ano Rotário. Em cada plenária o coordenador percorre os companheiros com a lista, para receber as doações daquele dia. Anota em outra coluna o valor recebido. Na coluna seguinte coloca o valor acumulado e na última coluna quanto falta para cumprir a promessa. Essa lista tem que ser atualizada semanalmente.


6. Jantar canadense.

O presidente do clube oferece, às suas expensas, um jantar para dez companheiros e esposas. Cada um dos convidados recolhe para a FR o valor correspondente ao jantar e se obriga a oferecer novo jantar para outros dez companheiros e esposas. O número cresce em progressão geométrica, sempre tendo a FR por alvo.

7. Empresa Cidadã.

Procurar pequenas empresas, escritórios de advocacia e outros que sejam inscritos no CNPJ/MF, cuja contribuição deva ser através da ABTRF. Solicitar quantias módicas parceladas, de modo a captar os recursos em escala. Mostrar a grande obra da FR e as vantagens de ter a sua marca ligada ao Rotary, como Empresa Cidadã. É mais fácil conseguir dez pessoas jurídicas, cada uma contribuindo com R$300,00 mensais do que uma empresa, contribuindo com R$6000,00.

8. Seguro Solidário.
Visitar as corretoras de seguros para estimular as vendas de produtos das companhias que têm convênio com a ABTRF (Porto Seguro, Azul, Itaú). Estimular os rotarianos a comunicarem à seguradora os seus seguros e de familiares que se enquadrem na categoria de Seguro Solidário.

A FUNDAÇÃO ROTÁRIA PRECISA DE VOCÊ!

Estas são algumas ideias postas em prática por muitos clubes no Brasil e no exterior. Não são novidades, mas sugestões para lembrar aos companheiros da Fundação Rotária.

Como em tudo na vida, para ter sucesso, é preciso correr atrás.

São palavras de Luiz Vicente Giay, presidente 1996-97 do Rotary:

Vale lembrar que a Fundação Rotária precisa mais do que de dinheiro; ela precisa do comprometimento pessoal dos rotarianos que servem como voluntários, hospedam participantes de Grupos de Estudos (IGEs), servem como conselheiros de bolsistas ou participam dos vários tipos de programas humanitários. Envolver-se pessoalmente em atividades da FR é fascinante experiência que possibilita a descoberta de novas áreas de prestações de serviços internacionais. Os rotarianos são recompensados de muitas maneiras e fazem a diferença ao apoiarem a nossa Fundação, pois sem sombra de dúvidas, ela é o maior presente para o futuro do Rotary.



9 -  ABTRF - Associação Brasileira da The Rotary Foundation

 

OBJETIVO

Capacitar os rotarianos a obter parcerias de pessoas jurídicas para os programas da Fundação Rotária, através da ABTRF.

SUMÁRIO

  1. Introdução
  2. Site da ABTRF
  3. Tipos de investimentos
  4. Ação da FR no mundo
  5. Áreas de Enfoque
  6.  Vantagens de associar sua marca à marca Rotary
  7.  Como fazer uma abordagem bem sucedida.
  8.  Desafios para os Rotary Clubs
  9. Atitudes Positivas
  10. Conselhos Práticos
  11. Pensamentos

DDESENVOLVIMENTO


I - Introdução

R  A ABTRF - Associação Brasileira da The Rotary Foundation, com CNPJ/MF nº 06.164.572/0001-92, foi criada em 9 de março de 2004. 

A 08 de junho de 2004, foi qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP – nos termos da lei nº 9.790 de 23 de março de 1999.

Tem por objetivo receber recursos de pessoas jurídicas para aplicação em projetos humanitários do Rotary. As pessoas físicas contribuem diretamente para a Fundação Rotária. 

A ABTRF é também conhecida como Fundação Rotária Brasileira. Na realidade ela é a segunda porta de entrada de fundos para o mesmo destino: a Fundação Rotária.

   2. Site da ABTRF: 

     www.abtrf.org.br

3.     3. Tipos de Investimentos:

3.1 - Seguro Solidário

As seguradoras Porto Seguro, a Azul ou a Itaú Seguradora destinam 5% do prêmio do seguro auto à ABTRF, quando o segurado for rotariano, ou seu ascendente ou descendente direto.

Se o seguro de seu carro for de uma dessas três seguradoras, envie e-mail para o endereço abaixo, contendo as seguintes informações:

rotary.convenio@portoseguro.com.br

·                                        Nome da Seguradora

·                    Nº. da Apólice

·                    Nome do Segurado

·                    Nome do Rotariano

·                    Nº. do Associado 

·                    Nº. do Clube

·                    Nº. do Distrito

·                    Grau de Parentesco

Cabe aos rotarianos corretores de seguros orientarem seus clientes companheiros, quando for o caso. 

Muitos rotarianos pensam que a contribuição do Seguro Solidário é da pessoa física, quando na verdade é da empresa seguradora, pessoa jurídica. 

   3.2 -  Empresa Cidadã

É toda empresa que, em parceria com um Rotary Club, contribui para a ABTRF.

O trabalho dos rotarianos consiste em motivar o empresário, despertando nele o interesse de contribuir para a grande obra do Rotary, de transformar o Brasil e o mundo.

As contribuições podem ser de duas formas:

1) Em uma só parcela, através de depósito na conta da ABTRF, ou por boleto bancário.

·                    Banco:     Bradesco (237)

·                    Agência:  0136

·                    Conta:     142.553-6

·                    Nome:  Associação Brasileira da The Rotary Foundation

2) Em parcelas mensais de no mínimo R$ 300,00 pelo período mínimo de 12 meses, mediante a assinatura do Termo de Compromisso. Entrar no site da ABTRF para gerar o boleto. 

Em ambos os casos, abaixe e preencha o formulário de doação. Destine a doação para o Fundo Anual de Programas. O Rotary Club o enviará para o escritório de São Paulo.

4 - Ação da Fundação Rotária no mundo. 

Fale do maior programa institucional da Fundação Rotária, o programa Pólio Plus, que visa erradicar a poliomielite da face da Terra. Esteja preparado para vender o seu produto. 

5 -  Áreas de Enfoque

É importante deixar bem claro que a Fundação Rotária irá alocar os fundos em uma das 7 áreas de enfoque, de acordo com projetos elaborados pelos clubes e distritos rotários:

  1. Paz, prevenção e resolução de conflitos 
  2. Saúde materno infantil 
  3. Prevenção e tratamento de doenças 
  4. Alfabetização e educação básica 
  5. Recursos hídricos e saneamento 
  6. Desenvolvimento econômico e comunitário
  7. Preservação do meio ambiente. (A partir de 01 de julho de 2021). 

b.    6 - Vantagens de associar sua marca à marca Rotary.

1.   O Rotary é a única instituição no mundo que consegue fazer chegar aos beneficiários finais de seus projetos até seis vezes o valor doado. Outras entidades, como a Cruz Vermelha Internacional, devido a um custo operacional elevado, só conseguem fazer chegar ao destinatário final cerca de metade do que arrecadam. 

Cada projeto da Fundação Rotária conta com três componentes financeiros, em geral da ordem de 30% cada: 

·                    Recursos da FR;

·                    Recursos de um Rotary Club patrocinador do local do projeto;

·                    Recursos de um Rotary Club parceiro do exterior. 


Essas contrapartidas, somadas, chegam a triplicar o valor aportado pela FR, fora parcerias como a Fundação Gates, que elevam ainda mais o valor doado.

2.   O Rotary é a maior rede mundial de voluntários. Somos mais de 1,2 milhões de pessoas que trabalham fazendo o bem no mundo sem ganhar um centavo, que doam de seu tempo, de seu dinheiro, de seu talento, em favor do próximo, movidas pelo ideal servir e pelo desejo de construir um mundo melhor.

3.   O Rotary é uma organização centenária, fundada em 1905 por um jovem idealista chamado Paul Harris, com o objetivo de buscar a paz e a compreensão mundial, organização que está presente em 215 países, sem discriminação de raça, religião, classe social, posição política ou geográfica.

4.   A Fundação Rotária não tem um dono, como têm outras fundações. Ela não pertence a empresas, nem a governos, nem à igrejas e é independente administrativamente do Rotary. Ela pertence única e exclusivamente aos rotarianos. São eles que definem os projetos e são os responsáveis pela aplicação dos recursos recebidos.

5. A FR vive das doações espontâneas de rotarianos e parceiros no mundo inteiro, tem enorme credibilidade e conta com investidores importantes, como a Fundação Bill e Melinda Gates, para erradicar a poliomielite da face da Terra. 

6.   Os fundos investidos na ABTRF no caso de pessoas jurídicas ou na FR, no caso de pessoas físicas, não saem do Brasil. Eles permanecem aqui, para serem aplicados nos projetos de Rotary Clubs brasileiros. 

5.   7 - Como fazer uma abordagem bem sucedida.

1) Primeiro escolha a pessoa certa. Você deve pedir audiência com quem detém o poder de decisão dentro da empresa. A reunião deve ter duração de cerca de meia hora. 

2) Tudo tem que ser muito transparente. Lembre-se que você vai vender um produto que, para eles pode ser desconhecido. 

3) Leve para a entrevista documentos referentes ao Rotary, como dados estatísticos, fotos de projetos bem sucedidos, folders. 

4) Leve um ofício de apresentação individual ou carta proposta de parceria, destacando em amarelo os pontos mais importantes.

5) Leve o Power Point ilustrativo em um tablet ou notebook. Se possível, imprima os slides em cores, encaderne e deixe na empresa.

6) Leve o Termo de Compromisso e o formulário de doação, preenchidos com os dados do Clube e da empresa, em duas vias. Procure colher a assinatura na hora.

7) Mostre as vantagens de associar a marca da empresa à marca Rotary. Fale da capilaridade, permeabilidade, credibilidade e do custo baixíssimo.

8) Utilize o paradigma de investimento social que vai trazer LUCRO ao balanço da empresa. Em outras palavras, fazer o bem dá lucro.

9) Explique os tipos de reconhecimento que a empresa se habilita a receber. Mostre no tablet ou notebook:

·     Banners associando a marca da empresa à marca Rotary, para exposição em eventos rotários; 

·      Certificados de reconhecimento como Empresa Cidadã; 

·       Diplomas em homenagem aos diretores da Empresa;

·       Selos digitais da Empresa Cidadã.

·       Títulos Paul Harris, para homenagear pessoas que a diretoria indicar. 

 

10) Mostre também as formas de divulgação da Empresa Cidadã:

·                    Carta Mensal do Distrito - 2.500 exemplares digitais e impressos.

·                    Site do Distrito – Facebook –mídia.

·                    Banners em todos os eventos do Clube e do Distrito.

·                    Boletins do clube.

11) Envie convites para o empresário visitar projetos bem sucedidos e mantenha um contato permanente com ele. Afinal, você não deseja que a parceria se esgote na primeira doação.

12) Coloque-se à disposição da empresa para voltar e aprofundar o assunto, se necessário. 

6.    8 - Desafios para os Rotary Clubs

·           Captar uma empresa cidadã para cada 10 associados do clube.

·           Divulgar o Seguro Solidário entre todos os rotarianos do clube e seus ascendentes e                      descendentes diretos: cônjuge, filhos, netos, pais, sogros. 

7.    9 - Atitudes Positivas 

·                    Aplique conceitos de marketing para transmitir o seu recado.

·                    Quebre paradigmas. Busque formas de inovar. Seja criativo.

·           Deixe claro que não se trata de fazer caridade, mas de ser parceiro do Rotary, em programas humanitários e educativos.

·                   Seu objetivo não é encontrar doadores, mas parceiros para viabilizar um investimento social, do qual a empresa se beneficiará. Está provado que o balanço social melhora o lucro das empresas.

·                  Visualize o sucesso. Foi assim que o Rotary chegou ao seu segundo século de existência.

·                    Não tenha vergonha de pedir. Acredite em você.

·                  Ao se apresentar como rotariano, você tem credibilidade. Todos sabem que seu pedido não é para você, mas para uma causa justa.

                   

8.    10 - Conselhos Práticos

·                    Entre na reunião como vencedor. Nunca como pedinte.

·                    Demonstre paixão e entusiasmo. Acredite no que faz. 

·                 Há três coisas absolutamente necessárias para se realizar qualquer projeto de prestação                 de serviço voluntário: Trabalho, Tempo e Dinheiro.

·                    Não faça leilão das necessidades financeiras de seu projeto entre outros agentes.

·                    Verifique se seu clube tem ciência dos custos envolvidos no projeto.

·                      Seja profissional, proativo e transparente. Compartilhe o projeto com todos os                        companheiros. 

·                    Siga os manuais e guias da Fundação Rotária e da ABTRF.

·                    Esteja preparado para ouvir: Agora não; mais tarde; não posso.

·                    Faça de seu projeto uma causa. 

9.    11 - Pensamentos 

·                    O futuro não pode ser previsto, mas pode ser mudado.

·                    O poder flui para quem tem o que os outros necessitam.

·                    Quanto maior for o número de pessoas que necessitem do que você tem, maior será a sua influência sobre elas.

·                    Quem tem poder tem influência. Quem tem influência tem liderança.

·                    Um grande líder é aquele que nada teme, nem mesmo uma ideia nova.


 

10 - O ROTARY ABRE OPORTUNIDADES


A participação em seminários rotários, mesmo virtuais, é essencial para que rotarianos se atualizem, se inspirem, tomem iniciativas, aprendam a desenvolver projetos, e possam transmitir opiniões, mensagens, comentários.   

Nestes tempos difíceis de pandemia, de distanciamento físico, para os quais a humanidade não estava preparada, ante todo o sofrimento dos empregos perdidos, das empresas fechadas, das perdas de entes queridos, poderíamos arguir:

·        Qual seria o papel dos rotarianos, para melhor cumprir a missão da FR: Fazendo o bem no mundo  ?
  •     Como poderiam Rotary e rotarianos, fazerem jus ao lema do presidente Holger       Knaack,  2020/21: O Rotary abre oportunidades?

Em tempos de covid-19, uma parcela informal da população, estimada em 14 milhões de pessoas,  deixa diariamente as suas casas para buscar o sustento nas ruas. Essa parte da população que, com o isolamento social, perdeu suas referências, hoje subsiste graças ao auxílio emergencial dado pelo governo.

Com a gradativa volta ao que chamam de novo normal, venho sugerir três projetos de Subsídios Globais, os quais reputo da maior importância, por ter como público alvo justamente essa população desprovida de tudo, inclusive do essencial, vítimas maiores da pandemia e do isolamento:


1) PROJETO DE MICROCRÉDITO (CRÉDITO ROTATIVO)

Destinado justamente a essa população informal, que nunca teve CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social -, ambulantes, camelôs, vendedores de rua, flanelinhas, malabaristas de semáforos.

Para esse segmento, proponho um tipo de projeto financeiro, patrocinado pela Fundação Rotária, chamado Microcrédito ou Crédito Rotativo.

Seriam pequenos empréstimos para pequenos negócios, de pequenos empreendedores, que teriam que pagar num certo prazo, acrescido de juros, o valor recebido.

Exemplos: apetrechos para um salão de cabeleireiro; carrinho para vender sanduiches de cachorro quente; tabuleiro para tapioca; ingredientes para fabricar e entregar bolos; oficina de costura; barraca de pasteis; oficina de informática, e outros. Poderiam funcionar na própria residência do tomador, nas ruas, praias, em diversos locais.

Seriam contempladas pessoas que comprovassem o perfil, de micro empreendedor individual (MEI), sem precisar estar oficialmente  registrado como tal.  Proporcionaria renda e sustentação para importante segmento da população.  

2) PROJETO DE REFORÇO ESCOLAR.

O outro projeto seria para ser aplicado nas escolas públicas de ensino fundamental, contemplando alunos na faixa etária de 09 a 15 anos. Buscaria evitar que esses alunos chegassem e concluíssem o ensino médio como analfabetos funcionais, isto é praticamente sabendo apenas assinar o nome. Sabem  ler mas não conseguem interpretar o que leem, não sabem fazer multiplicar nem dividir,  desconhecem o que seja percentagem, regra de três, fração, não conseguem assistir  filmes legendados, pois não sincronizam a leitura com  o desenrolar da história,  não sabem ver horas em relógio analógico,   nada sabem de ciências físicas nem biológicas.  Seus conhecimentos de tecnologia se resumem ao uso básico dos telefones celulares. Escrevem mensagens de WhatsApp eivadas de erros os mais grosseiros.

A minha proposta é que se faça um projeto de reforço escolar nos moldes do que é feito pelo Instituto Ayrton Senna com os programas Se Liga e Acelera, sob a direção de Viviane Senna, a valorosa irmã do ídolo brasileiro.  O Instituto atua nas mesmas escolas públicas do ensino regular, com os mesmos professores, com os mesmos  alunos, com resultados expressivos. Seu método não tem segredos.  Apenas investe na capacitação desses professores, incentiva, monitora, avalia, premia na base da meritocracia. 

3) PROJETO DE CULTURA DA PAZ NAS ESCOLAS

Paralelamente ao ensino curricular, o Rotary investiria para implantar nas escolas uma  Cultura da Paz e Não Violência.

Constituída por dinâmicas desenvolvendo temas  de convívio harmônico, pacífico, de amizade, tolerância e empatia. Abordaria temas de comportamento cívico, ético, profissional, ensinando os alunos a ganhar o pão de cada dia de maneira honesta. Poderia fornecer instrução profissional, mas o essencial seria ensinar os valores morais e humanos através da contratação de facilitadores  profissionais qualificados, professores, pedagogos, técnicos, psicólogos, médicos, que transmitissem conhecimentos, noções de higiene, de saúde, regras para um relacionamento harmonioso e além de ensinamentos de combate à droga, à banalização do sexo, ao bullying e à violência.  O projeto abrangeria também todo o corpo docente da escola e as famílias dos alunos.

Este é o papel do Rotary, de transformar vidas, abrir oportunidades.

O Rotary Club patrocinador faria um projeto de Subsídio Global da FR,  no valor  de US$30.000. O patrocínio poderia ser de um ou mais Rotary Clubs, que fariam parcerias ou convênios com as secretarias de educação. Teria a duração de um ou dois anos, abrangendo alunos de mais de uma escola, podendo chegar a 2000 ou 3000 alunos. 

É um projeto para fazer a diferença na vida dessas crianças para que elas sejam resilientes, posto que, advindas de um meio deturpado pela pobreza, pela violência, pela fome. Essas crianças aprenderiam a ser chefes de família, produtivos e responsáveis. 

Essa é minha proposta em tempos de pandemia: três projetos de Subsídios Globais da Fundação Rotária, para Fazer o bem no mundo  dentro do lema do presidente Holger Knaack: O Rotary abre oportunidades.


11 - PARÁBOLA DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA:

 

OS TRÊS PEDREIROS

 fábula de Charles Péguy, escritor francês, 1873-1914:

 

Uma vez um viajante, percorrendo uma estrada, deparou-se com uma obra em início de construção. Três pedreiros, com suas ferramentas, trabalhavam na fundação de um  importante projeto.

O viajante aproximou-se, curioso. Perguntou ao primeiro pedreiro o que estava fazendo. Estou quebrando pedras, não vê?  Respondeu o pedreiro.  Expressava no semblante um misto de dor e sofrimento. Eu estou morrendo de trabalhar, isto aqui é um meio de morte, as minhas costas doem, minhas mãos estão esfoladas, este trabalho é um sacrifício, concluiu.

Mal satisfeito, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e repetiu a pergunta. Estou ganhando a vida, respondeu. Não posso reclamar, pois foi o emprego que  consegui. Estou conformado porque levo o pão de cada dia para minha família.

O viajante queria saber o que seria aquela construção. Perguntou então ao terceiro pedreiro: O que está você fazendo? Este respondeu:  Estou construindo uma Catedral!

Três pedreiros, três respostas diferentes para o mesmo trabalho.  Cada um manifestou sua própria visão. 

Para o primeiro pedreiro, o serviço significava dor e sofrimento. Um sacrifício que certamente tornava a ação muito mais penosa e lhe fazia mal. Se você tiver no Rotary o sentimento do primeiro pedreiro, estiver se sentindo de certa forma desconfortável, sem gostar, meio contrariado, até um pouco desmotivado, tudo lhe será muito difícil e penoso. Você precisa mudar.

O segundo pedreiro manifestou indiferença. Estava conformado, mas não realizado. O trabalho nada lhe significava e ele só o fazia por obrigação. Você pode estar no Rotary com o mesmo sentimento de indiferença do segundo pedreiro. Comparece, cumpre as obrigações de frequência, pagamento e nada mais. A indiferença, geralmente, termina em desistência. Mude antes que seja tarde.

Já o terceiro pedreiro tinha a consciência da importância do seu trabalho. Desempenhava a função com orgulho e satisfação. Tinha o sentimento elevado de participar de uma grande obra, o que lhe dava muito mais força, energia, ânimo, felicidade.

Você, rotariano, como em tudo na vida, deve encarar suas ações, com o sentimento superior do terceiro pedreiro, com a consciência de que é vetor da construção de um mundo melhor, mais justo, mais humano, de que trabalha para o bem do Brasil.

Se você manifestar a visão do terceiro pedreiro, ao atuar em seu clube, ao colaborar com a Fundação Rotária, você dirá com devoção e orgulho: 

Eu estou construindo a Paz e a Compreensão Mundial!

Esta é a visão maior de quem tem a verdadeira Conscientização Rotáriaa consciência de estar participando de uma grande obra, a consciência de que o Rotary está mudando o mundo. Assim, você será feliz e terá a consciência tranquila de quem está cumprindo a sua parte. Você estará atuando no Rotary com alegria, com felicidade, com amor.

Todos os que estão em Rotary têm que ter a consciência do terceiro pedreiro, tem que ter a consciência de que está construindo a paz no mundo e a compreensão entre os homens. Se você comparecer a uma reunião plenária, se você comparecer a um serviço numa creche, se você comparecer a um evento, você tem que ter a consciência de que faz parte da grande obra do Rotary no mundo inteiro


12 – MINHA MENSAGEM.

 

A ONU instituiu o dia 20 de dezembro de cada ano como o Dia Internacional da Solidariedade Humana.  

Nada mais apropriado, pois para nós cristãos, dezembro é o mês do Natal, do nascimento de Jesus, e por isso consagrado à paz, à solidariedade, ao amor.

Aproveitemos para fazer neste mês o nosso Rotary Day, levemos às pequenas comunidades nossas ações, nossa solidariedade, nossa fé e esperança.  

São as pequenas ações dos clubes junto às comunidades que, somadas, promovem mudanças maravilhosas. 

Há um ditado das tribos Zulus da África do Sul que diz: 

Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças maravilhosas. 

Na minha opinião, essa é a verdadeira essência do Rotary.  

Somados, unidos como num Feixe de Varas, os mais de 1,2 milhões de rotarianos, em mais de 36 mil Rotary Clubs, espalhados por 212 países e regiões geográficas do mundo, levamos a paz, a solidariedade, o alívio, às mais sofridas das gentes. 

Graças à credibilidade conquistada em quase 116 anos de trabalho, fazendo o bem no mundo, através da capilaridade das ações e da permeabilidade dos projetos, rotarianos buscam o sal da terra, levam a seiva verde, fonte de vida, aos mais recônditos e amarelados rincões. Devolvem a vida na desesperança, a paz nas tormentas, o brilho no obscurantismo, a boa vontade no desamor.  

De gotinha em gotinha constroem a paz, a saúde, a bem aventurança.

Sempre presente, a Fundação Rotária é o instrumento para mudanças no mundo.  Ela depende única e exclusivamente da ilimitada, irrestrita e incondicional confiança que lhe é devotada pelos rotarianos do mundo. 

Ela depende unicamente de você. 

Seja você a mudança que você quer ver no mundo. 

Não fique só. 

Junte-se a nós. 

Troque ideias.

Parta para a ação

Muito obrigado e abraços.

 

 

APÊNDICE

MINHA RELAÇÃO COM A FUNDAÇÃO ROTÁRIA

                                                                                                           

1. COMO TUDO COMEÇOU

O começo de minha relação com a FUNDAÇÃO ROTÁRIA aconteceu no PETS - Seminário de Treinamento de Presidentes Eleitos, em Natal, RN, no mês de abril de 1996.

Numa inesquecível jornada de três dias no recém inaugurado hotel Ocean Palace, situado na Via Costeira, o então governador eleito do Distrito 4500, Arnaldo Neto Gaspar, empresário e proprietário do hotel, ensinava aos seus presidentes-plus, assim batizados pelo presidente eleito do Rotary International, Luís Vicente Giay, os caminhos para a realização de projetos de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária.

Dizia ele: o seu clube coloca mil dólares num projeto e recebe outros mil dólares de um Rotary Club parceiro internacional. A Fundação Rotária dobra a quantia doada pelos dois clubes e aporta mais dois mil dólares. Assim, a cada mil dólares doados por um clube local, o projeto recebe quatro mil

Ao final, Arnaldo Gaspar conclamava: Quero que cada clube de meu Distrito faça pelo menos um projeto de Subsídios Equivalentes. 

Minha primeira providência como presidente, 1996-1997, do Rotary Club do Recife Boa Viagem, foi convidar o chairman da Comissão Distrital da Fundação Rotária, saudoso e inesquecível companheiro, EGD Emerson Loureiro Jatobá, para uma palestra no clube.

Atendendo à sua sugestão, enviei pelos Correios, cartas de uma página, propondo parceria para projetos em favor das crianças, a 160 Rotary Clubs dos Estados Unidos, Canadá, e alguns da Europa, escolhidos aleatoriamente no Official Directory entre os clubes que tivessem mais de 120 sócios. Em 1996 não existia ainda a internet.

Recebi cinco respostas, sendo duas negativas e três com pedidos de mais informações. Até então pouco sabia sobre a Fundação Rotária. Como se vê, comecei do zero e qualquer um poderia ter feito o mesmo.

Imediatamente comecei a trabalhar e consegui concretizar naquele ano de minha presidência, com os três clubes acima, três projetos de Subsídio Equivalentes em benefício de uma creche denominada Lar de Cáritas. Foram os projetos de ns. 07193, 07286 e 07410 da Fundação Rotária, em parceria com os Rotary Clubs de Calgary, no Canadá; Edmonton, no Canadá e Eureka, nos EUA.

Para obter os recursos necessários, organizei no meu clube um consórcio PAUL HARRIS, além de outros eventos, como leilão de artes, festa de São João (Forrotary), rifas. Desse modo, na posse de meu sucessor, comp. Joel Muricy, fiz a entrega de 15 títulos de companheiros Paul Harris, correspondentes à parte do clube nos três projetos de subsídios equivalentes, cujo valor somava US$ 60 mil. Adquirimos para a creche um veículo Kombi, uma cozinha industrial e uma lavanderia industrial.  Conseguimos recursos adicionais com outras ONGs internacionais para construção dos prédios e instalação dos equipamentos.

 

2. TRABALHANDO NOS PROJETOS.

Após o término da presidência de meu clube, fui convidado pelo saudoso comp EGD Emerson Jatobá, presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotária, para ser o presidente da Subcomissão Distrital de Subsídios, cargo que exerci de 1997 a 2000.  

Por sugestão minha, de pronto acatada por Jatobá, montamos uma Central de Projetos, com o objetivo de melhor assessorar e ajudar aos clubes, principalmente na busca de parcerias no exterior, difícil ou mesmo quase impossível para clubes pequenos, do interior.

No ano de 2000, Emerson convidou-me para sucedê-lo na presidência da Comissão Distrital da Fundação Rotária. De 2000 a 2003 exerci essa importante função.

Ao todo, foram seis anos seguidos de muito trabalho na ajuda aos clubes do distrito. Fizemos nesse período mais de 200 projetos, 105 dos quais concretizados, no valor aproximado de 2 milhões de dólares, o que levou o Distrito 4500 a uma posição de destaque nacional em se tratando de projetos da Fundação Rotária. Basta ver a edição da Revista Brasil Rotário, de novembro de 2005. Estamos atrás apenas do D-4570, RJ,  pioneiro no Brasil em projetos, sob a liderança do saudoso EGD Yutaka Okumura, e à frente dos demais distritos brasileiros. Somos o Distrito que mais recebeu recursos da Fundação Rotária no período.

 

3. SUSAN CLARKE.

 

           Susan Clarke e Benones Silva, ex presidente do RC de Itapetim

Entretanto, sendo eu empresário da construção civil, meu tempo era exíguo para tratar de outros assuntos que não os de minhas empresas. Precisava de alguém que me auxiliasse, que facilitasse e agilizasse a comunicação com os clubes parceiros do exterior. A professora de inglês, Susan Clarke, de nacionalidade inglesa, foi indicada por minha filha Annie, proprietária no Recife de uma rede de escolas de idiomas.

A partir de 1998, deleguei à Susan os contatos com os rotarianos do Brasil e do exterior e com os funcionários da Fundação Rotária. Tudo o que Susan fez foi em meu nome, sob minha orientação, sob meu controle e cuidado. Alguém levantou a tese de que Susan, não era rotariana. Eu contra argumentei dizendo que os funcionários da FR, encarregados de receber e analisar nossos projetos, também não eram. Pela facilidade de comunicação e pelo tempo exíguo de que dispunha, eu tenho a firme convicção de que pouco teria feito sem a colaboração de Susan Clarke.

Susan foi de uma dedicação extrema. Identificou-se como poucos rotarianos com a causa da FR. Tornou-se sócia honorária de  vários Rotary Clubs, como Itapetim, Recife Boa Viagem, Recife Treze de  Maio e outros e companheira Paul Harris pelo RC Recife Boa Viagem. 

Sua dedicação a torna merecedora das maiores homenagens, principalmente por parte do Distrito 4500.

Susan ocupava uma sala em meus escritórios, equipada com computador, telefone, internet, ar condicionado, WC privativo e tudo o que precisasse. Trabalhava em tempo integral nos projetos, com salário, carteira assinada. As despesas com ligações internacionais, cópias, correios, sedex, sempre foram bancadas por minha empresa.


3. CONGRESSO INTERNACIONAL DE VOLUNTARIADO

Ao concluir o ano de minha presidência à frente do Rotary Club do Recife - Boa Viagem, no ano de 1996-97, tendo realizado parcerias com três Rotary Clubs internacionais para consecução exitosa de três diferentes projetos de Subsdios Equivalentes, em favor da creche denominada Lar de Cáritas, com 260 crianças no jardim Piedade, município de Jaboatão dos Guararapes, recebi o honroso convite de participar do II Congresso Internacional de Voluntariado, o IAVE- International Award for Volontary Effort, na cidade de Edmonton, Canadá, com todas as despesas pagas. O convite partiu de Russ Mann, presidente do Rotary Club de Edmonton, nosso parceiro em vários projetos de Subsidios Equivalentes, um pujante Rotary Club, com cerca de 260 associados. Tive oportunidade de palestrar para todo o clube, em animada plenária daquele Rotary. O congresso teve a duração de uma semana, e reuniu 2500 delegados internacionais. Eu, Helena e a assistente Susan Clarke ficamos hospedados na casa de Russ Mann e esposa Joanne. 
O Rotary Club de Edmonton fez vários outros projetos com diversos clubes do D.4500. Eu, Helena e Susan, tivemos o prazer de receber Russ e Joanne em nossa casa, onde tiveram oportunidade de conhecer os projetos emparceirados por seu clube.  

4. PALESTRAS

Desde minha nomeação como presidente da Subcomissão Distrital de Subsídios, venho sendo convidado a fazer palestras em plenárias de clubes, seminários, assembléias, fóruns, interclubes, Conferências Distritais. Tenho em meus arquivos pessoais mais de 400 certificados de palestrante, a metade deles sobre a Fundação Rotária.

5. IGE.

Tive a honra de ter sido o líder do IGE- 2002, no Distrito 5300, que abrange os Rotary Clubs do sul da Califórnia e parte de Nevada. Sobre a experiência escrevi o livro intitulado "Ajudando a Construir a Paz", o qual distribuo aos novos participantes de programas da FR de meu distrito.

Sempre acompanho os membros de IGEs visitantes em nosso distrito, nos dias em que meu clube é o anfitrião.

6. DOADOR EXTRAORDINÁRIO

Desde o ano de 1996 venho fazendo contribuições para a FR. Fui ganhando safiras e rubis, de modo que ao tomar posse como governador do Centenário do Distrito 4500, já tinha completado o valor de US$ 10 mil em doações. Recebi o título de Doador Extraordinário da FR no Instituto Rotary Brasil de Florianópolis, em setembro de 2004.

7. PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS ROTÁRIOS QUE RECEBI.

1997 – Companheiro Paul Harris.

1999 – Menção Presidencial Quatro Avenida de Serviços por Realizações Individuais, outorgada pelo presidente James Lacy.

1998 - Prêmio Distrital por Serviços Prestados à Fundação Rotária, conferido pelo Governador Luciano Nóbrega.

2004 – Major Donnor da Fundação Rotária.

2006 - Prêmio Distrital por Serviços Prestados à Fundação Rotária, conferido pela governadora Aldanira Barreto.

2009 – Citação por Serviços Meritórios da Fundação Rotária, outorgada pelo presidente do Conselho Curador da Fundação Rotária, Glenn Estess.


8. ARTIGOS

Como cronista do Rotary, tenho escrito centenas de artigos, muitos dos quais sobre a Fundação Rotária. Esses artigos são transcritos em boletins de clubes e cartas mensais de distritos. Alguns artigos foram publicados na Revista Brasil Rotário, e constam de sites de clubes e distritos do Brasil bem como nos sites do e-club D4500 e do GEROI.

Podem ser acessados neste meu blog FEIXE DE VARAS, que contém 400 artigos, crônicas e contos de minha autoria.

http://albertobittencourt.blogspot.com


9. PROJETOS


Em 2003-04 passei a presidência da Comissão Distrital da Fundação Rotária para o companheiro Valter Jarocki, do RC Recife-Derby. 
Tenho orgulho de ter realizado, em meu clube, o Rotary Club do Recife - Boa Viagem, um total de 14 (quatorze) projetos de Subsídios Equivalentes e um projeto de Subsídio Global, dentro do Plano Visão do Futuro.

10. NOVOS DESAFIOS

Fui convocado pelos governadores eleitos Alexandre Inojosa (2013-14) e Eduardo Mota (2014-15) para exercer pela segunda vez o cargo de presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotária nos anos de 2013-16, quando o Plano Visão do Futuro será implantado em todos os distritos rotários do mundo. Recebi, junto com os demais 531 presidentes das CDFR treinamento em San Diego, em janeiro de 2013.
Ao todo, completei 9 anos à frente da Comissão Distrital da Fundação Rotária. Nesse período, fizemos 105 projetos de Subsídios Equivalentes, no valor total de cerca de 2 milhões de dólares, seis projetos de Subsídios Globais e inúmeros Subsídios Distritais

11. TERCEIRA FEIRA INTERNACIONAL DE PROJETOS DO ROTARY

Por ocasião do 23. IRB - Instituto Rotary do Brasil, realizado nesta cidade do Recife, PE, no ano de 2000, tive o prazer de organizar, juntamente com o saudoso governador do D.4570, Yutaka Okumura, a Terceira Feira Internacional de Projetos Rotários do Brasil. Na época, era governador do D.4500, José Ubiraçy Silva.

O sucesso dessa III Feira está documentado nos anais do 23. IRB, abaixo transcritos.

Um total de 217 projetos de Subsídios Equivalentes apresentados, foi o número registrado na III Feira Internacional de Projetos. O valor total dos projetos somou US$2.462.832,00, com uma média de US$11.349,46 por projeto.

Yutaka, Hipólito e Mário Antonino, festejam o sucesso da Feira de Projetos, em um dos maiores eventos do Instituto Rotary,

Novas missões e novos desafios estão lançados. Tenho o sonho de ver a poliomielite erradicada definitivamente da face da Terra, a Fundação Rotária cada vez mais forte e o Rotary International receber o prêmio Nobel da Paz. 
Assim seja.


 

Recife, PE, 18 de novembro de 2020

 

Alberto e Helena Bittencourt



Alberto Bittencourt

Presidente do RCR-Boa Viagem 1996-97 e 2017-20, D.4500

Presidente da Subcomissão Distrital da FR 1997-2000

Presidente da Comissão Distrital da FR, 2000-03

Líder do IGE-2002 no Distrito 5300, California e Nevada, USA

Major Donnor da FR, 2004

Governador do centenário do D.4500 em 2004-05

Presidente da Comissão Distrital da FR, para implantação do Plano Visão do Futuro, 2013-16

Coordenador Zonal da Campanha End Polio Now para a zona 22B, 2015-17.