ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

quinta-feira, 25 de junho de 2009

BARACH OBAMA PREGA A PAZ


O discurso do presidente americano Barach Obama na Universidade do Cairo, Egito, na quinta feira, 04 de junho de 2009, marcou a nova fase na política externa americana para o oriente médio. Durante 45 minutos ele pregou um recomeço das relações de seu país com o mundo muçulmano. Sua voz se estendeu para mais de um bilhão de discípulos de Maomé e também para o povo americano. Citando o Alcorão, pregou o diálogo honesto e respeitoso entre os dirigentes das nações e disse que sua administração está empenhada em convencer o povo americano de que o Islamismo não é uma religião de extremistas.
Inicialmente o presidente Obama traçou uma breve retrospectiva das relações entre os mundos cristão e muçulmano. Declarou que ambos partilham dos mesmos princípios de justiça, de solidariedade, de tolerância e de dignidade do ser humano.
“Enquanto nossas relações forem definidas por nossas diferenças, estaremos ajudando àqueles que semeiam o ódio em vez da paz, que promovem o conflito em vez da cooperação. Este ciclo de discórdia deve ter fim, para que possamos ajudar nossos povos a alcançar a justiça e a prosperidade”, afirmou.
O presidente americano reconheceu que apenas um discurso não seria capaz de apagar tantos anos de desconfiança, mas o importante, declarou ele, é aprender a escutar, a se respeitar e a encontrar os caminhos do entendimento.
O presidente ressaltou a contribuição do Islamismo para o progresso da civilização. Mencionou que sete milhões de americanos são muçulmanos, que muito contribuem para o progresso e desenvolvimento do país. Valorizou o fato de que existem 1.200 mesquitas no Estados Unidos, construídas em todos os estados da nação americana.
Sobre o quadro atual, o presidente afirmou que os Estados Unidos não darão trégua aos extremistas, principalmente da rede Al-Qaeda, responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que causaram cerca de 3.000 mortos. Ele disse que o mundo muçulmano deve fazer o mesmo.
A respeito do conflito Israel-Palestina, o presidente Obama apelou para que cada parte reconheça as aspirações da outra. Afirmou claramente que o governo americano não aprova a violação dos acordos pelo governo israelense, como também, acrescentou, o Hamas deve reconhecer o direito de Israel existir, deve respeitar os acordos firmados e cessar a violência. A violência, disse ele, mina toda autoridade moral dos dirigentes.
O presidente Obama abordou também a questão das guerras do Afeganistão e do Iraque. Ressaltou que as forças americanas não pretendem aí permanecer mais tempo que o necessário e que seu país não tem nenhum objetivo de conquista territorial.
Ele igualmente falou das relações com o Iran. Reconheceu que os Estados Unidos erraram ao apoiar o golpe de estado de 1953, que depôs o primeiro ministro Mosaddeq, restaurando a ditadura do Xá Resa Pahlevi. Conclamou o Iran, a parar de se definir em função de sua oposição aos Estados Unidos e a buscar uma real definição para o futuro.
Barach Obama falou da democracia, das liberdades religiosas, dos direitos das mulheres e do desenvolvimento econômico nos países mulçumanos. Disse que impedir as mulheres de se instruírem não é senão um modo de vedar seu acesso a um futuro melhor. Disse que os países onde as mulheres são mais instruídas são também mais prósperos.
O discurso de Obama busca, sem dúvida, restaurar a imagem dos Estados Unidos no mundo, deteriorada pela política de seu predecessor, George W. Bush.
As guerras do Iraque e Afeganistão, o escândalo da prisão de Abou-Ghraïb, o destino dos presos de Guantânamo, o alinhamento sistemático pró-Israel, contribuíram para denegrir a imagem americana, principalmente perante o mundo árabe-muçulmano.
O discurso de Barach Obama representa, sem dúvida, uma reviravolta na
política externa americana. Representa, sobretudo, uma identificação com os ideais rotários de busca da Paz e Compreensão Mundial, preconizados por Paul Harris desde 1905, ano da fundação do Rotary International.

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