Resumo da palestra de Alberto
Bittencourt
O governador Aluísio de Freitas me encarregou de dar uma
visão do Distrito 4500 no ano de sua governadoria.
Ninguém seria mais
abalizado para fazer esta palestra do que o próprio casal governador Aluísio de
Freitas Almeida e sua Yêda, que exerceu a governadoria em dois mandatos,
2002-03 e 2007-08.
Tendo assumido pela segunda vez o cargo de governador do
Distrito 4.500 num momento de dor e de emoção, pelo falecimento da nossa
querida e inesquecível governadora Dulcinéa Oliveira, decorridos três meses do
ano rotário, Aluísio e Yêda levaram avante a tarefa hercúlea de administrar
este que é o maior distrito do Brasil, com seus 90 Rotary Clubs e 2157
rotarianos distribuídos nos três estados da federação: Pernambuco, Paraíba e
Rio Grande do Norte. Com muito sacrifício, Aluísio soube, como ninguém dar
continuidade aos programas de Dulcinéa. Conservou a mesma equipe distrital,
escolhida por Dulcinéa, as mesmas metas, os mesmos objetivos. Permanecem vivas
em nossas mentes as palavras de Dulcinéa, que criou um chamamento especial para
todos os rotarianos: “Mantenham acesa a chama do Rotary”.
Quanta coisa encerra este lema. Quanta verdade, quanta ação,
quanta inspiração. Para manter acesa a chama de um ideal, é preciso que esta
chama brilhe no coração de cada rotariano, no âmago de seu ser, onde faz morada
o Deus interior, no altar do pensamento, sentimento e vontade.
Manter acesa a chama do Rotary significa pensar sempre na
grande obra e nos objetivos de Rotary, significa sentir emoções, alegrias,
compartilhando Rotary, e sobretudo, significa criar e agir a favor da vida na compaixão e ajuda aos semelhantes.
No altar do pensamento, sentimento e vontade, brilha a chama
do Rotary.
O governador Aluísio de Freitas Almeida me encarregou de
transmitir a vocês o seguinte:
As suas primeiras palavras foram dirigidas aos governadores
assistentes. Há governadores assistentes excelentes, muito bons, e esses são a
maioria. Mas, infelizmente, como em toda coletividade, há também os que não
correspondem, os que pouco ou nada fazem, ou os que fazem resistência passiva.
O governador pede que todos vocês, governadores assistentes, colem nos seus
clubes, procurem bem desempenhar a missão que lhes foi confiada, preencham os
relatórios a tempo e a hora, ajudem aos seus presidentes no que for preciso,
mantenham acesa a chama do Rotary.
Quanto à visão do Distrito 4.500, Aluísio me informou e
pediu que transmitisse aos companheiros que dois pontos são os mais
importantes, verificar em suas andanças pelos clubes do distrito. O
Desenvolvimento do Quadro Social e o apoio à Fundação Rotária.
Na expansão Quadro
Social há a perspectiva da fundação de dois novos Rotary Clubs, ambos em
Pernambuco: o RC de Bezerros, patrocinado pelo RC Casa Amarela e o RC
Suape-Ipojuca, patrocinado pelo RC Guararapes-Piedade, aproveitando o
crescimento extraordinário daquele município, com as grandes obras e
empreendimentos que ali se iniciam: a Refinaria Abreu e Lima; o estaleiro
Atlântico-Sol, o pólo petroquímico entre outras.
Quanto ao Desenvolvimento do Quadro Social, nosso Distrito,
com 2157 em 90 Rotary Clubs, perfaz uma média de 29 sócios por clube. É o maior
distrito da América Latina, com número de clubes e de sócios. Pode parecer
suficiente, mas não é. Um distrito da Alemanha que também possui 90 Rotary
Clubs, tem um total de 4.500 rotarianos, o que perfaz a média de 50 por clube.
Que segredo eles usam para fazer a retenção de tão grande número de sócios por
clube? Assim como o Brasil, o D. 4.500 é visto por RI, como um distrito que vem
diminuindo ao longo dos anos. Segundo informou Aluísio, essa tendência
declinante do Quadro Social entretanto, estancou estando o Quadro Social do D.
4.500 estabilizado.
O governador Aluísio de Freitas assim se expressou:
"Quando assumi a governadoria do D. 4.500 em 2002, para
dar uma idéia, assumi com 2481 sócios e terminei com 2370, tendo ocorrido no
ano 359 admissões contra 470 baixas, numa perda líquida de 111 companheiros. Vale
dizer que o Rotary no Distrito 4.500 já teve mais de 2500 sócios".
Há muitas razões para explicar isso. O R.I tem investido em
pesquisas, estudos, projetos pilotos e tudo desemboca numa única questão: a retenção
do quadro social. Como reter é o "x" do problema, eu creio que tudo é
reflexo de apenas uma coisa que se chama relacionamento. Com as
dificuldades do mundo moderno os relacionamentos empobrecem, de um modo geral.
Antigamente as famílias se visitavam. Paul Harris em “ESSA ERA ROTÁRIA”,
escrito em 1935 já pregava as vantagens de fazer uma visita a um amigo. Ele dizia
que receber uma visita é melhor do que
visitar. Deepach Chopra, em sua obra "7 Leis Espirituais do Sucesso",
ensina que ao visitarmos alguém, devemos levar sempre uma pequena lembrança.
Hoje em dia as pessoas se fecham em seus círculos familiares, premidos pela
violência urbana, pela falta de segurança, pelos afazeres multiplicados do dia
a dia.
Para se ter um bom relacionamento em Rotary, é preciso
convivência e para isso é necessária a freqüência. Não somente do rotariano,
mas de toda a Família Rotária. O relacionamento tem que ser cultivado. A confiança somente se desenvolve com o
convívio. Confiança é a cola que une os relacionamentos, disse James Hunter,
autor do Best Seller “O Monge e o Executivo”. As mulheres são mais eficientes
por que investem mais nos relacionamentos do que os homens. Enquanto que estes
só pensam nas tarefas, nos objetivos, elas se preocupam com as pessoas. Por
isso devemos atrair as mulheres para o nosso Quadro Social. O RC ideal é aquele
que tem 50% de homens e 50% de mulheres. Uma grande fonte de recursos são as
esposas dos rotarianos.
O diretor do Rotary International, José Alfredo Petroni
sugere que as “donas de casa” podem adotar a classificação “Administradora de
bens”.
Outra fonte de arregimentação são os jovens. Não podemos
desprezar esse enorme potencial para incrementar o quadro social em nossos
clubes.
Vou citar um exemplo do meu clube, o RC Boa Viagem: o
projeto EQUAL EDUCATION, em parceria com uma ONG Holandesa do mesmo nome.
Tudo começou no programa de Intercâmbio de Jovens.
O envolvimento dos clubes em projetos é outro fator de
retenção dos sócios. O RC Setúbal se reergueu com o projeto “Salvando Vidas
através da Música”.
Mas o pecado capital que hoje prejudica os clubes é a FALTA
DE EFICIÊNCIA.
É generalizada a falta de eficiência na maioria dos clubes.
O apoio à FR é outro item vital. Muitos clubes se
desinteressaram, perderam o foco em relação à FR.
Segundo Aluísio, no atual ano rotário, com o valor altamente
convidativo do dólar rotário, R$ 1,77 em fevereiro, as contribuições são as
mais baixas dos últimos 10 anos. Inferior aos sette mil dólares do ano de
1997-98 quando o câmbio pulou de R$1,00 para R$2,00
Como aproveitar a oportunidade?
O RC Boa Vista está realizando um consórcio interno de
títulos PHF.
Há também o consórcio GOL da Solidariedade em parceria com a
VW.
São iniciativas como essas que alavancam o DQS dos clubes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário