ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

VACINAS ANTI PÓLIO

 VACINAS ANTI PÓLIO.


       Companheiros, as duas vacinas antipólio foram testadas durante  cinco anos antes de serem homologadas pela OMS.


1. A vacina injetável, com o vírus inativado ou morto- VIP - foi produzida pelo cientista Jonas Salk em 1950, a partir das células do fígado do macaco Rhesus, um tipo de macacos existente na Índia e adjacências.   Foi homologada para uso em 1955 pela OMS.
Hoje não é mais necessário sacrificar o macaco para produzir a vacina.


2. A vacina oral, das duas gotinhas - VOP - com o vírus atenuado, foi produzida em 1955 pelo cientista Albert Sabin,  e homologada para uso comum em 1960, pela OMS.

Ambos os cientistas  dispensaram as patentes, o que representou o maior benefício para a humanidade.


OLAVO BILAC - O SITIO

 OLAVO BILAC

 autor desconhecido

 Contam que certa vez Olavo Bilac foi abordado por um comerciante na rua

• Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio. Será que poderia redigir o anúncio para o jornal?*
Olavo Bilac escreveu:


"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas águas de um ribeirão. A casa é banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda".
Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe:
-VENDEU o sítio??!!
– Nem penso mais nisso! Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que eu tinha!
Às vezes, não percebemos as coisas boas que temos conosco e vamos longe, atrás de miragens e falsos tesouros.


Valorize o que você tem:


👉a vida que você tem
👉a pessoa que está ao seu lado
👉a sua família
👉os amigos que estão perto de você
👉o trabalho que você conquistou
👉o conhecimento que adquiriu
👉a sua saúde
👉o sorriso



Esta reflexão é para que todos nós possamos terminar o ano de forma diferente, não só planejando as coisas que queremos, mas agradecendo por tudo que nossos esforços nos permitiu conquistar.


domingo, 24 de setembro de 2023

ADVOCACY – ADVOGADOS ESPERTOS

 ADVOCACY – ADVOGADOS ESPERTOS

Alberto Bittencourt - 23 dez 2021


Assisti ao último episódio do seriado BOLIVAR.  O Libertador morreu sozinho, exilado, vítima da doença insidiosa - tuberculose - e traído em seus ideais.  Advogados espertos instilaram veneno nos congressistas de um congresso venal, no povo e nos amigos.


O termo, moderno, que os americanos usam muito, “advocacy” , se presta a tudo. É também usado pelos rotarianos que o traduzem, na melhor das intenções  como “defesa da causa”.

Depois de ver o filme Bolīvar, cheguei à conclusão que “advocacy” seria melhor traduzido como defesa contra burocracia, lobby, negociata, tráfico de influências, corrupção  e, principalmente, defesa contra advogados espertos. 


Advogados em geral são treinados e formados na arte de mentir. Para eles, a verdade dos fatos é a versão do contratante. O dispositivo legal pelo qual ninguém pode ser condenado enquanto houver recurso disponivel, joga os processos acusatórios para a “massaranduba do tempo”, isto é, até a prescrição. 


O Brasil é o campeão da impunidade. E, em consequência, é também campeão mundial da violência, dos assassinatos por armas de fogo, da roubalheira. Na cadeia, só ficam os pobres, os que não têm dinheiro para pagar advogados espertos. 


Sobral Pinto, um mestre do saber jurídico e do comportamento  ético, jamais buscou absolver um criminoso comprovadamente culpado.  Procuraria sim, atenuantes que diminuíssem a pena, mas nunca alegaria a inocência quando as evidências apontassem para o contrário. .

Advogados americanos não aceitam causas quando sabem que os honorários adviriam da corrupção.


No Brasil, o que vemos?  

A OAB é a primeira a blindar criminosos indefensáveis como Adelio Bispo, Cesari  Battisti, André do Rap, Lula, e por aí vai.

A prova da OAB poderia ser disciplinadora e formuladora da ética profissional.


Desvios éticos podem existir em todas as áreas.

Na engenharia, por exemplo, a utilização de materiais em qualidade e dosagem inferior aos especificados pode comprometer a segurança e estabilidade da construção. 

Na área médica, com a prescrição de próteses e medicamentos caros e desnecessários, em troca de vantagens indevidas de fabricantes e laboratórios. Nas relações de ordenadores de despesas públicas com empreiteiras, no aceite e recebimento de propinas e comissões. E por aí vai. 


O que falta no Brasil é de um choque de gestão e, principalmente, de seriedade no trato da coisa pública. 

Ainda engatinhamos nesse sentido.

domingo, 10 de setembro de 2023

LIDERANÇA DE PRESIDENTE DE ROTARY CLUB

LIDERANÇA DE PRESIDENTE DE ROTARY CLUB

Alberto Bittencourt - 10 fev 2016


Aos queridos amigos e companheiros 

.

O Rotary precisa de líderes que liderem.

Na minha opinião o Rotary nunca foi tão carente de lideranças, especialmente por parte dos presidentes de Clubes.

Os clubes precisam de presidentes proativos, que tomem iniciativas, que saiam na frente, que atuem pelo exemplo.

Os presidentes precisam aprender a planejar, a administrar através das pessoas, a delegar, incentivar, monitorar, cobrar, avaliar, premiar, corrigir.

Os presidentes de clubes têm que entender que são os únicos responsáveis pelo sucesso e pelo fracasso da gestão. É o princípio jurídico do "Domínio do Fato" que, na política brasileira, nunca foi tão achincalhado.

Vejo presidentes administrarem clubes como se fosse a cozinha da própria casa. Para mascarar a ignorância, agem com a arrogância de quem se acha dono da verdade.

Planejamento Estratégico? Bobagem, dizem. Manuais de Comissões, de Secretaria, de Tesouraria? Há 40 anos é a mesma coisa, repetem.

As reuniões do Conselho Diretor, quando existem, são meramente de fachada. Não discutem, não deliberam, não fazem nada de proveitoso, além de comer e beber.

Há presidentes apanhados no laço, de última hora. Não foram treinados, jamais leram os manuais, não conhecem os estatutos. Depois ficam reclamando que não recebem apoio e não raro, acabam deixando o Rotary após o término da gestão. É o que se chama "Síndrome da Pós Presidência". Mais comum do que se poderia imaginar.

A maioria dos presidentes só enxerga o Rotary até a distância de um palmo diante de seus narizes. Fazem questão de fechar os olhos para a imensidão do universo rotário. Uma pena! Há tanta coisa bonita realizada por rotarianos nesses 110 anos de existência!

Na realidade o que eles fazem é empurrar com a barriga, para chegar ao último dia.

Por isso, eu o parabenizo, caro amigo e líder Roberto Watanabe.

Seu treinamento de capacitação em liderança é um trabalho notável e muito necessário.

Deixo aqui, de presente para você, um pensamento que ouvi de um professor quando estava nos bancos escolares:

O VERDADEIRO LÍDER É AQUELE QUE NADA TEME, NEM MESMO UMA IDEIA NOVA.

PS: Desculpe o sabor acre destas linhas. Elas retratam o meu ceticismo. Vejo os anos correrem, sinto o meu tempo passar, e o Brasil ..... continua atolado, marcandopasso, sem sair do lugar. 


Aguns assuntos do dia a dia, administrativos ou operacionais, devem ser levados ao conhecimento de todo o quadro associativo, na esperança de que cada um faça a sua parte, já que, por definição,  somos um grupo de voluntários que  trabalha em equipe.

Frequentemente ouço falar que o Rotary tem muita conversa e poucas ações. Esta é uma verdade na maioria dos clubes que visito.

Imagine a solidão de um presidente ao  sentir que não conta com suas equipes.

Abraços.

Alberto

domingo, 20 de agosto de 2023

 A DISSOLUÇÃO DA DEMOCRACIA EM QUATRO TEMPOS. 

Alberto Bittencourt 


1) A democracia dissolveu-se no Brasil a partir do momento em que bloquearam as investigações sobre o atentado à faca contra Bolsonaro, blindaram os celulares do assassino Adelio Bispo e do escritório de advocacia contratado por ninguém sabe quem para defendê-lo. 

Aceitamos calados. Ninguém fez nada. 

2) A democracia caiu novamente quando a justiça revogou a prisão em segunda instância, colocou em liberdade o condenado Lula da Silva, devolveu-lhe os direitos políticos e permitiu que se candidatasse novamente à Presidência da República. 

Mais uma vez aceitamos calados. 

3) A democracia, já feita em pedaços, acabou de se desmanchar quando a suprema corte interferiu no poder legislativo, fraudou o resultado das eleições, e deu a vitória ao ex condenado e ex presidiário. 

Mais uma vez ninguém falou nada. 

4) O cadáver da democracia foi enterrado de vez quando os chefes militares, cooptados pela quadrilha dominante, deixaram de exercer o poder moderador constitucional e permitiram que um  governo anárquico se instalasse no Brasil. 

Acabou. 

Não há mais um fio sequer de Esperança. 

É o fim de tudo. 

A ditadura está implantada. A democracia foi para o brejo.

domingo, 13 de agosto de 2023

REFUGIADOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS

REFUGIADOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS

Segue texto retirado do Google:    Em agosto 2023

Cem mil pessoas. Esse é o número de refugiados e migrantes da Venezuela interiorizados pelo Brasil nos últimos cinco anos. Eles vieram devido ao agravamento da crise econômica e social no país vizinho.

A maioria chegou pela fronteira brasileira, em Roraima, e ficou concentrada nas cidades de Pacaraima e Boa Vista. Atualmente vivem espalhados em mais de 930 municípios.

A estratégia de interiorização, a Operação Acolhida, foi adotada pelo governo brasileiro em 2018, para realocar de forma voluntária, segura, organizada e gratuita, refugiados e migrantes em situação de vulnerabilidade em outras cidades do Brasil.

Oscar Enrique Dum, de 60 anos, chegou ao Brasil, em 2019, acompanhado da sogra e do filho. Ele fala sobre a realidade em Caracas, capital da Venezuela, quando trabalhava como analista de sistemas.

Oscar hoje mora de aluguel em Ceilândia, no Distrito Federal. Já trabalhou como entregador de aplicativo de bicicleta e agora como digitador em home office. 

Outra realidade vive o casal de origem indígena, Reimer Jesus e Marilin Dele Carmen. Os dois são da cidade de Barrancas del Orinoco, na Venezuela. Eles pedem ajuda todos os dias nos semáforos de Brasília para comprar alimentos e fraldas para a filha de um ano e o bebê de dois meses. Marilin conta que a vida dela está melhor aqui no Brasil.

Segundo a Organização das Nações Unidas, espera-se que uma média diária de 138 refugiados e migrantes venezuelanos com necessidades entrem no Brasil ao longo de 2023 e 67, em 2024, atingindo um total estimado de quase 476 mil pessoas até o final de 2024.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O ROTARY, A COMPREENSÃO MUNDIAL E A PAZ

 O ROTARY, A COMPREENSÃO  MUNDIAL E A PAZ

Palestra no interclubes de Afogados da  INGAZEIRA em 2013
           Alberto Bittencourt 



O Caminho para a Guerra é uma estrada bem pavimentada, e o caminho para a paz é ainda um deserto. (Paul Harris)


Para os rotarianos do mundo todo o mês de fevereiro tem um significado especial, pois foi em 23 de fevereiro de 1905, que Paul Harris e seus companheiros reuniram-se pela primeira vez em Chicago, iniciando nossa maravilhosa história.


No início de tudo, a ideia dos quatro amigos era reunir-se periodicamente sob o espírito do companheirismo, com o intuito de desfrutar de sua amizade e de aumentar seu círculo de negócios e de relacionamento profissional. Mas logo começaram a notar que seria muito egoísmo prender-se apenas a esses objetivos, daí então é que surgiu o grande interesse em desempenhar amplas funções cívicas de valor para toda a comunidade local, o que acabou sendo o grande passo para a concretização do mais audacioso sonho de simples cidadãos: a prestação de serviços.


Ao longo desses últimos 109 anos o Rotary tem se dedicado quase que exaustivamente a divulgar e a praticar ações que dignificam a sua existência de entidade que busca a compreensão da humanidade. Gostaria de citar aqui apenas alguns exemplos:


Ocorrida num período próximo à eclosão da Primeira Guerra Mundial, a convenção de 1914 adotou uma resolução convocando para uma conferência internacional pela paz e pedindo aos rotarianos que apoiassem movimentos pela paz internacional;


Em 1917, no auge da Primeira Guerra, durante a convenção de Atlanta, Arch C. Klumph propôs o estabelecimento de um fundo de dotações “para fazer o bem no mundo”, o que seria a semente da Fundação Rotária;


Na Guerra do Chaco, disputada entre a Bolívia e o Paraguai entre 1932 e 1935, conflito em que morreram mais de 100 mil soldados e milhares foram feitos prisioneiros, rotarianos bolivianos, paraguaios e de outros países sul-americanos, fizeram um enorme esforço para minorar o sofrimento dos prisioneiros e de suas famílias ajudando a repatriar os feridos, estabelecendo postos para a troca de correspondência e distribuindo roupas, alimentos e remédios;


Na convenção internacional de 1940, realizada em Havana, os rotarianos adotaram uma resolução pedindo “liberdade, justiça, verdade, inviolabilidade da palavra dada e respeito pelos direitos humanos”, que se tornou a base para a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU;


Em 1942, rotarianos de Londres convocaram uma conferência para planejar um mundo pacífico assim que terminasse a guerra. Representantes de 21 nações compareceram ao encontro, que serviu para desenvolver uma visão avançada sobre educação, ciência e cultura, e que resultou na criação da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.


Mas este não foi o único envolvimento dos rotarianos com o nascimento de organizações mundiais. Entre 1943 e 1945, eles participaram de uma série de reuniões que conduziram à formação da ONU. O Rotary recebeu o status de conselheiro durante a conferência de São Francisco, que resultou no lançamento da carta de constituição da ONU.


Compreensão e Paz


Na segunda metade do século XX, o Rotary focou seu trabalho na disseminação da harmonia internacional. Para isso, o Rotary International e a Fundação Rotária estabeleceram uma série de programas que colocaram nossa organização na vanguarda dos movimentos de paz entre os povos. Programas como Serviços à Comunidade Mundial, Intercâmbio Internacional de Jovens, Bolsas Educacionais, Intercâmbio de Grupos de Estudos e Subsídios Equivalentes, que envolvem a participação de pessoas de diferentes culturas e nacionalidades certamente criam um vínculo de compreensão e paz entre essas pessoas.


O Rotary sempre sonhou em ter uma instituição educacional destinada à promoção da paz e resolução de conflitos e da compreensão entre homens e nações. Esse sonho foi concretizado há poucos anos com o lançamento dos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. Todos os anos, 70 bolsistas são selecionados para estudar nas seis universidades parceiras do programa. Em dois anos de curso de mestrado, ao custo de US$50 mil por bolsa de estudo, os alunos são formados embaixadores da paz. Já concluíram o curso 600 bolsistas da paz.


Nossa organização hoje, com seus programas beneficiando milhões de pessoas espalhadas pelo planeta, é paladino incansável em busca da paz e da compreensão mundial. A paz, que nos parece objetivo inalcançável, pelos exemplos de insensatez e intolerância que presenciamos diariamente, um dia será realidade. Apesar da arrogância daqueles que detém o poder bélico e se julgam os donos da verdade; apesar da ganância dos senhores, do poder econômico, sempre interessados em aumentar suas riquezas, apesar da intolerância daqueles que colocam fatores religiosos ou culturais acima do bem comum, e da ignorância das massas, nós, rotarianos conscientes do nosso papel na história, temos a esperança de um dia ver concretizado o ideal de Paul Harris, que, no seu livro Esta Era Rotária, escrito em 1935, questionou: “Será utopia o ideal rotário da Paz universal?”


Entretanto, temos que ser conscientes: sem Compreensão não há paz. Sem entendimento, sem diálogo, não há paz, pois a paz está na cabeça das pessoas e é lá que cada um de nós tem que atuar!


Paul Harris, nosso fundador, disse: Para promover a compreensão mundial, precisamos consciencializar um grande número de pessoas – rotários e não-rotários– e esta tarefa não pode ser realizada individualmente.


É nossa responsabilidade difundir, conversar, compartilhar nosso sonho de paz, nas escolas, no trabalho, em nossa casa, com nossos filhos e família, com nossos amigos.


O Dia Mundial da Compreensão e da Paz, 23 de fevereiro, é uma ótima oportunidade para refletirmos sobre o relacionamento das pessoas, das instituições e dos povos.


AS GUERRAS


Meus companheiros, não podemos falar permanentemente de Paz e Compreensão sem nos lembrarmos da guerra.


Uma rápida percepção sobre o sentido e a preciosidade da palavra “compreensão” nos leva a perceber, com bastante evidência, que a compreensão mundial foi e continua sendo seriamente ameaçada pela triste realidade das guerras.


O historiador Eric Hobsbawm afirmou que as guerras do século 20 mataram 187 milhões de pessoas. Só na IIGM morreram 60 milhões. Mas a violência armada permanece presente numa grande parte do mundo. A expectativa de um século de paz é remota.


FOCOS DE GUERRA


Movimentos separatistas, lutas pela derrubada de governos, tensões étnicas e religiosas, massas de refugiados, são alguns dos motivos dos conflitos mundiais. Some-se a isso os cataclismos que assolam o mundo: furacões, ciclones, terremotos, tsunamis, enchentes, gerando milhões de vítimas e desabrigados.


AS GUERRAS DOS RECURSOS


Entretanto, não somente as diferenças políticas, étnicas ou religiosas que alimentam as guerras civis, aqui podemos incluir a luta pelo controle de diamantes, café, petróleo, água e de outros recursos naturais de elevado valor.


Estima-se que apenas os Estados Unidos consumam um terço dos recursos naturais do planeta, como petróleo, água, madeira, sem falar na China.


O PROBLEMA DAS ARMAS


Cada vez mais fáceis de manejar e de comprar, o comércio internacional de armas alimenta e prolonga os conflitos, semeia a violência e a morte, como também modifica a maneira de fazer a guerra e conquistar o poder. Basta citar que mais de 500 milhões de armar circulam pelo mundo, e que todos os anos causam 600 mil mortes.


Na Guerra da Síria, morreram nos últimos 3 anos, 130 mil pessoas. No Brasil, o número de mortes por armas de fogo é superior a 50 mil por ano. Uma verdadeira epidemia, uma catástrofe que se prolonga há vinte anos.


Os Estados Unidos, que são considerados um país armado, possuem 200 milhões de armas em poder da população. No Brasil esse número é estimado em um décimo desse montante, ou 20 milhões de armas. Pois mata-se mais no Brasil que nos Estados Unidos, que sofre com atentados, terrorismo, ataques armados a escolas, hospitais, quarteis.


Os homens do mal são ousados. 3 ou 4 trocam dois olhares e formam uma quadrilha para roubar, atirar e matar. Os homens do bem são tímidos. Ficam em conferências, em conjecturas, em reuniões, fazem estatísticas, planos nacionais de segurança, que resultam em nada.


O contrário da paz não é guerra, o contrário da paz é omissão, indiferença, impunidade.


São palavras de Martin Luther King: 

O que me assusta não é o grito dos homens do mal. O que me assusta é o silêncio dos bons.


E disse mais: 

Não podemos saciar nossa sede de justiça no cálice do ódio, do sangue e da violência.


PAZ MUNDIAL: POSSÍVEL?


A Paz Mundial parece ser um sonho acalentado por todos os povos da Terra. Mas sua realização parece tão distante quanto desejada, apesar do esforço contínuo de várias organizações mundiais.


O primeiro dos oito objetivos do milênio estabelecido em uma assembleia de cerca de 200 países na ONU, tem por meta, até 2015, erradicar a metade da pobreza extrema e a fome do mundo. Os avanços foram pontuais. Já estamos em 2014 e o que se vê é uma prolongada indiferença internacional diante das situações de inumana miséria que afetam grande parte da população mundial.


O único caminho para a paz é o da superação das injustiças e das divergências, no quadro de um diálogo supervisionado por instâncias políticas e jurídicas internacionais que deveriam ser mais respeitadas e fortalecidas, como a ONU e o Tribunal Internacional de Haia, para onde, suspeitos de crimes de guerra ou terrorismo devem ser conduzidos, julgados e punidos.


A sociedade vive em constante movimento, influenciada por todo tipo de turbulência. A humanidade está esquecida do carinho, desligada do amor como comportamento. As pessoas não se reconhecem, esquecem a fonte de paz que é a compreensão entre os indivíduos.


É nessa situação que o Rotary surge como uma luz no fim do túnel.


Nosso fundador afirmava: O Rotary é um microcosmo do mundo em paz, um modelo que as nações fariam bem em seguir.


Paul Harris plantou sementes do amor num momento de lucidez e paz quando fundou o Rotary, com o propósito humanitário. Essas sementes do amor é que farão nascer uma ternura espessa pelo mundo, pelos outros seres humanos e pelo poder de transformação que há nas pessoas como chave clara de dias mais serenos e harmoniosos.


Paz é sinônimo de bem-estar, tranquilidade, harmonia, segurança, autoestima, confiança, dignidade, certeza, esperança e amor – tudo isso na visão individual. Numa percepção coletiva, há nações ricas e pobres, desenvolvidas, em desenvolvimento e subdesenvolvidas. Há nações dominadoras e dominadas. Mas, em quase todas elas, sem importar a posição que ocupam no cenário local, existem pessoas que pensam em pessoas. Existe o Rotary.


Na realidade, o Rotary é como uma grande orquestra chamada esperança e generosidade. Os músicos são os rotarianos envolvidos, conscientes do seu valor. No altruísmo de cada um há o compromisso em função do outro. O rotariano é desprovido de vaidades, interesses escusos, promoções e reconhecimentos. Cada rotariano traz sua doação pessoal, com seu brilho, sua estrela, sua característica singular, sua grandeza de alma, sua liderança, sua ética, seu bom humor, sua sede de justiça, sua compreensão, seus bons exemplos e muito mais. Na realidade, cada um traz o ponto mais importante e primordial: a solidariedade. Utilizam o talento, a fé e o conhecimento adquirido ao longo da vida nas ações que executam.


Este mundo é um só. Estamos todos no mesmo barco: a humanidade e a Terra. Não podemos permitir que este barco afunde. Não haverá outra arca de Noé. A tarefa primordial é ajudar a “acordar pessoas para um novo ou renovado sentido do certo e do errado em relação a problemas sociais”.


O quadro que se pinta hoje no cenário mundial é atemorizante, complexo e os conflitos vão desde guerras reais até simples incompreensões nos lares. A família é a base da paz. Assim, é urgente que se faça alguma coisa frente à mídia que propaga novos costumes nem sempre saudáveis e exemplares.


A educação pela paz, a resolução de conflitos e todas as iniciativas de natureza pacífica devem considerar a conexão entre a paz individual e a coletiva.


Assim é o Rotary. O estreitamento das relações cordiais, ordeiras e humanitárias conduz os indivíduos que participam da engrenagem do Rotary à liberdade, à justiça e à verdade. Ou seja: ao respeito pelos direitos humanos.


Finalmente, conclui-se que ser rotariano é colocar-se no lugar do outro, viver seu dia-a-dia, suas incertezas, angústias e sofrimentos, pois o servir rotário é uma dedicação! É ação espontânea do homem! Nada forçado! E a compreensão mundial acontecerá no momento em que o homem tomar consciência plena do bem que deve promover, do amor que deve despertar, da lealdade que deve cultivar, do sacrifício que deve suportar, da verdade que deve expressar.


Termino com as palavras e a visão do futuro do Prêmio Nobel da Paz, Martin Luther King:


  • Eu tenho um sonho. Um dia os jovens aprenderão palavras que não compreenderão.
  • As crianças da Índia vão perguntar: O que é fome?
  • As crianças do Alabama questionarão: O que é segregação racial?
  • As crianças de Hiroshima se assombrarão: ‘O que é bomba atômica?
  • E as crianças na escola vão indagar: O que é guerra?
  • E tu lhes responderás, tu lhes dirás: São palavras que não se usam mais, como as diligências, as galeras ou a escravidão. São palavras que nada exprimem”. Essa é a razão porque foram banidas do dicionário.


Nós, rotarianos, também temos um sonho: um dia as crianças do mundo vão perguntar – o que é a paralisia infantil, o que é a poliomielite. E tu lhes responderá: Era uma terrível doença que dizimava e aleijava milhares de crianças. Hoje essas palavras não se usam mais, nada exprimem, porque a doença foi banida da face da Terra pelo Rotary e, por isso, essas palavras foram banidas do dicionário.


Que Deus abençoe cada um dos rotarianos aqui presentes que simbolizam toda a essência do nosso movimento. Que esta benção seja permanente para que possamos todos juntos continuar o nosso trabalho na busca do Bem, da Paz e da Compreensão entre homens e nações.


Muito obrigado.