ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

MEUS DOIS AVÓS GENERAIS

 MEUS DOIS AVÓS GENERAIS. 

Alberto Bittencourt–2023



Nasci no dia 9 de novembro de 1942. 

Casei no dia 4 de julho de 1965 com a professorinha do estado da Guanabara, de ascendência francesa, Helena Seigneur Lezan, que adotou o nome de casada, Helena Lezan Bittencourt, com a qual completei 58 anos de matrimônio depois de dois de namoro. Ela me deu quatro filhos, três mulheres e um homem,  e oito netos. 

Sou filho de uma família de militares. Meus dois avós foram generais com missões relevantes neste país.  Meu pai, precocemente faleceu no dia 20 de novembro de 1954, aos 41 anos de idade, vítima de um edema pulmonar, naquele tempo fatal. Deixou minha mãe, ELYETTE, viúva aos 34 anos de idade, com três filhos. Eu, Alberto, mais velho, com doze anos recém completados no dia 09 de novembro. Um ano e oito meses depois chegou  o Cláudio, e em seguida a Elaine, completando a escadinha. 

Meu irmão Cláudio Bittencourt, chegou a coronel do Exército, da arma de Material Bélico, Os demais tios avós, primos, sobrinhos, eram, em sua maioria, militares, Oficiais do Exército.  


O general Amaro Soares Bittencourt, avô paterno, gaúcho, chegou na ativa ao posto máximo do EB, General de Exército, num tempo em que só havia 18 Generais de Exército no EB.  Desempenhou uma missão importantíssima organizando e montando a Comissão Mista Militar Brasil-Estados Unidos, sediada em Washington, capital, lá pelo ano de 1939-40 da qual foi o primeiro chefe. Negociou o suprimento de armas, munições e equipamentos  para o EB. Como militar, lutou contra vários movimentos sediciosos que se  insurgiram no sul do país, nos anos de 1924-25 (Paraná e Santa Catarina), e outros. Foi condecorado e  promovido a major por ato de bravura e risco de vida em campanha. 

Dedicou-se à criação e desenvolvimento dos Serviços de Transmissões do EB, precursor da arma de Comunicações e também foi pioneiro no radioamadorismo no Brasil. Posterior ao seu falecimento, após fazer um curso preparatório, prestei  prova e, aprovado, reivindiquei e recebi o mesmo indicativo de chamada dele: PY1AV - América Venezuela ou Antena Válvula, do qual muito me orgulhava, ao operar nos seus equipamentos, recebidos de herança. 

Durante a vida, sendo engenheiro militar, vovô Amaro chefiou e atuou na área técnica dos 1º e 2º Batalhões de Ferroviários responsáveis pela implantação no Brasil do TPS - Tronco Pincipal Sul, uma linha ferroviária que ligava São Paulo ao sul do país.  Desde tenente, recém casado, viveu no mato, em acampamentos militares no sul do país, para implantação das linhas férreas, num verdadeiro pioneirismo, inimaginável para os padrões atuais.  


Meu avô materno, General Antônio de Freitas Brandão, sergipano,  ( Meu nome completo é Alberto de Freitas Brandão Bittencourt), dedicou-se ao Material Bélico. Nos anos que precederam à Segunda GM, de 1933 à 1937, integrou uma importante Comissão de compras de armamentos na Europa. Fuzil Mause mod 1908, metralhadora Madsen, ponto 30, Canhões Krupp, 75 mm,  foram alguns dos armamentos e respectivas munições adquiridas por ele na Checoslováquia, Alemanha e Bélgica.  Com a ascensão do nazismo, a missão foi suspensa, devido à ameaça dos navios carregados de armas e munições serem postos a pique durante a travessia do oceano Atlântico. 

Vovô Brandão instalou e chefiou várias fábricas de armamentos no Brasil, entre as quais a Fábrica do Andaraí, no Rio, e criou os Parques de manutenção de equipamentos bélicos, como o do Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar  em Curitiba, que leva o nome dele como patrono.


Ambos os avós foram agraciados como patronos de escolas públicas. A de Bento Gonçalves, RGS, inicialmente tinha o nome de GEGAB – Grupo Escolar General Amaro Bittencourt – depois passou a ser designada  EREMF – ESCOLA DE REFERÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL Gen Amaro Bittencourt.

A escola de Aracaju, Sergipe,  é a EREMF Gen Antônio de Freitas Brandão, situada no bairro do Farol.  

Meu avô Brandão foi interventor no estado de Sergipe, de 1945 a 49, nomeado pelo pres. Dutra.


Meu pai, KELVIN RAMOS BITTENCOURT, Oficial do Exército, da arma de Engenharia, formado na Escola Militar do Realengo, em 1933.  Graduou-se em 1941, engenheiro militar e civil pela ETE - Escola Técnica do Exército que, posteriormente, mudou o nome  para IME - INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA. Foi promovido “post morten”ao posto de General de Brigada.  


Recomendo a leitura do artigo publicado na Revista do Clube Militar de março de 1998, anexo, intitulado “ A Engenharia de Construção e o general Rodrigo Octávio” de autoria do coronel Rodrigo AJACE Moreira Barbosa, da qual extraio à pág. 20,  a referência ao nome do meu pai: 


“ Merece uma referência especial a plêiade de Engenheiros Militares do Batalhão, sob a firme liderança do Major Kelvin Ramos Bittencourt. Este, um técnico por formação e convicção, não se deixou atingir pela aparente maior importância dada aos deveres militares, em detrimento, às vezes, dos aspectos técnicos. Com sua visão arguta, percebeu que a mudança de comportamento militar da unidade acabaria por beneficiar o cumprimento das missões técnicas de construção. Com esta compreensão, liderou sua equipe de Engenheiro Militares, propiciando apoio irrestrito ao seu comandante, fato este que contribuiu para o sucesso invulgar do Batalhão, no afã do cumprimento de sua missão.”  


Eu e meu irmão Cláudio, seguimos a tradição familiar. Após cursarmos o CMRJ, Colégio Militar do Rio de Janeiro,   ingressamos na AMAN, onde nos formamos nos anos de 1963 e 1965. Sou da turma Sesquicentenário da Academia Militar que completou em dezembro de 2023, sessenta anos de formatura. 

Inicialmente servi no BESE, Batalhão Escola de Engenharia, o Batalhão Visconde de Taunay, uma unidade de elite, sediada na Vila Militar, no Rio de Janeiro. Em seguida, após rigoroso curso na área de estágio, em 1966, entrei para a tropa paraquedista, onde fiz o curso de Mestre de Saltos. De lá fui servir na AMAN, como oficial Instrutor do Curso de Engenharia.  Tive oportunidade de preparar e formar a primeira turma de cadetes paraquedistas militares do EB. 

Da AMAN ingressei no IME- Instituto Militar de Engenharia, tendo me formado engenheiro militar e civil em dezembro de 1971. Em 1972 cheguei no Recife. Servi na CRO/7 - Comissão de Obras da 7ª Região Militar, de onde, por concurso público ingressei no Quadro do Magistério do Exército, como professor de Matemática do CMR, Colégio Militar do Recife. Lá fiquei por seis anos, até ser reformado por motivo de saúde, no posto de major, em 1982. 


A partir dessa data, sendo eu Engenheiro e Helena Arquiteta, formada na UFPE, começamos a construir. Montamos uma empresa de Construções e Incorporações - a MASTER PROJETOS E OBRAS - Trabalhamos durante mais de trinta anos na construção de cerca de trinta edifícios de porte  na cidade do Recife e adjacências. Resolvemos encerrar as atividades da empresa quando o mercado se tornou inviável, os preços aviltados e a chegada de grandes empresas vindas do Sul do país.  


Este é um resumo de nossa vida. Só temos a agradecer a Deus pela família linda que eu e Helena constituímos e por nos permitir termos chegado até aqui, com amor, saúde e felicidades.  

sábado, 9 de março de 2019

A INTEGRAÇÃO DA FAMÍLIA ROTÁRIA





A INTEGRAÇÃO DA FAMÍLIA ROTÁRIA
Alberto Bittencourt - 2006





Nosso Quadro Social mudou, tem evoluído, a partir da presença das mulheres, em 1989. Hoje, não é mais restrito apenas ao rotariano. O Rotary do seu segundo século de existência, é cada vez mais um movimento  famíliar, cada vez mais um movimento da Família Rotária. 
Quando o RI consagra o mês de dezembro de cada ano à Família Rotária, quando os ex-presidentes do Rotary International, Jonathan Majiyabe e Glenn Estess  priorizam  e dão ênfase à Família Rotária, isso significa a integração da Família Rotária na vida dos clubes, para que ela participe dos programas, das atividades, das decisões.
São palavras do presidente Glenn:
“Não queremos que o Rotary seja visto como uma obrigação a ser cumprida, uma organização que afasta as pessoas das famílias. Os clubes devem promover um ambiente familiar onde prevaleça a amizade e a confraternização para que todos possam participar dos eventos e projetos do clube”.
Ele disse mais:
"Todos os clubes devem ter sempre uma Comissão Pró-Família Rotária atuante, que será uma parte essencial dos esforços para retenção dos sócios".
A Família Rotária, são os cônjuges, as damas da Casa da Amizade, os filhos, netos, irmãos, sobrinhos, genitores, são os membros dos Rotaracts, Interacts Clubs, dos Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitários, são os ex-bolsistas da Fundação Rotária, são os ex-participantes do programa de Intercâmbio de Jovens, os membros do Rotex, são os jovens intercambistas, , são os familiares de rotarianos já falecidos, são companheiros doentes, idosos que não mais freqüentam mas ficariam felizes em receber a visita de seus amigos, são os Rotarianos de Coração, são os membros do IGE, são os dirigentes e beneficiários das instituições assistidas pelos Rotary Clubs. Todos esses constituem a Família Rotária.
A Família Rotária integra o Quadro Social do clube e, como tal, tem o direito e o dever de participar das reuniões plenárias, dos projetos, eventos. Deve trazer  propostas, emitir opiniões, sugerir programas, apresentar novas idéias, tomar iniciativas e até criticar, usando a tribuna ou o boletim para manifestar a sua visão. Enfim, deve estar presente no dia-a-dia do clube.
Para que possamos fazer de nossa vida dentro do clube uma atividade agradável, saudável, rica em companheirismo, em amizade,  que nos impulsione para a prestação de serviços, é preciso integrar a Família Rotária na vida do clube. No momento em que tivermos nos clubes a integração da Família Rotária, teremos a certeza de que as reuniões serão sempre mais agradáveis, de que os trabalhos serão mais amenos, mais fáceis de serem executados, de que a nossa atividade será mais prazeirosa.
Sei, companheiros, que atravessamos períodos de dificuldades.  Temos problemas financeiros, o mundo está mais caótico, o sofrimento da humanidade é crescente. Isso exige muito  mais empenho, muito mais dedicação e até muito mais  sacrifícios de todos nós. Eu gostaria de pedir aos companheiros que  tragam a Família Rotária para dentro do clube e que todos dêem as mãos. Só assim seremos fortes, seremos atuantes e podemos ajudar-nos mutuamente de modo a superar as dificuldades.
Se cada Rotary Club for de fato a casa da Família Rotária, esta será o motor que o impulsionará para o sucesso no cumprimento de suas metas. 
Para simbolizar a  integração da Família Rotária,  criamos o mote do FEIXE DE VARAS, inspirado na fábula de La Fontaine: "O Ancião e seus Três Filhos". Unidos, somos fortes, nada consegue nos derrotar, mas separados, isolados, somos frágeis, fáceis de quebrar.
Assim é o Rotary, assim são os membros da Família Rotária. O FEIXE DE VARAS é o símbolo da união e do companheirismo da Familia Rotária.
Portanto brademos:
                Não pretendemos ser o maior,
                Tampouco queremos ser o melhor,
                Mas a Família Rotária, creiam todos
                É forte e unida como um... 
                            FEIXE DE VARAS!!! 

OBS:  Mote inspirado no estribilho do hino do RC Rio de Janeiro-Tijuca, O BOM PRA VALER.



F  I  M


quarta-feira, 6 de março de 2019

A FAMÍLIA ROTÁRIA- Gustavo Giay


A  Família  Rotária


Transcrição da Palestra de Gustavo Giay no XXIX Instituto Rotário do Brasil, Instituto Archimedes Theodoro, em Atibaia,SP - set 2006
Por Alberto Bittencourt



GUSTAVO GIAY - advogado de renome 


Prezados governadores passados, presentes e futuros do Rotary Internacional, companheiros e companheiras rotarianas, famílias do Rotary. Bom dia!

Caros companheiros, eu gosto tanto deste país e desta língua que vou proferir a minha palestra em português. Peço desculpas antecipadas pelos tropeços, mas saibam que estou falando de coração.

Tenho hoje 35 anos. Desde que nasci sou parte da Família Rotária. Meus avós foram rotarianos,  meu pai desde os 22 anos é rotariano, minha mãe foi uma ativa integrante da Casa da Amizade, até se tornar rotariana. Meu irmão é atualmente presidente do Rotaract Club de Buenos Aires. Meus tios são rotarianos. Meus primos são interactianos e rotaractianos.

Como vêem, minha família vive e respira Rotary. Isso conduziu a um resultado inevitável:  meu destino era ser rotariano.
Comecei aos 14 anos no Interact Club. Aos 24 anos, quando me formei em Direito, recebi um convite para ser sócio fundador do Rotary Club de Costaneira Campo-Novas Gerações, do qual fui Presidente.
Creio que por toda essa história rotária familiar, o Presidente Bill Boyd me honrou este ano com a nomeação para o cargo de Coordenador para a América Latina do Grupo de Apoio à Família Rotária, o que me deu a grande oportunidade de trabalhar junto com os eminentes e dedicados Coordenadores Zonais das zonas 19, 20 e 21.
Neste momento, quero agradecer ao Diretor de RI Carlos Speroni por esta grande oportunidade de me dirigir a vocês, neste prestigioso Instituto Rotário, que é um exemplo para o rotarismo mundial.
Qual foi a intenção do nosso  Presidente Bill, ao colocar a Família Rotária como uma das prioridades do seu Ano Rotário? Sem nenhuma dúvida, o fez para recordar-nos a importância de colocar a família em primeiro lugar na escala de valores de nossas vidas. Nossa nobre família é a família do Rotary.

Ao meu modo de ver, a Família Rotária é integrada por quatro grupos definidos de pessoas.

O primeiro grupo é formado pelas Novas Gerações, beneficiária dos múltiplos programas estruturais do Rotary, ou seja, dos programas dedicados aos jovens, àqueles que ainda não estão na idade, nem têm condições de serem rotarianos, ou mesmo, que estando em condições, ainda não são rotarianos. Refiro-me aos 180.000 interactianos dispersos em mais de 8.000 clubes em 100 países do mundo. Aos 173.000 jovens do Rotaract, em mais de 6.500 clubes do mundo. Aos milhares de jovens, entre 14 e 18 anos de idade, que participaram do Ryla e aos mais de 200.000 jovens que tiveram a fantástica experiência de participar do programa de Intercâmbio de Jovens.
O Rotary e os rotarianos do mundo têm sido sumamente visionários e exitosos ao dedicar tempo e serviços em favor dos mais jovens. Todos devemos realizar os maiores esforços para que isso assim continue.
As Novas Gerações são o melhor presente para o futuro do Rotary, por isso, o primeiro caminho que devemos trilhar é o da continuidade. A continuidade desses programas é vital para o futuro do Rotary e para o futuro da Família Rotária.
Esse caminho da continuidade deve conter um princípio fundamental que é o da integração. Nós rotarianos devemos integrar às múltiplas atividades de serviço que realizamos, os rotaractianos, os interactianos, os jovens participantes do Ryla e do Intercâmbio de jovens.
Necessitamos nos aproximar deles, ocuparmo-nos deles, trabalhar lado a lado com eles, fazer com que sintam nossa presença, que saibam que são importantes para nós, que vejam que cuidamos deles.
E, num mundo tão convulsionado como o que vivemos, os riscos são imensos.
Aí devem estar presentes os rotarianos  para mostrar-lhes o caminho. Aí deve estar Rotary para lembrar-lhes que eles são parte de nossa família, e que antes de tudo, temos que fortalecer os laços que nos unem, dando-lhes exemplos dos valores em que acreditamos.

O segundo grupo da Família Rotária é composto pelos mais de 1.200.000 rotarianos do Mundo distribuídos por mais de 32.000 clubes.
Em números globais, nossa quantidade de membros se manteve estável nos últimos anos, porém houve uma mudança interna importantíssima: hoje em dia, apenas 11% dos rotarianos têm menos de 40 anos de idade. A média da idade dos sócios no mundo, que no ano de 1970 era de 45 anos, hoje é de aproximadamente 60 anos. Em outras palavras aumentou 15 anos. Hoje, a idade média dos rotarianos é 15 anos mais velha do que em 1970. Isso posiciona Rotary como uma organização de gente com idade cada vez mais avançada. Assim, o caminho a seguir é o do crescimento dos nossos clubes, do aumento do Quadro Social, com ingresso de gente mais jovem.
Penso que nos próximos anos, nós rotarianos, devemos nos ocupar intensamente, quase que com exclusividade, dos jovens, através dos programas estruturais do Rotary destinados aos jovens não rotarianos.
Temos mostrado porém, uma relativa lentidão, na solução dos problemas dos jovens dentro do Rotary e o que é mais importante, não temos posto no patamar de igualdade os esforços que deveríamos realizar para estimular e favorecer condições ideais que permitissem o ingresso de mais gente jovem no Rotary.
Quando pensamos que, dos 100.000 jovens que participaram dos programas educacionais da Fundação Rotária, apenas 3 ou 4% se uniram ao Rotary, nós perguntamos: _Aonde estão eles? É o que devemos perguntar todos, sem exceção, jovens e adultos, com interesse em nossa organização.
E o mais importante, quando convidamos os jovens para ingressar no Rotary, devemos mostrar-lhes que através de seu trabalho como rotarianos, eles podem encontrar sua missão na vida e um bom motivo para viver. Isto terá um valor incalculável em suas vidas, porque, como disse o filósofo Nietzsche, quem dispõe de uma razão para viver, é capaz de suportar qualquer tombo. Desta forma, estaremos mostrando o caminho a todos aqueles jovens que hoje não estão no Rotary, mas que compartilham nossos mesmos ideais e podem se valer de uma organização como a nossa, para trabalhar por um mundo melhor.  
O outro caminho é o da liderança, porque só poderemos crescer, se tivermos verdadeiros líderes rotarianos que ensinem o caminho.
O Presidente Bhichai Rattakul, na Convenção de Barcelona, disse que um líder comum fala, um líder mediano explica, um líder excelente demonstra, mas um líder extraordinário, inspira e motiva. De cada um de vocês, se espera que sejam líderes extraordinários.
O Rotary Internacional solicita e eu também vim ao Brasil para pedir-lhes que trabalhem para que a juventude seja parte importante desta organização. Que eles possam se desenvolver em suas profissões e em seus negócios, ao amparo do ideal de serviço, em seu próprio benefício e em benefício do próximo, praticando o caminho da solidariedade. Como a solidariedade é amor, nós poderemos transmitir-lhes esse amor em cada um de nossos atos.
Como líderes que são, vocês compreenderão que, para percorrer este caminho, temos que fazê-lo com compreensão e tolerância, entendendo que o tempo dos mais jovens não é igual ao tempo dos mais velhos, que sua situação econômica muitas vezes não é folgada e que suas obrigações profissionais também podem ser mais exigentes. A tolerância e a flexibilidade são um fator claro que devemos ter sempre presente, para fazer com que eles se unam ao Rotary e à Família Rotária.
Como disse nosso Presidente Bill Boyd, como segunda verdade, na atualidade, tanto o homem como a mulher trabalham, tendo a vida mais ocupada do que nunca. Então, não podemos ignorar o pedido dos jovens de trazer suas famílias para dentro do Rotary.

O terceiro grupo é composto pelas próprias famílias dos rotarianos. Nossos filhos, nossos netos, nossas esposas, muitas das quais realizam uma atividade imensa através das Casas da Amizade. Em resumo, todos aqueles que nos estimulam, que nos dão apoio, para que possamos ser parte desta paixão que nos une.
Em nossas famílias há dois caminhos a percorrer: o primeiro, é o do diálogo. Dialogar com cada uma das pessoas que amamos para que conheçam o nobre propósito do Rotary e as múltiplas e variadas atividades de serviço que desenvolvemos.
Quantas vezes falamos com nossas famílias à cerca do Rotary?
Já explicamos aos nossos filhos, esposas, netos, porque o Rotary é a melhor organização de serviços do mundo?
Contamos a eles as múltiplas formas de serviços que realizamos?
O diálogo é necessário para vencermos juntos o desafio que a vida oferece a cada um de nós.
Um informe publicado no mês de março de 2005 dizia: "As mudanças que se produzirão no conceito da família do futuro, serão tão importantes e tão dramáticas, como as que se originaram com a revolução tecnológica. A influência da biotecnologia e outras descobertas trarão à família uma revolução difícil de controlar, capaz de contestar até as verdades mais próprias do universo.
Frente a tantas mudanças, o diálogo com nossos seres queridos nos permitirá orienta-los quanto às inevitáveis alterações que se produzirão e manterá puros os valores que temos que preservar em nossas famílias.
O segundo caminho é o da participação. Se tivermos praticado o primeiro, que é o diálogo com nossas famílias, certamente será muito mais fácil que eles se interessem por Rotary, que o queiram tanto quanto nós os queremos. Rotary é família.
Se transmitirmos os valores do Rotary, às nossas famílias, elas serão mais fortes e a sociedade estará melhor preparada para enfrentar os imensos desafios deste novo século.
Como disse José Ingenieros: "A fortaleza de uma sociedade começa a perigar quando os valores que sustentam uma família se enfraquecem."
Este caminho da participação deve reunir também o do agradecimento.
Nossas famílias são menos fortes se não temos amor. Quando temos amor suportamos melhor a dor nos momentos difíceis. Se não temos uma família com amor, não seria possível conseguirmos tantas coisas que conseguimos para os nossos filhos. É por isso que o agradecimento à eles deve ser permanente.

Por último, o quarto grupo da Família Rotária é constituído por todos aqueles que de alguma maneira ou outra, se beneficiam dos programas do Rotary, das múltiplas tarefas de serviço que nossos clubes realizam.
Este é o caminho da solidariedade. Ser solidário é a essência de ser rotariano.
Porém, essa solidariedade, demonstrada por obras e serviços, deve ser visível em todos os momentos que vivemos, porque devemos fazer conhecer a imagem do Rotary. A imagem do Rotary deve ser construída com nossos atos, com nossos projetos, para que a sociedade tenha o conhecimento cabal do que o Rotary representa para a comunidade, para o país e para o mundo. Para que o público compreenda que os objetivos da melhor organização de serviços do mundo, continuam hoje, com a mesma intensidade de há cem anos.
O caminho da solidariedade é necessário para fazer crescer nossa organização e fortalecer nossa Família Rotária, e dar a todas essas pessoas, destinatários dos trabalhos do Rotary, um mundo melhor, mais justo com mais oportunidades para todos.

Concluindo, meus amigos, dirijo-me a este maravilhoso grupo humano que forma a Família Rotária, para resumir-lhes os caminhos a seguir:
São eles:
1) o caminho da continuidade dos programas estruturais do Rotary
2) o caminho da integração dos jovens que se beneficiam de nossos programas.
3) o caminho do crescimento de nossos clubes, voltado para jovens e adultos.
4) o caminho da liderança.
5) o caminho da compreensão e tolerância,
6) o caminho do diálogo para falar com nossas próprias famílias a cerca do Rotary,
7) o caminho da participação. Estarmos sempre juntos, dos jovens, da família, entre amigos, para desfrutar das atividades de serviço.
8) o caminho permanente da solidariedade, o caminho do serviço que nos permite proporcionar uma vida melhor aos beneficiários de nossos trabalhos.

Em nenhum desses 8 caminhos foi mencionada a palavra felicidade. Você perguntará por quê?
Um escritor argentino muito importante, Jorge Bucay, escreveu um livro: "El Camino de la Felicidad". Ele coloca a felicidade como o verdadeiro destino da família, uma felicidade harmoniosa, individual e coletiva. A felicidade é a satisfação de saber que se está no caminho correto. É a tranqüilidade de quem sabe para onde conduz sua vida, é a certeza de não estar perdido.
Acreditamos que a felicidade seja esta maravilhosa oportunidade que Rotary nos apresenta de caminhar junto às nossas famílias e à Família Rotária mostrando os caminhos para um futuro melhor, para que cada um possa escolher o seu próprio. Aí está a felicidade que nos proporciona o Rotary. Aí está, meus caros companheiros e companheiras a felicidade que tanto desejamos.

Muito obrigado!

F  I  M