COMPETÊNCIA GERENCIAL - O que nos falta
Alberto Bittencourt - dez 2024
O que transformou a Nova Inglaterra dos pilgreens na maior potência econômica global foi exatamente a competência gerencial. Foram os americanos que revolucionaram as vendas do comércio varejista, inventaram a filosofia de auto atendimento dos supermercados, acabando com os mercadinhos de bairro, inventaram os shopping centers, paraísos de consumo da classe média, inventaram os cartões de crédito, em substituição aos cadernos onde varejistas anotavam vendas fiadas, criaram as deliveries para vendas por telefone e entregas a domicílio , e em seguida, com a internet, o E-Commerce.
Criaram o sistema de franquias, capazes de transformar uma pequenas lanchonetes em redes mundiais como McDonnalds, Subways, etc.
Tudo isso, aliado à tolerância religiosa, trazida pelos pilgreems, somado ao acolhimento dos imigrantes, resultou na construção da grande nação.
O problema do Brasil é a baixíssima capacidade gerencial de bens e serviços públicos. Tudo aqui parece feito de improviso, sem planejamento adequado. Um general, cujo nome não me recordo, dizia: tudo o que é feito de improviso termina em porcaria. E ele estava coberto de razão.
Some-se a essa incompetência gerencial, a baixa operosidade do trabalhador brasileiro, comparativamente à mão de obra europeia, americana, asiática. O brasileiro é incapaz de fazer um mutirão tal qual foi feito com o plano Marshall, em prol da recuperação dos países devastados pela Segunda Guerra Mundial.
No livro: "A Revanche dos Vencidos", Alemanha, Itália e Japão, recuperados, tornam-se aliados dos vencedores.
Por outro lado, o Brasil é considerados o país do jeitinho, do carnaval, do bumbum feminino exposto, já que que a antiga potência mundial do futebol, parece haver estacionado no pentacampeonato.
De Gaulle, em 1967, quando presidente da França, no episódio da chamada “Guerra da Lagosta”, disse: Le Brésil n’est pas un paix serieux. Com toda razão.
Eliana Calmon, jurista e magistrada brasileira, primeira mulher a compor o Superior Tribunal de Justiça (STJ), no período de 1999 a 2013, ex corregedora-geral de Justiça e diretora-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, em conferência para o Rotary no ano de 2002, por mim assistida, disse, textualmente: Todo político e gestor público brasileiro adora o foro privilegiado, pois o STF, é o lugar em que tudo se ajeita.
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