Alberto
Bittencourt
(Palestra realizada para oficiais e graduados
da cadeia de comando da 7a. RM/7a DE)
(Palestra realizada para oficiais e graduados
da cadeia de comando da 7a. RM/7a DE)
Recebi o honroso convite do Exmo Sr. Gen Div Marcelo Flávio Oliveira
Aguiar, comandante da 7ª. RM/7ª. DE, Região Matias de Albuquerque, para falar
sobre Monte Castelo. P or feliz coincidência, estou, juntamente com o dr.
Petrônio Gonçalves Muniz, presidente do Pátria, Instituto Brasileiro de
Cidadania Ativa, do qual tenho a honra de ser diretor, escrevendo o livro
“De Bello Annis” – Anos da Guerra – sobre a participação da FEB na Itália e sua
orientação sábia e segura, me permitiu atender ao convite.
A guerra, como síntese de todas as ações humanas, é algo complexo. Não
se pode falar em Monte Castelo sem se pensar na campanha que a precedeu.
Hitler, o “Fuher” alemão, desejava dominar o mundo e impor a ideologia
nazista, que acreditava na supremacia da raça alemã. Em 1º. de setembro de
1939, invadiu a Polônia, dando início à II Guerra Mundial.
O Continente Americano declarou-se neutro e criou uma zona de
segurança marítima continental para preservar os transportes de cabotagem entre
seus países. Os alemães não concordaram com essa medida e, por isso, os
Chanceleres americanos declararam, na cidade de Havana, em junho de 1940, que
“todo atentado de um Estado não americano contra a integridade ou
inviolabilidade do território e contra a soberania ou independência de qualquer
Estado Americano será considerado como um ato de agressão contra os signatários
daquela declaração”.
A conquista da França pelos nazistas consolidou seu domínio sobre a
Europa e a aliança feita com os fascistas italianos, projetou seu poder sobre a
África do Norte e criou condições para a invasão da América através do Saliente
Nordestino Brasileiro, o que levou à sua militarização, com a instalação de
diversas bases aeronavais naquela região.
O ataque japonês aos americanos em Pearl Harbour, no Havaí, em 7 de
dezembro de 1941, e o afundamento de 31 navios de transporte brasileiros,
ocasionando a perda de 971 vidas, levaram o Brasil a declarar guerra aos países
do Eixo - Alemanha, Japão e Itália, em e22 de agosto de 1942.
O Brasil, na época da guerra, era um país de economia agrária, com
cerca de 40 milhões de habitantes. Convocou cem mil homens para compor a Força
Expedicionária Brasileira, dos quais, selecionou 25.334 homens para combaterem o inimigo no Teatro de
Operações da Itália. Eles compunham a 1ª. Divisão de Infantaria Expedicionária,
o contingente logístico e administrativo, incluindo aí o Depósito de Pessoal,
destinado a repor as perdas em combate (mortos, feridos, doentes e aprisionados
pelo inimigo).
O primeiro escalão da FEB partiu, por via marítima, do Rio de Janeiro,
em 5 de julho de 1944, com 5.081homens, e desembarcou 11 dias após, em 16 de
julho, no porto de Nápoles, no sul da
Itália. Três meses depois chega ao TO o restante da 1ª.Divisão de Infantaria
Expedicionária, que, com seus 15 mil homens foi incorporada ao V Exército
norte-americano, o qual compunha, junto ao VIII Exército Inglês a tropa aliada
em combate aos nazistas na Itália. Por via aérea, antecipando-se ao transporte
marítimo, chegaram ao Teatro de Operações os membros do Comando da FEB,
acompanhados das nossas 64 enfermeiras, dos auditores e juízes, dos elementos
do Banco do Brasil e dos correspondentes de Guerra.
O espaço de tempo de dois anos, entre a declaração de guerra em 22 de
agosto de 1942 e a partida do 1º.
Escalão da FEB, em 05 de julho de 1944, levou a imprensa a publicar a charge:
“É mais fácil uma cobra fumar do que a FEB embarcar” que deu origem ao emblema e
ao lema da FEB: “A cobra está fumando”.
Nossa Divisão Expedicionária iria combater ao lado de americanos,
ingleses, indianos, franceses, poloneses, neo-zelandeses, e dos “partizans”
italianos.
Pouco antes da chegada dos pracinhas brasileiros, ocorreram as maiores
batalhas da Itália, na frente de Monte Casino, onde morreram 200 mil homens, entre
aliados e alemães. A violência da batalha foi tão grande que o general
Alexander, então Comandante Geral no TO, em correspondência para Churchill,
disse que estava enfrentando os melhores soldados do mundo.
Após Monte Casino, a tropa alemã recuou e foi fixar-se nos Apeninos
Italianos, onde a FEB os encontrou.
Nesse TO, o efetivo alemão era superior ao dos aliados que, por sua
vez, levavam a vantagem de possuírem equipamentos superiores. O sistema alemão
de defesa era um sistema montado em profundidade, com emprego de muitas
metralhadoras, uma cobrindo a outra, sem deixar um ponto a descoberto. Por isso,
os brasileiros sofreram os primeiros reveses em Monte Castelo.
O batismo de fogo da FEB foi na região de Camaiore, localizada na
extremidade ocidental dos Apeninos, uma cadeia de montanhas muito altas, que
separa a península italiana da região do Vale do Rio Pó, o grande e rico vale,
ao norte da Itália, onde estavam situadas as grandes indústrias daquele país,
alimentadoras do esforço de guerra nazista.
Os aliados planejaram romper a linha fortificada dos Apeninos,
denominada de Linha Gótica, no início de novembro e conquistar Bolonha, no Vale
do Pó, antes do inverno.
Nessa operação coube aos brasileiros a missão de conquistar a região
de Monte Castelo, um morro com 977m de altitude, situado a 61,3 km sudoeste de Bolonha, de onde os
alemães controlavam a rodovia nº 64, que, no Vale do Rio Reno, conduzia ao Vale
do Pó e à região de Bolonha.
Durante os meses de novembro e dezembro, enfrentando a chuva, a lama,
o frio e a neve, os pracinhas brasileiros atacaram por diversas vezes o
infernal baluarte.
Em novembro
de 1944,
o General Mascarenhas de Moraes, havia montado seu QG avançado na localidade de
Porreta-Terme, cuja área era cercada por montanhas sob controle dos alemães.
Esse perímetro tinha um raio aproximado de 15 quilômetros. As posições alemãs
eram consideradas privilegiadas e submetiam os brasileiros a uma vigilância
constante, dificultando qualquer movimentação. Estimativas davam que o inverno
prometia ser rigoroso, além do frio intenso, as chuvas transformaram as
estradas, já esburacas pelos bombardeiros aliados, em verdadeiros mares de
lama.
A Operação
A Tomada
de Monte Castelo marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram
cinco ataques, com grande número de baixas devido a vários fatores, entre os
quais as temperaturas extremamente baixas. Quatro dos ataques não tiveram
êxito, por falhas e estratégia.
O General Mark Clark, comandante das Forças Aliadas na Itália,
pretendia direcionar sua marcha com o 4º Corpo de Exército rumo a Bolonha,
antes que as primeiras nevascas de 1944 começassem a cair. Entretanto, a
posição de Monte Castelo se mostrava extremamente importante do ponto de vista
estratégico, além de dominado pelos alemães dava pleno controle sobre a região.
Caberia, então, aos brasileiros a
responsabilidade de conquistar o setor mais combativo de toda a frente Apenina.
Porém havia um problema: a 1ª DIE era uma tropa ainda sem experiência
suficiente para encarar um combate daquela magnitude. Mas como o objetivo de
Clark era conquistar Bolonha antes do Natal, o jeito seria o de aprender na
prática, ou seja, em combate.
No segundo dia de ataques tudo indicava que a
operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar o cume de
Monte Castelo, depois de conquistarem o vizinho Monte Belvedere.
Entretanto, em uma contra-ofensiva poderosa, os
homens da 232ª Divisão de Infantaria germânica, responsável pela defesa de
Castelo e do Monte Della
Torracia, recuperaram as posições
perdidas, obrigando os soldados brasileiros e americanos a abandonar as
posições já conquistadas - com exceção do Monte Belvedere.
Em 29 de
novembro, planejou-se o 2º ataque ao monte. Nesta contra-ofensiva a formação de
ataque seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE - com três batalhões -
contando apenas com o suporte de três pelotões de tanques americanos. Todavia,
um fato imprevisto ocorrido na véspera da investida comprometeria os planos: na
noite do dia 28, os alemães haviam efetuado em contra-ataque contra o Monte
Belvedere, tomando a posição dos americanos e deixando descoberto o flanco
esquerdo do aliados.
Inicialmente
a DIE pensou em adiar o ataque, porém as tropas já haviam ocupado suas posições
e deste modo a estratégia foi mantida. Às 7 horas uma nova tentativa foi
efetuada.
As condições
do tempo mostravam-se extremamente severas: chuva e céu encoberto impediam o
apoio da força aérea e a lama praticamente inviabilizava a participação de tanques. O grupamento do General Zenóbio da Costa no início
conseguiu um bom avanço, mas o contra-ataque alemão foi violento. Os soldados
alemães barraram os avanços dos soldados. No fim da tarde, os dois batalhões
brasileiros voltaram à estaca zero.
Em 5 de
dezembro, o general Mascarenhas recebe uma ordem do 4º Corpo: "Caberia
à DIE capturar e manter o cume do Monte Della Torracia - Monte Belvedere."
Ou seja, depois de duas tentativas frustradas, Monte Castelo ainda era o
objetivo principal da próxima ofensiva brasileira, a qual havia sido adiada por
uma semana.
Mas em 12 de
dezembro de 1944, a operação foi efetivada, data que seria lembrada pela FEB
como uma das mais violentas enfrentadas pela tropas brasileiras no Teatro de
Operações na Itália.
Com as
mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o 2º e o 3º batalhões do
1º Regimento de Infantaria fizeram, inicialmente, milagres. Houve inicialmente
algumas posições conquistadas, mas o pesado fogo da artilharia alemã fazia suas
baixas. Mais uma vez a tentativa de conquista se mostrou infrutífera e, o pior,
causando 150 baixas, sendo que 20 soldados brasileiros haviam sido mortos. A
lição serviu para reforçar a convicção de Mascarenhas de que Monte Castelo só
seria tomada dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque - e não
apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o 5º Exército.
Com o agravamento do inverno no final de 1944, o gen. Mark Clark que
ascendera ao comando do XV Grupamento do Exército, em substituição ao gen.
Alexander, determinou à tropa brasileira a suspensão da ofensiva. Na plenitude
do inverno, as temperaturas chegavam a cair até a 20 graus negativos. O
terreno, normalmente verde em outras épocas do ano, apresentava-se
completamente branco, em função das precipitações de neve.
O soldado brasileiro, oriundo das terras quentes e amenas, foi se
adaptando ao clima e ao terreno e aprendeu a conviver com a adversidade do frio
intenso e da neve. Um dos aspectos a ressaltar nessa fase defensiva, foi o
intenso emprego de patrulhas. Estas podiam ser de reconhecimento, (valor GC ou
Pel) ou de combate, (valor Pel). Estas ações de pequenos efetivos tiveram um
papel preponderante na segurança do dispositivo defensivo que dependia
fundamentalmente do cumprimento das missões por natureza, perigosas e difíceis,
exigindo dos combatentes, qualidades acentuadas de inteligência, coragem,
astúcia e sangue frio. Embora com pequenos efetivos, essas patrulhas estavam
sempre muito bem armadas, com fuzis, fuzis-metralhadoras, metralhadoras de mão,
granadas e rádios portáteis, para ligação com a retaguarda. Do tenente ao mais
moderno dos soldados, o nosso combatente encontrou nessa atividade uma maneira
positiva de reabilitar o seu ânimo, bastante desgastado face aos reveses
sofridos em Monte Castelo.
Infiltrando-se na retaguarda do inimigo, em audaciosas ações de
surpresa, reconhecendo, executando emboscadas e golpes de mão com rara
eficácia, o nosso combatente foi incrementando de modo intensivo o seu preparo
técnico profissional.
Quando em fevereiro, a Divisão reiniciou as operações ofensivas, o
nosso homem já não era mais aquele soldado tímido, vacilante e inexperiente das
primeiras jornadas, mas sim, um verdadeiro combatente de escol, confiante na
sua capacitação, prudente e experiente, capaz de sobrepujar conscientemente as
mais complexas e perigosas situações que se lhes apresentassem no decurso do
combate.
Somente em 19 de Fevereiro de 1945, após a melhora do inverno o comando
do 5º Exército determinou o início de uma nova afensiva para a conquista do
monte. Tal ofensiva utilizaria as tropas aliadas, incluindo a 1ª DIE, ofensiva
que levaria as tropas para o Vale do Pó, até a fronteira com a França.
O Ataque Final
Novamente a
ofensiva batizada de Encore, ou Bis, utilizaria a formação brasileira para a
conquista do Monte e a consequente expulsão dos alemães. Desta vez a tática
utilizada, seria a mesma idealizada por Mascarenha de Moraes em 19 de Novembro.
Assim, em 20 de Fevereiro as tropas da Força Expedicionária Brasileira
apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para
partir rumo a Castelo. À esquerda do grupamento verde-amarelo, avançaria a 10ª
Divisão de Montanha dos Estados Unidos, tropa de elite, que tinha como
responsabilidade tomar o Monte della Torracia e garantir, dessa forma, a
proteção do flanco mais vulnerável do setor.
O ataque
começou às 6 horas da manhã, o Batalhão Uzeda seguiu pela direita, o Batalhão
Franklin na direção frontal ao Monte e o Batalhão Sizeno Sarmento aguardava,
nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de
juntar-se aos outros dois batalhões. Conforme descrito no plano Encore, os
brasileiros deveriam chegar ao topo do Monte Castelo às 18 horas, no máximo -
uma hora depois do Monte della Torracia ser conquistado pela 10ª Divisão de
Montanha, evento programado para as 17 horas. O 4º Corpo estava certo de que o
Castelo não seria tomado antes que Della Torracia também o fosse.
Entretanto,
às 17h30, do dia 21 de fevereiro de 1945, quando os primeiros soldados do
Batalhão Franklin do 1º Regimento conquistaram o cume do Monte Castelo, os
americanos ainda não haviam vencido a resistência alemã. Só o fariam noite
adentro, quando os pracinhas há muito já haviam completado sua missão, e
começavam a tomar posição nas trincheiras e casamatas recém-conquistadas.
Grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária,
comandada pelo General Cordeiro de Farias, que efetuou um fogo de barragem perfeito contra
o cume do Monte Castelo, permitindo a movimentação
A tomada do Monte
Castelo, foi a mais significativa vitória da FEB, demonstrando o valor do
soldado brasileiro, sua versatilidade, sua persistência, seu estoicismo e sua
coragem. Foi a vitória da superação e da raça.
A campanha prosseguiu. A conquista do baluarte de Castelnuovo, em 5 de
março, consolidou a posse do Vale do Rio Reno e garantiu o livre trânsito na
Rodovia nº 64.
No mês de abril, os aliados atacaram em toda a frente dos Apeninos,
para chegarem ao Vale do Rio Pó. Foi a Ofensiva da Primavera. Aos brasileiros
coube conquistar a região de Montese, objetivo situado na porção da frente de
combate mais à esquerda de todo o dispositivo aliado. Foi a nossa vitória mais
sangrenta, efetivada em 14 de abril.
O acesso à Planície do Pó permitiu que o êxito da Linha Gótica fosse
aproveitado, levando à perseguição, à captura e à total desorganização do
dispositivo alemão na Itália.
A FEB participou dessa operação e, em 28 de abri, capturou a 148ª
Divisão de Infantaria alemã, tropas blindadas de uma Divisão Panzer e
remanescentes fascistas da Divisa Bersagliere. Foram aprisionados 14.779 homens
e vultoso material de guerra.
No dia 1º de maio, os brasileiros ocuparam a cidade de Turim e, no dia
seguinte, 2 de maio, a guerra terminou na Itália.
O tributo de sangue brasileiro em combate contabilizou 443 mortos e 1.577
feridos. Foi o preço da luta pela liberdade e pela democracia, no mundo e no
Brasil. A guerra deixou 60 milhões de mortos. Foi criada a Organização das
Nações Unidas, (ONU), na esperança de se viver num mundo melhor.
O legado da FEB
O nosso esforço de guerra permitiu que o Brasil começasse sua
industrialização. A instalação e a operação de bases militares no Nordeste nos
permitiu receber uma usina siderúrgica, que foi instalada em Volta Redonda.
A industrialização estimulou a urbanização, possibilitou a emergência
da economia do petróleo, induziu a interiorização da nossa capital, com a
criação de Brasília, o que estimulou, nas décadas seguinte, a marcha para o
oeste.
O Exército brasileiro mostrou aos americanos, o quão danosa era a
prática da segregação racial, com batalhões constituídos somente de elementos
da raça negra. A mistura, a integração de todas as raças dentro das unidades
brasileiras provou ser mais eficiente e eficaz pois mantinha elevado o moral da
tropa e conseguia os melhores resultados no campo de batalha.
O soldado brasileiro, admirado e respeitado pela sua coragem e pela
sua cordialidade, ganhou notoriedade e passou a ser requisitado para compor as
Forças de Paz da ONU e OEA. Suez, São Domingos, Timor Leste, Haiti, com a
Minustah, são exemplos da atuação do soldado brasileiro em defesa da paz.
BIBLIOGRAFIA:
1. DE BELLO ANNIS - Petrônio Muniz e Alberto Bittencourt, ainda não editado.
2. O NORDESTE NA II
GUERRA MUNDIAL; Gen Ex R1, Paulo de Queiroz
Duarte. Ed. Record, 1971.
3. O BRASIL E MONTE
CASTELO – Fundação Armando Alvares Penteado.
4. TRINTA ANOS
DEPOIS DA VOLTA – Octavio Costa
5. O
Exército na História do Brasil (vol. III,
República). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército
Editora,
6. Marechal Mascarenhas de Morais, Memórias (Volume
1)- Bibliex, 1984
7. Joel Silveira, O Inverno na Guerra -
Objetiva,2005
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