VENDO,
VIVENDO E APRENDENDO
Alberto
Bittencourt – set 2009
No Seminário do Quadro Social, que
aconteceu como pré-evento do XXXII Instituto Rotary Brasil, realizado em
Gramado, RS, em setembro de 2009, tivemos uma palavra brilhante e de grande inspiração pronunciada pelo
Diretor Convocador, Antônio Hallage.
Ao encerrar o dito seminário, em seus
comentários finais, Hallage disse que, ao tomar posse um novo sócio, a primeira
coisa que o clube deveria fazer, seria apresentá-lo aos projetos e realizações,
antes mesmo de ministrar a Instrução Rotária. Essa é necessária, mas pode
ser feita depois, e há muito tempo para tal. Levar primeiro o novo rotariano
para conhecer os trabalhos efetivos do clube é o grande ensinamento transmitido
por Hallage, pois é Vendo, Vivendo e Aprendendo, que o novo sócio poderá se
transformar num verdadeiro rotariano, num líder capaz de atuar dentro e fora do
âmbito do clube. É imperioso mostrar ao novo rotariano que o Rotary não é só
teoria, não são apenas palavras vazias. Somente vendo, vivendo e aprendendo,
nos trabalhos e projetos que o clube realiza, ele terá a compreensão necessária
para que o Rotary possa ocupar espaço junto ao seu coração, lá onde mora o seu Mestre Interior, no altar do Pensamento, Sentimento e
Vontade.
A parte teórica, informação e instrução rotária, os
ensinamentos virão depois e há tempo para isso, para que os líderes do clube
transmitam os conhecimentos teóricos que formarão a verdadeira base de novo
rotariano.
É conhecendo a parte prática,
operacional, primeiro que o novo sócio vai adquirir a motivação para permanecer
no clube e se tornar atuante, proativo, um militante do trabalho rotário o em
ativista social, disponível e participante para o trabalho.
Parabéns, portanto, ao diretor Hallage, por suas
inspiradas palavras. Que uma comissão de rotarianos se encarregue de marcar as
visitas com o novo sócio. Levá-lo para conhecer os projetos do clube é
primordial. Ver, Viver e Aprender o que se passa nas creches, orfanatos,
escolas, centros de recuperação de deficientes, hospitais infantis, comunidades
carentes, favelas. Leve-os aos Interacts, Rotaracts, NRDCs, que veja o que cada
um realiza.
Somente Vendo, Vivendo e Aprendendo o
novo sócio será um verdadeiro rotariano.
Com freqüência nos deparamos com novos
companheiros que entram nos clubes, mas ali restam apáticos, insensíveis,
indiferentes, desmotivados. Estes acabarão deixando o Rotary e, por
desconhecimento do que o Rotary faz, acabarão saindo e sairão falando mal,
dizendo, como já ouvi diversas vezes, que o Rotary só tem teoria, que do
discurso à prática ele não passa, que o Rotary gosta de palavras bonitas, de
palmas e nada de ação.
Para não deixar que o sócio adquira tais
idéias, é preciso levá-lo a conhecer, efetivamente, todos os projetos do clube,
pois só Vendo, Vivendo e Aprendendo se poderá tornar grande na prestação do
serviço, um verdadeiro soldado da paz, um agente transformado da sociedade.
Convide os novos sócios e os antigos que
nunca visitaram um projeto, para acompanhá-lo. Se ele alegar falta de tempo,
falta de horário disponível, adéqüe-se ao horário dele, marque as visitas nos
dias em que ele possa dar um jeito de comparecer, seja num sábado, domingo ou
feriado, claro, combinando antes com a instituição (os rotaractianos sabem
fazer isso).
Torne essas visitas obrigatórias para os
novos sócios, condição sine qua non para que ele se efetive como
rotariano.
Estenda esse convite aos rotarianos
antigos que nunca foram aos projetos do clube. É preciso sacudir, às vezes, um
companheiro, para tirá-lo da apatia, da acomodação.
Faça uma pesquisa. Verifique quais são
os sócios que nunca foram a um projeto, convide-os, leve-os. Torne essa
condição obrigatória. Só assim, teremos um quadro social atuante e mobilizado
para a grande mudança. É fazendo primeiro, a transformação individual, a
transformação interior, para que, Vendo, Vivendo e Aprendendo, ele possa,
afinal, ter o Rotary dentro de si, no altar do Pensamento, Sentimento e Vontade.
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