ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

INAUGURAÇÃO DA SALA JOSUÉ MUSSALÉM


SALA  JOSUÉ MUSSALÉM
 
Alberto Bittencourt

 

 

Nesta quinta-feira, 04 de outubro de 2012, estive presente na inauguração da Sala Josué Mussalém, no Museu Militar do Forte do Brum.
Cuidadosamente preparada pela arquiteta Socorro Mussalém, às suas próprias espensas, a sala reúne um acervo de livros, periódicos, vídeos e trabalhos de seu marido, o economista Josué Souto Maior  Mussalém, precocemente falecido em 2011, aos 64 anos de idade. É uma pequena biblioteca temática, com cerca de 277 títulos, versando sobre a 2ª Guerra Mundial. Josué,  era pesquisador do assunto, com vários livros e trabalhos publicados.

Mussalém era considerado uma das melhores cabeças pensantes do NE. Tanto discorria com facilidade sobre macroeconomia, globalização, crises mundiais, como abordava a microeconomia, a economia corporativa, a doméstica, a do dia a dia de cada cidadão. Era comentarista da rede Globo, tinha programas na rádio CBN, participava do Bom Dia Brasil, Bom Dia Pernambuco e vários outros.
Tive um contato mais aproximado com ele quando fui Diretor do Sinduscon, o Sindicato da Indústria da Construção de Pernambuco, onde ele exercia a função de assessor da Presidência. Os almoços semanais da diretoria eram enriquecidos com a presença de Josué, com seus comentários sobre os acontecimentos mais importantes da semana. Eu considerava um privilégio enorme, ter a possibilidade de escutá-lo ao vivo, no tête à tête da mesa de almoço e ainda poder debater, manifestar minha opinião, tirar dúvidas.

Inteligente e culto, são palavras que bem definem a personalidade de Josué Mussalém. Ele era um Ghost Writer – escrevia discursos, elaborava programas, emitia pareceres, fazia análizes sobre a conjuntura econômica para os diversos presidentes do Sinduscon, sempre bem fundamentados. Organizava work shopps e conferências para todo o corpo de associados.
 
Outra coincidência que nos aproximou foi o fato d'eu ser amigo do general Wanderval Souto Maior Mussalém, irmão de Josué, atualmente morando em Brasília, a quem conheci  como tenente, nos idos de 1966. Sendo ambos da arma de Engenharia, servíamos no Núcleo da Divisão Aeroterrestre, a tropa paraquedista do Rio de Janeiro. Ele, mais antigo, comandava a Companhia de Engenharia Aeroterrestre. Esse nome depois foi mudado para Companhia de Engenharia Paraquedista e o Núcleo transformado em Brigada Paraquedista, a tropa de elite do Exército Brasileiro. Wanderval era um oficial de porte atlético, muito forte e por isso, consta que ralou um bocado para receber o brevê de paraquedista, o quê, para quem conhece, não é nenhum demérito. Dos melhores alunos se cobrava muito mais.
 
Conheci também um tio de Josué, o 1º Ten. Expedicionário e Febiano, José Souto Maior, herói da FEB, multicondecorado, que, no posto de 3º sargento, participou de todos os assaltos a Monte Castelo, enfrentou as metralhadoras alemãs de peito aberto, até a conquista final. Logo que cheguei ao Recife em 1972, servindo na CRO/7 - Comissão Regional de Obras da 7ª RM - Souto trabalhava na  FERMAG - Construtora Fernando Machado, sucessora da Construtora Lemos Grimaldi, uma das empreiteiras. Era ele que sempre vinha à Comissão resolver os negócios da empresa. 

À inauguração da Sala Josué Mussalém compareceram as principais autoridades militares sediadas no Recife, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, além das civis.
Presentes estavam, entre outros, o General de Divisão Marcelo Flávio Oliveira Aguiar, comandante da 7ª Região Militar/7ª DE, toda a família Mussalém, a viúva Socorro, a filha Raquel e o filho André, a quem coube discursar em nome da família, além de vários outros parentes, inclusive  o sobrinho, cirurgião dentista Wanderval Jr, vindo de Brasília. Infelizmente não tive a satisfação de  encontrar com seu pai, a quem não vejo desde aqueles tempos, pois que o general, por se encontrar convalecente de cirurgia, não pode comparecer. 
Tendo Josué sido rotariano por muitos anos, pertencente ao Rotary Club do Recife, estavam presentes alguns companheiros, como  Eudes de Souza Leão Pinto, acompanhado do filho, João Bosco, Alfredo Corrêa e esposa, ele presidente do Abrigo Cristo Redentor, entre outros. O Gen Aguiar, com belas palavras, encerrou a cerimonia.
Para festejar a ocasião, foi servido um excelente coquetel no pátio interno do forte, onde os presentes se confraternizaram.   


 

 

4 comentários:

Girley Brazileiro disse...

Comp. Alberto,
Fico sempre muito feliz quando vejo uma manifestação de apreço ao meu dileto amigo de infância e colega de faculdade (nos formamos juntos) que foi Josué. Partiu sem nos dar adeus. Apressado... Sinto muito a falta dele, das nossas conversas e nosso saudosismo ao lembrar tempos da juventude e universidade.
Mais feliz pela iniciativa de Socorro e dos filhos em doar ao Museu do Brum esse acervo que Josué formou em vida. Belo legado.
Parabéns pelo post.
Girley Brazileiro

MANOEL QUINTAS disse...

Caro amigo Bittencourt,
foi um grande prazer este seu e-mail sugerindo acessar o seu blog com o excelente texto sobre a inauguração da sala JOSUÉ MUSSALÉM no Forte do Brum. Além de justíssima, a homenagem lega à posteridade um acervo histórico importante por seu tema e cuidadosamente construído por longo tempo, além de fincar a lembrança definitivamente desse ser humano singular e plural que foi Mussalém. Tive o previlégio de me tornar amigo de Mussalém ainda na mocidade, desde quando pude aquilatar não só a cultura e a inteligência diferenciada como frizou o amigo, mas seu caráter irretoquível e fé cristã inabalável. Esse perfil certamente o fez chegar ao nosso Rotary. Nossa opção pelo serviço público, fomos fazendários estaduais, ainda proporcionou-nos sempre um contato , mesmo espassadamente ao longo do tempo, solidificando recíproca amizade herdada da juventude.
Grande abraço,
Manoel Quintas.

MANOEL MORAIS disse...

Companheiro Alberto,
Parabéns pela excelente e maravilhosa exposição, possibilitando-lhe rever grandes personalidade do mundo acadêmico. Josué foi realmente um grande jornalista. Citando a CRO fez me lembrar de um grande amigo que trabalhava lá na área de materiais: Ten Vanderlei, de saudosa memorória.
Abraços
Manoel Morais

SUZETE SERODIO disse...

Homenagem merecida pelo homem que foi. Sempre o admirei.
Suzete