DIZER SIM À VIDA
Alberto Bittencourt
Um velho sábio meditava
todos os finais de tarde sob frondosa árvore num pomar em que um grupo de
meninos costumava brincar. O ancião tinha a fama de tudo saber, de nunca errar,
de ter sempre resposta para todas as perguntas.
Um belo dia, um dos
meninos, tendo encontrado um filhote de passarinho no jardim, resolveu
pregar-lhe uma peça.
Segurou o filhote com as
mãos fechadas, escondidas atrás do corpo e falou para os companheiros:
“Vou perguntar ao mestre se
o que eu tenho nas mãos está vivo ou está morto. Se ele responder que está
vivo, eu esmigalho o passarinho com a mão e lhe mostro seu corpo inerte. Se, ao
contrário, ele responder que está morto, então eu abro a mão e deixo o
passarinho voar livre para a liberdade. Desse
modo, eu duvido que desta vez ele acerte.
Assim o fez:
“Ó Mestre, perguntou. O passarinho que eu
tenho nas mãos está vivo ou está morto?”
O velho homem fitou o
menino, pensou por uns instantes e respondeu:
“A resposta está nas suas mãos. Você decide”.
&&&&&&
Sim, é você quem decide, a resposta está em suas mãos. Você pode decidir
pela vida ou você pode decidir pela morte, você pode dizer sim à vida ou você
pode dizer sim à morte. Você decide, a resposta está em suas mãos.
Visitando a Escola Casa da Paz, patrocinada pelo Rotary Club de Belo
Jardim, PE, encontramos, Helena e eu, no ano do Centenário, 2004-05, afixada em uma
parede, um cartaz com o seguinte poema, de autoria da diretora Kirley Almeida:
“Dizer sim à vida é dizer sim ao
Amor.
É investir
na fraternidade,
É lutar
por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade “.
Dizemos SIM à vida, quando pertencemos ao quadro social de um Rotary
Club, com o coração pleno de boas intenções, com o espírito voltado para o
trabalho voluntário, para a prestação de serviço desinteressado em favor do
próximo, quando reconhecemos e prestigiamos o esforço da Fundação Rotária, na
Busca pela Paz e da Compreensão Mundial.
Por outro lado, se nos acomodamos, se nos servimos do coletivo apenas
para tecer críticas, nada fazer de positivo, quando fazemos resistência
passiva, quando caminhamos em sentido contrário aos ensinamentos e à obra de
Paul Harris, dizemos sim à morte e não à vida.
Quando freqüentamos um RC apenas por freqüentar, quando não tomamos
conhecimento nem do trabalho, nem das propostas em favor da vida, quando
permanecemos indiferentes ante tantos irmãos que sofrem e nos pedem ajuda,
estamos dizendo sim à morte.
Quando agimos com egoísmo, centrados na vaidade, quando o fruto de nossa
ação é a nossa própria pessoa, quando só agimos em benefício próprio, então
estamos dizendo sim à morte.
Só há um modo de dizer SIM à vida: é com o fruto do nosso trabalho, com
dedicação, com disponibilidade, com amor ao próximo, investindo na fraternidade
doando nosso tempo e nossa energia na luta por um mundo melhor, vivenciando a
solidariedade.
“Dizer sim à vida é dizer sim ao
Amor.
É investir
na fraternidade,
É lutar
por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade “.
Nenhum comentário:
Postar um comentário