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sábado, 28 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
PAZ ATRAVES DO SERVIR
Paz
Através do Servir
Considerações
a respeito do lema
Alberto Bittencourt
– abr 2012
Paz Através do Servir é
o lema do presidente eleito do Rotary International para o ano 2012-2013, o
japonês Sakuji Tanaka.
A
tradução brasileira do original inglês Peace
Through Service, optou pela palavra servir
em vez de serviço. Qual seria a
forma mais correta? Qual seria a melhor tradução? Ou seria indiferente?
Pessoalmente, creio existir uma sutil
diferença entre os dois vocábulos, o
servir e o serviço. Quero informar, entretanto que,não sendo especialista
em filologia, minha opinião é leiga, destituída de embasamento teórico. Sei
apenas que oemprego do infinitivo de um verbo como substantivoé bastante comum
em nosso vernáculo:o sentir, o andar, o falar.
A substantivação do verbo servir representa ação, movimento, pois
este verbo está sempre relacionado com fazer, ter, estar ou sentir.O servir, como substantivo, está mais
ligado ao sujeito da ação, enquanto o
serviço, também substantivo, está mais ligado ao objeto.
Costumamos dizer que alguém presta um serviço, porém não podemos
dizer que alguém presta um servir.
Quando eu digo: eu vou servir, a conotação é diferente de quando eu digo: eu vou prestar um serviço.
O
servir dá uma idéia de continuidade da ação que, vem do
passado, se realiza no presente e se projeta para o futuro, o tempo todo, não
importa onde, através de palavras, pensamentos e atos, gestos e atitudes.
Por outro lado, se eu digo,eu presto serviço, significa que
naquele momento eu faço algo limitado no tempo. Prestar serviço é uma ação que
tem começo e fim, o que não acontece com o servir,
que tem uma abrangência muito maior.
Quando eu digo que presto um certo serviço, significa dizer que ele é determinado, limitado,
isolado e compartimentado e que, uma vez terminado, estou pronto para fazer
outra coisa ou prestar outro serviço.
Enquanto o servir tem uma conotação dinâmica, o serviço tem uma conotação estática.
Por todas estas exposições de motivos, a
tradução brasileira “Paz através do
Servirquer dizer que a paz não é posta como um objetivo final, como uma
meta a ser buscada, a ser alcançada, nem tampouco um ideal ou uma utopia. A paz
é algo que se constrói no dia a dia, num trabalho permanente e contínuo, é uma
atitude individual, um modo de vida, uma filosofia, um comportamento, um
relacionamento, uma convivência.
Como Gandhi nos ensinou: - Não existe um caminho para a paz. A paz é o
próprio caminho.
MANUTENSAO E CONSTRUÇAO DA PAZ
MANUTENSÃO DA PAZ
X
CONSTRUÇÃO DA PAZ
Alberto Bittencourt - abr 2012
Existe uma diferença entre os conceitos de Manutenção da Paz e o de Construção da Paz.
As forças internacionais da paz, das Nações
Unidas, como a Minustrah do Haiti, têm a função de manter a paz e são exercidas através do Conselho de Segurança da
ONU. Sempre que há um conflito e uma ameaça à paz internacional, como ocorreu
na guerra da Bósnia e da Líbia, elas exercem o seu poderio bélico para manter a
paz. O Brasil tem por tradição integrar essas forças internacionais de paz
desde a guerra do YonKypur, entre Israel e os países árabes, quando foi
instituída a Força da Paz de Suez. São Domingos, na América Central, e o Timor
Leste, na Ásia, foram outras nações que receberam soldados brasileiros
integrantes das Forças de Paz da ONU. Graças à atuação dessas forças estão
sendo devolvidas à Paz regiões cheias de conflitos, de tensões, sejam de origem
étnicas, políticas ou religiosas. A eficiência dessas intervenções tem evitado
que os conflitos se prolonguem no tempo e se expandam causando aumento do
sofrimento de populações civis, gerando levas de refugiados e de pessoas
desabrigadas, acomodadas em acampamentos.
Por outro lado, a Construção da Paz envolve um conceito inteiramente diferente. É
prevenção de conflitos a longo prazo, um assunto muito mais complexo. Às vezes,
é fácil tomar atitudes bélicas para manter a paz. Para construir a paz, nem
sempre é uma decisão simples.
Os orçamentos dos países destinam bilhões
de dólares para garantir o aparato militar, sob o pretexto de Manutenção da Paz. Há toda uma
estrutura industrial bélica sob o pretexto de exercer o poder dissuasório.
Afirmam os belicistas que a manutenção do aparato bélico, da capacidade de
destruição, tem a finalidade de desencorajar as pretensões belicosas de
vizinhos, assim como a conhecida expressão “Se queres a Paz, prepara-te para a
guerra”. Com esta idéia, surgem algumas “operações de manutenção da paz” que
geram investimentos de muitos bilhões de dólares
Em contra partida, só se conseguem migalhas
para operações de Construção da Paz. Construir
a paz é empreender uma ação preventiva. Acontece porém que essas ações
preventivas não trazem consigo nem a glória, nem o reconhecimento para quem as
executa.
Condecoram-se os generais que vencem as
batalhas, mas os realmente importantes são os que evitam a eclosão das guerras.
Só estamos acostumados com os resultados concretos, que aparecem nos jornais e
na tv, então, se nada acontece, e é exatamente isso que desejamos, aí ninguém reconhece
que o fato se deve ao trabalho contínuo, permanente, feito nos bastidores, em pequenas
doses e muito abrangentes.
Há um ditado sul africano, Zulu, que diz:
“Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue
mudanças maravilhosas”. Esses são os verdadeiros construtores da paz.
A paz é um estado da sociedade para qual
todo cidadão contribui, a cada instante, na família, na escola, no trabalho,
nos parlamentos, nos bares, As possibilidades de paz precisam ser construídas diariamente.
A cultura da paz se constrói dia a dia, com justiça, dignidade, igualdade e
solidariedade.
Construir a paz não significa reparar os
danos, mas sim evitar que eles se produzam. Isso só é possível com a
participação da sociedade civil nessa tarefa e que cada indivíduo se ocupe dela
pessoalmente.
O Servir está mais ligado à Construção da
Paz, enquanto que O Serviço pode ser mais íntimo da Manutenção da Paz. “A Paz
através do Servir” significa construir a paz. É a prevenção, o trabalho
contínuo, diuturno, de mudança das condições de vida das pessoas, de aliviar o
sofrimento dos oprimidos, dos excluídos, de diminuir as diferenças sociais
através da educação, da valorização do homem, do ensino de comportamentos
úteis, da prática indiscriminada do bem.
A manutenção da paz pode ser considerada um
serviço, para acabar com os conflitos e com a violência, uma vez instalados,
ainda que pelo emprego da força e do poderio bélico. Para a Manutenção da Paz
no Oriente Médio, foram investidos US$150 bilhões, enquanto que, para Construir
a Paz no mesmo Oriente Médio, nem um centésimo disso foi aplicado. Isto porque
ela não é um ato de serviço, mas sim uma ação de servir, preventiva, que não
traz lucros nem gera dividendos imediatos, posto que ela é uma ação para o
futuro, quase invisível e seus efeitos só são percebidos a longo prazo.
Esses conceitos são meus pensamentos a
respeito do tema sobre os dois substantivos usados nas duas traduções,
lembrando sempre que o servir constitui a essência da filosofia e do ideal do
Rotary.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
ESPAÇO DA CRIANÇA RECEBE RECURSOS DO GOVERNO DO JAPÃO
Na terça-feira, dia 27 de março de 2012, em cerimônia
realizada no Consulado do Japão, o Cônsul, sr. Tadayoshi Mochizuki, passou às mãos da presidente da
creche Espaço da Criança – ARH, sra. Núbia Mesquita, cheque com a quantia de R$151.000,00 para a
conclusão das obras de construção da sede.
Estiveram presentes, Patrícia Brenneken, Elodie Clerici e Marlies Krüger
da diretoria do MIR - Mulheres Internacionais do Recife,
grupo filantrópico que apoia iniciativas sociais; Sondja Beirão, arquiteta do
projeto e os rotarianos Alberto e Helena Bittencourt, voluntários à frente da
obra da nova sede. A coordenadora do Espaço da Criança, Edna Monteiro, também
esteve presente, e com ela quatro crianças da instituição, que levaram
presentes em agradecimento ao cônsul.
"É um grande prazer apoiar o Espaço da Criança", declarou o
cônsul, acrescentando que, apesar das dificuldades que o Japão enfrenta desde
que foi atingido pelo terremoto e pelo tsunami ano passado, o governo e o povo
japonês não abriram mão de tais gestos humanitários, que estreitam "os
tradicionais laços de amizade entre Japão e Brasil", detalhou. "É
importante apoiar crianças que se encontram em situações precárias, e isso nos
quatro cantos do mundo", completou.
A creche Espaço da Criança funciona há mais de vinte
anos em imóvel alugado, no bairro da Boa Vista, onde atende cerca de cem
crianças de seis a dezoito anos, das famílias carentes da comunidade dos
Coelhos. Com a ajuda de benfeitores nacionais e internacionais, iniciou a
construção de nova sede em terreno próprio, adquirido há oito anos.
A obra deverá estar concluída dentro de três meses. O
projeto, em dois pavimentos, contempla salas de aulas, cozinha, refeitório, despensa,
secretaria, almoxarifado, instalações sanitárias, área para recreação e jogos,
tudo legalizado e aprovado pelos órgãos competentes.
Para Núbia Mesquita, a atitude
solidária nipônica é uma mostra da nobreza da sua gente. "Vemos nessa
vontade de ajudar um sinal de um povo resiliente, cooperativo e que sabe o que
é estar sofrendo necessidades", respondeu a presidente, que espera poder,
com os recursos doados, ajudar mais crianças no futuro. Esperança essa que se
concretizará sem atraso, na previsão de Patrícia Brenneken. "Temos
acompanhado a seriedade do Espaço da Criança e sabemos que o dinheiro será
muito bem empregado", disse a presidente do MIR, agradecendo também ao
governo e povo do Japão.
O governo japonês se envolveu
com o Espaço da Criança a partir de junho de 2010, logo após a instituição ter
sido vítima de um roubo e atos de vandalismo. O episódio fora veiculado na imprensa e chamou
a atenção do assessor para projetos sociais, Takesi Konno, que apresentou à
instituição a possibilidade de parceria com o governo do Japão. A ajuda
estrangeira chegou em hora perfeita, na avaliação da presidente Núbia.
"Vocês foram uma resposta de Deus para nós", afirmou.
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