ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

REGONNE






Fortaleza, domingo, 11 de março de 2012.





De 8 a 11 de março de 2012, realizou-se em Fortaleza, CE, a Regonne - Reunião dos Governadores do Norte e Nordeste do Brasil - evento  do qual participam  governadores dos cinco distritos rotários que integram as regiões Norte e Nordeste do Brasil, a saber: D4550, D4390, D4500, D4490 e D4720. O encontro reuniu os governadores atuais, eleitos e indicados, além dos ex-governadores e governadores assistentes.

Convocados pelo diretor de RI José Antonio Antiorio, a reunião teve cerca de 100 participantes. Do meu Distrito 4.500, compareceram dez governadores: o ex-diretor de RI Mário Antonino, Reinaldo Oliveira, Luís Mário Calheiros, Aldanira Barreto, Tereza Neuma, Kleber Toscano, Sebastião Rabello, Carneiro Braga, o atual Governador Vandique Coutinho e eu.

Num aprazível hotel resort nas proximidades da capital, sob a  organização do ex-governador e coordenador da Fundação Rotária, Henrique Vasconcelos, tivemos a apresentação de vários painéis e a realização de diversos workshops. As novidades, entretanto, foram poucas. No quadro associativo, falou-se muito no redistritamento que, ao que tudo indica, não ocorrerá no Brasil. Os governadores reclamaram muito da política do Rotary que, num determinado momento mandou subdividir os Distritos em outros menores e agora manda fundir os distritos que não alcançarem o patamar mínimo de 1.200 sócios até 30 de junho do corrente ano. Sobre isso, foi destaque o trabalho do atual Governador do D.4720, no Norte do Brasil, que aumentou significativamente o quadro associativo, a despeito da enorme extensão territorial. Como consequência, foi bastante enfatizada, para o quadro associativo, a necessidade de fazer com que os clubes alcancem o número mínimo de 25 sócios, bem como tentar ou buscar formas de atrair os jovens, sem deixar de focar também os maiores de 50 anos e aumentar a participação das mulheres, coisas repassadas há anos, mas que precisam ser sempre enfatizadas para que os rotarianos não esqueçam que o Desenvolvimento do Quadro Associativo é meta prioritária para o futuro do Rotary.

Quanto a isso, não existem fórmulas mágicas. No Brasil, somos atualmente 57 mil sócios, mas nossos clubes são pequenos. Somos o 5º lugar no mundo em número de sócios e 3º (alguém já falou até em 2º) em número de clubes. Se não chegarmos a 70.000, não teremos um Diretor permanente no board do Rotary International. O mandato de diretor é de dois anos. Atualmente, são 6 anos de Diretor brasileiro, para 2 anos de Diretor da América Latina.  Assim, tivemos três diretores de RI brasileiros – Hallage (2007-2009), Temístocles (2009-2011) e Antiório (2011-2013), seguidos por Celia Giay, da Argentina, em 2013-2015. O próximo ciclo de três diretores brasileiros, inicia a partir de 01 de julho de 2015.

Outro assunto bastante abordado foi a Erradicação da Pólio no mundo e o que precisa ser feito nesta reta final. Falou-se bastante da Imagem Pública associando-se a erradicação da Pólio ao nome do Rotary. Foi dito inclusive, que o nome de Bill Gates está hoje mais na mídia, no que se refere à Pólio, do que o nome do Rotary.

Foram realizadas importantes apresentações pelos diretores Antiório, Mário Antonino e Petroni. Mais uma vez tivemos uma brilhante atuação do diretor Gerson Gonçalves, cujas palestras sempre fazem a diferença. O ex-governador do D.4420, José Luiz Fonseca fez uma explanação sobre a ABTRF - Associação Brasileira da The Rotary Foundation = com dados atualizados sobre o desempenho dos programas Empresa Cidadã e Seguro Solidário.

De um modo geral, os ensinamentos e mensagens foram valiosos e inspiradores. Tivemos depoimentos importantes, como por exemplo, o do governador Arno Voigt do D.4720 que venceu o desafio do redistritamento e o da gov. Marly Aprígio do D. 4390, que encantou a plateia por sua maneira espontânea e positiva de falar, entre outros.

Sei que é fácil falar depois do fato consumando. O difícil é planejar e organizar, mas não me furto a dar minha opinião sincera no sentido de colaborar para os próximos eventos.

Embora o elenco de assuntos abrangesse múltiplos aspectos da vida rotária, eu gostaria que houvesse uma maior ênfase na parte mais prática da vida dos clubes. Faltou ir ao encontro da verdadeira ânsia de presidentes e governadores, que me perguntam como fazer, por exemplo, para aumentar o comprometimento dos companheiros. Faltou o debate de como fazer as comissões dos clubes funcionarem, ou como motivar os companheiros entre outras coisas para a frequência e a recuperação, hoje relegadas a segundo plano. Faltou discutir propostas para o programa de clubes piloto, entre eles, "inovação e flexibilidade", do qual os dois únicos clubes pilotos do Brasil estão no nordeste - o RC Bahia e o RC Recife-Boa Viagem, meu clube e que até agora não deslancharam, talvez por falta de apoio e interesse geral.

Nunca o Rotary inovou tanto quanto nos últimos 15 anos e são inúmeros os programas experimentais em curso, entre eles o PLANO VISÃO DO FUTURO.

A REGONNE trouxe uma nova informação: a participação financeira do parceiro internacional nos Subsídios Globais, tem que ser, a partir de agora, de no mínimo 30%. O meu distrito, D.4500, tem um projeto de Subsídio Global em andamento, o SG# 25434, tendo recebido U$ 100,000 da FR, no qual os parceiros internacionais, D.1970  e o RC Leça do Balio, Portugal, entraram com um total de U$ 5000, ou seja, apenas 5% do valor do projeto.   Tenho conhecimento de que alguns distritos pilotos do Brasil fizeram projetos casados com distritos pilotos da América do Sul, como maneira de viabilizar a parceria internacional. Faltou também a apresentação de uma lista dos projetos de Subsídios Globais já aprovados pela FR, em andamento no Brasil. Tudo isso merecia ser discutido melhor.

Outra coisa. A contribuição financeira dos distritos para a FR, divulgada nas estatísticas, inclui as doações vinculadas a projetos. É a quantia que apenas tramita pela FR sendo imediatamente devolvida para aplicação nos projetos, gerando despesas financeiras para a FR. Isso mascara o montante doado, pois inclui uma doação que na realidade é para um projeto e não para a FR. É a minha opinião. O tempo não deu para entrar nesses meandros.

Aqui vai uma opinião pessoal: acho que a prata da casa deveria ter sido mais explorada. Ficamos muito felizes com a participação de três ex-diretores, além do diretor atual, mas os governadores do Norte e Nordeste, atuais e ex, poderiam ter sido mais valorizados nas apresentações do encontro.

O que nós queremos é discutir a realidade local, as nossas dificuldades, nos diversos campos.  Não somos os mais ricos, pelo contrário, mas é do norte-nordeste o maior distrito do Brasil em número de sócios e de clubes e o maior distrito do Brasil em extensão territorial.







     

6 comentários:

alceueberhardt disse...

Bom dia Amigo Alberto,

Parabéns pelo artigo. Como Coordenador do Rotary - Zonas 22 A e 23 A - cuja função encerrei em 30/06/2012, trabalhei muito na questão ATRATIVIDADE. Tanto INTERNA como EXTERNA. Se nossos clubes não tiverem atratividade interna (boas reuniões, forte companheirismo, objetividade, conhecimento, etc) não motivarão os associados que, com o passar do tempo, deixarão o clube. A falta de atratividade externa (representatividade do quadro associativo, projetos humanitários condizentes com a nossa marca) continuaremos a ter dificuldade para crescermos. Você lembra que há poucos anos atrás Rotary e os Rotary Clubs eram os grandes fomentadores das mudanças nas comunidades? Era através do Rotary Club e dos rotarianos que as grandes mudanças aconteciam! Nós nos empenhávamos em buscar instituições de ensino, hospitais, instituções como APAE, etc. E Hoje? Para alguns clubes o fato de entregarem cestas básicas é o único objetivo! Precisamos mudar isso! Abraços

NAPOLEÃO NETO disse...

Prezado Companheiro Alberto Bitencourt:
Mais uma vêz venho parabenizá-lo pela franca exposição do programa discutido na REGONE. Não é somente nas REGOS que os problemas dos clubes ficam sempre à margem das discussões e não é somente na REGONE, a nossa REGOCENTRO também teve programa mais ou menos parecido, e no próprio Instituto também tem sido assim. Com isso temos cada vêz clubes e companheiros mais desmotivados e menos comprometidos, infelizmente.
Um grande abraço, espero revê-lo em Vitória.
Napoleão

HÁTERAS disse...

Meu Caro Alberto ( EGD D. 4500 ). Acabei de ler seus comentários,
sôbre a última REGONNE. Como EGD integrante do D. 4490, agradeço sua
participação sempre atuante. Um Grande Abraço
Hateras

HERMÓGENES disse...

Estou de pleno acordo com o Comp. Como Diretor de imagem do Club, sinto dificuldade por falta de colaboração dos companhrios, mas vou levando. No seu primeiro comunidade, enviei para o Comp Omar, jovem advogado e Procurador Federal, que discorda de algumas coplocações suas. Pedi para ele lhe enviar um e-mail para os devidos esclarecimentos.
Um abraço do Comp Hermógenes.

ROBERTO CARLOS disse...

Prezados Companheiros
Saudações Rotárias!
O relato do Governador Alberto Bittencourt sobre a REGONNE, está a merecer uma análise profunda de todos nós.
Destaco os aspectos relacionados com as nossas atividades de "Treinamento" , onde todos só se preocupam com o "O QUE FAZER:" esquecendo-se do importantíssimo "COMO FAZER".
Um forte abraço e as mais cordiais e fraternas
Saudações Rotárias
Roberto Carlos - Governador 2003-2004 - Distrito 4750

GERSON GONÇALVES disse...

Meu caro governado e amigo Alberto:
Agradeço uma vez mais suas mensagens, o relato sobre a Regonne dá a exata medida do evento. A menção a minha participação é gratificante e
me leva cada dia a ser mais cuidadoso mas exposições.
Não estarei em Vitória, um compromisso me leva a Turquia naquela mesma data.
Um grande abraço,
Gerson Gonçalves