ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

domingo, 28 de junho de 2020

EDUCAÇÃO, DEVER DE TODOS


EDUCAÇÃO, DEVER DE  TODOS

Alberto Bittencourt

(EXCERTOS de palestra realizada em set 2007)

Companheiros, quero aqui ressaltar um dos nossos maiores problemas: a educação escolar. Acho que cada rotariano tem o dever de zelar pela boa e correta educação das nossas crianças, nas escolas públicas, sejam estaduais ou municipais.

Há muito tempo, mais de 30 anos, 25 Rotary Clubs do Distrito 4500, construíram escolas, escolas com salas de aulas feitas de cimento e tijolo, bem equipadas, que ainda hoje funcionam. São as Rotary. Há 25 Escolas Rotary em nosso Distrito. Deve haver centenas espalhadas Brasil afora, vale a pena fazer o levantamento. Todas construídas com a dedicação, trabalho, esforço, abnegação e sacrifício de incansáveis  companheiros, que nos antecederam em Rotary, os pioneiros de nossos clubes, que doaram os terrenos, que se esforçaram por edificar neles instalações, as melhores possíveis, para a educação de nossas crianças.

São prédios muito bem construídos, em terrenos excelentes, muito bem localizados, que eles conseguiram e doaram, para que o Rotary construísse essas escolas, numa época em que o Rotary mesmo é que tinha que prover os professores, os funcionários, o material didático.

Hoje, todas essas Escolas Rotary, estão conveniadas com as secretarias de educação estaduais ou municipais, que, além dos professores e do material didático, fornecem a merenda escolar,

Foi a forma de viabilizar essas escolas. O Rotary as entregou para as secretarias de educação e... lavou as mãos! Não é mais com o Rotary. Agora o problema é da Secretaria de Educação. Não interessa se funciona bem ou mal. O fardo foi tirado de nossas costas.

Eu visitei com Helena, todas as Escolas Rotary do Distrito 4500, além de outras assistidas pelos clubes. Verificamos em algumas delas que crianças chegam à quarta série do ensino fundamental e de lá saem sem saber ler, sem saber escrever, sem saber interpretar o que lêem, mal fazendo as quatro operações. Outras precisam de reformas urgentes no prédio e nas instalações. A secretaria de educação diz que nada pode fazer porque o prédio não é dela e o Rotary não concerta porque a escola está entregue ao município ou ao estado, não é com ele.

Em determinada escola do Recife, durante a visita oficial como governador, a Bandeira do Brasil foi hasteada ao som do hino do colégio, posto que nunca ensinaram às crianças o Hino Nacional.

Segundo denúncias da ONG Novo Mundo, que trabalha em escolas do ensino público fundamental, há educandários aqui no Recife que são antros de marginalidade. Alguns alunos se organizam em gangues, e chegam até a ameaçar de morte, as pessoas que querem melhorar as condições de ensino e de educação. São bandidos que se organizam, chegou a esse ponto, com professores que deviam estar na cadeia por não exercerem o seu papel de mestres nem de educadores.

Também vimos Escolas Rotary exemplares, bem cuidadas, as crianças alegres, uniformizadas, orgulhosas ao cantarem o Hino Nacional, em que o ensino funciona magistralmente, sob as vistas e a atenção de rotarianos dedicados.

É preciso rever esses convênios que funcionam mal, cobrar responsabilidades, até o aluguel, se for o caso, por que não?

Eu pergunto: será que nós estamos agindo corretamente, deixando para lá?

O que é que nós podemos fazer? Eu sugiro o seguinte, mas é preciso que todos os companheiros participem: que o nosso clube de Rotary, como representante da sociedade civil organizada, como instituição de utilidade pública que é, como a maior ONG e de maior prestígio e credibilidade, mediante autorização, entre naquela escola, que um companheiro entre numa sala e procure assistir às aulas. Vá olhar, assistir, fique lá uma manhã, tome conhecimento do que se passa nas salas de aulas, se as professoras comparecem, se ensinam, procure sentir na pele os problemas. Só fazer uma visita, passando de passagem, meia hora, de nada adianta. É ficando dentro da sala de aula, verificando como se comportam aquelas professoras, como é que se comportam os alunos, só assim, só dessa maneira, nós podemos mudar alguma coisa. Somente indo lá, onde estão as crianças, vendo, vivendo e aprendendo, sentindo na pele, do contrário vai tudo continuar como dantes, no quartel de Abrantes.

Constatadas as deficiências ou irregularidades, o clube pode fazer um ofício ao Secretario de Educação com cópia para o diretor da escola, mandar para o Ministério Público, e até para imprensa, se entender, denunciando o que for necessário, pedindo providências. Do contrário, aquelas crianças vão continuar ciscando a terra, como galinhas, não vão se desenvolver, aprender a ganhar o pão de cada dia de maneira honesta, exercer o seu papel de águias, divinas, participando do mundo. Serão sempre galinhas a escavar a terra. E pior, muitas dela poderão ser aliciadas pela marginalidade, pelo tráfico de drogas, e serem levadas ao caminho da morte e da destruição.

Contudo, se nós estivermos lá dentro da escola, vendo, vivendo e aprendendo, então nós podemos fazer muito, em benefício de um número cada vez maior de crianças.







Um comentário:

JOSE HATERAS disse...

Caro EGD Alberto Bittencourt,
Seu e-mail sobre o Tema Educação Dever de Todos, foi muito bem recebido. Na realidade trata-se de um TEMA da maior importância, que interessa a todos.
Obrigado.
Um Grande Abraço
José Háteras EGD 99/00 D. 4490