ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

quinta-feira, 7 de maio de 2015

ROTARIANOS & ROTARIANOS

ROTARIANOS E ROTARIANOS

Alberto Bittencourt (2004)



“É um clube de pessoas que se reúnem uma vez por semana só para bater palmas”, disse um companheiro que acabava de deixar o Rotary.

“No Rotary aplaudem até bife acebolado”, foram as palavras de outro ex-rotariano indignado com o anúncio do menu do dia, aplaudido ao final da leitura.

“Clube de ricos, de americanófilos, de quem não tem o que fazer”. 

Essas são opiniões que, por vezes, ouvimos no dia a dia de nossa vida em Rotary. 

Como inverter esse conceito? O que é, afinal, um Clube de Rotary? 

Todos sabemos, mas por que não conseguimos transmitir a imagem correta a alguns dos companheiros? São os que tomam posse e após alguns meses deixam os clubes, levam uma visão errônea e, não raro, saem falando mal, de modo injusto e irreal. 

O Rotary é um tipo de associação em que seus integrantes têm um nível cultural semelhante. Todos são potencialmente líderes em seus campos de atividades e todos são voluntários na prestação de serviços. Exercer a liderança nessas condições não é tarefa fácil,

Há quatro tipos marcantes de Rotarianos: 

a) O primeiro tipo é o dos que são proativos.
Tomam as iniciativas, agem, mobilizam recursos e pessoas, fazem. Este é o tipo de rotariano que acredita no Rotary, que está sempre buscando uma oportunidade de servir. Ele sabe o que fazer e o que precisa ser feito, fiscaliza, analisa, distribui tarefas, forma as equipes de trabalho. A eles cabe a tarefa de mobilizar o restante do clube, de motivá-los para que ajam, trabalhem, façam. Esse é o verdadeiro líder do Rotary. São os verdadeiros militantes rotários. É desses que o Rotary precisa, já que as comunidades excluídas, as crianças desassistidas, os idosos abandonados, os enfermos desvalidos, não precisam de simpatizantes. O ideal é que todos sejam militantes rotários.

b) O segundo tipo de rotariano é o dos reativos.
Estes pouco se manifestam nos clubes, até serem mobilizados. Entretanto, uma vez convocados para determinado serviço, eles fazem e fazem bem. Não refugam, não dizem não. Falta-lhes apenas a iniciativa de dar o primeiro passo, de organizar, de planejar, de liderar. Recebida a missão, eles a cumprem fielmente, porém ficam sempre esperando que alguém os acione. Eles podem se tornar úteis, se o presidente do clube souber liderar, delegar, atribuir tarefas e cobrar resultados. 

c) O terceiro tipo são os inativos.
São aqueles companheiros que realmente só comparecem ao clube para bater palmas. Nunca se pronunciam, mal participam de reuniões festivas, não tomam nenhuma iniciativa, não se engajam em nenhum programa. Não adianta convocá-los, arranjam sempre um modo de escorregar, encontram sempre algum jeito de empurrar com a barriga, de passar a bola para a frente, de dizer que não é com eles. Esses que pouco fazem em termos de trabalho rotário, não deixam de ser importantes.
São importantes para aumento do quorum das palestras, o que confere mais prestígio aos palestrantes. São importantes para melhorar a participação nos eventos de companheirismo. São importantes por estarem juntos.

d) Há ainda um quarto tipo. São os negativos.
São os que fazem resistência passiva. Estão sempre reclamando. Tudo eles criticam, têm sempre uma solução melhor, um jeito melhor de fazer. Só que nunca estão disponíveis. Este é um tipo de rotariano que, designado para qualquer missão, para presidente de uma avenida, por exemplo, passa os seis primeiros meses explicando o que vai fazer e os outros seis meses justificando porque não fez. É um tipo que soma no companheirismo mas na maior parte das vezes está ausente.

Acredito que todos os clubes tenham sócios que se enquadrem nesses estereótipos, já que cada clube é uma amostra da humanidade.

O que faz o sucesso do Rotay é justamente essa diversidade. 


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