ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

JUNINHO PERNAMBUCANO, CAMPEÃO DA SOLIDARIEDADE

JUNINHO PERNAMBUCANO, 
CAMPEÃO DA SOLIDARIEDADE



Juninho Pernambucano na creche Lar Sem Fronteiras, Várzea, Recife, PE




Naquela tarde de sexta-feira, 26 de junho de 2009, a pequena creche no bairro da Várzea, periferia do Recife, estava lotada. Uma avalanche de repórteres, jornalistas, correspondentes estrangeiros, homens de rádio, TV, com toda a parafernália de equipamentos, procurava entrevistar o astro de futebol internacional, Juninho Pernambucano. Realizava-se a cerimônia de lançamento da pedra fundamental das obras de ampliação da instituição, denominada Lar Sem Fronteiras, da qual Juninho Pernambucano é o principal pilar de sustentação. 


A obra prevê a construção, num prazo de seis meses, de mais dois andares, o que possibilitará o aumento do número de crianças de 50 para 100 e permitirá a expansão da faixa etária até 6 anos, idade mínima para o acesso à rede pública de ensino fundamental. Haverá também mais espaço para atividades de artes, danças, trabalhos manuais, entre outras.

A creche Lar Sem Fronteiras foi construída em 2000 pela associação francesa ASUP-BRÉSIL (Associação de Apoio às Comunidades Populares do Brasil). Esta, por sua vez, foi criada por inspiração e conselho de Don Helder Câmara, no início dos anos 90. Os fundadores foram os pais adotivos de crianças brasileiras, num tempo em que as adoções internacionais no Brasil eram mais fáceis, antes da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente. Tem por objetivo beneficiar às crianças carentes que aqui ficaram e não tiveram as mesmas oportunidades de seus filhos adotivos.

Em 2001 Juninho tomou conhecimento da existência da creche. Visitou-a, carregado de presentes, tornou-se o padrinho oficial. Deu ciência ao seu clube de futebol, o Olympic Lyonnais. Líder que é, criou a Fondation Olympique Lyonnais, uma ONG destinada a ajudar às crianças do Brasil. Contando com a participação de outros jogadores brasileiros, Juninho se empenha, desde então, em captar recursos para serem aplicados em benefício de nossas crianças.

Juninho vive há oito anos na França. Tornou-se ídolo, após levar seu clube ao título de heptacampeão francês, de 2002 a 2008. Um estádio de futebol foi batizado com seu nome. Agora está de malas prontas, transferido para o time Al-Gharafa, do Catar.

Na platéia, estavam as crianças, famílias, autoridades, convidados e visitantes. Presentes a esposa Renata, o pai, a mãe e familiares do craque.

Formaram a mesa principal, além de Juninho Pernambucano, os diretores da Fundação Olympique Lyonnais, Izabelle Diaz, Claudine e Jean Laurent; o Comandante Geral da PMPE, coronel José Lopes; o Cônsul Geral da França no Recife para o Nordeste do Brazil, sr. Yves Lo-Pinto; o secretário municipal de educação, sr. Cláudio Ribeiro; o presidente da NAVI – Nucleio de Assistência Voluntária Integrado, órgão gestor do projeto, sr. Ivan Pitta. A solenidade foi conduzida pelo excelente mestre de cerimônias, homem de televisão e desportista Leo Medrado.

Após a execução dos hinos nacionais da França e do Brasil, as crianças fizeram uma apresentação das danças da peneira e do coco. Com vestes caipiras, graciosamente evoluíram no pátio, comandadas por suas dedicadas professoras.

Juninho Pernambucano recebeu na ocasião a medalha Marechal Trompowisky, outorgada pelo Instituto dos Docentes do Magistério Militar, cujo presidente é o Coronel Evaldo Pereira. A condecoração, instituída por Decreto Lei do Presidente da República Getúlio Vargas em 1953, foi um reconhecimento ao trabalho de Juninho, pela divulgação da cultura brasileira no mundo

Solidário, o craque distribuiu entre os funcionários da creche dez camisas nº 8, do Olympique Lyonnais, devidamente autografadas. A todos Juninho atendeu com um sorriso. Não só aos jornalistas e repórteres, mas às crianças, famílias e convidados. Não recusava fotos nem autógrafos.

Juninho decidiu ajudar à jovem Tatiana dos Santos Sarmanho, que freqüentou a creche em 1999, quando foi adotada. Vivendo na França, hoje, com 24 anos ela é portadora de leucemia. Sua única chance é o transplante de medula e para tanto, veio ao Recife, na tentativa de localizar a família biológica. É uma tarefa difícil, dada a falta de referências, mas Juninho se prontificou a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para encontrar a solução. 

Assim é o perfil de um craque, o craque da solidariedade, que mesmo atuando em campos milionários jamais esqueceu suas origens, nem das crianças do Brasil.

Em nome das crianças brasileiras, obrigado campeão Juninho Pernambucano. Obrigado aos membros da Fondation Olympique Lyonnais e a todos os que se empenham em dar um futuro melhor às nossas crianças. Que Deus os proteja.

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