EFICÁCIA e EFICIÊNCIA
“O grande líder é aquele que nada teme,
nem mesmo uma ideia nova”
Alberto Bittencourt
A todo
instante ouvimos dizer que o Rotary busca sempre o objetivo de ter clubes
eficazes.
Clube eficaz é
o que mantém estável e em pé quatro colunas, cujas bases estão solidamente
afincadas nas quatro avenidas de serviços e nas cinco comissões executivas permanentes.
As quatro colunas são:
- aumentar e manter o Quadro Social
estável
- prestar serviços à comunidade
- contribuir e apoiar a Fundação
Rotária
- desenvolver
líderes além do âmbito do clube.
O clube é
eficaz quando mantém firmes essas quatro colunas. São metas, objetivos,
resultados. São o fim a que se pretende.
Ouvimos que,
para ser eficaz o clube precisa de líderes eficazes. Líderes eficazes fazem
clubes eficazes. Há, entretanto, uma condição, sem a qual o clube jamais
chegará a ser eficaz.
Para ser
eficaz, o clube precisa de gerentes eficientes. Se o clube não tiver
gerência eficiente, ele se afunda. Enquanto a eficácia é o fim, a eficiência é
o meio. É a eficiência da gerência, ou da administração do clube, que levará à
eficácia.
Hoje em dia, é
tão grande a doutrinação em cima das lideranças eficazes, que se esquecem da
administração eficiente, absolutamente imprescindível para se chegar à
eficácia. Os nossos presidentes de clubes aprendem nos treinamentos que
precisam ser eficazes. Ora, ser eficaz é se concentrar apenas nas metas, sem
olhar para os meios. Explico melhor com um exemplo:
O capitão de
um navio, como líder maior, dá as instruções sobre a meta a alcançar. Ele
instrui seu imediato, que é o gerente, sobre o rumo, de forma a aproveitar bem
os recursos disponíveis, como a força das marés e os ventos favoráveis. O
imediato, por sua vez, se ocupará das tarefas de rotina que irão manter o navio
no rumo certo. Procurará tudo fazer para obter o melhor rendimento, desde as
manobras com o leme, as amarras, o funcionamento dos motores, enfim, cuidará de
todos os meios para que a embarcação prossiga sem percalços nos seus objetivos,
inclusive exercendo, por delegação do comandante, o comando da tripulação.
Pois bem,
nossa maior carência hoje, nos clubes, são os gerentes eficientes, ou
administradores sérios e competentes. A falta é tanta, que é preciso se rever
as funções de um conselho diretor. Quem é o responsável pela administração de
um clube? Normalmente é o presidente da Comissão de Administração do Clube,
antiga Avenida de Serviços Internos, auxiliado pelo secretário, tesoureiro,
protocolo e, sob a liderança e orientação do presidente do clube. A proposta
que se faz urgente é que se crie o cargo de “gerente do clube”, seu titular
deve permanecer na função por pelo menos 3 anos para dar continuidade às
tarefas.
Seriam
atribuições do gerente eficiente: manter em dia a escrituração contábil,
prestando contas ao clube e à Receita Federal. Zelar pelo patrimônio do clube –
bens móveis e imóveis -, procurando preservar e conservar esses bens,
regularizar a sua situação jurídica e fiscal. Zelar pelo fiel cumprimento dos
dispositivos estatutários e regimentais do Rotary. Supervisionar o secretário
executivo nos trabalhos de redação, impressão e distribuição do boletim,
pagamentos das per capitas e outras tantas tarefas administrativas.
É preciso que
um bom gerente, fique pelo menos 3 anos na função. Do contrário, os clubes
continuarão capengas, esquecendo dos pequenos detalhes burocráticos com
os quais o presidente geralmente nunca se importa.
Se estiver
tudo certinho na administração de clube, será muito mais fácil atingir as metas
de um clube eficaz. Esse gerente, não é o secretário, não é o tesoureiro, não é
o protocolo, nem o presidente. Cada um desses tem suas atribuições. Ele
simplesmente é o gerente. É ele quem vai cuidar das providências
administrativas e burocráticas. É ele quem vai checar se está tudo certo, se as
providências foram tomadas a tempo e a hora. A palavra final será a dele,
assessorando o presidente, para o correto andamento dos trabalhos.
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