ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal
ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DIZER SIM À VIDA


DIZER SIM À VIDA
Alberto Bittencourt
Um velho sábio meditava todos os finais de tarde sob frondosa árvore num pomar em que um grupo de meninos costumava brincar. O ancião tinha a fama de tudo saber, de nunca errar, de ter sempre resposta para todas as perguntas.
Um belo dia, um dos meninos, tendo encontrado um filhote de passarinho no jardim, resolveu pregar-lhe uma peça.
Segurou o filhote com as mãos fechadas, escondidas atrás do corpo e falou para os companheiros:
“Vou perguntar ao mestre se o que eu tenho nas mãos está vivo ou está morto. Se ele responder que está vivo, eu esmigalho o passarinho com a mão e lhe mostro seu corpo inerte. Se, ao contrário, ele responder que está morto, então eu abro a mão e deixo o passarinho voar livre para a liberdade. Desse modo, eu duvido que desta vez ele acerte.
Assim o fez:
“Ó Mestre, perguntou. O passarinho que eu tenho nas mãos está vivo ou está morto?”
O velho homem fitou o menino, pensou por uns instantes e respondeu:
“A resposta está nas suas mãos. Você decide”.

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Sim, é você quem decide, a resposta está em suas mãos. Você pode decidir pela vida ou você pode decidir pela morte, você pode dizer sim à vida ou você pode dizer sim à morte. Você decide, a resposta está em suas mãos.
Visitando a Escola Casa da Paz, patrocinada pelo Rotary Club de Belo Jardim, PE, encontramos, Helena e eu, no ano do Centenário,  2004-05, afixada em uma parede, um cartaz com o seguinte poema, de autoria da diretora Kirley Almeida:

Dizer sim à vida é dizer sim ao Amor.
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade “.


Dizemos SIM à vida, quando pertencemos ao quadro social de um Rotary Club, com o coração pleno de boas intenções, com o espírito voltado para o trabalho voluntário, para a prestação de serviço desinteressado em favor do próximo, quando reconhecemos e prestigiamos o esforço da Fundação Rotária, na Busca pela Paz e da Compreensão Mundial. 
Por outro lado, se nos acomodamos, se nos servimos do coletivo apenas para tecer críticas, nada fazer de positivo, quando fazemos resistência passiva, quando caminhamos em sentido contrário aos ensinamentos e à obra de Paul Harris, dizemos sim à morte e não à vida.
Quando freqüentamos um RC apenas por freqüentar, quando não tomamos conhecimento nem do trabalho, nem das propostas em favor da vida, quando permanecemos indiferentes ante tantos irmãos que sofrem e nos pedem ajuda, estamos dizendo sim à morte.
Quando agimos com egoísmo, centrados na vaidade, quando o fruto de nossa ação é a nossa própria pessoa, quando só agimos em benefício próprio, então estamos dizendo sim à morte.
Só há um modo de dizer SIM à vida: é com o fruto do nosso trabalho, com dedicação, com disponibilidade, com amor ao próximo, investindo na fraternidade doando nosso tempo e nossa energia na luta por um mundo melhor, vivenciando a solidariedade.

Dizer sim à vida é dizer sim ao Amor.
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade “.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

ROTARIANOS & ROTARIANOS


ROTARIANOS E ROTARIANOS


Alberto Bittencourt

Escrito em 2004


É um clube de pessoas que se reúnem uma vez por semana só para bater palmas, disse um companheiro que acabava de deixar o Rotary.

No Rotary aplaudem até bife acebolado, foram as palavras de outro ex-rotariano indignado com o anúncio do menu do dia, aplaudido ao final da leitura.

Clube de ricos, de americanófilos, de quem não tem o que fazer. Essas são opiniões que, por vezes, ouvimos no dia a dia de nossa vida em Rotary.

Como inverter esse conceito? O que é, afinal, um Clube de Rotary? 

Todos sabemos, mas por que não conseguimos transmitir a imagem correta a alguns dos companheiros? São os que tomam posse e após alguns meses deixam os clubes, levam uma visão errônea e, não raro, saem falando mal, de modo injusto e irreal.

O Rotary é um tipo de associação em que seus integrantes têm um nível cultural semelhante. Todos são potencialmente líderes em seus campos de atividades e todos são voluntários na prestação de serviços. Exercer a liderança nessas condições não é tarefa fácil.

Há quatro tipos marcantes de Rotarianos:

- O primeiro tipo são os inativos
São aqueles companheiros que realmente só comparecem ao clube para bater palmas. Nunca se pronunciam, mal participam de reuniões festivas, não tomam nenhuma iniciativa, não se engajam em nenhum programa. Não adianta convocá-los, arranjam sempre um modo de escorregar, encontram sempre algum jeito de empurrar com a barriga, de passar a bola para a frente, de dizer que não é com eles. 
Esses que pouco fazem em termos de trabalho rotário, não deixam de ser importantes. São importantes para aumento do quorum das palestras, o que confere mais prestígio aos palestrantes. São importantes para melhorar a participação nos eventos de companheirismo. São importantes por estarem juntos.

- O segundo tipo de rotariano é o dos reativos
É o tipo dos rotarianos que pouco se manifestam, até serem mobilizados. Entretanto, uma vez convocados para determinado serviço, eles o fazem e fazem bem. Não refugam, não dizem não. Falta-lhes apenas a iniciativa de dar o primeiro passo, de organizar, de planejar, de liderar. Recebida a missão, eles a cumprem fielmente, porém ficam sempre esperando que alguém os acione. Eles podem se tornar úteis, se o presidente do clube souber liderar, delegar, atribuir tarefas e cobrar resultados. 

- O terceiro tipo é o dos que são proativos.
 Estes tomam iniciativas, agem, mobilizam recursos e pessoas, fazem. É o tipo de rotariano que acredita no Rotary, que está sempre buscando uma oportunidade de servir. Ele sabe o que fazer e o que precisa ser feito, fiscaliza, analisa, distribui tarefas, forma as equipes de trabalho. A eles cabe a tarefa de mobilizar o restante do clube, de motivá-los para que ajam, trabalhem, façam. Esse é o verdadeiro líder do Rotary. São os verdadeiros militantes rotários. É desses que o Rotary precisa, já que as comunidades excluídas, as crianças desassistidas, os idosos abandonados, os enfermos desvalidos, não precisam de simpatizantes. O ideal é que todos sejam militantes rotários.

- Há ainda um quarto tipo. São os negativos
Os que fazem resistência passiva. Estão sempre reclamando. Tudo criticam, têm sempre uma solução melhor, um jeito melhor de fazer. Só que nunca estão disponíveis. Este é um tipo de rotariano que, designado para qualquer missão, para presidente de uma avenida, por exemplo, passa os seis primeiros meses explicando o que vai fazer e os outros seis meses justificando porque não fez. É um tipo que soma no companheirismo mas na maior parte das vezes está ausente.

Acredito que todos os clubes tenham sócios que se enquadrem nesses estereótipos, já que cada clube é uma amostra da humanidade. 
O que faz o sucesso do Rotary é justamente essa diversidade. 



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

PINTANDO A PAZ


 
 
 

Domingo, dia 11 de fevereiro de 2007, a pracinha de Boa Viagem foi palco de um evento rotário para lá de prazeroso. Num recanto aprazível, ao lado da igrejinha, próximo à feirinha de artesanato, à sombra de inúmeras árvores, junto à bucólicos bancos de jardim, o Espaço da Criança, com o apoio do Rotary Club do Recife – Boa Viagem e do Rotarct Club de Boa Viagem, realizou o concurso de desenhos infantis sob o tema “A Busca da Paz”.

O evento realizou-se das 14 às 18 horas. Previamente, Helena obtivera a indispensável licença da prefeitura. A tarde estava agradável, sob um sol não muito forte, amenizado pela brisa do mar. O local parecia reservado para nós, limpo, amplo, livre de barracos, sem presença de pedintes ou ambulantes. Na hora marcada estava tudo pronto: a mesa com seis cadeiras, farto material para distribuição, constituído de papel tipo flip-chart fixado em pranchas de duratex, lápis de cor, lápis cera, canetas hidrocor, material para pintura a dedo, buchas e outros apetrechos, além de água mineral e gelo à vontade, para matar a sede.

A companheira Núbia Mesquita, presidente do Espaço da Criança, com seu esposo Beto e dois filhos, Raquel e Rafael, dirigiu os trabalhos de forma incansável. Preparou um painel com fotos ilustrativas da creche para apresentar aos visitantes, estendeu uma linha entre dois coqueiros, na qual colocou em exposição, doze desenhos de crianças, previamente selecionados entre dezenas de outros de sua creche. Levou seis autores dos melhores desenhos para participarem do concurso.

Na hora se incorporaram várias outras crianças, todas na faixa etária estipulada, dos seis aos doze anos, filhos de feirantes e de vários transeuntes.
As crianças se espalharam pelos bancos e começaram a trabalhar. Ficaram horas entretidas, a caprichar nos desenhos, cada qual mais criativa, todas usando a própria imaginação e o material distribuído.

Cada desenho recebeu um número. Aos adultos, visitantes e transeuntes, foi dado um folder do Espaço da Criança, enquanto eram convidados a escolher o desenho mais bonito e colocar seu voto em um livro sobre a mesa.

Além de Helena e eu, Núbia e Beto com os filhos, compareceram o presidente do nosso querido Boa Viagem, Carlos Lacerda, Yvonne e Evaldo Amorim, com o filho Carlos, nora e neta, os rotaractianos Alison e Flávia. Estes contribuíram com duas belíssimas faixas, nas cores do Rotary, amarelo e azul, uma em inglês, destinada aos turistas e outra em português. Compareceram também alguns amigos do Espaço da Criança, integrantes de um grupo de yoga do Pina, chamado DHARMA que muito ajudaram.

Todos os participantes envergavam bonita camisa alusiva, mandada confeccionar por Núbia, sob patrocínio do Laça Burguer.

Na hora da missa na igrejinha ao lado, o presidente Carlos Lacerda pediu ao sacristão que anunciasse o evento, convidando a todos os presentes para, ao final, visitar-nos e votar no desenho de sua preferência. Foi uma enxurrada de pessoas interessadas, analisando, comentando e dando opinião.

O desenho mais bonito, relacionado com o tema proposto, vai virar obra de arte. Será transformado em um painel mural para ser colocado na fachada da futura sede da instituição, ora em fase de projeto de construção, já aprovado pela PCR. Serão confeccionados ainda cartões e marcadores de livros, cuja venda, destinar-se-á a ajudar na obra.

O renomado artista plástico, Alex Mont’Elberto, filho do nosso saudoso e querido companheiro do Boa Viagem, José Júlio Fernandes, esteve presente, com esposa e filhos. Ele vai montar e doar essa obra de arte para a nova sede do Espaço da Criança, em mais um gesto de generosidade, ele que é autor e doador do marco rotário do Boa Viagem, situado na esquina das avenidas Domingos Ferreira e Barão de Souza Leão, sem dúvida, um dos mais belos monumentos do Recife.

Foi realmente uma inesquecível tarde de Paz, na pracinha de Boa Viagem. Estão de parabéns Núbia e Helena, idealizadoras e organizadoras do evento. Está de parabéns o Rotary e o Rotarct Club do Recife – Boa Viagem. Estão de parabéns as crianças do Espaço da Criança.