DO MESMO JEITO.
Alberto Bittencourt
A cada eleição, somos enganados com frases do tipo - foram renovadas mais de metade das cadeiras do Congresso.
Verdade e mentira, pois continua tudo do mesmo jeito, como sempre foi.
Verdade porque os nomes mudam.
Mentira porque a mudança não implica em renovação.
.O velho fisiologismo, o toma lá dá cá, a ultrapassada troca de votos por cargos ou emendas, o arcaico loteamento de cargos públicos, pelos partidos políticos, sem nenhum compromisso de eficácia, seriedade ou objetividade, sem nenhum respeito pela vontade dos eleitores.
Por que não muda?
Não muda porque só podem ser candidato quem eles querem.
Eles quem? Os donos dos partidos.
Quem são os candidatos? Os Filhos, os parentes, as esposas, atuais e ex, os apaniguados, os cúmplices, os cabos eleitorais.
Quem não faz parte dessa corriola não consegue ser candidato.
Formam-se então as castas, as dinastias de políticos profissionais. O velho com cinco, o filho com oito, o sobrinho com duas legislaturas e por aí vai.
E continua tudo como dantes, no quartel de Abrantes.
O Congresso com seus vícios a querer dar as cartas, a exercer o poder. A manter a cultura do ajeitadinho, dos acordos de bastidores, dos conchavos na surdina dos subterrâneos. .
E o Presidente da República, figura decorativa , rainha da Inglaterra, que tudo quer e nada pode a enxugar gelo.
E ninguém se entende porque com 35 partidos políticos fica mesmo quase impossível qualquer entendimento.
A solução existe. É o candidato independente ou avulso, desvinculado de compromissos com partidos políticos. Seu compromisso é apenas com os eleitores. E Nada mais.
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