ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

terça-feira, 29 de março de 2016

ROTARY - DESAFIOS DOS NOVOS TEMPOS



ROTARY  -
DESAFIOS DOS NOVOS TEMPOS 

Alberto Bittencourt



Comemoramos em 2005 o centenário do Rotary. Ultrapassamos os cem anos de existência. 


O mundo hoje é muito diferente do mundo de 30 ou 40 anos passados. A revolução tecnológica introduziu profundas mudanças na vida das pessoas. A internet banalizou as fotos de mulheres nuas, democratizou a pornografia. Há uma busca desenfreada pelo prazer. As relações sexuais acontecem cada vez mais cedo, entre adolescentes. A gravidez precoce virou problema de saúde pública.

Arrumam-se parceiros pela internet que casam antes de maiores conhecimentos. O sexo deixou de ser tabu. A masturbação não é mais um conflito íntimo, nem para o adolescente, nem para o adulto. Antes, condenada como algo prejudicial à saúde, que, diziam, poderia levar à loucura, hoje é encarada normalmente. O homossexualismo, masculino ou feminino, é aceito sem nenhuma restrição. Homens e mulheres homossexuais têm seus sinais, suas tatuagens, se identificam entre si. Podem ter vida normal e produtiva. Convites de casamento entre homossexuais são divulgados em colunas sociais, para requintadas cerimônias nupciais. Crianças podem ser adotadas legalmente por casais homossexuais, vindo a constituir famílias.

É tudo aceito, por se tratar de opções individuais, sem consequência maléfica para o próximo.

Já a pedofilia, o estupro, o tráfico de mulheres, o proxenetismo, estes não são aceitos porque atentam contra a integridade do outro, que passa a ser vítima. Atentam contra seus direitos, sua dignidade, sua liberdade, seu desenvolvimento.

Masturbação e homossexualismo, como não fazem mal a ninguém, são hoje, isentos de qualquer censura social.

Estamos numa nova era, a era do sexo sem limites. Parece nada adiantar a pregação das virtudes, o elogio das purezas, das vidas castas e dedicadas a um Deus superior.

Mudam as normas, mudaram as condutas. Não existem mais restrições religiosas, do tipo de dizer que sexo apenas por prazer é pecado, que tal ou qual tipo de sexo é condenado. Parece que tal assertiva é ignorada por todos. Não mais existe a fidelidade, nem masculina, nem feminina. Cada qual tem sua vida própria, individual, sem ter que dar satisfações ao parceiro ou à sociedade. 

Nesse novo contexto, as antigas organizações perdem força. A despeito do enorme esforço para se ampliar o quadro associativo, as ONGs do terceiro milênio estão numa estagnação que vem de muitos anos, mais de vinte. As igrejas também perderam força, a não ser aquelas que mudaram a linguagem. A fé é representada não mais pelo amor a Deus, pela devoção à vida, mas ao desejo de se salvar, de comprar a salvação, de se livrar do sofrimento e agruras da vida terrestre. A salvação passou a ser uma mercadoria vendida em certas igrejas. As que adotaram esta linguagem prosperaram, cresceram. As que permaneceram na linha contemplativa de orações e de pregações do bem, estacionaram.

Assim, encontramos o Rotary do segundo século, na busca de uma nova identidade.

A Pólio Plus é uma bandeira de luta, de ação, difícil, mas que está bem perto da vitória. O combate ao analfabetismo vem há décadas patinando, escorregando no mesmo lugar. Os recursos naturais são cada vez mais devastados. A violência continua matando e causando vítimas.

Abandonar essas bandeiras? Nunca, seria o mesmo que cometer o suicídio. O que fazer então? Que palavras de incentivo e de apoio devemos dizer aos companheiros que bravamente se mantêm fieis aos princípios e ideais de Paul Harris, a despeito de tudo, de todos os problemas pessoais, familiares, profissionais, que tendem a afastá-los?

Na minha opinião, para motivar velhos e novos companheiros, basta mostrar a luta de toda a família rotária, ao longo do tempo, por um mundo melhor.

Basta mostrar que, nos dias de hoje, mais do que nunca, é preciso agir com fé, amor e confiança.

Basta acreditar que nós podemos, porque praticamos a ...   

Ação com continuidade e sustentabilidade! 

Pensem e reflitam sobre isso.

Não é a moral que embola o meio de campo, mas a hipocrisia, o pudor exagerado, as falsas intenções.

Os liberais de hoje se confundem com os libertadores de amanhã, que não passam de libertinos de todos os tempos.

A inveja é a eterna companheira da glória.













5 comentários:

DILTON DESENA disse...

MUITO BOM MESMO!!!

RPB CONSULTORIA PESSOAL VIRTUAL disse...

Um trabalho que estimula a reflexão. Algo deve ser feito para gerar uma estratégia que possa mobilizar os clubes. Só vejo uma alternativa: Conhecer, Levantar as Necessidades e Elaborar Projetos de Atendimento. Recomendo o vídeo sobre sustentabilidade que pode ser encontrado no site da Revista Brasil Rotário

PAU ANDRADELO disse...

REALMENTE PARECE DIFICIL, DIANTE DE TANTA "EVOLUCÃO" E INVERSÃO DOS VALORES. SERIA POSSÍVEL SE CADA COMPANHEIRO AO ACEITAR O CONVITE DO PRESIDENTE DO CLUBE, PARA UM CARGO, SEGUISSE O NOVO LEMA DO ROTARY.PAULO ANDRADE.

Bertrando Bernardino disse...

A verdade é que o mundo mudou e mudará ainda mais e cada vez mais em maior velocidade. E o que antes era considerado errado passou ou passará a ser certo, seja no sexo, nas células tronco e assim por diante. Se houve uma inversão de valores, contra isso ninguém pode fazer nada, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Aliás, em nome da liberdade quase tudo se pode, ou poderá.
O Rotary também segue o ritmo do mundo, e tem que seguir, para sobreviver, pois de nada adiantará ser uma ilha. Os rotarianos e seus costumes mudaram - isso é natural e bom. Aliás, desde os critérios de seleção para composição do quadro. O segredo está em liderar rotarianos nas mudanças, mostrando e guiando-os por caminhos que tenham como foco os conceitos básicos de Rotary, assim como você faz.

SUELY ARAUJO CAVALCANTI disse...

Embora não seja membro do Rotary , identifíco-me com seus valores e projetos , razão de meu compromisso pessoal em acompanhar e divulgar suas ações e artigos como os do Alberto Bittencourt e outros . Abrs. Su...