ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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terça-feira, 12 de março de 2013

RESILIÊNCIA


RESILIÊNCIA

Alberto Bittencourt
(escrito em dez 2009)





Boris Cyrulnick


Recentemente, aprendi com Boris Cyrulnick, o significado de uma palavra que se tornou moda na mídia internacional: RESILIÊNCIA.


Boris Cyrulnick, é judeu, nascido na Polônia em 1939. Teve a família perseguida pelos nazistas. Ainda criança, foi separado dos pais que morreram nos campos de concentração. Foi posteriormente adotado e hoje vive na França, onde se tornou ethólogo, médico neuro-psiquiatra e psicanalista, autor de obras referenciais na psicologia moderna, como “Un Merveilleux Malheur (Maravilhosa Infelicidade), Les Vilains Petis Canards (Os Patinhos Feios), Le Murmure dês Fantômes (O Murmúrio dos Fantasmas)”.

A palavra Resiliência tem origem na física. Significa a propriedade que têm certos corpos de voltarem à forma original uma vez cessada a causa ou pressão que os deformava. Hoje é aplicada em sociologia, psicologia, psiquiatria e até no mundo empresarial. Nas ciências humanas e sociais significa a capacidade de viver e de se desenvolver positivamente, de um modo socialmente aceitável, a despeito de violento estresse, de perdas aparentemente irrecuperáveis, ou de uma adversidade que poderia causar um grave risco de comportamento negativo. Nas entidades, empresas, clubes, associações, organizações, significa a capacidade de se recuperar, de ressurgir das cinzas.

Resilientes são todos aqueles que conseguem superar e triunfar imensos traumatismos, e ter uma vida normal, apesar de tudo.

Aplica-se aos que na infância foram vítimas da guerra, como foi o próprio autor, Boris Cyrulnick. Aplica-se aos nossos jovens e crianças, criados num meio deturpado pela miséria, pela exploração, vítimas da violência, do incesto, da morte e do luto prematuros, mas que conseguem se tornar gente, cidadãos produtivos e normais, capazes de amar, de trabalhar, de constituir família.

Aplica-se a todos os que são alvos de perdas materiais e humanas, de golpes, de agressões de todos os tipos, e que, como as ostras, conseguem fazer da adversidade uma razão maior para viver.

Quando um grão de areia agride uma ostra, ela o cobre com uma substância chamada nácar que vai segregando em camadas, com a qual se defende e protege. Essa reação se transforma numa jóia brilhante, dura e preciosa, a pérola.

Pessoas resilientes são como as ostras. Transformam o grão de areia agressor em pérolas de amizade, riqueza e beleza.


Jovens e crianças, para serem resilentes, necessitam de apoio, de ajuda, de uma mão amiga, sem o que dificilmente conseguiriam escapar das armadilhas do destino e da vida.


Para ser resiliente você mesmo e tornar o próximo resiliente, basta seguir o ensinamento de Jesus: “Amai ao próximo como a ti mesmo”.

10 comentários:

Genesio Vivanco disse...

Meu comentário a respeito se encontra em meu blog: genesiovivanco.blogspot.com. Espero sua visita.

Lúcia Vasconcelos Lopes disse...

A força das necessidades humanas segmentada por Maslow é viável até para que se pense além. Realmente, a força do psiquismo humano leva à superações das bases de sua Pirãmide. Temos disto um exemplo claro através de Viktor Farnkl, um psicanista judeu que vivenciou anos de tormenta nos campos de concentração nazista. Dele, recebemos talvez, uma espécie de sinônimo da palavra resiliência. Incrível tese psicanalíta ali gerada por mente privilegiada, nos aponta que o aquilo que mais importa, para nos mantermos como homens e cidadãos é a nossa capacidade de darmos sentido às nossas vidas. Nosso cotidiano. Vários seriam os sentidos como várias são as tendências das buscas maiores de cada um de nós. Importa seguir em frente, crer e ter outros a quem possamos de alguma maneira passar a resiliência. Ou seja, a busca do significado da vida que nos transfigura em varas flexíveis no enfrentamento da vida. Se vergadas em tempos de tormenta, temos a capacidade de retornar ao prumo inicial. Isso é sentido e é resiliência. Parabéns, amigo Bittencout. Sempre que leio suas crônicas minha mente sai enriquecida.Abraços.
Lúcia Vasconcelos Lopes.

Cristina Henriques disse...

Querido Alberto:
Necessario se faz no tar que meu filho e eu nem desconfiávamos o significado.Mas c hegamos até aqui.Só há cerca de 10 an os,pelo texto de frei Betto,soubemos isso.É como uma ciência que estimula os dois lados do cérebro,Neuróbica.Eu praticava na infância antes mesmo de virar ciência.Acho que a chave é ser cris tão.E praticar,sempre,desde a mais tenra idade.A fé sem obras é vã.A FAMILIA,seja a adotada ou a nascida,é a chave do su cesso.RESSALTEMSO SEMPRE a fam ilia e tere mos cidadãos resilientes,que regeneram corpo -mente-espírito.Abração

GAMALIEL NORONHA disse...

Grande governador Alberto,
Parabéns pelo seu excelente artigo.
Resiliência lembra a interpretação de Noite Ilustrada: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.
Até Foz do Iguaçu!
Abraços,
Gamaliel Noronha

JOÃO RICARDO ELY disse...

Olá, Alberto.
Bom dia.
Ótimo começar o dia com tão edificante texto.
Resiliência é mesmo um cnjunto de atitudes adotados por nós, seres humanos, para resistir aos embates da vida.
Na ótica espirita, o conceito se alarga, uma vez que ao nos depararmos com as dificuldades da vida e as diferenças de personalidade dos homens, a fim de justificar a maneira mais fácil ou mais difícial de lidar com a adversidades, vamos ao encontro do conceito do espirito eterno, que atravessa as diversas existências em contínuo aprendizado.
Abraço,
João Ricardo

SUELY ARAUJO CAVALCANTI disse...

Querido Alberto ,
desconhecia o vocábulo RESILIÊNCIA , gostei de conhecer sua origem e , em especial , seu significado /chamamento pela crença no RENASCER DAS CINZAS , quando se é tocado pelo bem-aventurado (a)braço de quem labuta POR AMOR AO PRÓXIMO , conforme preceito de CRISTO . É a máxima do princípio de FRATERNIDADE !!!
Parabéns por esse e demais ARTIGOS , frutos de suas pesquisas e de seu sentido e escolha de VIDA : compartilhados em se BLOG , fomentador de seguidores ...,indiscutível criatório de pérolas humanas .
Em que pese as tormentas , perseverar é preciso , vá em frente !!!
Abrs . Su...
Fr

Graças Silva disse...

Amigo /Confrade da UBE, Alberto,
Mesmo sem conhecer o vocábulo, tenho certeza, depois de ler tão explanativo texto, de que trago em mim a "Resiliência", que dia após dia tenho a felicidade de observá-la crscendo, multiplicando através das pessoas com as quais tenho o prazer de conviver. Enquanto Professora, trabalho com um público heterogêneo de onde vi, vejo pérolas, diamantes...Resultantes da transformação: da bruta rocha, o reluzir; do disforme à delicadeza ... E tudo com o tão simples ato de que tão bem falou um colega, anteriormente: "Amai ao próximo como a ti mesmo"...
Amigos, sejamos, cultivemos a "RESILIÊNCIA"!
Obrigada por dividir conosco tão bela postagem.

JOSE MARIA NASCIMENTO disse...

Ismol Engenharia
Muito obrigado por sua atenção, excelente sua exposição e pensamentos.
Eu gostaria de saber por que o nosso Código Penal e os legisladores não pensam em fazer com esse exército de presos vagabundos não trabalham para socializar-se, contribuir com a família, ganhando dinheiro , fazendo estradas, postos de saúde, e até novas prisões, mais seguras e mais confortáveis, tornando-as mais humanas e principalmente, evitando mais greves e levantes. Tantos outros serviços sociais, como por exemplo, poços neste sertão para abastecer as residências carentes.
José Maria

Leni Peixoto disse...

Olá meu grande e estimado companheiro Bittencourt,

Este texto tem a perfeita dimensão do que eu quero para o meu clube.

Ceres Marylise Rebouças de Souza disse...

Olá, companheiro Alberto, amigo há alguns anos através dos textos maravilhosos que chegam à minha pessoa, sua grande admiradora.