ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MEUS PRIMEIROS JOELHOS


MEUS PRIMEIROS JOELHOS

Na primeira fase de minha adolescência fui seduzido por um par de joelhos. Eu ficava sentado e os joelhos ali, bem na minha frente, apontados para minha libido. Alternando movimentos suaves, ora se aproximavam, ora se afastavam, aguçando-me a curiosidade pelos desvãos secretos, levemente oferecidos, desconhecidos. Na minha inocência não adivinhava intenções ocultas. Mas aqueles joelhos me perturbavam a ponto de só conseguir dormir depois da satisfação solitária. 
Nunca mais esqueci. 
Ainda hoje, vejo-os na bruma esmaecida da memória. Redondos,  lisinhos, fofinhos, apetitosos. 
Deles, guardei apenas o vão apelo: vem, fica comigo esta noite. 

Os olhos de um verde selvagem. Os cabelos negros de índia, revoltos como juba. A sedutora pinta,  lábios bem carnudos. 
O olhar descuidado, meio que encoberto por uma névoa irritante, como o flog londrino.
No decote ousado, o ninho do amor. 
Em primeiro plano, imponente, arrogante, gozador:   _ O joelho da minha vida.

Você esbanja charme e elegância. Seu rosto é de uma beleza natural, sem artifícios. Seus olhos encerram a doçura selvagem das antigas guerreiras amazonas, vigorosos, decididos. Os cabelos revoltos adornam a expressão da força, da mulher que nada teme. 
A sensualidade de seus lábios é um convite permanente, um eterno chamamento. 
Lábios carnosos, cremosos, apetitosos, na consistência e na beleza. Nem precisam falar. Como as flores, simplesmente exalam o aroma do amor, para o beijo transcendente. 
Paixões que se sublimam ante o desejo incontido. 
Abracar esse joelho lindo, oh, como seria bom. Mas é apenas um sonho. Não pode ser real.

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