ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

HIGIENISMO


HIGIENISMO
Alberto Bittencourt








I - O que é Higienismo? 

O Higienismo, Alimentação Higienista, ou Higiene Natural, ou ainda, Alimentação Natural, é uma filosofia de vida e um conjunto de princípios e práticas com base na ciência, que leva a um extraordinário nível de saúde pessoal e felicidade. Trata-se de um movimento criado nos Estados Unidos em 1830, inspirado nos ideais gregos de saúde física e mental, que se desenvolveu a partir das descobertas que vieram à luz com o avanço da Biologia no século passado. Esse sistema é chamado em inglês de Natural Hygiene e vem a ser por definição: uma ciência de saúde que respeita as leis naturais, processos físicos e químicos que regem o corpo humano, mantendo ativo seu incrível poder de construção e regeneração. 

Como é de cunho essencialmente científico, trata-se de um sistema dinâmico que vem incorporando desde a sua criação, todas as novas descobertas a respeito de Saúde, Nutrição, Ecologia e Qualidade de Vida em geral, ajudando assim, a transformar a vida de milhões de pessoas. 

Segundo um dos mais respeitados e conhecidos médicos higienistas do nosso tempo, Dr. Herbert Shelton: "As leis da natureza, as verdades do universo e os princípios da ciência são tão certos, tão fixos e imutáveis em relação à saúde, quanto são em relação a todas as outras coisas". 

Conforme o Higienismo, somos aquilo que cheiramos, tocamos, vemos, ouvimos e comemos. Somo aquilo que nos emociona. Somos aquilo que pensamos. Nosso alimento é o ar, a água, o sol, os produtos da terra e tudo aquilo que nos rodeia. 

Quanto maior o nosso contato direto com a natureza e quanto mais comemos alimentos ricos em substâncias vivas, mais nosso corpo se torna belo, forte e flexível, mais nossa vida afetiva se liberta das emoções que nos amarram (medo, julgamento, raiva, frustrações), mais nossa mente se liberta de suas limitações, mais nossa vida espiritual desabrocha. 

Alimentos de mais ou de menos e alimentos inadequados, o metabolismo muito lento e a eliminação insuficiente provocam a retenção de resíduos que deveriam ser evacuados: as toxinas. 

As toxinas provocam sintomas (sensações desagradáveis) para avisar que está havendo um desequilíbrio. Se ignorarmos essa campainha de alarme, a capacidade de eliminação dos órgãos excretores (fígado, rins, intestinos, pulmões, pele) fica saturada, e aparecem sintomas gerais de intoxicação: 

- Sintomas mentais: 
espírito confuso, pensamento lento, memória deficiente, indecisão, etc. 
- Sintomas emocionais: 
sensação de cansaço, depressão, falta de ânimo, mau humor, ansiedade, etc. 
- Sintomas físicos: 
olheiras, pálpebras inchadas ou grudadas, olhos vermelhos ou amarelos, vista turva, coriza, nariz tapado, boca pastosa ou seca, língua coberta por uma substância branca ou amarela, vontade de tossir e cuspir, mau hálito, dor no couro cabeludo, dores de cabeça, de estômago, de barriga ou em outras partes do corpo, sensação de peso, rigidez e fraqueza nas articulações e nos músculos, problemas de pele e cabelos, tontura, cansaço geral, insônia, etc. 

Todos esses sintomas indicam uma sobrecarga dos mecanismos de eliminação e um indício de intoxicação geral. 

O Sistema Higienista: 
É um conjunto abrangente de preceitos que visam uma melhor qualidade de vida, entre eles a higiene alimentar. 

- Promove uma mudança de hábitos nocivos ao equilíbrio interno. 
- Ensina a maneira correta de assimilar os alimentos. 
- Condena a rigidez e incentiva o bom senso de seu praticante. 
- Busca o ideal a ser atingido, consciente do que é melhor para a saúde. 
- Representa uma mudança dupla: de hábitos e de idéias. 
- Não é um regime alimentar temporário. É antes de tudo uma filosofia de vida. 

A maneira correta de alimentar-se leva a: 

- Ter mais Saúde. 
- Ficar livre de distúrbios psíquicos e emocionais e das limitações mentais e espirituais. 
- Sentir grande bem-estar. 
- Despoluir nosso organismo. 
- Despertar a intuição que nos guia para maior vitalidade, equilíbrio e alegria de viver. 
- Deixar de sentir sintomas e doenças para descobrir que a saúde está em nossas mãos. 

II - Os Cinco Princípios: 


A dieta higienista se baseia em cinco princípios: 

1. Evitar ou eliminar comidas que produzam toxinas; 
2. Ingerir 70% dos alimentos crus; 
3. Respeitar as etapas do processo digestivo; 
4. Combinar os alimentos adequadamente; 
5. Não se alimentar em excesso. 

Primeiro Princípio: 
Evitar ou eliminar alimentos que produzem toxinas 

Esse princípio tem a ver com a restrição de alguns alimentos responsáveis pela produção de toxinas no organismo. Ao ingeri-los a pessoa acaba "poluindo" o corpo. Os resultados: formação de radicais livres, que favorecem o envelhecimento precoce, deficiência imunológica que aumenta as chances de adoecer e tendência à obesidade e doenças degenerativas como a arteriosclerose, as cardíacas e até o câncer. 

Segundo o Higienismo, a dieta ideal é aquela que tem em sua base frutas e verduras, nozes diversas (amêndoa, castanha, semente de abóbora, pistache, etc), raízes e tubérculos (aipim, inhame, batatas, etc), cereais. Os alimentos devem ser orgânicos (vivos), integrais, que não tenham nada contrário ao princípio nutritivo. 

O que se deve evitar 
- Carnes, sobretudo a vermelha; 
- Carnes processadas, como presunto, salsicha, lingüiça e defumados; 
- Frangos e ovos industrializados (de granja); 
- Leite e seus derivados (manteiga, queijos, iogurtes, etc); 
- Margarinas, maioneses; 
- Bebidas alcoólicas; 
- Produtos industrializados como enlatados, refrigerantes e alimentos que vêm em caixinhas e saquinhos; 
- Tudo que tiver aditivos químicos; 
- Bebidas que contenham cafeína (café, chá preto, chá-mate); 
- Chocolate; 
- Óleos e azeites que não sejam do tipo extra-virgem (processados a frio); 
- Frituras e outras gorduras saturadas; 
- Açúcares, adoçantes, bolos e doces; 
- Glúten, produtos de farinha de trigo branco refinado; 
- Arroz branco refinado; 
- Sal refinado; em seu lugar usar sal marinho, ou shoyo, moderadamente. 

Segundo Princípio:
Ingerir 70% dos alimentos com alto teor de água (crus) 

Consumir alimentos crus é importante porque eles são uma preciosa fonte de enzimas e fibras e líquidos. 

As enzimas são o princípio vital das moléculas das células vivas. Elas estão presentes em todas as plantas, verduras, frutas, nozes ou sementes em seu estado natural, cru, pois são sensíveis a temperaturas acima de 41º C e quando cozidas morrem. O alimento que é sujeito a temperaturas mais altas que 41º C perde seu valor vital, nutritivo. As fibras têm papel muito importante na eliminação de toxinas e gorduras porque agem como verdadeiras "vassourinhas" no intestino. Já os líquidos ajudam a manter os 70% de água que há em nosso corpo em perfeito equilíbrio. Apenas frutas, verduras e legumes crus preenchem esse requisito de manter o teor hídrico e auxiliam a desintoxicar as células, retardando o envelhecimento. 

Se o planeta Terra tem 70% de água e depende da quantidade de água para a sua sobrevivência, se no nosso corpo tem 70% de água, para mantê-lo sempre na melhor condição, devemos consumir uma dieta com, no mínimo, 70% de água. E vamos conseguí-lo nos alimentos com alto teor de água, que são as frutas e verduras, que têm em sua composição até 70% de água destilada pela natureza. 

Não estou falando de beber água. Mesmo bebendo oito copos d'água por dia não trará de modo algum o mesmo resultado, por duas razões importantes: nutrição e limpeza do organismo. A água transporta os nutrientes do alimento para todas as células do corpo e em troca remove as sobras tóxicas. Se você está ingerindo alimentos com alto teor de água, isso significa que está deglutindo alimentos que satisfazem todas as exigências nutritivas do corpo humano (todas as vitaminas, minerais, proteínas, aminoácidos, enzimas, carboidratos e ácidos graxos que o corpo humano necessita para sobreviver encontram-se nas frutas e verduras). 

Esses elementos nutritivos são carregados pela água dessas frutas e verduras para os intestinos, onde toda nutrição é absorvida e as sobras tóxicas são eliminadas. 

Os outros 30% consistirão em alimentos concentrados. Concentrado significa que o teor de água foi removido, quer por processamento, quer por cozimento. São os cereais, legumes, etc. Mas lembre-se: excesso de alimentos concentrados entopem não só intestinos, mas também as artérias, o que é a razão de tantas pontes de safenas por ano. 

Se aproximadamente 70% do alimento que comemos não é de alto teor de água, não há maneira nenhuma de emagrecer com sucesso e conservar o peso que se deseja ter permanentemente. 

As pessoas que bebem oito copos de água por dia fazem isso porque não estão ingerindo a água que precisam dos alimentos que consomem. Suas dietas são ricas em alimentos concentrados, assim seus organismos estão sempre exigindo água e elas experimentam sede constante. Você descobrirá que terá muito menos sede se ingerir alimentos com alto teor de água. 

Muitas pessoas bebem água com as refeições. Não é uma boa prática. Chega a ser debilitante, porque há sucos digestivos no estômago que destroem os alimentos. Se você bebe água juntamente com sua refeição, dilui esses sucos digestivos, evitando que a refeição seja adequadamente digerida. 

Se você pensa exclusivamente no que é gostoso, seu corpo jamais tem a oportunidade de limpar-se ou desintoxicar-se. Portanto, está sempre ingerindo alimentos que são apenas saborosos, e depois obstruem o corpo, acrescentando mais peso e impedindo que emagreça. 

Tudo o que sugerimos é que faça refeições que contenham 70% de alimentos de alto teor de água (frutas e verduras) e 30% de alimentos concentrados (todo o resto). 
Terceiro princípio:
Respeitar as etapas do processo digestivo 

O equilíbrio fisiológico e a saúde física dependem de três funções: 
- apropriação (ingestão ou deglutição)
- assimilação (digestão ou absorção)
- eliminação. 

Assim, nós ingerimos o alimento (apropriação), absorvemos e usamos parte desse alimento (assimilação) e nos livrarmos da sobra tóxica, daquilo que não usamos (eliminação). 

Embora essas três funções ocorram simultaneamente, cada uma é mais intensa em certas horas do dia. 

De acordo com essas funções, podemos dividir o dia em três fases de aproximadamente 8 horas cada. São os ciclos biológicos: 
· das 04h00 ao meio-dia: ciclo da eliminação.
· do meio-dia às 20h00: ciclo da apropriação.
· das 20h00 às 04h00: ciclo da assimilação. 

É evidente que comemos durante as horas em que estamos acordados (apropriação). Quando dormimos e o organismo não tem qualquer outro trabalho importante a fazer, ele assimila o que comemos durante o dia. Quando despertamos pela manhã, temos o que se chama "hálito matinal" e talvez a língua "revestida" porque nossos organismos estão no meio da eliminação daquilo que não foi utilizado – restos orgânicos, as chamadas sobras tóxicas. 

Já notou o que acontece quando se come tarde da noite? Acorda-se mal. sente-se meio "dopado"ou grogue na manhã seguinte. É porque o ciclo de assimilação que ocorre depois que o alimento deixa o estômago foi frustrado. Fisiologicamente nossos corpos desejam comer no início da noite, para que se passem ao menos 3 horas, o tempo necessário para o alimento deixar o estômago e o ciclo de assimilação poder começar na hora certa. 

Se o alimento ainda não foi digerido na hora que você deitar, também o ciclo de assimilação vai ser adiado para o período em que o organismo quer eliminar as sobras. Assim, as etapas do processo digestivo ficam tumultuadas, os ciclos biológicos de 8 horas são lançados em um turbilhão. 

Aqueles que querem perder peso devem se preocupar mais com o ciclo da eliminação. Entenda que eliminação significa a remoção da sobra tóxica, do excesso de peso, da massa ruim do seu corpo. 

A razão pela qual as pessoas são gordas é porque nossos hábitos alimentares tradicionais obstruíram, consistentemente, o ciclo da eliminação. Já que ingerimos um café da manhã abundante, um almoço farto e um jantar igualmente farto, o tempo de apropriação é muito maior que o da eliminação. Em resumo, ingerimos alimento em ritmo recorde, mas não nos livramos da sobra tóxica, daquilo que não podemos usar. 

Portanto, é importantíssimo observarmos em nossa alimentação, os 3 (três) ciclos biológicos: até o meio-dia, só comer frutas ou sucos de frutas para que a eliminação se processe, e não ingerir alimentos após as 20 horas, para que possam ser bem assimilados enquanto dormimos. 

Se comparamos nosso corpo a um fogão a lenha, a alimentação é o combustível, o metabolismo é a combustão e a eliminação é a evacuação de resíduos. 

O desjejum 

Muitas pessoas acreditam que um café da manhã farto é indispensável no início do dia para fornecer ao corpo a energia necessária para seu bom funcionamento. Nada mais errado. 

É porque ao acordarmos, (a eliminação está no auge entre 5 e 10 horas da manhã), os sintomas de intoxicação são fortes. Desaparecem assim que ingerimos alimentos ou estimulantes (café, chá, chocolate, cigarro, açúcar, manteiga, geléia, etc), que inibem o trabalho dos órgãos excretores. Ocorre então uma melhoria imediata, mas aumenta a intoxicação. 

Muitas pessoas atribuem o bem estar que sentem depois de um copiosos café da manhã à energia que dão os alimentos. De maneira nenhuma! A refeição, bloqueando o processo de eliminação, proporciona um "bem estar falso", devido ao fechamento das portas pelas quais o corpo faz sair as toxinas acumuladas! 

A mobilização dos mecanismos de defesa e desintoxicação provoca uma estimulação geral do organismo sentida de maneira agradável. Quanto mais intensa for essa reação, mais intenso será o cansaço brusco sentido no meio da manhã! Daí a tendência de consumir, por volta de 10h00 ou 11h00, alimentos ou bebidas estimulantes. Criamos assim um círculo vicioso que aos poucos esgota o organismo. 

Para facilitar a eliminação, o ideal é beber e comer somente frutas durante a manhã e só comer alimentos mais consistentes depois do meio-dia. 

Muitas pessoas chamam de "fome" à vontade de comer que sentem ao despertar. Essa vontade nada mais é do que o desejo de suprimir - através de alimentos - os sintomas do trabalho de eliminação dos órgãos excretores (pele, pulmão, fígado, rins, intestino). Por isso, sentir-se bem ao levantar é um sinal de boa saúde, que mostra que o organismo não tem muitas toxinas a eliminar. 

Os sintomas do mal-estar ao acordar mostram a sobrecarga das funções de eliminação. Não se trata, portanto, de eliminar esses sintomas, mas de ajudar o corpo bebendo bastante água e sucos naturais, comendo frutas cruas, fazendo ginástica, ioga ou esporte, ou ainda friccionando a pele com um pedaço de bucha vegetal. 

Quarto princípio:
Combinar os alimentos adequadamente 

Assim que são ingeridos os alimentos entram em contato entre si, realizando relações bioquímicas e reagindo com as secreções digestivas segundo a natureza ou a composição química de cada pessoa. Existem os alimentos que se combinam bem e aqueles que não. Quando a combinação é perfeita, a digestão se faz harmoniosamente, a assimilação das proteínas, vitaminas e dos minerais é ideal, a formação do material a ser excretado é adequada e a deposição de gorduras e de elementos tóxicos é mínima ou nenhuma. 

Ocorre exatamente o contrário quando os alimentos não se combinam.Uma alimentação que respeite os padrões de equilíbrio bioquímico dos alimentos é recomendada a todas as pessoas, independente de sua filosofia alimentar. 

Carboidratos são incompatíveis com proteínas. A digestão do carboidrato se processa mais rápido que a da proteína. Se são ingeridos simultaneamente, a proteína vai reter por mais tempo o carboidrato no estômago, provocando fermentação. Daí vem a sensação de azia e de estômago cheio por muito mais tempo. 

Pela mesma razão não se deve ingerir frutas de sobremesa. A digestão das frutas se processa muito rápido, em cerca de 20 minutos apenas. Se elas são ingeridas ao final das refeições, elas ficarão retidas no estômago, provocando a fermentação. As frutas só devem ser ingeridas 3 horas após, ou 1 hora antes das refeições. 

Não misture base com ácido, eles se neutralizam. Exemplo: pão com carne (a reação dos ácidos no estomago é de neutralidade – um vai fermentar e o outro apodrecer, porque a carne exige um suco ácido para se desintegrar e o amido exige uma secreção alcalina). 


O higienismo propõe que se faça o máximo possível para combinar adequadamente essa química dos sucos gástricos. 

Uma mistura de amido (pão, macarrão, batata, inhame) com proteína (carne, queijo, ovos) é absolutamente inadequada e não deveria entrar juntos numa refeição porque causa grande fermentação. 

Se você gosta de carne, por exemplo, coma arroz no almoço e a carne no jantar, mas não misture os dois na mesma refeição. A carne combina com hortaliças, que combinam com tudo por serem alcalinas. A combinação correta para o amido são as hortaliças. Outra combinação errada: pão com queijo; macarrão com carne ou queijo; coma o macarrão com hortaliças e não com carne. 

Assim, são condenáveis, sob o ponto de vista da combinação química dos alimentos: sanduíches de carne e/ou queijo; macarronadas, seja com molho de carne ou de queijo, e assemelhados. 

Melancia e melão são frutas que se deve comer sozinhas. 
Frutas doces combinam bem entre si. Ex.: banana e mamão; pêra e maçã; maçã e uva. 
Abacaxi (ácido) com banana (doce) torna difícil a digestão porque cada uma exige uma digestão particular. 
Leite com fruta é uma péssima combinação porque o leite é um isolador gástrico. Se tomar leite, tome-o sozinho. Criança alimentada de fruta com leite é raquítica porque não digere nem a fruta nem o leite. 

Para vitaminas use água de côco, ou o próprio suco de fruta. 

"Quando olhar um alimento pense se ele vai lavar o seu corpo, e se está mais próximo da vida do que da alteração". 

Quinto Princípio:
Não se alimentar em excesso 
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Mesmo o alimento mais nutritivo estragará seu organismo se for ingerido em excesso. Por favor, não coma demais. 

Se sentir vontade de comer em excesso, coma frutas frescas suculentas ou verduras frescas, cruas, quando quiser exagerar na alimentação. São alimentos saudáveis, cheios de nutrientes, que purificarão e nutrirão seu organismo.

LINK RELACIONADO: leia também: 


Referências bibliográficas: 
· "DIETA SEM FOME"
Harvey e Marilym Diamond - Ed. Record 
· "VOCÊ SABE SE ALIMENTAR?"
Dr.Soleil - Ed. Paulus. 
· Site da American Natural Hygiene Society - ANHS:
· MANGÉ NATURE, SANTÉ NATURE – Ed. Les Hygiénists
Albert Mosseri - Vols I e ii 
· NUTRIÇÃO VITAL
Soraya Vidya Terra Coury 
A DIETA DO ARCO IRIS – Ed. Record
Dr. Gabriel Cousens 
LUGAR DE MÉDICO É NA COZINHA
Dr. Alberto Peribanez Gonzalez 


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terça-feira, 9 de outubro de 2018

SOLIDÃO E SOLITUDE




SOLIDÃO E SOLITUDE

Alberto Bittencourt




I- Solidão 

Há momentos de nossa vida, nos dias atribulados de hoje, em que nos sentimos sós, mesmo estando no meio de parentes, amigos, colegas. 

O homem do século XXI, especialmente nas grandes cidades, parece acostumando a viver numa corrida desenfreada, inclusive com a justificativa de garantir a sobrevivência, apesar de tudo o que isso acarreta de tensões, estresse, obesidade, doenças do coração e outros males. 

Em meio a toda essa agitação, o ser humano está preso às engrenagens de uma grande máquina montada em rede mundial.
Charlie Chaplin, em Tempos Modernos
Como o Carlitos dos “Tempos Modernos”, ele é arrastado pelas engrenagens dessa máquina bem lubrificada e se deixa levar como autômato.

Nas ruas, no trabalho, em casa, nos clubes, essa tensão gera a intolerância que por sua vez, tem gerado conflitos, a maioria por causas insignificantes. Os nervos à flor da pele explodem, a arrogância e a prepotência tomam o lugar da humildade, do diálogo, da razão. A convivência entre as pessoas fica mais difícil.
Não é de admirar por que o homem muitas vezes se sente só. Não há quem nunca tenha tido essa sensação de solidão. 
Mesmo nas grandes cidades, onde cruzamos com centenas de pessoas diariamente, sentimo-nos, por vezes, sós. Mesmo no meio dos colegas, amigos, parentes e familiares, mesmo nas diversões, lazeres, festas e confraternizações, mesmo nas discussões e conversas, não raro nos sentimos sós. 
Quando falamos, o essencial nunca é dito, ou pior, não conseguimos comunicar o que gostaríamos que os outros soubessem.
Eu me sinto tremendamente só, quando não dou a resposta que acho que deveria ter dado em determinado momento. Eu me sinto só, quando me calo, sem ter o que dizer, ante a prepotência e a arrogância. Eu me sinto só, quando me submeto, qual criança sendo repreendida pelo pai, ao assumir a culpa do que não fez, impotente para se defender ou reagir. Eu me sinto só, nas vezes em que concordo apenas por preguiça ou comodismo ou por medo de enfrentar.
 Às vezes penso que os outros não querem me escutar. Então eu me sinto desconfortável, sem assunto. Eu fico dentro de mim, mesmo quando estou no meio da rua. Minha imaginação constrói muros. Eu sei que eles não são reais, mas eu não tenho ânimo de transpô-los. 
Por fim, eu nem mesmo sei se a solidão é devida aos outros que não querem saber de mim, ou devida à mim mesmo que não quero saber dos outros. 
Sozinho, sei que não posso chegar à nada. 
Por isso eu sou voluntário. Estou num lugar onde posso encontrar talvez pessoas que vivem situações parecidas com a minha, para partilhar impressões, para começar projetos comuns, para nos ajudarmos mutuamente, para trocar bens e serviços, para me tornar útil e dar um sentido a minha vida. Encontrar, por outro lado, pessoas bem diferentes pode também me enriquecer. 
O convívio com os outros me dá também ocasião de avaliar as competências de saber ser, saber fazer e saber ter, dos indivíduos e dos grupos, dos projetos de estudos, de trabalho, de profissões, as chances de sucesso, de ser útil e de ser inserido e aceito no coletivo.
Finalmente, para sair da minha solidão, é preciso que eu abandone o velho e me lance na incerteza do novo. Que eu me jogue na correnteza, sem pensar que posso me afogar. Constatarei então que o corpo humano flutua e eu terminarei por saber nadar, como um peixe. 

II – Solitude



A raiz latina solitudine gerou as palavras solitude, francesa e solidão, portuguesa. Os poetas incorporaram solitude ao vernáculo camoniano. Nossos dicionários dizem que os dois vocábulos são sinônimos. Significam o estado ou condição de quem se sente ou está só. É a sensação de estar sozinho, isolado, sem ter com quem falar, mesmo no meio de outras pessoas.
Na língua inglesa, entretanto, os termos solitude e solidão encontram significados diferentes, através das expressões solitude e loneliness.

A Wikipedia, a enciclopédia livre da Internet, reconhece a diferença e a traz para o português:

"Solitude é o estado de privacidade de um pessoa, não significando, propriamente, estado de solidão. Pode representar o isolamento e a reclusão, não diretamente associados a sofrimento. Pode-se lembrar, como estado de solitude, do período em que Jesus se isolou para reflexão. Solitude é o isolamento ou reclusão voluntário, quando o indivíduo busca estar em paz consigo mesmo". 

A solitude, em sua essência, é diferente da solidão. Na solitude, a melhor companhia para qualquer indivíduo é ele mesmo. O indivíduo está só e em paz consigo mesmo, quando é capaz de fechar os olhos, mergulhar no silêncio, conectar-se consigo mesmo e se sentir completo. Isso é viver em solitude. 

Foi Einstein quem disse: "Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar, mergulho num grande silêncio – e a verdade me é revelada".

As palavras de Einstein revelam que silêncio interior, meditação e solitude têm o mesmo significado. 

Estar em solitude é elevar a vibração, sintonizar a Força Criadora, expandir a consciência, orar, entrar em contato com o seu Mestre Interior, sentir-se uno e integrado com Deus e o Universo.

Estar em solitude é contemplar a natureza, ouvir os sons dos pássaros, ver o movimento das águas, sentir a carícia do vento e o cheiro da terra molhada.
Estar em solitude é sentir a vibração do amor, é se colocar no lugar do outro e entender as suas razões.
Kalyan Banerjee, Presidente do Rotary International, por ocasião da apresentação de seu lema, Conhece a si mesmo para envolver a humanidade, disse:
"Encontre sua essência, desenvolva sua força interior e, sem hesitar, siga em frente e abrace o mundo para envolver a humanidade".
Para tanto, é preciso abandonar o ego, deixar de lado as vaidades individuais e mergulhar na solitude. 







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