PÓLIO NUNCA MAIS - II
Alberto Bittencourt- out 2015
Graças à genialidade e acendrado espírito humanitário do dr. Albert Sabin, que descobriu a vacina oral - depois batizada com o seu nome, e não a quis patentear, tornando-a assim de baixo custo e acessível às populações de baixa renda, e graças, também, à utilização de uma estratégia de vacinação de crianças em massa, denominada Dia Nacional de Vacinação, instituída pioneiramente pelo Ministério da Saúde do Brasil, tornou-se viável vacinar milhões e milhões de crianças num só dia.
DE JOSÉ FERNANDO DE SOUZA VERANI -PHD, cientista da Fundação
Oswaldo Cruz
Caro Alberto,
Obrigado pelas fotos(estou em todas, exceto uma), que só me
trazem excelentes lembranças!!!Aí vai uma pequena historia(da qual você já sabe a grande parte):
Em 1986, trabalhando no Dept. de Epidemiologia da Fiocruz
e envolvido com a organização do primeiro curso internacional para a
erradicação da Polio nas Americas, recebo o convite do Dr. Ciro de Quadros e do
Sr. Herb Pigman(Secretário
Geral do Rotary e da Fundação Rotaria) para fazer parte de uma "Força
Tarefa" de Imunização
(Immunization Task Force) que a Fundação Rotaria e o R.I. estavam estabelecendo para assistir aos países(Clube Rotarios e parceiros) a desenvolverem e implementarem planos de mobilização social para a
erradicação da polio, tanto nos Dias Nacionais de Vacinação , quanto nas ações de vigilância epidemiológica da polio.
Através do Programa PolioPlus, sob o comando de Herb Pigman, essa Task Force foi, a princípio, formada por um profissional de Saúde Pública do México e EUA. Ele cobrindo as Americas e eu a África e Ásia, enquanto não se recrutassem os outros membros(1 da India, 1 da Turquia) , que viriam juntar-se a nós logo em seguida.
Trabalhamos intensamente a partir de 1986 até 1998, revezando minhas viagens entre África, Asia,Americas (inclusive Recife) e Evanston, Ill.
Era comum, na medida em que os países iam sendo aprovados para receberem grants do Programa Pólio Plus, que as demandas de estarmos nos diversos países cresciam enormemente.
O trabalho dos rotarianos possibilitou a implantação das ações de erradicação em vastas áreas do mundo.
Meu ultimo trabalho com o RI foi em 1998, mas não com a erradicação da Polio.
De novo, obrigado pelas fotos!
Através do Programa PolioPlus, sob o comando de Herb Pigman, essa Task Force foi, a princípio, formada por um profissional de Saúde Pública do México e EUA. Ele cobrindo as Americas e eu a África e Ásia, enquanto não se recrutassem os outros membros(1 da India, 1 da Turquia) , que viriam juntar-se a nós logo em seguida.
Trabalhamos intensamente a partir de 1986 até 1998, revezando minhas viagens entre África, Asia,Americas (inclusive Recife) e Evanston, Ill.
Era comum, na medida em que os países iam sendo aprovados para receberem grants do Programa Pólio Plus, que as demandas de estarmos nos diversos países cresciam enormemente.
O trabalho dos rotarianos possibilitou a implantação das ações de erradicação em vastas áreas do mundo.
Meu ultimo trabalho com o RI foi em 1998, mas não com a erradicação da Polio.
De novo, obrigado pelas fotos!
Abraço,
Fernando Verani
José Fernando
de Souza Verani participa de mesa de trabalho no Seminário POLIO NUNCA MAIS patrocinado pela FIOCRUZ em 27 e 28
de out 2015
Recife, fev 1990- Comissão da Pólio Plus para a América Latina, em visita ao Recife, reunida no hotel Otton
Park. Na foto Florisval Silvestre Neto, coordenador da campanha pelo Rotary
Club do Recife-Boa Viagem e minha filha Cristiane Lezan Bittencourt, voluntária com atuação nas campanhas, aos 16 anos.
Palestra proferida em 28/10/2015, no Seminário
Pólio
Nunca Mais: 21 Anos da Erradicação da Poliomielite no Brasil, COC/Fiocruz, por Wan Yu
Chih, Membro da Subcomissão Distrital Polio Plus do Rotary Distrito 4651 de Santa Catarina.
Dia da Vacinação -
Graças à genialidade e acendrado espírito humanitário do dr. Albert Sabin, que descobriu a vacina oral -
depois batizada com o seu nome, e não a quis patentear, tornando-a assim de
baixo custo e acessível às populações de baixa renda, e
graças, também, à utilização
de uma estratégia de vacinação de
crianças em massa, denominada Dia Nacional de Vacinação, instituída pioneiramente pelo Ministério da Saúde do Brasil, tornou-se viável vacinar milhões e milhões de crianças num só dia.
POLIO
NUNCA MAIS
Marcelo Haick está coberto de razão.
Na realidade o evento foi muito mal divulgado pelos
organizadores, o que foi uma pena.
Comentei
de público que, se tivesse havido melhor
divulgação, o Rotary poderia repercutir
o evento em todos os estados do Brasil e fui cumprimentado em particular por
membros da equipe técnica
da Fiocruz.
Nenhum representante do Min Saúde estava presente e o da Sec Est Saude só ficou
meia jornada no primeiro dia e não apareceu no segundo.
O Rotary sequer
foi convidado.
A secretaria de imprensa da Fiocruz mandou um simples
comunicado com o programa para a revista Brasil Rotário na semana anterior ao evento. A revista encaminhou
apenas para seus diretores e conselheiros, entre os quais me encontro.
Ao tomar conhecimento
do nível de qualidade do
programa e palestrantes, imediatamente re-encaminhei para os diretores Bira e Pinho, Marcelo
Haick, e para o companheiro Wan, manifestando minha estranheza pela falta de
divulgação.
Considerei riquíssimo o nível de qualidade do evento. Não foi apenas técnico. Teve relatos históricos de quem vem atuando nessa área desde os anos 70, médicos, doutores, pesquisadores, cientistas, membros da
OPAS, e outros organismos internacionais. Testemunhos importantíssimos de coordenadores das campanhas nas principais
regiões brasileiras, desde 1980 foram gravados ao vivo, e enviados através de vídeos. Todos os apresentadores
fizeram uso de meios auxiliares, com profusão de gráficos, esquemas e resumos em power point.
Representantes da Argentina e de Cuba fizeram relatos
sobre a Polio nos seus países.
A finalidade foi apresentar a poliomielite no Brasil após 21 anos da certificação, que ocorreu em 1994.
Quem fez um relato mais abrangente, sobre a campanha da
Polio no mundo foi o comp Wan.
Clique no link abaixo para ver.
http://endpolionowsantacatarina.com.br/2015/10/28/21-anos-de-erradicacao-da-polio-no-brasil/
Deixo aqui registrado meus aplausos para esse jovem
companheiro Wan, do RC Florianópolis. É,
sem dúvida um grande valor em Rotary,
merecedor de todos os encômios.
Todos os palestrantes foram unânimes em reconhecer e louvar o trabalho do Rotary.
Tenho participado de seminários nacionais e internacionais sobre a Polio. O que
diferenciou o atual, foi justamente a parte técnica, apresentada por renomados cientistas. Na minha
opinião, o embasamento técnico é necessário para melhor conscientização, motivação e
mobilização dos companheiros, para esclarecer dúvidas e alinhar conhecimentos.
Aprendi coisas importantes que não são normalmente veiculadas nas palestras a que tenho
assistido. Você sabia, por exemplo, que o assunto poliomielite está fora do programa educacional de todas as faculdades de
medicina do Brasil? Que os atuais médicos residentes desconhecem totalmente o que seja a
poliomielite? Que o conhecimento da doença está restrito aos sanitaristas da Fiocruz? Ouvi a seguinte
pergunta: Como é possível manter a vigilância desse jeito?
Farei um relato mais completo, com anexos e fotos, que,
no momento, não consegui enviar através
do meu iPhone 81 98844-8129
Obrigado e abraços.
Alberto
Em 31 de out de 2015, às 13:19, Marcelo
Haick escreveu:
Caros amigos,
Segundo pude averiguar este evento foi organizado pela
FIOCRUZ e nós não
fomos oficialmente convidados.
O Rotary participou através do companheiro Wan de Santa Catarina, conhecido pessoal
dos organizadores, pelo site END POLIO NOW SANTA CATARINA e seu recente livro
sobra a Pólio.
O evento foi essencialmente técnico, o Rotary foi citado pela representante da OPAS
(Dra. Samia), do Ministério da
Saúde (Dra. Carla), etc. sempre de modo positivo.
Contamos com a participação do companheiro Alberto,
coordenador zonal da EPN, que teve participação ativa com realização de
propostas concretas.
O Ministério da Saúde comentou ainda a
organização do comissão nacional da pólio - fruto dos
nossos esforços de advocacia no evento de abril passado, em Brasilia.
Nesta comissão nacional da pólio, o Rotary é a única entidade não técnica participante com assento.
Neste sentido, o Rotary institucionalmente foi respeitado
e citado.
Nos últimos três anos desenvolvemos um consistente relacionamento com o
Ministério da Saúde, OPAS, Unicef, Itamaraty, Embaixadas da India, Afeganistão, Paquistão e
Secretaria de Saúde de
SP, ocupando um espaço
de advocacia.
O Rotary liderou o Simpósio no Hospital Sírio Libanes (2013) e o Simpósio na OPAS- Brasilia, com a presença do Ministro da Saúde e dos curadores Hallage e Mario (2015).
Concordo com o diretor Pinho, que devemos sempre melhorar
nossa comunicação interna, e fico feliz pelo seu interesse em colaborar neste
momento decisivo.
Estamos trabalhando de modo sistêmico em sintonia
com o companheiro Alberto, com a edição de um NEWSLETTER mensal e participação
em Seminários Distritais, na busca de engajamento e doações
financeiras.
Tivemos um 24 DE OUTUBRO maravilhoso no Brasil, com
centenas de clubes e milhares de companheiros se mobilizaram e estamos apoiando
novas parcerias em prol da EPN.
Meu forte abraço,
Estamos a disposição para qualquer sugestão,
Marcelo Demetrio Haick
Coordenador Zonal EPN 2015-2016
Consultor Nacional de Advocacia Pólio Plus 2014-2016
Presidente da Comissão Distrital da Fundação
Rotária 2013-2016 D-4420
Tel: + 55 13
3219-2167 (GMT -3)
Cel: + 55 13
97127134
Skype: mdhaick
From: Themistocles Pinho
Date: sábado, 31 de outubro de 2015 13:16
To: Alberto Bittencourt , Bira
, Marcelo Haick
Subject:
Re: notícias-
Caro
Bittencourt
Ref.
Pólio Nunca Mais - 21 anos de
erradicação no Brasil
Li seu " relatório" e fiquei abismado pela falta de comunicação, em
especial pelos responsáveis
pelo Programa no Brasil.
Fui membro da Comissão Nacional, sob o comando do saudoso
Achimedes Theodoro, e lamento muito que todos que participamos daquele esforço
sejamos ignorados.
Estou enviando cópia deste para o Marcelo Haick que é o
responsavel no Brasil e o Diretor Bira.
Meu forte abraço
T.Pinho
Em 30 de outubro de 2015 20:57, Alberto Bittencourt
escreveu:
Caro amigo Ventura.
Comecei a responder seu e-mail e me entusiasmei. Quando
vi, estava escrevendo um relatório de modo que aproveito para enviar com cópia para diretores e coordenadores, pela relevância do tema.
Muito obrigado por me dar esta oportunidade.
Só cheguei
ontem do Rio. Tive que adiar a viagem de volta em função de um importantíssimo seminário - PÓLIO NUNCA MAIS - promovido pela Fiocruz sobre os 21 anos da certificação da
eliminação da Polio no Brasil, conforme folder anexo.
Infelizmente a divulgação do Seminário no âmbito do Rotary foi praticamente zero.
Eu soube apenas na quinta feira anterior, dia 22, através de e-mail
enviado pela Revista Brasil Rotário. Ainda tive que trocar meu bilhete de retorno.
Estavam presentes o pessoal da FioCruz, cientistas,
pesquisadores, doutores, médicos sanitaristas, professores, técnicos e apenas um membro da Secretaria Estadual de Saúde do RJ.
Estavam também presentes uma argentina e um cubano, ambos autoridades
sanitaristas em seus países e que
apresentaram um relato da história do combate à Pólio em sua pátrias.
Os rotarianos presentes eram apenas eu, a gov Adelia
Villas do D. 4570, com o marido e dois jornalistas da revista Brasil Rotário que se revezaram na cobertura, além do fotógrafo da revista.
O Seminário teve também a
participação do rotariano Wan Tu Chih, do RC Florianópolis, que apresentou um painel sobre o papel do Rotary
no combate à Polio no Brasil.
Ele é o
presidente da Subcomissão da campanha da Polio do Distrito 4651 - Santa Catarina. Já escreveu um livro
sobre a História da Poliomielite
no Brasil.
Tive o prazer de conhecê-lo neste seminário.
Ele conta que foi atraído para o Rotary ao conhecer o trabalho dos rotarianos na
campanha. Estudou, pesquisou, deslocou-se ao Rio, entrevistou autoridades e
construiu um blog de excelência sobre o assunto: endpolionowsantacatarina
Tudo por iniciativa própria.
O seminário constituiu-se de dois dias de intensas palestras e debates sobre a
Polio.
Na ocasião,
tive a oportunidade de manifestar opinião de que este seminário deveria se repetir em outros distritos rotários do Brasil, pois apresenta uma visão do ponto de vista científico, epidemiológico e imunológico. Mostra bem a luta e dedicação dessas pessoas quanto
à evolução dos tipos de vírus e
consequente formulação de novos processos de vacinação.
Alem da abordagem histórica, dois pontos importantes foram apresentados:
1)
Vigilância.
Essa
é uma
questão que envolve diretamente o Rotary, por estar dentro de suas metas, mas
que ninguém sabe explicar
direito o que é, nem como se deve
proceder.
Neste Seminário o tema foi bem abordado. Explicaram em que consiste a
vigilância e como estamos atrasados nesse campo, por razões
meramente de falta de políticas públicas que lhe dêem a prioridade devida.
A
vigilância
inclui a Identificação dos casos suspeitos, a coleta rápida de amostras sanguíneas e o envio para os centros laboratoriais para
elaboração dos diagnósticos.
Acreditem, entre a coleta e a chegada da amostra no laboratório a demora vai de um a dois meses. O hospital do SUS
manda o sangue coletado para a secretaria de saúde que manda para a Anvisa, que manda para o Ministério da Saúde, que manda para o laboratório. Depois o laboratório não sabe se é Polio ou não (?). Confunde
frequentemente com a Síndrome
de Julien Garret. Há casos
em que o laboratório
recebeu a amostra há mais de
um ano e ainda não conseguiu diagnosticar, apesar do paciente apresentar todos
os sintomas característicos
da Polio, como a paralisia assimétrica das pernas,
etc.
2) Síndrome do pós-polio.
Esse
é outro
problema seríssimo. Foi
apresentado pelas próprias vítimas que estavam presentes. Elas se sentem abandonadas como um navio à deriva.
As sequelas da doença exigem tratamento especializado, acompanhamento, diferente
de uma fisioterapia normal de recuperação. Portadores da Síndrome do Pós -Polio chegaram até a
organizar uma associação para defesa da vida deles. Nem o Hospital Sarah
Kubitscheck de Brasília está aparelhado
para dar a assistência de que
necessitam.
Fiquei estarrecido com os depoimentos.
Ouvimos a palavra de médicos abalizados com a vida inteira dedicada ao
tratamento da polio e da síndrome do pós
polio.
Enfim, muitas coisas apresentadas no Seminário, normalmente não
são abordadas nas palestras e seminários do Rotary, mas são de vital importância para a compreensão do problema.
Ao manifestar minha opinião, disse que, se mais
rotarianos estivessem presentes, em número mais representativo,
os assuntos tratados poderiam repercutir
em seus distritos e estados, o que
muito ajudaria na conscientização das pessoas e
autoridades.
O Dia Nacional de Combate à Pólio,
disse eu, em 24 de outubro, foi solenemente ignorado pela imprensa em todos os
estados da federação.
De fato, todos concordaram. Disseram, inclusive que quando estavam tendo um bom diálogo com o ministro da saúde, eis que o mesmo é substituído, no jogo político, e tudo volta
à estaca
zero.
A ideia da realização de seminários estaduais foi prontamente aceita pela diretoria que
ficou de manter contato para programar a respeito.
Gostaria de acrescentar muito mais. Tenho tudo gravado no
meu gravador digital Sony. Na medida do possível, irei divulgando.
Caro amigo Ventura.
Como está a saúde?
Gostaria de saber o dia em que vem ao Recife.
Precisamos conversar sobre o IRB-Recife.
Recomendações à Ely.
Caro amigo Ventura. Comecei a responder seu e-mail e me
entusiasmei. Quando vi, estava escrevendo um relatório de modo que aproveito para enviar com cópia para diretores e coordenadores, pela relevância do tema. Muito obrigado por me dar esta
oportunidade. Só cheguei ontem do Rio. Tive que adiar a viagem de volta em
função de um importantíssimo
seminário - PÓLIO NUNCA MAIS - promovido pela Fiocruz sobre os 21 anos da certificação da
eliminação da Polio no Brasil, conforme folder anexo. Infelizmente a divulgação
do Seminário no âmbito do Rotary foi praticamente zero. Eu soube apenas na quinta feira
anterior, dia 22, através de
e-mail enviado pela Revista Brasil Rotário. Ainda tive que trocar meu bilhete de retorno.
Estavam presentes o pessoal da FioCruz, cientistas, pesquisadores, doutores, médicos sanitaristas, professores, técnicos e apenas um membro da Secretaria Estadual de Saúde do RJ. Estavam também presentes uma argentina e um cubano, ambos autoridades
sanitaristas em seus países e
que apresentaram um relato da história do combate à Pólio em sua pátrias. Os rotarianos presentes eram apenas eu, a gov
Adelia Villas do D. 4570, com o marido e dois jornalistas da revista Brasil Rotário que se revezaram na cobertura, além do fotógrafo da revista. O Seminário teve também a
participação do rotariano Wan Tu Chih, do RC Florianópolis, que apresentou um painel sobre o papel do Rotary
no combate à Polio no Brasil. Ele é o
presidente da Subcomissão da campanha da Polio do Distrito 4651 - Santa
Catarina. Já escreveu
um livro sobre a História da
Poliomielite no Brasil. Tive o prazer de conhecê-lo neste seminário. Ele conta que foi atraído para o Rotary ao conhecer o trabalho dos rotarianos na
campanha. Estudou, pesquisou, deslocou-se ao Rio, entrevistou autoridades e
construiu um blog de excelência sobre o assunto: endpolionowsantacatarina Tudo por
iniciativa própria. O seminário constituiu-se de dois dias de intensas palestras e
debates sobre a Polio. Na ocasião, tive a oportunidade de manifestar opinião de que este seminário deveria se repetir em outros distritos rotários do Brasil, pois apresenta uma visão do ponto de
vista científico, epidemiológico e imunológico. Mostra bem a luta e dedicação dessas pessoas quanto
à evolução dos tipos de vírus e
consequente formulação de novos processos de vacinação. Vale dizer que nos países de clima frio, a virulência
é bem
inferior à dos países de clima quente ou temperado. O vírus fica praticamente inerte durante todo o inverno nos
países da Europa. Alem da abordagem histórica, dois pontos importantes foram apresentados: 1)
Vigilância. Essa é uma questão que envolve diretamente o Rotary, por estar
dentro de suas metas, mas que ninguém sabe explicar direito o que é, nem como se deve proceder. Neste Seminário o tema foi bem abordado. Explicaram em que consiste a
vigilância e como estamos atrasados nesse campo, por razões
meramente de falta de políticas públicas que lhe dêem a prioridade devida. A vigilância inclui a Identificação dos casos suspeitos, a coleta
rápida de amostras sanguíneas e o envio para os centros laboratoriais para
elaboração dos diagnósticos.
Acreditem, entre a coleta e a chegada da amostra no laboratório a demora vai de um a dois meses. O hospital do SUS
manda o sangue coletado para a secretaria de saúde que manda para a Anvisa, que manda para o Ministério da Saúde, que manda para o laboratório. Depois o laboratório não sabe se é Polio ou não (?). Confunde
frequentemente com a Síndrome
de Julien Garret. Há casos em
que o laboratório recebeu a
amostra há mais de
um ano e ainda não conseguiu diagnosticar, apesar do paciente apresentar todos
os sintomas característicos
da Polio, como a paralisia assimétrica das pernas, etc. 2) Síndrome do pós-polio. Esse é outro problema seríssimo. Foi apresentado pelas próprias vítimas que estavam presentes. Elas se sentem abandonadas como um navio à deriva.
As sequelas da doença exigem tratamento especializado, acompanhamento,
diferente de uma fisioterapia normal de recuperação. Portadores da Síndrome do Pós -Polio chegaram até a
organizar uma associação para defesa da vida deles. Nem o Hospital Sarah
Kubitscheck de Brasília está aparelhado
para dar a assistência de que necessitam. Fiquei estarrecido com os
depoimentos. Ouvimos a palavra de médicos abalizados com a vida inteira dedicada ao
tratamento da polio e da síndrome do pós
polio. Enfim, muitas coisas apresentadas no Seminário, normalmente não
são abordadas nas palestras e seminários do Rotary, mas são de vital importância para a compreensão do problema. Ao manifestar minha
opinião, disse que, se mais rotarianos estivessem presentes, em número mais representativo, os assuntos tratados poderiam
repercutir em seus distritos e estados, o que muito ajudaria na conscientização
das pessoas e autoridades. O Dia Nacional de Combate à Pólio,
disse eu, em 24 de outubro, foi solenemente ignorado pela imprensa em todos os
estados da federação. De fato, todos concordaram. Disseram, inclusive que
quando estavam tendo um bom diálogo com o ministro da saúde, eis que o mesmo é substituído, no jogo político, e
tudo volta à estaca zero. A ideia da realização de seminários estaduais foi prontamente aceita pela diretoria que
ficou de manter contato para programar a respeito. Gostaria de acrescentar muito
mais. Tenho tudo gravado no meu gravador digital Sony. Na medida do possível, irei divulgando. Caro amigo Ventura. Como está a
saúde? Gostaria de saber o dia em que
vem ao Recife. Precisamos conversar sobre o IRB-Recife. Recomendações à Ely.
Enviado do meu iPhone 81 98844-8129
Olá, companheiros
De Salvador, onde me encontro, viajarei para o Rio hoje à noite.
Palestrarei no Seminário do Rotary a se realizar na Escola Naval neste sábado, pela manhã sobre as metas de erradicação da poliomielite
da face da Terra.
Alem da abordagem histórica, dois pontos importantes serão apresentados:
1)
Vi gilância.
Essa
é uma
questão que envolve diretamente o Rotary, por estar dentro de suas metas, mas
que ninguém sabe explicar
direito o que é, nem como se deve
proceder.
Neste Seminário, explicaremos em que consiste a vigilância e como estamos atrasados, por absoluta falta de políticas públicas que priorizem esse campo.
2) Síndrome do pós-polio.
Esse
é outro
problema seríssimo. Foi apresentado
pelas próprias vítimas que estavam presentes no Seminário patrocinado pela FioCruz dias 27 e 28 de outubro passados.
Elas se sentem abandonadas como
um navio à deriva. As sequelas da doença exigem tratamento
especializado, acompanhamento, diferente de uma fisioterapia normal de
recuperação para deficientes.
Obrigado.
Aguardamos o Gov
Bittencourt com grande alegria neste Seminário. Além de bom palestrante e inteligente ele tem a facilidade de colocar suas
exposições de forma pratica. Abraços, Amigo.
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