ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

terça-feira, 6 de abril de 2010

ARAUTOS DA PAZ



Aproveito para enaltecer aqui as figuras de três grandes estadistas brasileiros, três pacifistas, três líderes e patriotas de renome internacional, que jamais deixaram de praticar a força do diálogo, da razão, do convencimento e conseguiram fazer do Brasil desde o início do século XX, esta grande nação, mundialmente reconhecida, orgulho de todos os brasileiros.

1 - Barão do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos Júnior, (1845 - 1912), até o último dia de vida titular da pasta de Relações Exteriores do Brasil, que ocupou ininterruptamente desde 3 de dezembro de 1902. Destacou-se sempre por sua política exterior de concórdia, repulsando toda guerra de conquista. Defendeu até o fim a Constituição Federal de 1891, que em seu artigo 88 dizia: Os Estados Unidos do Brasil em caso algum se empenharão em guerra de conquista, direta ou indiretamente, por si ou em aliança com outra nação.

Amigo sincero da paz, assinou, durante a sua gestão trinta tratados de arbitramento internacional, entre eles o das “Missões”, o do território do Amapá, (1900), o do território do Acre, concluído em Petrópolis,(1903), no qual o Brasil indenizou a Bolívia em 2 milhões de libras esterlinas e mais alguns territórios pequenos para acertar as fronteiras, e o tratado com o Uruguai, (tratado de condomínio da Lagoa Mirim do rio Jaguarão), considerado como “ato de raro altruísmo internacional” (1908).

Sua visão ampla e seu espírito pacífico e simultaneamente seu patriotismo que demonstrou na atividade de pacificação das relações exteriores com os povos e governos sul-americanos, evitou muitas conflagrações durante a sua época.

2 - Ruy Barbosa, (1849 - 1923), grande pacifista brasileiro, de valor internacional que, durante uma vida inteira de ação, peleja e apostolado, pugnou pelo direito, pela justiça e pela liberdade. Inumeráveis são suas realizações, no campo da política, da literatura, do direito e do jornalismo. Dotado de fulgurante inteligência, enfrentou corajosamente as ditaduras de sua época, pois encarnaram-se nele enormes aspirações pela liberdade, elemento essencial para a paz na Terra.

Este grande senso de liberdade tornou-o também um dos maiores lutadores pela abolição. Para a libertação do Brasil da monarquia, foi ele um dos mais eficazes arautos, talvez o mais notável. A respeito de suas contribuições para este objetivo, na imprensa, diz Osório Duque Estrada em sua “História do Brasil”: Nunca a voz da imprensa militante e partidária logrou tanto prestígio entre nós.

Ruy Barbosa participou do primeiro ministério da jovem República e destacou-se muito na consolidação do Estado, na realização de reformas e solução de problemas surgidos em virtude das novas instituições.

Repercussão internacional alcançou sua participação na Conferência da Paz em Haya, (1907), como representante do Brasil. Lá, conquistou sucesso eminente, defendendo a igualdade entre pequenos e grandes nações quanto à sua soberania. Por sua atuação recebeu o cognome de "O Águia de Haya". É considerado uma das maiores inteligências do seu tempo, pela clareza e perspicácia de suas argumentações.

O caminho da paz e da compreensão entre povos e nações se opõe a qualquer tendência de agir em termos de superioridade nacional ou racial. Ruy Barbosa provou que, na mesa de negociação, não existe nação superior, nem nação inferior.

3 - Marechal Rondon. Outro exemplo de patriota e pacifista foi o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865 – 1958). Nos primórdios do século 20, à frente da Comissão Rondon, foi o grande líder da construção de linhas telegráficas no interior do Mato Grosso até Goiás. Desbravando e mapeando regiões, enfrentando doenças tropicais como a malária, sofrendo ataques dos silvícolas, o marechal Rondon abriu caminho rumo ao oeste brasileiro, no desafio ciclópico de integrar o Brasil. Seu lema: Morrer se preciso for, matar nunca.

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