ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

DOENÇAS PREVINÍVEIS NA INFÂNCIA


DOENÇAS PREVINÍVEIS NA INFÂNCIA
Pesquisa: Alberto Bittencourt - agosto 2018

1. TUBERCULOSE


Conceitos
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. No Brasil, a doença é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais.
Sintomas
O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou persistente. Por isso, recomenda-se que toda pessoa com tosse por três semanas ou mais - seja investigada. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:
  • baciloscopia,
  • teste rápido molecular
  • cultura
  • investigação por exames de imagem.
Transmissão
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea . Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas que contêm bacilos.
Prevenção
A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a  vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Tratamento
A tuberculose tem cura e o tratamento, que dura no mínimo seis meses, é gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às características da tuberculose e do tratamento a que será submetido.
Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de resistência aos medicamentos.
Cuidados de Enfermagem:
  • Observar sinais de insuficiência respiratória.
  • Usar equipamentos de proteção, principalmente máscaras.
  • Administrar corretamente antibiótico.
  • atenção para a saturação de O2, através de axiômetros e gasometria arterial.
  • pesar cliente a cada 15 dias.
  • verificar as tomadas de medicamento (todos os dias em jejum).
  • verificar sinais de alteração hepática (icterícia, por exemplo) ou outros sinais de intolerância aos medicamentos (vômitos, dor abdominal...).
  • Solicitar sorologia anti HIV.
  • Manter isolamento respiratório por 15 dias.
  • Isolamento respiratório em pacientes com menos de 48 horas de tratamento.
  • Manter isolamento respiratório por precaução até sair o resultado do teste de baarr (escarro).


2. HEPATITE B

A Hepatite B é uma das doenças que mais vem causando mortes em todo o mundo, logo porque o seu contagio é muito fácil de acontecer.
Além disso, a Hepatite B é uma doença sexualmente transmissível transmitida pelo vírus VHB.
Caracteriza-se por resultar em náuseas, vômitos, mal estar, febre, fadiga, perda de apetite, dor de cabeça, dor abdominal, aversão a alguns alimentos, urina escura e, principalmente a cor amarelada na pele e olhos.
O principal órgão afetado pela doença é o fígado que pode desenvolver cirrose hepática ou câncer, podendo resultar em morte.
A maioria dos adultos tem um tempo curto e depois melhora. Isso é chamado de hepatite B aguda.
Às vezes, o vírus causa uma infecção a longo prazo, chamada hepatite B crônica.
Você pode ter hepatite B e não saber disso. Você pode não ter sintomas e se sentir como se estivesse com gripe. Mas você pode espalhar o vírus para outras pessoas.
Vacina para Hepatite B
A vacina para a hepatite B é a forma mais eficaz de prevenção da doença e, por isso, deve ser tomada logo após o nascimento, até às primeiras 12 horas após o parto, no 2º mês e no 6º mês de vida do bebê, fazendo um total de 3 doses.
Os adultos que não foram vacinados enquanto criança podem tomar a vacina, incluindo as gestantes podem tomar a vacina na gravidez, a partir do segundo trimestre de gestação.
Diagnóstico
O diagnóstico da hepatite B pode ser feito através de um exame de sangue para detectar o vírus da hepatite B, a sua quantidade no sangue e há quanto tempo o paciente está contaminado, assim como a quantidade das enzimas hepáticas no sangue.
Assim, o diagnóstico da hepatite B é feito de acordo com a presença ou ausência dos antígenos e anticorpos no sangue.
A biópsia hepática também pode ser utilizada para auxiliar no diagnóstico, avaliar o comprometimento do fígado, prever a evolução da doença e a necessidade de tratamento.
Tratamento.
O tratamento para hepatite B aguda inclui apenas repouso, dieta, hidratação e a não ingestão de bebidas alcoólicas porque a cura é alcançada na maioria dos casos. Se for necessário, o indivíduo pode tomar remédios indicados pelo hepatologista para aliviar os sintomas como febre, dores musculares e de cabeça, enjoos e vômitos.
O tratamento para hepatite B crônica, além da não ingestão de álcool e dieta pobre em gordura, inclui remédios antivirais como o Interferon e a Lamivudina, por exemplo, para prevenir lesões irreversíveis do fígado, que poderão ter que ser tomados por toda a vida.
Cuidados de Enfermagem:
  • Proporcionar repouso relativo;
  • Observar, comunicar e anotar o nível de consciência;
  • Verificar sinais vitais;
    -Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar;
  • Observar, comunicar e anotar sinais e sintomas;
  • Controle de peso e jejum;
  • Balanço hídrico;
  • Proporcionar uma dieta equilibrada;
    -Medir temperatura
3. POLIOMIELITE




FALTA SÓ ISSO

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus.
Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de cinco anos, daí o nome, "paralisia infantil", também pode ocorrer em adultos.
O período de incubação da doença é em geral, de sete a doze dias.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido. É denominada PFA - Paralisia Flácida Aguda, assimétrica.
Transmissão
A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.
O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes.
A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar.
O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral.
A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.

Prevenção
A poliomielite não tem tratamento específico. A doença deve ser evitada através da vacinação contra poliomielite.
Programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença.
No Brasil, a vacina é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação.
A vacina injetável contra a poliomielite - VIP - com o vírus inativado, deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro aos quatro anos de idade, com a vacina oral - VOP - que contém o vírus atenuado.
Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas.
Tratamento
Além do repouso é aconselhado fazer uma boa hidratação e iniciar o uso de remédios, indicados pelo médico, para aliviar os sintomas que causam mais desconforto.
Nos casos mais graves, em que a infecção provoca dificuldade para respirar, é necessário ir rapidamente ao hospital, uma vez que pode ser necessário ficar internado para usar continuamente uma máscara de oxigênio ou um respirador artificial.

De acordo com o Ministério da Saúde, o último caso de poliomielite registrado no Brasil aconteceu em 1989.
Atualmente, a cobertura vacinal recomendada pela OMS contra pólio é de 95%.
O número de casos da doença em todo o globo caiu 99% desde 1988, passando de 350 mil para apenas 14 casos notificados em 2018 (até 31 de julho) segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
São apenas dois os países endêmicos no mundo : Afeganistão e Paquistão.
Fatores de risco
Uma pessoa está em maior risco de contrair poliomielite se não foi devidamente imunizada contra a doença.
Mulheres grávidas, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como portadores de HIV, são especialmente suscetíveis a contrair a doença.
Sintomas de Poliomielite
Embora a poliomielite possa causar paralisia e até mesmo a morte, a maioria das pessoas infectadas com o poliovírus não fica doente e não manifesta sintomas, de modo que a doença passa muitas vezes despercebida.
Os sinais e sintomas incluem:
Febre
Garganta inflamada
Dor de cabeça
Vômitos
Fadiga
Dor nas costas ou rigidez muscular
Dor de garganta
Dor ou rigidez nos braços e nas pernas
Fraqueza muscular ou sensibilidade
Meningite.
Perda dos reflexos

4. SARAMPO

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. Em algumas partes do mundo, a doença é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade.
O comportamento endêmico do sarampo varia, de um local para outro, e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade e a suscetibilidade da população, além da circulação do vírus na área.
Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.
Sintomas
Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca. A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.
Transmissão
A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas. A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
Prevenção
A suscetibilidade ao vírus do sarampo é geral e a única forma de prevenção é a vacinação. Apenas os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos pela placenta, que conferem imunidade geralmente ao longo do primeiro ano de vida (o que pode interferir na resposta à vacinação). Com o reforço das estratégias de vacinação, vigilância e demais medidas de controle que vêm sendo implementadas em todo o continente americano desde o final dos anos 90, o Brasil e os demais países das Américas vêm conseguindo manter suas populações livres da doença. Atualmente, há o registro de casos importados que, se não forem adequadamente controlados, podem resultar em surtos e epidemias.
Os principais grupos de risco são as pessoas de seis meses a 39 anos de idade. Dentre os adultos, os trabalhadores de portos e aeroportos, hotelaria e profissionais do sexo apresentam maiores chances de contrair sarampo, devido à maior exposição a indivíduos de outros países que não adotam a mesma política intensiva de controle da doença. As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres) e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).
Tratamento
Não existe um tratamento específico para sarampo. Como é uma doença autolimitada, o tratamento para sarampo visa apenas o alívio dos sintomas​. A pessoa com sarampo deve ficar de repouso, ingerir bastante líquido, comer alimentos leves, limpar os olhos com água morna e tomar medicamentos antitérmicos para baixar a febre, especialmente paracetamol ou dipirona.
Medicamentos à base de ácido acetilsalicílico como AAS, Aspirina, Doril e Melhoral, não devem ser tomados, pois aumentam o risco de hemorragias. Dependendo do caso, pode haver necessidade de tratamento para aumentar a imunidade.
A vacinação é a única forma de prevenir o sarampo. A vacina anti-sarampo é eficaz em cerca de 97% dos casos.
Atualmente a cobertura vacinal prec.onizada pela OMS é de 95%. Neste mês de agosto, do dia 06 ao dia 31, o ministério da Saúde desenvolve uma campamha nacional de imunização contra poliomielite e sarampo, mas até agora, os índices vacinais só alcançaram 51%
SARAMPO

5. RUBÉOLA
RUBÉOLA
A rubéola é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço, se espalhando pelo tronco, braços e pernas. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas.
Seu tratamento é apenas para controlar os sintomas, e normalmente, esta doença não tem graves complicações. No entanto, a contaminação com rubéola durante a gravidez pode ser grave e, por isso, se a mulher nunca teve contato com a doença ou nnNca fez a vacina contra a doença, deve fazer a vacinação antes de engravidar.
Outras Sete dúvidas comuns
  1. Quais os sintomas da doença?
    A rubéola é mais comum no final do inverno e no início da primavera e geralmente se manifesta através dos seguintes sinais e sintomas:
Febre até 38º C;
Manchas vermelhas que aparecem inicialmente no rosto e atrás da orelha e depois seguem em direção aos pés, durante cerca de 3 dias;
Dor de cabeça;
Dor nos músculos;
Dificuldade para engolir;
Nariz entupido;
Ínguas inchadas especialmente no pescoço;
Olhos vermelhos.
A rubéola pode afetar crianças e adultos e embora possa ser considerada uma doença própria da infância, não é comum que crianças com menos de 4 anos tenham a doença.
  1. Quais os exames que confirmam a rubéola?
    O médico pode chegar ao diagnóstico da rubéola após a observação dos sintomas e a comprovação da doença através de um exame de sangue específico que identifica a presença dos anticorpos IgG e IgM.
Geralmente quando se tem anticorpos do tipo IgM significa que se está com a infecção, enquanto a presença dos anticorpos do tipo IgG são mais comuns em quem já teve a doença no passado ou em quem está vacinado.
  1. O que causa a rubéola?
    O agente etiológico da rubéola é um vírus do tipo Rubivirus que é facilmente transmitido de pessoa para pessoa através de pequenas gotículas de saliva, que podem acabar sendo distribuídas no ambiente quando alguém infectado com a doença espirra, tosse ou fala, por exemplo.
Normalmente, a pessoa com rubéola pode transmitir a doença durante cerca de 2 semanas ou até que os sintomas na pele desapareçam completamente.
  1. A rubéola na gravidez é grave?
    Embora a rubéola seja uma doença relativamente comum e simples na infância, quando surje na gestação pode provocar malformações no bebê, especialmente se a grávida tiver contato com o vírus nos primeiros 3 meses.
Algumas das complicações mais comuns que podem surgir da rubéola na gravidez incluem autismo, surdez, cegueira ou microcefalia, por exemplo. Veja as outras complicações possíveis e como se proteger da rubéola na gravidez.
Assim, o melhor é que todas as mulheres façam a vacinação durante a infância ou, pelo menos, 1 mês antes de engravidar, para ficarem protegidas contra o vírus.
O que é a Rubéola e outras 7 dúvidas comuns
  1. Como se pode prevenir a rubéola?
    A melhor forma de prevenção da rubéola é tomar a vacina tríplice viral que protege contra sarampo, catapora e rubéola, ainda na infância. Normalmente a vacina é aplicada em bebês com 15 meses de vida, sendo necessário uma dose de reforço entre os 4 e os 6 anos de idade.
Quem não tomou esta vacina ou o seu reforço na infância pode tomar em qualquer fase, com excessão do período da gravidez porque esta vacina pode levar ao aborto ou mal formações no bebê.
  1. Como é feito o tratamento?
    Como a rubéola é uma doença que, normalmente, não tem graves implicações, seu tratamento consiste em aliviar os sintomas, por isso é recomendado tomar remédios analgésicos e que controlam a febre, como Paracetamol e Dipirona, receitados pelo médico. Além disso, é importante ficar de repouso e beber bastantes líquidos para evitar a desidratação e para facilitar a eliminação do vírus do organismo.
As complicações relacionadas à rubéola não são frequentes, mas podem acontecer em pessoas que têm um sistema imune debilitado, o que pode acontecer quando faz tratamento contra Aids, câncer ou após ter recebido um transplante. Estas complicações podem ser dor nas articulações, causada pela artrite e encefalite. Veja outras complicações da rubéola.
  1. A vacina da rubéola faz mal?
    A vacina da rubéola é bastante segura, desde que administrada corretamente, ajudando a proteger contra a doença, mesmo que o vírus entre em contato com o organismo. No entanto, esta vacina pode ser perigosa se administrada durante a dravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, pois o vírus presente na vacina, mesmo que atenuado, pode levar a malformações no bebê. Em todos os outros casos, a vacina é relativamente segura e deve ser administrada.
6. CAXUMBA

Também chamada PAPEIRA

A caxumba é uma infecção viral aguda, contagiosa. Os principais sintomas são febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. Pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso.
É uma virosa que ocorre primariamente no escolar e no adolescente, de evolução benigna, mas podendo ser grave, eventualmente, chegando à hospitalização do doente e, ocasionalmente, resultar em óbito (1,0 a 3,4 mortes por 10.000 casos).
O maior perigo é a caxumba "descer", isto é, causar inflamação dos testículos principalmente em homens adultos, que podem ficar sem poder ter filhos depois da infecção. Pode causar ainda inflamação dos ovários nas mulheres e meningite viral. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
Em um terço dos casos, a infecção não apresenta sintomas (assintomática) e adquire maior gravidade após adolescência, sendo a meningite e a epidídimoorquite duas importantes manifestações da doença. A caxumba, também conhecida como Papeira, é uma doença de distribuição universal, de alta morbidade e baixa letalidade, aparecendo sob a forma endêmica ou surtos.
Transmissão
A caxumba é causada por vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.
A transmissão ocorre por via aérea, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. Já a transmissão indireta é menos frequente, mas pode ocorrer pelo contato com objeto e utensílios contaminados com secreção do nariz e/ou boca.
O período de incubação (até o aparecimento dos sintomas) é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de transmissibilidade varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.
A imunidade é de caráter permanente, sendo adquirida após infecções inaparentes, aparentes, ou após vacinação.
Sintomas
A principal e mais comum manifestação da caxumba é o aumento das glândulas salivares, principalmente a parótida, acometendo também as glândulas sublinguais e submaxilares, acompanhada de febre.
Aproximadamente 30% das infecções podem não apresentar aumento (hipertrofia) aparente dessas glândulas. Cerca de 20 a 30% dos casos em homens adultos apresentam orquite (inflamação nos testículos) e mulheres acima de 15 anos podem apresentar mastite (infecção do tecido mamário) - aproximadamente 15% dos casos.
Em menores de 5 anos de idade, são comuns sintomas das vias respiratórias e perda neurosensorial da audição. O vírus também tem tropismo pelo Sistema Nervoso Central, observando-se com certa frequência meningite asséptica, de curso benigno que, na grande maioria das vezes, não deixa sequelas. Outras complicações são encefalite e pancreatite.
Não há relato de óbitos relacionados à parotidite. Sua ocorrência, durante o primeiro trimestre da gestação, pode ocasionar aborto espontâneo.
Tratamento
O tratamento é baseado nos sintomas clínicos, com adequação da hidratação e alimentação do doente, já que esses pacientes aceitam mal alimentos ácidos, que podem ocasionar dor, náuseas e vômitos.
Não existe tratamento específico. A indicação é apenas de repouso, analgesia e observação cuidadosa para a possibilidade de aparecimento de complicações. Nos casos que cursam com meningite asséptica, o tratamento também é sintomático. Nas encefalites, a orientação é tratar o edema cerebral e manter as funções vitais.
Prevenção
A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. O Sistema Único de Saúde oferta gratuitamente as vacinas Tríplice Viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e Treta Viral, que adiciona a proteção contra varicela (catapora).

Sintomas da caxumba


7. DIFTERIA


A difteria é causada por um bacilo, produtor de uma toxina que atinge as amídalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas. É transmitida, por meio de tosse ou espirro, de uma pessoa contaminada para outra.
A difteria, também chamada de crupe, é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria. O nome científico do bacilo que libera toxinas no corpo é Corynebacterium diphtheriae.
Geralmente, a difteria afeta as crianças, mas pode se manifestar nos adultos que não tomaram a vacina contra a doença.
Sua principal característica é a inflamação da garganta, o que causa um inchaço na região do pescoço, devido à expansão dos gânglios linfáticos.
O diagnóstico da doença é feito pelo exame de sangue ou pela análise das secreções do doente. Importante ressaltar que a difteria se manifesta mais no inverno.
Note que além do inchaço na região do pescoço, é comum a presença de placas branco-acinzentadas nas amígdalas.
Felizmente, com as campanhas de vacinação, os casos de difteria têm diminuído no Brasil e no mundo.
Sintomas
O período de incubação da bactéria dura cerca de cinco dias. Os principais sintomas da difteria são:
Febre
Calafrios
Fadiga
Palidez
Tosse
Rouquidão
Náuseas
Taquicardia
Mal-estar
Falta de apetite
Coriza nasal
Dificuldade de engolir
Dor de cabeça e garganta
Inflamação das amígdalas, faringe, laringe e nariz
Inchaço no pescoço
Dificuldade de respirar
Obs: A difteria também pode causar alterações na pele, como manchas avermelhadas. Nesse caso, é chamada de difteria cutânea.
Transmissão
A transmissão da doença é feita pelo contato com as pessoas infectadas. Ela ocorre, sobretudo, por meio da respiração.
Secreções liberadas pela tosse, espirros e saliva dos portadores da doença podem contagiar outras pessoas. Portanto, o infectado deve evitar locais fechados para não disseminar a doença.
Além da respiração, a pele também é um local onde pode ser encontrada a bactéria, por isso a difteria também pode ser transmitida pelo contato físico.
Sendo assim, deve ser evitado também o compartilhamento de objetos que podem estar contaminados por secreções.
Tratamento
Se não for tratada devidamente, a difteria pode causar problemas como insuficiência respiratória, renal, paralisia, parada cardíaca e dificuldades neurológicas.
No pior dos casos, ela pode causar asfixia no paciente, visto o inchaço dos gânglios linfáticos, o que leva a obstrução das vias respiratórias. Nalguns casos, a traqueostomia é uma solução.
Para o tratamento da difteria é indicado:
Repouso
Boa alimentação e ingestão de líquidos
Nebulização para liberar as secreções
Aplicação de soro antidiftérico para neutralizar a toxina
Uso de antibióticos
Criança com difteria
Prevenção
A vacina contra a difteria é a forma mais eficaz de prevenção contra a doença. Além da difteria, a vacina tetravalente (DTP+Hib) combate o tétano, a meningite e a coqueluche (pertussis). Ela é feita em três doses que devem ser tomadas durante a infância.
Além dela, pode ser tomada a vacina tríplice bacteriana (DTP) contra a difteria, o tétano e a coqueluche (pertússis). Ou ainda a vacina dupla bacteriana (DT), que combate a difteria e o tétano


8. TÉTANO





O que é o tétano?

O Tétano é uma doença grave causada pela infecção da bactéria Clostridium tetani, que entra no corpo através de feridas e produz uma toxina que age no sistema nervoso central, provocando fortes contrações musculares que podem matar.
É possível prevenir o tétano através de vacina.
Caminhar descalço
Diferente da crença popular, o bacilo do tétano não vive apenas no prego enferrujado.
A bactéria pode estar na terra, em plantas e fezes de animais ou humanas. Ela é inofensiva quando no intestino, mas faz estrago se infecta o corpo. Caminhar descalço com uma ferida nos pés facilita a contaminação. Além disso, em 10 a 20% dos casos, o tétano acontece mesmo sem ferida aparente.
Vacinação
É possível se imunizar contra o tétano através da vacina antitetânica. Como a bactéria pode ser encontrada em quase qualquer lugar, a vacina é a melhor defesa. A falta dela permite que a bactéria encontre o caminho para o corpo do hospedeiro.
Os diferentes tipos de tétano, decorrem da sua localização no corpo humano.
a. Tétano localizado
Nessa variedade da doença, as contrações musculares afetam apenas lugares específicos, frequentemente extremidades como mãos, braços e pés. Costuma ser consequência de uma imunização fraca ou mal feita.
b. Tétano generalizado
A versão mais comum do tétano, afeta o corpo todo. A pessoa sente dores intensas e os músculos se contraem com força.
c.Tétano cefálico
Uma das versões mais raras do tétano, o tétano cefálico costuma vir de feridas na cabeça ou otites. Ele tem um período de incubação curto, de um a dois dias, pela proximidade com o Sistema Nervoso Central e frequentemente evolui em tétano generalizado.
d.Tétano neonatal
Outra versão rara da doença, o tétano neonatal, também conhecido como mal-de-sete-dias, acontece quando a bactéria tetânica infecta o coto do cordão umbilical de um bebê recém-nascido.
Causas e agente etiológico
Feridas abertas são o caminho para a bactéria Clostridium tetani.
Acidentes, como cortes, perfurações e arranhões em contato ou com objetos contaminados são o jeito mais comum de transmissão da bactéria. A utilização de materiais perfurantes contaminados, como agulhas de tatuagem ou seringas, também transmite a doença, além de picadas de insetos infectados.
Fatores de risco
Feridas abertas
Feridas abertas são o principal fator de risco. A bactéria do tétano pode estar em qualquer lugar, portanto qualquer ferida pode servir para ela entrar na corrente sanguínea.
Perfurações
Perfurações levam a bactéria para lugares onde uma simples lavagem dificilmente irá bastar, portanto é recomendado que a vacina esteja em dia.
Utensílios de estética contaminados
Usar agulhas de tatuagem, furar a orelha ou qualquer parte do corpo e qualquer tipo de ferida aberta por material não esterilizado pode causar tétano.
Caminhar descalço
Fezes de animais podem transportar a bactéria, portanto se você caminha descalço em lugares onde animais podem defecar, redobre o cuidado com qualquer ferida.
Além disso, estas pessoas estão no grupo de risco:
Crianças;
Idosos;
Portadores de úlceras de perna crônicas;
Trabalhadores de construção civil;
Pessoas com Hanseníase (lepra).
Sintomas
Uma vez na corrente sanguínea, em um ambiente sem oxigênio, a bactéria libera duas toxinas:
Seu efeito faz com que os músculos se contraiam involuntariamente, progredindo no decorrer de várias semanas, frequentemente a partir do maxilar para o resto do corpo. Isso pode levar à morte por insuficiência respiratória quando o diafragma, músculo que controla a respiração, é afetado.
Sintoma característico do tétano, a contração muscular começa pelo maxilar, mas se espalha pelo resto do corpo. As contrações podem ser iniciadas sem motivo, ou através de estímulos como sustos ou o acender de luzes. Outros sintomas, consequências da contração, são:
Trismo
Trismo é a dificuldade de abrir a boca causada pela contração do maxilar e da mandíbula.
Rigidez muscular
Pescoço, costas e abdômen ficam rígidos.
Riso sardônico
Músculos faciais se contraem, dando ao rosto uma expressão forçada de riso involuntário.
Contração de braços e pernas
Membros, tanto inferiores como superiores, se contraem violentamente. A contração pode fragilizar e até quebrar ossos no decorrer de sua duração.
Opistótono
Extremamente característico do tétano, opistótono é o nome dado ao forte espasmo dos músculos da coluna vertebral. A cabeça, pescoço e coluna vertebral do paciente fica em forma de arco côncavo para trás. O corpo se apoia no chão pela cabeça e calcanhares.
Insuficiência respiratória
Sintoma que costuma levar o paciente à morte, a insuficiência respiratória é causada pela contração muscular na região do diafragma, que é o principal músculo de controle respiratório.
Opistótono
Diagnóstico
O tétano é diagnosticado pela observação de sintomas e de lesões por onde a bactéria pode ter entrado. Geralmente, testes de laboratório só são utilizados para descartar outras condições, como meningite, raiva ou outras doenças com sintomas parecidos.
Tétano tem cura?
Não existe cura garantida. É possível eliminar a bactéria que causa o tétano através do tratamento da infecção, mas a toxina deve ser metabolizada pelo corpo e, enquanto isso não acontece, a doença persiste.
A cura depende do sistema imunológico do paciente e de sua capacidade de aguentar os efeitos colaterais.
Qual o tratamento?
Tratar o tétano é tratar da infecção, eliminando a bactéria e buscando a neutralização da toxina.
Fechar a ferida
É necessário tratar, limpar e cicatrizar a ferida por onde a bactéria entrou.
Os esporos da bactéria podem estar lá, e eliminá-la é extremamente importante, já que enquanto ela estiver presente, continuará produzindo a toxina que causa o tétano.
A bactéria é resistente a álcool, mas água oxigenada, iodo e glutaraldeído são capazes de eliminar a capacidade infecciosa dela.
Antibióticos
Eliminar a bactéria através de antibióticos impede que ela continue produzindo a tetanospasmina.
Anular a toxina
O uso de imunoglobulina serve para neutralizar a toxina. Também é possível usar soro antitetânico. Depois de administrados os antibióticos e agentes para neutralizar a toxina, o tratamento consiste em aliviar os sintomas e facilitar a recuperação do corpo. Para isso, são administrados calmantes e relaxantes musculares, que diminuem os espasmos.
Pode ser necessária a respiração artificial, caso os músculos respiratórios fiquem paralisados.
Caso se tenha conhecimento prévio da infecção, o soro antitetânico pode ser usado logo após a exposição à bactéria e isso pode ser o bastante para impedir a doença de se manifestar.
Quando a doença se instala, o paciente deve ser internado de 3 a 15 dias e pode ser entubado em caso de paralisia do diafragma. É necessário vigiar os doentes o tempo todo, portanto eles podem ser mantidos em uma UTI.
Mal de sete dias
Tétano neonatal é conhecido como o mal de sete dias. Acontece quando, após o parto, o cordão umbilical é cortado com materiais infectados, ou a proteção do coto do cordão é mal feita e ele acaba contaminado.
Os sintomas nos recém-nascidos são:
Choro constante;
Dificuldade de abrir a boca e de mamar;
Rigidez na nuca, tronco e abdômen;
Contrações abdominais que podem ser confundidas com cólicas;
Mãos fechadas e flexão dos punhos.
Quando a doença se agrava, o bebê deixa de chorar e pode parar de respirar com mais frequência e por mais tempo, o que pode levar a morte.
O nome de mal de sete dias vem da crença popular antiga de que o recém nascido deve ficar em um quarto escuro por sete dias após o nascimento para protegê-lo do mal. O "mal" seria o tétano neonatal, que costuma afetar o bebê na primeira semana de vida e não era conhecido na época, mas o quarto escuro não protegia o bebê disso.
Bebês contaminados por tétano tem uma taxa de mortalidade de 80%, assim como idosos. O tétano neonatal é extremamente perigoso, mas pode ser prevenido com cuidados na hora do parto e pré-natais.
Medicamentos para tétano
Antibióticos, relaxantes musculares e soros antitetânicos são os medicamentos usados para o tratamento do tétano. São eles:
Amoxicilina;
Diazepam;
Imunoglobulina;
Longactil.
FIM

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