ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

CHARLIE

 

JE SUIS CHARLIE

Alberto Bittencourt- 17 jan 2015  

 

Fragmentos de meu Diario. 

 


 

 

Sempre defendi a liberdade de expressão. Sou um adversário ferrenho do autoritarismo governamental, quando seus líderes querem estabelecer o que apelidaram de “controle social da mídia”, que nada mais é do que a imposição da censura prévia.  Isso é próprio das ditaduras e dos governos corruptos e centralizadores, que não querem ver suas falcatruas expostas ao público, que mascaram a verdade para que ela não apareça com toda a sua nudez e crueza.


Sou contra a proibição de biografias não autorizadas pelo biografado. Acho que tal é um direito do autor, que é responsável pelo que escreve, podendo quem se considerar ofendido,  ir buscar reparação nas barras dos tribunais.

Porém, acho que a liberdade deve ter limites, especialmente quando se trata de assuntos de fé e religião, como  disse o papa Francisco.


As liberdades, como bem definiu um escritor brasileiro, devem ser como as águas de um rio. Enquanto correrem dentro do leito, contido pelas bordas e margens, está tudo bem.

Porém a liberdade em excesso é como as águas que extravasam do leito, invadem as margens, causando destruição, danos, prejudicando toda a população ribeirinha.

É famoso o ditado:  “ A liberdade de cada um termina onde começa o direito do outro.”


A ninguém é dado o direito de escrachar a fé ou os deuses, sejam lá quais forem.

O tabloide Charlie Hebdo fazia isso sem respeitar nenhuma crença, seita ou religião. Desdenhava de Alá e de seu profeta Maomé. Ridicularizava o Deus dos cristãos e dos judeus.

Eu jamais compraria um tabloide desses, sensacionalista, da imprensa nanica ou marrom, especializada em escândalos e,  muito menos, esse tal de Charlie Hebdo.

Não defendo a violência em nenhuma hipótese, considero-me um pacifista, uma pessoa que defende a paz, que abomina a agressão física, as mortes, os justiçamentos.


Aos autores desses atentados, não resta outro caminho senão o da punição exemplar, até com a pena de morte.  Não passam de terroristas armados e financiados, treinados por fundamentalistas religiosos, fanáticos que consideram ser a sua religião a única verdadeira. Quem não reza por ela é considerado infiel e como tal deve ser eliminado. Eles criam uma sinergia do mal, uma massa crítica de fanáticos, capaz de cometer todas as atrocidades que a mídia destaca, no que chamam de “guerra  santa” - a jihad. 


O mundo assistiu estarrecido às execuções em massa de populações inteiras pelo estado islâmico - no Iraque, na Síria e na Nigéria. Crianças sendo decapitadas sob o argumento de que, quando crescerem se tornarão inimigos do estado islâmico.

Viu-se esta semana, na TV, um menino de dez anos executar com  tiros na cabeça, dois prisioneiros que confessaram serem espiões.

Viu-se uma menina de dez anos se explodir na entrada de uma mesquita, matando mais de vinte inocentes.

O mundo não aprendeu a viver em paz.

O século XX deixou a cifra de 187 milhões de mortes em guerras e conflitos. 

O que se assiste é a reedição do nazismo, em que fanáticos eliminaram no século passado 6 milhões de judeus. 


Aproveito para destacar aqui um outro tipo de humor, produzido por um outro Charlie. Refiro-me a CHARLIE CHAPLIN - este sim, dotado de uma verve artística, satírica. Ator britânico, diretor, produtor, roteirista, escritor, compositor, digno, criativo, sem ofensas, puro, um exemplo, capaz de encantar crianças e idosos, não apenas no tempo do cinema mudo, mas hoje e sempre. .

 

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