ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

terça-feira, 4 de junho de 2024

A PEÇA DO TEATRO DA VIDA

 

A peça do teatro da vida

Alberto Bittencourt - dez 2002


 

O ator de cinema e teatro italiano Victorio Gassman (1922-2000), dizia que gostaria que a vida fosse como uma peça de teatro. Assim, poderíamos ensaiar os atos da vida real, antes de praticá-los. Somente depois de testados, experimentados, repetidos várias vezes, agiríamos para valer. Enquanto as coisas não dessem certo, seriam apenas ensaios. Seria muito bom se assim fosse. Ninguém cometeria erros, e tudo andaria às mil maravilhas.

A vida pode ser comparada a uma enorme produção teatral onde não são permitidos ensaios, onde tudo é improviso. Uma produção teatral que a todos hipnotiza com a sua complexidade. O roteiro trata de uma quantidade colossal de experiências, que vão das mais engraçadas e leves àquelas dramáticas ou que criam suspense; a produção é muito impressionante. Há os atores e todo o pessoal, que trabalha nos bastidores, os críticos, e até o público.

Mas, como a peça do teatro da vida é feita de improviso, eles nunca estão em sintonia. Os atores interferem nas tarefas do pessoal dos bastidores, os músicos dão palpites nos trabalhos dos iluminadores e assim por diante. Os participantes simplesmente não estão concentrados em seu papel e não se entendem.

E a peça do teatro da vida vai se desenrolando. Se quisermos, entretanto, melhorá-la, é possível, pois a humanidade é intuitivamente dirigida para a perfeição potencial de tudo o que existe.

Em primeiro lugar, podemos nos concentrar em descobrir qual é o nosso papel nessa grande peça de teatro coletiva, que é a vida. Acharíamos isso mais fácil se parássemos de nos preocupar com o que os outros estão fazendo. Aí então, podemos redirecionar nossa energia e atenção para o desempenho de nosso próprio papel. Isso nos permitiria curtir com alegria o aprendizado, desenvolver nosso potencial e nosso discernimento, para reconhecer nosso papel.

Em segundo lugar, tendo reconhecido o nosso papel predestinado e que somos parte de um todo, seria bom aprender nossas falas e deixar que nossos talentos naturais e/ou capacidades adquiridas se manifestem e evoluam até a perfeição.

Em terceiro lugar, temos de entender que o ser humano frequenta a escola da vida há muitas eras e adquirimos e desenvolvemos capacidades, assim como um vasto repertório de conhecimentos que podemos utilizar para desempenhar nosso papel de forma competente. Isso deve ser feito em harmonia e alinhamento com outros participantes, sabendo-se que esses participantes também fazem seus cursos e adquiriram conhecimentos para seu papel nessa peça. Portanto, a terceira sugestão é confiar e respeitar as escolhas dos outros, pois eles também foram instruídos para poderem desempenhar seus papéis em harmonia com os nossos.

Esse é um estado de consciência em que o campo energético do coração está completamente aberto, onde podemos reconhecer a singularidade e a diversidade de todos e estabelecer contato com a divindade interior, o mestre que há dentro de todos, quando a peça se torna mágica.  É um estado de consciência em que o personagem deixa de ser o eu, superando a separação e a limitação, procurando apenas servir ao grande projeto, voltado para o que é melhor para o todo e não só para o indivíduo.

À medida que entendemos como criar nossa realidade com nossos pensamentos, sabemos que, mesmo que a gente nem sempre consiga mudar as circunstâncias imediatas, sempre podemos mudar nossa atitude e, desse modo, nossa experiência da vida.

       Em resumo, são as seguintes as lições para uma vida harmoniosa:

·        Discernimento – descobrir qual é o nosso papel; saber qual é o próximo passo; descobrir qual é a dança que você quer dançar.

·        Singularidade do ser – aprender as nossas falas; aprender os passos; desenvolver nossos talentos.

·        Aceitação da diversidade individual: confiar e respeitar as escolhas dos outros; aprender a dançar sem pisar nos pés dos outros; saber dividir o espaço. Você pode querer dançar uma valsa e o outro pode querer dançar um samba.


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