ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

CAMPANHISTAS DA POLIO

CAMPANHISTAS DA PÓLIO

Alberto Bittencourt - 02 de agosto de 2018


Com a quantidade de valas negras, esgotos a céu aberto que serpenteiam entre casas e barracos das favelas brasileiras, estamos absolutamente vulneráveis a surtos de pólio que podem se transformar em epidemia em pouco tempo.
Em épocas de chuvas, esses esgotos se misturam com as águas das chuvas e invadem os barracos , provocando difteria, verminoses, e infecções diversas.
Outro problema é que os médicos nos postos de saúde confundem a pólio com outras doenças como encefalite e síndrome de Guillain Barré. Esta última é também uma paralisia flácida aguda só que acomete os membros superiores e inferiores. Não é assimétrica.
O estudo da poliomielite foi retirado da grade curricular das faculdades de medicina do Brasil. Os médicos residentes não sabem identificar a doença.
A cobertura vacinal recomendada pela OMS é de 95%. Mas as campanhas no Brasil nos últimos anos só alcançam 65% e menos de 50% em 312 municípios como foi denunciado pela Sra Carla Domingues, do Ministério da Saúde.
A vacinação contra a pólio ficou negligenciada nos postos de vacinação.
Hoje a criança até cinco anos só está imunizada após tomar cinco doses, sendo três injetáveis e duas de reforço orais.
Posso afirmar sem medo de errar que nossas crianças NÃO estão devidamente imunizadas contra o pólio vírus selvagem
Com a palavra as autoridades da OPAS e do Ministério da Saúde.
Não adianta mais chamar os secretários municipais nem estaduais de saúde. O caso requer a intervenção do Ministério da Saúde.
O Essas informações eu colhi no Instituto Oswaldo Cruz em Manguinhos, Rj
Temos que juntar nossos esforços para previnir que esse terrível mal volte a assolar as crianças brasileiras.
Para tanto, precisamos saber como andam as vacinações em nossas cidades.
Só tem um jeito: temos que comparecer aos postos de vacinação para ver como os técnicos das secretarias de saúde estão procedendo.
Em 2016, levei minha neta de 4 anos para ser vacinada num posto de vacinação aqui do Recife e fiquei estarrecido com a falta de interesse e de conhecimento dos vacinadores. Perguntei o que estavam aplicando, qual era a vacina e não obtive resposta.
Parecia que eles aplicavam as injeções sem saber o que estavam fazendo. Para eles era tudo a mesma coisa: vacinar contra dengue, paralisia infantil, sarampo, tuberculose... Nem mesmo olhavam as cadernetas de vacinação das crianças para saber o tipo de vacina que deveriam aplicar. Uma lástima. Total negligência em relação aos cuidados que deveriam tomar. Uma multidão de mães e de crianças se amontoavam numa pequena sala onde funcionários desatentos só queriam se desvencilhar da tarefa. Nem filas organizavam.
O Falar das campanhas, incentivar os Rotary Clubes, dizer que falta só isso, 0,1%, é uma coisa. Outra coisa é ir lá, entrar no posto, sentir o clima e sentir o cheiro do povo, verificar no detalhe como estão procedendo. Conferir se estão dando a vacina corretamente.
Atuar como voluntários que somos para fiscalizar é nosso dever e nosso direito.
Espero que não surja nenhum surto em nosso país.
Obrigado, e abraços.

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