ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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sábado, 15 de julho de 2023

SOU OFICIAL DO EXÉRCITO, COM MUITA HONRA

  SOU OFICIAL DO EXÉRCITO, COM MUITA HONRA  

Alberto Bittencourt - 08 nov 2019  


Era eu 2ºtenente, recém formado,  quando eclodiu o movimento militar que, com apoio do povo e premido pela mídia pôs o presidente João Goulart para correr.

Em março de 1964 fiquei 45 dias de prontidão, isto é, dentro do quartel, pronto para a guerra. Naqueles dias tensos, assistia  pela TV o governo do Jango conduzir o país em direção a uma ditadura sindicalista.  As tropas aquarteladas na Vila Militar no então estado da Guanabara, sob o comando de generais leais ao governo do Jango, deslocaram-se  para enfrentar em Barra Mansa, tropas revolucionárias que vinham de Minas e São Paulo.

Recém formado oficial pela AMAN, eu servia no Batalhão Escola de Engenharia - BESE, o Batalhao Visconde de Taunay. Recebera este a missão, felizmente não concretizada, de destruir uma ponte sobre o Rio Paraíba para impedir o avanço das tropas que se aproximavam.

Meu irmão Claudio, cadete da Academia Militar das Agulhas Negras,  estava do outro lado. Por pouco não houve um confronto fratricida no Brasil.

Fui aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro e professor do Colégio Militar do Recife, instituições que primam pela disciplina e cultivam a ordem e o amor à pátria.

Minha família é toda de militares: meu pai, meus tios, meus avós.  Foram eles que nos ensinaram os princípios que norteiam as  vidas de seus descendentes,  até hoje. 

Ambos os avós são patronos de escolas públicas: a EREM General Amaro Bittencourt (avô paterno) em Bento Gonçalves, RS e a EREF General Antônio de Freitas Brandão, (avô materno) em Aracaju, SE. 

Meu nome completo é Alberto de Freitas Brandão Bittencourt. 

Vovô Brandão dizia que não se podia separar o sobrenome Freitas Brandão, por ser o nome da família, originária do estado de Sergipe. Como só teve filhas mulheres, e sendo ele o único filho homem, o sobrenome vai desaparecer. Ele foi interventor do estado de Sergipe, nomeado pelo presidente Dutra em 1945. 

Vovô Amaro era gaúcho, natural da cidade de Santo Amaro, nascido em 1885. Seu nome original era Amaro Soares Bittencourt Azambuja. Ao sentar praça no Exército, cortaram o último sobrenome, por considerá-lo comprido demais. A família Azambuja queria que ele resgatasse o sobrenome nos filhos, mas minha avó Olga, nascida no Rio, filha de pais portugueses, não deixou. Achava o nome Bittencourt mais bonito.

Minhas convicções vêm do berço, ensinada por meus pais, através do exemplo de minha família. Não são fruto de influências midiáticas de ultra direita, como já ouvi de alguém.

Dizer que os governos petistas melhoraram a educação é FAKE.

Através do Rotary entramos nas escolas públicas e vemos o descalabro que é o ensino público que forma analfabetos funcionais, que mal sabem assinar o nome. Convivo com esses alunos, como voluntário através dos programas do Rotary. São milhões de jovens que não sabem interpretar uma linha do que leem, não conseguem assistir filmes legendados, não sabem fazer contas de multiplicar ou dividir. Desconhecem o que seja percentagem ou fração. Apesar de formados no ensino médio, nem mesmo sabem ler as horas num relogio analógico, de ponteiros.  Não terão oportunidade de ganhar o pão de cada dia de forma honesta, a não ser como faxineiros, serventes na construção civil ou na agricultura.

Entrei em favelas infectas, com esgoto a céu aberto, sem água encanada, em barracos imundos, quentes, insalubres, mal cheirosos. 

Vi uma mãe jogar-se drogada sobre um leito em que dormiam três crianças, matando a mais nova por asfixia.

Vi famílias disputando alimentos com ratos e urubus nos lixões, numa visão do inferno.

Só quem pode  dizer que conhece a miséria é quem já sentiu o cheiro da miséria.

As esquerdas sabem que mentem. Mas fazem da mentira a sua verdade. Desqualificam e agridem quem delas diverge. Por isso são chamadas de esquerdopatas, mistura de esquerdista com psicopata.

Tenho medo. Vejo que estamos novamente à beira de uma guerra fratricida. Por culpa das esquerdas que não aceitam o princípio democrático da alternância do poder. As esquerdas perderam em 2018.  Esquerdistas não passam de desocupados que acampam nas calçadas na tentativa de ressuscitar movimentos como o Ocupe Estelita, alheios aos mais de doze milhões de  chefes de família que fazem fila nas mesmas calçadas, em busca de emprego. Alheios aos doentes que jazem nos corredores dos hospitais à espera de um leito. Alheios aos jovens que morrem aos borbotões nos embates entre facções criminosas ou em confrontos com a polícia.

Agora vão ter que trabalhar.

Acabou a mamata.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

ANIVERSÁRIO DE 108 ANOS DO ROTARY

 ANIVERSÁRIO DE 108 ANOS DO ROTARY

Alberto Bittencourt









O Rotary International celebrou no sábado, 23 de fevereiro de 2013, 108 anos de fundação. 
O primeiro Rotary Club foi fundado na cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América no ano de 1905.
Nada melhor do que transcrever as palavras do idealizador e fundador do Rotary, o advogado norte-americano, Paul Percy Harris, de seu livro autobiográfico, intitulado Meu Caminho para o Rotary.

"Uma noite – conta ele – fui acompanhar um amigo profissional até sua casa nos arrabaldes (de Chicago). Depois do jantar, enquanto passeávamos pela vizinhança, o meu amigo saudava pelo nome vários comerciantes que estavam nos seus estabelecimentos. Isto  fez-me lembrar a minha aldeia da Nova Inglaterra. Ocorreu-me então: por que não arranjar em Chicago uma roda de companheiros de diferentes ocupações, sem restrições de política ou religião, com ampla tolerância pelas opiniões uns dos outros? Não poderia vir a existir nesse companheirismo um mútuo auxílio?"
"Não agi imediatamente segundo o meu impulso. Meses e até anos se passaram. Caminhei sozinho, mas por fim, em fevereiro de 1905, convidei três jovens homens de negócios para se reunirem comigo e expus-lhes um plano muito simples de mútua cooperação e amizade, sem constrangimentos, tal como havíamos outrora conhecido em nossas aldeias. Concordaram com meu plano, Sylvester Schiele, comerciante de carvão, o meu amigo mais íntimo de Chicago e um dos três que primeiro se reuniram comigo. Foi escolhido como nosso primeiro presidente, e tem sido um membro permanente do clube. Gustavus Loehr, engenheiro de minas e Hiran Shorey, dono de alfaiataria, eram os outros dois, mas, não continuaram. Porém outros que rapidamente se juntaram ao grupo com entusiasmo, ajudaram a desenvolver o projeto."
"Crescemos em número, em companheirismo, no espírito de auxílio à nossa cidade. Aprendemos o quanto tínhamos em comum. Sentíamos prazer em podermos ajudar-nos uns aos outros."

"Na terceira reunião do grupo, apresentei várias sugestões quanto ao nome a dar ao clube, entre elas o de Rotary, e esse foi o nome escolhido, visto que nos reuníamos nessa altura, em rotação, nos nossos escritórios e locais de negócios. Mais tarde, ainda em rotação, reuníamo-nos em hotéis e restaurantes. Assim, começamos como "rotarianos" e como tal continuamos a ser."
"No terceiro ano fui eleito presidente e as minhas ambições então eram primeiro, desenvolver o clube de Chicago, segundo, estender o movimento a outras cidades, terceiro, intensificar o serviço à comunidade como um dos objetivos do clube."

Até aqui foram palavras do próprio Paul Harris ao contar como foi o início do Rotary em seu livro autobiográfico.
O crescimento do Rotary foi incrivelmente rápido. Em 1908 foi fundado o segundo clube na cidade de São Francisco, longe, na costa oeste dos Estados Unidos. Logo no ano seguinte, o terceiro, no outro lado da baía de São Francisco, na cidade de Oakland. O quarto clube foi em Seattle e o quinto em Los Angeles. Em 1910 já havia 15 Rotary Clubs no país. Foi nesse ano que se realizou a primeira convenção rotária em Chicago, onde foi criada a Associação Nacional do Rotary Clubs. Estiveram presentes cerca de 1.500 rotarianos.
Nesse ano de 1910, o Rotary cruzou a fronteira do Canadá, com a fundação do clube de Winnipeg. E em 1911 cruzou o Atlântico e chegou à Irlanda e Grã-Bretanha. Em 1912 a organização passou a denominar-se "Associação Internacional dos Rotary Clubs". A designação "Rotary International" só foi adotada a partir da convenção de 1922, em Los Angeles.

A primeira convenção realizada fora dos Estados Unidos foi a de Edimburgo, na Escócia, e essa convenção teve uma importância extraordinária para os destinos do Rotary. É que os delegados decidiram criar uma comissão especial para estudar a estruturação de um estatuto único, bastante flexível, para todos os Rotary Clubs.
O presidente dessa comissão declarou: 
"A razão pela qual fomos convocados, decorreu do tremendo crescimento do Rotary. Estávamos tratando de tornar um grande sucesso em um sucesso ainda maior."
Foi o resultado do trabalho dessa comissão, e de outras que se seguiram, que foi discutido e aprovado o estatuto único do Rotary International.

Na verdade, o Rotary caminhava rapidamente em direção a outros países e outros continentes. A partir de certo momento, era o próprio Rotary International que enviava emissários a determinados países para realizarem a tarefa de fundar novos clubes. Em muitos casos financiava as despesas de abnegados construtores de clubes, como fez com o casal Davidson, um rotariano canadense, que passou cerca de dois anos fundando clubes no sul da Europa, no Egito, no Sião, na Índia e no Japão. Outro construtor de clubes foi o Secretário Geral do RI na época, Cheley Perry. Entre as dezenas de clubes que fundou, está o Rotary Club do Rio de Janeiro, em 1923, o primeiro do Brasil, hoje, às vésperas de completar seus 96 anos.

Antes de falecer, em 27 de janeiro de 1947, Paul Harris pode ver o Rotary em volta do mundo. Ele nunca exerceu o cargo de presidente da Associação Internacional dos Rotary Clubs, ou do Rotary International. Mas a sua influência e os seus ideais, estavam sempre presentes na expansão do movimento. Ele tinha o título vitalício de "Presidente Emérito do Rotary International".
É o momento de voltarmos ao relato que fez o próprio Paul Harris no seu livro autobiográfico já referido. São palavras de Paul Harris:

"Conquanto o enorme desenvolvimento expansional do Rotary constitua um dos mais interessantes capítulos da sua história, também o desenvolvimento de seus ideais e práticas tem caminhado rapidamente. As ações precederam a palavra escrita. Depois de terem prestado serviços sob múltiplas formas, a palavra servir, com todas as suas conotações e acepções foi introduzida no movimento rotário. O Rotary deixou de ser aquele grupo local reunido na cidade de Chicago, para benefício próprio e mútua ajuda, para se expandir em uma organização de visão internacional e inegável nobreza de fins".
"Muitos rotarianos, continua ele, especialmente os do Brasil, afirmam que há na realidade um único objetivo no Rotary, e que esse é o conceito de servir. O Secretário Geral do RI, Cheley Perry, considera o servir como a via suprema do Rotary."

A opinião de Paul Harris sobre a sadia influência dos ideais rotários no mundo, tinha uma dimensão que precisa ser cultivada, sobretudo nesses momentos em que vivemos.
"O Rotary, escreveu ele, é uma força de integração, num mundo em que as forças de desintegração são demasiado preponderantes. O Rotary é um microcosmo de um mundo em paz, um modelo que as nações fariam bem em seguir."
"A influência do Rotary na opinião pública dos 60 países onde estão localizados os nossos mais de 5 mil clubes, tem sido mais eficiente do que muitas pessoas supõem. É certo que o número dos nossos sócios é pequeno, comparado com a população do mundo, mas o caráter dos rotarianos, de uma maneira geral, e as posições que eles ocupam, justifica, parece-me, a afirmação que fiz."

Que diria hoje o fundador do Rotary, quando somos hoje mais de 1 milhão e 214 mil rotarianos espalhados em 34.431 clubes agrupados em 532 distritos rotários em 215 países?
A entrada do Rotary International no Brasil, ocorreu com a admissão do Rotary Club do Rio de Janeiro no Rotary International em 28 de fevereiro de 1923, data esta que passou a ser a data de aniversário da organização no Brasil.
A semente plantada em 1923 pelo RC do Rio de Janeiro, germinou e deu frutos: hoje, são 38 distritos no Brasil, com 2.394 unidades rotárias, das quais fazem parte 56.894 rotarianos.
No mundo rotário, o Brasil encontra-se em terceiro lugar em número de clubes e quinto em número de sócios. Além disso, duas convenções internacionais já foram realizadas no Brasil: uma em 1948, na cidade do Rio de Janeiro, com 7.511 participantes, e outra na cidade de São Paulo, em 1981, com 15.222 participantes. Está programada uma terceira convenção internacional para 2015, na cidade de São Paulo. 
Três ilustres rotarianos brasileiros também já ocuparam a posição de Presidentes de Rotary International: Armando de Arruda Pereira (1940-41), Ernesto Imbassahy de Mello (1975-76) e Paulo Viriato Correa da Costa (1990-91), todos já falecidos.

Temos, é certo, o dever de nos mantermos fiéis aos ideais pelos quais lutou Paul Harris. E não podemos perder de vista a advertência que ele nos deixou, na última mensagem que em vida pronunciou, por ocasião do aniversário do Rotary. Disse ele:
"Acredito que os dias pioneiros do Rotary apenas começaram. Há ainda tantas coisas novas a serem feitas hoje como em qualquer outra época da história. O Rotary deve certamente continuar a ser pioneiro ou se verá abandonado na retaguarda do progresso".

Na verdade surgiram coisas novas no Rotary. A Fundação Rotária criada como um fundo de dotações em 1917, por Arch Klumph, para fazer o bem no mundo, e que recebeu o nome pelo qual é conhecida, na convenção rotária de 1928, foi uma delas. Iniciou um programa de Bolsas de Estudo de Pós Graduação no ano rotário de 1947-48, como um tributo à memória do fundador, Paul Harris.
As ações da Fundação Rotária multiplicaram-se no correr dos tempos e abrangem hoje muitos campos, sempre coerente com a MISSÃO, constante de seus Estatutos:
"A missão da Fundação Rotária do Rotary International é capacitar os rotarianos para que possam promover a boa vontade, paz, compreensão mundial, por meio do apoio à iniciativas de melhoria da saúde, da educação e do combate à pobreza."

Entre os programas da Fundação Rotária, destaca-se o da Pólio Plus, que todos nós conhecemos e para o qual muitos de nós colaboram.
Com sua rede mundial de contatos, o Rotary é uma autoridade em serviços voluntários e primeiro contribuinte do setor privado a participar da parceria global dedicada à erradicação da pólio. Desde seu lançamento em 1988, a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio – liderada pela OMS, Rotary International, CDC e Unicef – diminuiu em mais de 99,81 % os casos de pólio em todo o mundo. Na época, a pólio era endêmica em mais de 125 países e mais de 350.000 crianças ficavam paralisadas anualmente por causa dessa doença.  Mais de 2,5 bilhões de crianças foram imunizadas, prevenindo 6 milhões de casos de paralisia e 300.000 mortes.  .
Grande progresso foi feito: apenas 650 casos foram reportados no mundo em 2011. Já fazem dois anos desde que o último caso de pólio foi diagnosticado na Índia. Para que esse país seja declarado pela OMS oficialmente livre da pólio, deve ficar três anos sem nenhuma ocorrência. Atualmente apenas três países são endêmicos: Afganistão, Nigéria e Paquistão.
O Rotary recebeu recentemente mais um subsídio de US$ 50 milhões da Fundação Bill e Melinda Gates, totalizando US$405 milhões e ultrapassou em janeiro de 2012 o desafio de arrecadar US$200 milhões adicionais. Estas verbas são utilizadas para fornecer vacina antipólio, apoio operacional, equipe médica, equipamento de laboratório e materiais educacionais para agentes de saúde e pais das crianças. Além disso, o Rotary tem desempenhado um importante papel junto a governos doadores, resultando em mais de US$8 bilhões em contribuições para o esforço. 
Embora mais visível, a Pólio Plus não empana o brilho de outros programas dos setores da educação, da saúde pública, do desenvolvimento comunitário no mundo. As bolsas de estudo têm sido concedidas todos os anos, desde a sua criação em 1947. Os Centro Rotary de Estudos Internacionais na Área da Paz e Resolução de Conflitos já formaram, desde a primeira turma em 2002-04, mais de 500 pacifistas que hoje militam em órgãos de governos, empresas privadas e ONGs muitas de sua própria criação.
Os recursos financeiros para a realização de serviços e compra de equipamentos em projetos que emparceiram clubes rotários em todo o mundo, realizam verdadeiros milagres, sobretudo porque os projetos são formulados com finalidades humanitárias.
A Fundação Rotária está bem posicionada para Fazer o Bem no Mundo com seu Plano Visão de Futuro, que lhe dará mais agilidade, eficácia e vantagem estratégica. Os 100 distritos pilotos, entre os quais se encontra o D.4500, testaram e aprimoraram o plano durante 3 anos, com vistas ao seu grande lançamento mundial, a partir de 01/07/2013. Na Assembleia Internacional de San Diego, em Janeiro deste ano, governadores e presidentes das 532 CDFR do mundo inteiro foram treinados para esse lançamento.

Pode-se dizer que a Fundação Rotária é o braço forte do Rotary na realização do objetivo de servir. Não há rotariano que não se sinta feliz por sua contribuição financeira espontânea, voluntária.
Paul Harris teria ficado orgulhoso com o Projeto Pólio Plus e outros programas voltados para a Paz Mundial.

Para encerrar, deixamos esta bela reflexão de Paul Harris, que consta de sua autobiografia:
"Certa vez, durante os primeiros anos do movimento, o secretário Chess Perry veio ao meu escritório para apresentar os ótimos rotarianos canadenses que tinham sido encarregados de fundar clubes na Austrália e na Nova Zelândia. Eles haviam expressado o desejo de me conhecer, designando-me como "O Fundador do Rotary". Agradeci e aceitei a honra, mas sugeri que meu papel tivesse sido posto demasiadamente em relevo. Perry respondeu pelos meus visitantes e disse: Suponho que os visitantes vão ver, Paul, mais ou menos com o mesmo espírito com que vão visitar a nascente de um grande rio. 
"Tenho muitas vezes pensado naquelas palavras: constituíram um grande cumprimento feito na forma de uma bela analogia. Aceitei o cumprimento segundo a sua intenção, mas pergunto: Será verdade que a corrente de um grande rio provém somente de uma nascente especial? Não, o grande rio é a soma total da contribuição de centenas, talvez de milhares de pequenos ribeiros e riachos, que vêm montanha abaixo, cantando enquanto correm, ansiosos por se lançarem no canal do grande rio. Pois é tal o crescimento do Rotary. Tornou-se grande em virtude das contribuições desinteressadas de milhares de rotarianos de muitas nações.



F  I  M

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

A CONQUISTA DE MONTE CASTELO





A CONQUISTA DE MONTE CASTELO
Alberto Bittencourt

(Palestra realizada para oficiais e graduados 
da cadeia de comando da 7a. RM/7a DE)






Recebi o honroso convite do Exmo Sr. Gen Div Marcelo Flávio Oliveira Aguiar, comandante da 7ª. RM/7ª. DE, Região Matias de Albuquerque, para falar sobre Monte Castelo. P or feliz coincidência, estou, juntamente com o dr. Petrônio Gonçalves Muniz, presidente do Pátria, Instituto Brasileiro de Cidadania Ativa, do qual tenho a honra de ser diretor, escrevendo o livro “De Bello Annis” – Anos da Guerra – sobre a participação da FEB na Itália e sua orientação sábia e segura, me permitiu atender ao convite.
A guerra, como síntese de todas as ações humanas, é algo complexo. Não se pode falar em Monte Castelo sem se pensar na campanha que a precedeu.
Hitler, o “Fuher” alemão, desejava dominar o mundo e impor a ideologia nazista, que acreditava na supremacia da raça alemã. Em 1º. de setembro de 1939, invadiu a Polônia, dando início à II Guerra Mundial.
O Continente Americano declarou-se neutro e criou uma zona de segurança marítima continental para preservar os transportes de cabotagem entre seus países. Os alemães não concordaram com essa medida e, por isso, os Chanceleres americanos declararam, na cidade de Havana, em junho de 1940, que “todo atentado de um Estado não americano contra a integridade ou inviolabilidade do território e contra a soberania ou independência de qualquer Estado Americano será considerado como um ato de agressão contra os signatários daquela declaração”.
A conquista da França pelos nazistas consolidou seu domínio sobre a Europa e a aliança feita com os fascistas italianos, projetou seu poder sobre a África do Norte e criou condições para a invasão da América através do Saliente Nordestino Brasileiro, o que levou à sua militarização, com a instalação de diversas bases aeronavais naquela região.
O ataque japonês aos americanos em Pearl Harbour, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, e o afundamento de 31 navios de transporte brasileiros, ocasionando a perda de 971 vidas, levaram o Brasil a declarar guerra aos países do Eixo - Alemanha, Japão e Itália, em e22 de agosto de 1942.
O Brasil, na época da guerra, era um país de economia agrária, com cerca de 40 milhões de habitantes. Convocou cem mil homens para compor a Força Expedicionária Brasileira, dos quais, selecionou 25.334  homens para combaterem o inimigo no Teatro de Operações da Itália. Eles compunham a 1ª. Divisão de Infantaria Expedicionária, o contingente logístico e administrativo, incluindo aí o Depósito de Pessoal, destinado a repor as perdas em combate (mortos, feridos, doentes e aprisionados pelo inimigo).
O primeiro escalão da FEB partiu, por via marítima, do Rio de Janeiro, em 5 de julho de 1944, com 5.081homens, e desembarcou 11 dias após, em 16 de julho, no porto de  Nápoles, no sul da Itália. Três meses depois chega ao TO o restante da 1ª.Divisão de Infantaria Expedicionária, que, com seus 15 mil homens foi incorporada ao V Exército norte-americano, o qual compunha, junto ao VIII Exército Inglês a tropa aliada em combate aos nazistas na Itália. Por via aérea, antecipando-se ao transporte marítimo, chegaram ao Teatro de Operações os membros do Comando da FEB, acompanhados das nossas 64 enfermeiras, dos auditores e juízes, dos elementos do Banco do Brasil e dos correspondentes de Guerra.
O espaço de tempo de dois anos, entre a declaração de guerra em 22 de agosto de 1942  e a partida do 1º. Escalão da FEB, em 05 de julho de 1944, levou a imprensa a publicar a charge: “É mais fácil uma cobra fumar do que a FEB embarcar” que deu origem ao emblema e ao lema da FEB: “A cobra está fumando”.
Nossa Divisão Expedicionária iria combater ao lado de americanos, ingleses, indianos, franceses, poloneses, neo-zelandeses, e dos “partizans” italianos.
Pouco antes da chegada dos pracinhas brasileiros, ocorreram as maiores batalhas da Itália, na frente de Monte Casino, onde morreram 200 mil homens, entre aliados e alemães. A violência da batalha foi tão grande que o general Alexander, então Comandante Geral no TO, em correspondência para Churchill, disse que estava enfrentando os melhores soldados do mundo.
Após Monte Casino, a tropa alemã recuou e foi fixar-se nos Apeninos Italianos, onde a FEB os encontrou.
Nesse TO, o efetivo alemão era superior ao dos aliados que, por sua vez, levavam a vantagem de possuírem equipamentos superiores. O sistema alemão de defesa era um sistema montado em profundidade, com emprego de muitas metralhadoras, uma cobrindo a outra, sem deixar um ponto a descoberto. Por isso, os brasileiros sofreram os primeiros reveses em Monte Castelo.
O batismo de fogo da FEB foi na região de Camaiore, localizada na extremidade ocidental dos Apeninos, uma cadeia de montanhas muito altas, que separa a península italiana da região do Vale do Rio Pó, o grande e rico vale, ao norte da Itália, onde estavam situadas as grandes indústrias daquele país, alimentadoras do esforço de guerra nazista.
Os aliados planejaram romper a linha fortificada dos Apeninos, denominada de Linha Gótica, no início de novembro e conquistar Bolonha, no Vale do Pó, antes do inverno.
Nessa operação coube aos brasileiros a missão de conquistar a região de Monte Castelo, um morro com 977m de altitude, situado a 61,3 km sudoeste de Bolonha, de onde os alemães controlavam a rodovia nº 64, que, no Vale do Rio Reno, conduzia ao Vale do Pó e à região de Bolonha.
Durante os meses de novembro e dezembro, enfrentando a chuva, a lama, o frio e a neve, os pracinhas brasileiros atacaram por diversas vezes o infernal baluarte.
           Em novembro de 1944, o General Mascarenhas de Moraes, havia montado seu QG avançado na localidade de Porreta-Terme, cuja área era cercada por montanhas sob controle dos alemães. Esse perímetro tinha um raio aproximado de 15 quilômetros. As posições alemãs eram consideradas privilegiadas e submetiam os brasileiros a uma vigilância constante, dificultando qualquer movimentação. Estimativas davam que o inverno prometia ser rigoroso, além do frio intenso, as chuvas transformaram as estradas, já esburacas pelos bombardeiros aliados, em verdadeiros mares de lama.

A Operação

          A Tomada de Monte Castelo marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram cinco ataques, com grande número de baixas devido a vários fatores, entre os quais as temperaturas extremamente baixas. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas e estratégia.
          O General Mark Clark, comandante das Forças Aliadas na Itália, pretendia direcionar sua marcha com o 4º Corpo de Exército rumo a Bolonha, antes que as primeiras nevascas de 1944 começassem a cair. Entretanto, a posição de Monte Castelo se mostrava extremamente importante do ponto de vista estratégico, além de dominado pelos alemães dava pleno controle sobre a região.
         Caberia, então, aos brasileiros a responsabilidade de conquistar o setor mais combativo de toda a frente Apenina. Porém havia um problema: a 1ª DIE era uma tropa ainda sem experiência suficiente para encarar um combate daquela magnitude. Mas como o objetivo de Clark era conquistar Bolonha antes do Natal, o jeito seria o de aprender na prática, ou seja, em combate.
       No segundo dia de ataques tudo indicava que a operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar o cume de Monte Castelo, depois de conquistarem o vizinho Monte Belvedere.
Entretanto, em uma contra-ofensiva poderosa, os homens da 232ª Divisão de Infantaria germânica, responsável pela defesa de Castelo e do Monte Della Torracia, recuperaram as posições perdidas, obrigando os soldados brasileiros e americanos a abandonar as posições já conquistadas - com exceção do Monte Belvedere.
        Em 29 de novembro, planejou-se o 2º ataque ao monte. Nesta contra-ofensiva a formação de ataque seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE - com três batalhões - contando apenas com o suporte de três pelotões de tanques americanos. Todavia, um fato imprevisto ocorrido na véspera da investida comprometeria os planos: na noite do dia 28, os alemães haviam efetuado em contra-ataque contra o Monte Belvedere, tomando a posição dos americanos e deixando descoberto o flanco esquerdo do aliados.
          Inicialmente a DIE pensou em adiar o ataque, porém as tropas já haviam ocupado suas posições e deste modo a estratégia foi mantida. Às 7 horas uma nova tentativa foi efetuada.
As condições do tempo mostravam-se extremamente severas: chuva e céu encoberto impediam o apoio da força aérea e a lama praticamente inviabilizava a participação de tanques. O grupamento do General Zenóbio da Costa no início conseguiu um bom avanço, mas o contra-ataque alemão foi violento. Os soldados alemães barraram os avanços dos soldados. No fim da tarde, os dois batalhões brasileiros voltaram à estaca zero.
        Em 5 de dezembro, o general Mascarenhas recebe uma ordem do 4º Corpo: "Caberia à DIE capturar e manter o cume do Monte Della Torracia - Monte Belvedere." Ou seja, depois de duas tentativas frustradas, Monte Castelo ainda era o objetivo principal da próxima ofensiva brasileira, a qual havia sido adiada por uma semana.
         Mas em 12 de dezembro de 1944, a operação foi efetivada, data que seria lembrada pela FEB como uma das mais violentas enfrentadas pela tropas brasileiras no Teatro de Operações na Itália.
Com as mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o 2º e o 3º batalhões do 1º Regimento de Infantaria fizeram, inicialmente, milagres. Houve inicialmente algumas posições conquistadas, mas o pesado fogo da artilharia alemã fazia suas baixas. Mais uma vez a tentativa de conquista se mostrou infrutífera e, o pior, causando 150 baixas, sendo que 20 soldados brasileiros haviam sido mortos. A lição serviu para reforçar a convicção de Mascarenhas de que Monte Castelo só seria tomada dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque - e não apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o 5º Exército.
Com o agravamento do inverno no final de 1944, o gen. Mark Clark que ascendera ao comando do XV Grupamento do Exército, em substituição ao gen. Alexander, determinou à tropa brasileira a suspensão da ofensiva. Na plenitude do inverno, as temperaturas chegavam a cair até a 20 graus negativos. O terreno, normalmente verde em outras épocas do ano, apresentava-se completamente branco, em função das precipitações de neve.
O soldado brasileiro, oriundo das terras quentes e amenas, foi se adaptando ao clima e ao terreno e aprendeu a conviver com a adversidade do frio intenso e da neve. Um dos aspectos a ressaltar nessa fase defensiva, foi o intenso emprego de patrulhas. Estas podiam ser de reconhecimento, (valor GC ou Pel) ou de combate, (valor Pel). Estas ações de pequenos efetivos tiveram um papel preponderante na segurança do dispositivo defensivo que dependia fundamentalmente do cumprimento das missões por natureza, perigosas e difíceis, exigindo dos combatentes, qualidades acentuadas de inteligência, coragem, astúcia e sangue frio. Embora com pequenos efetivos, essas patrulhas estavam sempre muito bem armadas, com fuzis, fuzis-metralhadoras, metralhadoras de mão, granadas e rádios portáteis, para ligação com a retaguarda. Do tenente ao mais moderno dos soldados, o nosso combatente encontrou nessa atividade uma maneira positiva de reabilitar o seu ânimo, bastante desgastado face aos reveses sofridos em Monte Castelo.
Infiltrando-se na retaguarda do inimigo, em audaciosas ações de surpresa, reconhecendo, executando emboscadas e golpes de mão com rara eficácia, o nosso combatente foi incrementando de modo intensivo o seu preparo técnico profissional.
Quando em fevereiro, a Divisão reiniciou as operações ofensivas, o nosso homem já não era mais aquele soldado tímido, vacilante e inexperiente das primeiras jornadas, mas sim, um verdadeiro combatente de escol, confiante na sua capacitação, prudente e experiente, capaz de sobrepujar conscientemente as mais complexas e perigosas situações que se lhes apresentassem no decurso do combate. 
Somente em 19 de Fevereiro de 1945, após a melhora do inverno o comando do 5º Exército determinou o início de uma nova afensiva para a conquista do monte. Tal ofensiva utilizaria as tropas aliadas, incluindo a 1ª DIE, ofensiva que levaria as tropas para o Vale do Pó, até a fronteira com a França.

O Ataque Final

         Novamente a ofensiva batizada de Encore, ou Bis, utilizaria a formação brasileira para a conquista do Monte e a consequente expulsão dos alemães. Desta vez a tática utilizada, seria a mesma idealizada por Mascarenha de Moraes em 19 de Novembro. Assim, em 20 de Fevereiro as tropas da Força Expedicionária Brasileira apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para partir rumo a Castelo. À esquerda do grupamento verde-amarelo, avançaria a 10ª Divisão de Montanha dos Estados Unidos, tropa de elite, que tinha como responsabilidade tomar o Monte della Torracia e garantir, dessa forma, a proteção do flanco mais vulnerável do setor.
       O ataque começou às 6 horas da manhã, o Batalhão Uzeda seguiu pela direita, o Batalhão Franklin na direção frontal ao Monte e o Batalhão Sizeno Sarmento aguardava, nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões. Conforme descrito no plano Encore, os brasileiros deveriam chegar ao topo do Monte Castelo às 18 horas, no máximo - uma hora depois do Monte della Torracia ser conquistado pela 10ª Divisão de Montanha, evento programado para as 17 horas. O 4º Corpo estava certo de que o Castelo não seria tomado antes que Della Torracia também o fosse.
        Entretanto, às 17h30, do dia 21 de fevereiro de 1945, quando os primeiros soldados do Batalhão Franklin do 1º Regimento conquistaram o cume do Monte Castelo, os americanos ainda não haviam vencido a resistência alemã. Só o fariam noite adentro, quando os pracinhas há muito já haviam completado sua missão, e começavam a tomar posição nas trincheiras e casamatas recém-conquistadas. Grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária, comandada pelo General Cordeiro de Farias, que efetuou um fogo de barragem perfeito contra o cume do Monte Castelo, permitindo a movimentação
         A tomada do Monte Castelo, foi a mais significativa vitória da FEB, demonstrando o valor do soldado brasileiro, sua versatilidade, sua persistência, seu estoicismo e sua coragem. Foi a vitória da superação e da raça.
A campanha prosseguiu. A conquista do baluarte de Castelnuovo, em 5 de março, consolidou a posse do Vale do Rio Reno e garantiu o livre trânsito na Rodovia nº 64.
No mês de abril, os aliados atacaram em toda a frente dos Apeninos, para chegarem ao Vale do Rio Pó. Foi a Ofensiva da Primavera. Aos brasileiros coube conquistar a região de Montese, objetivo situado na porção da frente de combate mais à esquerda de todo o dispositivo aliado. Foi a nossa vitória mais sangrenta, efetivada em 14 de abril.
O acesso à Planície do Pó permitiu que o êxito da Linha Gótica fosse aproveitado, levando à perseguição, à captura e à total desorganização do dispositivo alemão na Itália.
A FEB participou dessa operação e, em 28 de abri, capturou a 148ª Divisão de Infantaria alemã, tropas blindadas de uma Divisão Panzer e remanescentes fascistas da Divisa Bersagliere. Foram aprisionados 14.779 homens e vultoso material de guerra.
No dia 1º de maio, os brasileiros ocuparam a cidade de Turim e, no dia seguinte, 2 de maio, a guerra terminou na Itália.
O tributo de sangue brasileiro em combate contabilizou 443 mortos e 1.577 feridos. Foi o preço da luta pela liberdade e pela democracia, no mundo e no Brasil. A guerra deixou 60 milhões de mortos. Foi criada a Organização das Nações Unidas, (ONU), na esperança de se viver num mundo melhor.

O legado da FEB

O nosso esforço de guerra permitiu que o Brasil começasse sua industrialização. A instalação e a operação de bases militares no Nordeste nos permitiu receber uma usina siderúrgica, que foi instalada em Volta Redonda.
A industrialização estimulou a urbanização, possibilitou a emergência da economia do petróleo, induziu a interiorização da nossa capital, com a criação de Brasília, o que estimulou, nas décadas seguinte, a marcha para o oeste.
O Exército brasileiro mostrou aos americanos, o quão danosa era a prática da segregação racial, com batalhões constituídos somente de elementos da raça negra. A mistura, a integração de todas as raças dentro das unidades brasileiras provou ser mais eficiente e eficaz pois mantinha elevado o moral da tropa e conseguia os melhores resultados no campo de batalha.
O soldado brasileiro, admirado e respeitado pela sua coragem e pela sua cordialidade, ganhou notoriedade e passou a ser requisitado para compor as Forças de Paz da ONU e OEA. Suez, São Domingos, Timor Leste, Haiti, com a Minustah, são exemplos da atuação do soldado brasileiro em defesa da paz. 

BIBLIOGRAFIA:

1. DE BELLO ANNIS - Petrônio Muniz e Alberto Bittencourt, ainda não editado.
2.  O NORDESTE NA II GUERRA MUNDIAL; Gen Ex R1, Paulo de Queiroz  Duarte. Ed. Record, 1971.
3.  O BRASIL E MONTE CASTELO – Fundação Armando Alvares Penteado.
4.  TRINTA ANOS DEPOIS DA VOLTA – Octavio Costa
5.  O Exército na História do Brasil (vol. III, República).  Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora,
6.  Marechal Mascarenhas de Morais, Memórias (Volume 1)- Bibliex, 1984
7.  Joel Silveira, O Inverno na Guerra - Objetiva,2005