ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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sexta-feira, 2 de julho de 2021

SERÁ UTOPIA O IDEAL ROTÁRIO DA PAZ UNIVERSAL?

 

SERÁ UTOPIA O IDEAL ROTÁRIO DA PAZ UNIVERSAL? 

(Palestra proferida por Alberto Bittencourt em Catanduva, SP, na Conferência Distrital do D4480, dia 20 de maio de 2007) 


Alberto, palestrante convidado da Conferência do D.4480 

Catanduva, 28 de maio de 2007



I – SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO.

2. ESTA ERA ROTÁRIA

3. O IDEAL DE PAUL HARRIS

4. A SOCIEDADE ATUAL

5. VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL

6. OS SETE CAMINHOS DA PAZ

7. MOSTREMOS OS CAMINHOS

1.   O Caminho do Patriotismo

2.  O Caminho da Conciliação

3.  O Caminho da Liberdade

4.  O Caminho do Progresso

5.  O Caminho dos Sacrifícios

6.  O Caminho da Justiça

7.  O Caminho da Lealdade

8. TRANSFORME-SE NUM PACIFISTA

            1. Vivendo e Aplicando a Prova Quádrupla Rotária

  2. Sendo um ativista

 3. Sendo um humanitarista

4 . Realizando a transformação pessoal.

5. Compartilhando Rotary

9. TRES GRANDES ESTADISTAS PACIFISTAS BRASILEIROS

10. O ROTARY TRABALHA PELA PAZ.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

                                                  Paul Percy Harris -  
                                                       O fundador do Rotary

 

II - DESENVOVIMENTO

1. INTRODUÇÃO.

O presente trabalho é baseado em duas obras oficiais do Rotary: ‘ESTA ERA ROTÁRIA”, datado de 1935, de autoria de Paul Harris e “OS SETE CAMINHOS DA PAZ”, publicado pelo Rotary International em 1959.

2.  ESTA ERA ROTÁRIA

O questionamento “SERÁ UTOPIA O IDEAL ROTÁRIO DA PAZ UNIVERSAL?” constitui capítulo do livro “This RotarIAN Age”, traduzido para o português como “ESTA ERA ROTÁRIA”. Foi escrito no ano de 1935, por Paul Percy Harris, fundador do Rotary International. Em pleno século 21 continua mais vivo do que nunca.

A edição brasileira, datada de 1939, é fruto da iniciativa de quarenta rotarianos de São Paulo, liderados pelo primeiro presidente brasileiro do RI, Armando de Arruda Pereira.

O exemplar que chegou às minhas mãos foi-me emprestado por Mário Antonino, nosso querido ex-diretor de RI. Jóia rara, preciosidade, há pouquíssimos exemplares disponíveis dessa tradução brasileira. A Revista Brasil Rotário, numa louvável iniciativa do diretor Edson Avelar, já encomendou uma nova tradução e pretende reeditá-lo em curto prazo.

No ano de 1935, em que “THIS ROTARIAN AGE” foi escrito, o Rotary International completava 30 anos de idade e experimentava extraordinário crescimento. Havia 156.000 rotarianos no mundo, 3500 Rotary Clubes, distribuídos em 80 países. Na data da edição brasileira esse número já havia ultrapassado os 200.000 sócios, em 82 países.

A palavra amadurecida de Paul Harris, trinta anos depois da fundação do Rotary, seus pensamentos, seus sentimentos, sua experiência, seus ideais, é de uma atualidade estonteante, não pode ser esquecida. É antes para ser lida, relida, pensada e repensada. A obra impressa vence a barreira do tempo e traz de volta a visão iluminada de Paul Harris, para conversar, informar, motivar, conscientizar os rotarianos de todas as gerações.

Em 1935, o mundo ainda se ressentia das conseqüências da Primeira Grande Guerra (1914-18). Os Aliados, vitoriosos, dividiram muitas partes do mundo, inclusive o Oriente Médio, os Bálcãs, a Polônia, os estados Bálticos e a Renânia, em territórios destinados a satisfazer diversos interesses econômicos e políticos. Como resultado, os ressentimentos se acirraram, as rivalidades étnicas e nacionais começaram cozinhar em fogo lento, entrando depois em ebulição. Os Estados Unidos, recuperados da grande depressão de 1929, iniciavam uma formidável mobilização bélica industrial voltada para o panorama sombrio que se desenhava na Europa. Vinte anos depois da primeira, a guerra voltou e ainda hoje estamos pagando o preço, como o comprovam o conflito nos Bálcãs e no mundo árabe..

Paul Harris jamais se deixou levar pela falácia até hoje vigente, da expressão: 

”Se queres a paz, prepara-te para a guerra”. (Si vis pacem, para bellum)

Paul Harris via claramente os interesses políticos e econômicos por traz das mentiras da propaganda oficial de guerra. Chamou dirigentes e políticos belicistas de mentirosos e apresentou o Rotary como a grande força capaz de se antepor às políticas de guerra, através do chamamento ao dialogo, à razão e ao mútuo entendimento.

Todas as citações de Paul Harris constantes deste trabalho foram transcritas do capítulo “SERÁ UTOPIA O IDEAL ROTÁRIO DA PAZ UNIVERSAL?” do livro ‘ESTA ERA ROTÁRIA”.

 

3. O IDEAL DE PAUL HARRIS

O capítulo do livro, com os excertos abaixo, é testemunho de que o fundador do Rotary International foi o grande pacifista que transcendeu sua época. Suas palavras são atuais, eternas e definitivas. Funcionam como um grito a nos sacudir. É nossa obrigação lutar para transmitir esse legado aos nossos filhos e netos, na esperança de que o Ideal Rotário de Paz Universal não seja apenas uma mera utopia.

Após o final da Primeira Grande Guerra, eis a opinião de Paul Harris sobre o flagelo da guerra:

A guerra é a maior calamidade do mundo.

A guerra joga por terra todos os tratados, secretos ou não, de qualquer natureza.

A guerra não beneficia nem ao vencedor, nem ao vencido.

Não há desonras que se comparem às dos tempos de guerra.

O fundador do Rotary desmascara a mentira da propaganda oficial de guerra:

A guerra é conseqüência de paixões explosivas, suscitadas pela intolerância, rivalidade, ciúme e finalmente, ódio, que, exacerbadas pela mentira, dificultam poderosamente a influência da razão.

As narrativas da Grande Guerra de 1914 a 1918, eram exagerada propaganda e refinada falsidade. A propósito, disse recentemente um dos professores de uma universidade, norte-americana: “É tolo quem dá crédito às hediondas histórias de guerra. Infelizmente essa turma é ainda muito numerosa”.

A mentira é voraz; iniciada, ela se infiltra, opondo-se a qualquer opinião que se manifeste. Manifeste-se alguém contra as mentiras correntes em tempo de guerra e será levado incontinenti às autoridades encarregadas de fazer valer as inverdades da propaganda oficial.

A princípio, os propagandistas da guerra procuram ganhar a confiança geral, o ânimo e a esperança da população fanatizada, usando frases hipócritas ― “Procuramos evitar a guerra”; ―“Desprezemos os iniciadores da luta” e, depois de alcançada a simpatia popular, transformam estas frases em: ―”Com a guerra atual, dar-se-á fim à todas as guerras futuras”.

Deste modo, são aceitos e procurados os profissionais da arte de mentir. Discursos inflamados das campanhas pela causa da pátria ultrajada, artigos ruidosos dos jornais e revistas, visam meramente insuflar o ódio e o desejo de guerra no seio do povo.

Pauk Harris enfoca os malefícios da guerra:

Embuçado pelo manto rubro da guerra, o ódio reinou durante quatro anos e as forças do mal destruíram propriedades inestimáveis, além dos milhões de vidas humanas ceifadas impiedosamente, sem escolher entre filhos, irmãos, pais e netos. E, quantos daqueles que pereceram não teriam alcançado a imortalidade de um Tennyson, de um Mozart, de um Edison. Poderiam, talvez, ter suavizado o sofrimento da humanidade e aumentado a felicidade humana, enriquecendo a civilização. Entretanto, sucumbiram ante o terrível flagelo avassalador que é a guerra.

Embora a bandeira da guerra esteja desfraldada procurando envolver nas suas dobras o mundo civilizado, devemos enfrentar, corajosamente, os belicistas, pois eles se colocaram fora dos limites da piedade humana.

A seguir, lança o grande desafio aos Rotary Clubs do mundo:

Poderão os milhares de clubes rotários, das melhores cidades, influenciar apreciavelmente na redução do problema da guerra?

Poderiam os milhares de Rotary Clubs estabelecidos em quase cem países enfrentar o entrechoque de paixões de uma guerra?

Uma associação que congregue homens de bem poderia facilmente se opor aos propagandistas da guerra. Assim, o Rotary, um clube mundial de líderes, profissionais e homens de negócios, poderá tornar-se uma força efetiva no estabelecimento da paz universal.

E ressalta o Ideal Rotário:

O plano rotário nesse sentido não é expediente de última hora. Há muitos anos Rotary iniciou a campanha em prol da paz e da compreensão. Neste ideal é pioneiro e desconhece fronteiras. Persistente e pacientemente trabalha pela extensão universal do idealismo, da boa vontade e do entendimento mútuo, estimulando esta prática tanto na Europa, Ásia, nas colônias e Países africanos, como nas Américas do Norte, Sul, Central e na Austrália.

 

4. A SOCIEDADE ATUAL

Paul Harris se questionava sobre o ideal rotário da paz universal, numa época em que o mundo era muito menor do que hoje, em que os problemas eram praticamente insignificantes se comparados aos atuais.

Hoje, a concentração de renda é talvez o pior dos fatores de violência. São dados da Organização Pan-americana de Saúde, que na América Latina, a renda dos 20% mais ricos é superior em mais de 20 vezes à dos 20% mais pobres, o que é um absurdo. Na Azia, segundo a mesma Organização Pan-americana, a diferença é de 10 vezes.

Há cinqüenta anos o mundo vive uma fase de transição demográfica. Em 1950, a população do planeta era de 2,6 bilhões.  Em 2007,  57 anos depois, quase triplicou, sendo hoje de 6,3 bilhões.

Em 1950 éramos 51 milhões de brasileiros, dos quais, 35%, ou 18 milhões, viviam nas capitais.  Hoje, somos 180 milhões de habitantes, dos quais 80%, ou 140 milhões vivem nas grandes cidades.

A expectativa de vida aumentou nesse período, passando de 40 e poucos anos, para 64 anos nos homens e 67 anos nas mulheres.

Surgiram as megalópoles, com todos os seus problemas.  A cidade de São Paulo, aumentou sua população de 2 milhões para quase 25 milhões de pessoas.

Existem no Brasil, 63 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, o que corresponde a um terço da sua população, gerando grande desequilíbrio social.

Nesse período houve redução das doenças infecto contagiosas, e da mortalidade infantil, não tanto quanto desejaríamos.

Em função do aumento da idade média, este meio século trouxe um aumento das doenças crônico-degenerativas e, em face da promiscuidade e pouca higiene das comunidades da periferia, um crescimento das chamadas doenças da pobreza, como malária, chagas, cólera, dengue, e o que é pior, adveio o aumento do consumo de drogas, do alcoolismo, o surgimento da AIDS. E a violência urbana passou a ser a segunda maior causa de mortes no Brasil, atrás apenas das cardiopatias.

 

5. VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL

O Brasil, é um dos países em que a violência tem crescido em índices de 5,5 % ao ano. Se esse índice significasse desenvolvimento, estaríamos no patamar das nações mais desenvolvidas do mundo.

Lamentavelmente a nossa imagem não é das melhores.  Temos entre 2 a 3% da população mundial e entre 12 e 13% das vítimas mundiais por armas de fogo. São dados da Campanha da Fraternidade de 2004, que não nos deixam mentir.

Triste imagem a do Brasil,  campeão de índices de morte por armas de fogo. A cada 13 minutos está morrendo alguém vítima de arma de fogo.

Uma pesquisa da UNESCO, recentemente divulgada, constatou que nos últimos 20 anos, dobrou o número de assassinatos  de jovens entre 15 e 24 anos no Brasil, na sua maioria por armas de fogo. Significa que hoje temos 50 mil vítimas por ano. Um verdadeiro genocídio. A população jovem masculina neste país está sendo dizimada, a tal ponto que, segundo o IBGE, mudou o perfil populacional do País, reduzindo o número de homens em relação ao de mulheres. É uma situação similar à de um país em guerra, quando a grande mortalidade de homens jovens altera o equilíbrio numérico entre os sexos. E em conseqüência, os costumes.

Um jovem de 20 e poucos anos que morre vítima de arma de fogo, leva consigo todo um investimento do estado, em educação, em saúde, todo esse dinheiro escoa pelo ralo, nas guerras entre grupos de traficantes, nos embates com a polícia, numa sociedade em que as opções de vida honesta são poucas, onde permeia o desemprego onde a juventude se afunda na miséria, na falta de oportunidades.

Nos últimos 10 anos, 500.000 pessoas foram assassinadas neste país. Quase 10 vezes mais do que em 12 anos de guerra do Vietnan, quando morreram 58.000 soldados norte-americanos. Mata-se mais neste país que nos EUA, que é considerado um país armado. Mata-se mais neste país que na China, com 1,3 bilhões de habitantes. Mata-se mais neste país que na Índia, que tem 1 bilhão de habitantes.

Nos últimos dez anos, pareceu a figura do menor assassino, cada vez mais numerosa, cada vez mais freqüente, cada vez mais perigosa. Eles estão em toda parte, nas esquinas, nos semáforos, a qualquer momento, a qualquer hora. Matam por brincadeira, por uma bolsa, por um celular, na certeza da impunidade.

Não podemos nos conformar. Não temos o direito de ficar omissos ou indiferentes.

O contrário de paz não é a guerra, o contrário de paz é a omissão e a indiferença.

Martin Luther King, prêmio Nobel da Paz, disse:

"O que me assusta não é o grito dos violentos, mas o silêncio dos homens de bem"

Os homens do bem são tímidos, os homens do mal são ousados. Quatro homens do mal trocam dois olhares e formam uma quadrilha para praticar assaltos. Os homens de bem ficam conjeturando, enrolados em burocracia, fazendo discursos. Citam estatísticas em intermináveis reuniões mas esquecem tudo quando termina o evento. Não nos mobilizamos para a ação, para fazermos o que é preciso para mudar esse quadro de violência. Nós temos que levar adiante tudo o que se apregoa nas plenárias rotárias, em fóruns, seminários, conferências, não podemos ficar só nos palavrórios, nas boas intenções, sem sair da inércia.

Temos que deixar de lado os discursos teóricos e passar da retórica à ação. É preciso fazer alguma coisa, já, aqui e agora. Não podemos nos conformar, não podemos permanecer acomodados, enquanto nossos irmãos estão morrendo lá fora. Temos que fazer reverter esse quadro, deter essa violência crescente que ameaça a todos nós. Precisamos voltar a olhar para as pessoas nas ruas, para as crianças nos cruzamentos, como seres humanos que são e não como ameaças potenciais.

Como disse Martin Luther King: "Não podemos saciar a sede de justiça no cálice do ódio".

O antigo ideal indiano da prática da não violência, a AHIMSA, praticado por Gandhi, como um princípio de reverencia pela vida, mostrou que a força da paz pode acabar com a guerra.

Dom Helder, entrevistado por Ziraldo num programa de entrevistas na TV, o que cada um de nós poderia fazer para mudar esse quadro de violência, de miséria, de sofrimento que permeia a humanidade, respondeu com apenas três palavras: “Não fique só”.   

E esse foi o motivo pelo qual Paul Harris fundou o Rotary. Ele não queria ficar só, conforme consta do seu livro autobiografico: "Meu Caminho para o Rotary". 

Foi também o motivo que me trouxe para o Rotary.  Hoje eu completo: 

Não fique só. Junte-se a nós.Venha para o Rotary!.

Paulo Viriato: Quando você compreende que não está só no seu sofrimento, surge o amor. Quando existe o amor, a oportunidade de paz está presente. Quando existe a paz, existe a felicidade.

Entretanto, não falemos apenas no que se refere aos excluídos, às populações miseráveis, aos marginais. Não nos esqueçamos principalmente do homem que freqüentou escola, que teve instrução, que aprendeu a distinguir entre o bem e o mal, do homem de nível universitário, profissional de carreira, executivo, empresário, juíz, político, banqueiro e todos aqueles que usam colarinho branco, ostentam anel de grau no dedo anular, e que vemos  diariamente na televisão a responder por atos lesivos ao bem comum. Talvez sejam eles os maiores culpados pela triste realidade do Brasil de hoje.

Contra esse estado de coisas, se insurge o ROTARY. É chegada a hora de mostrar a todos que o Rotary é capaz de mudar essa situação.

 

6. OS SETE CAMINHOS DA PAZ

Fruto de uma pesquisa realizada entre os Rotary Clubs do mundo inteiro, há cinqüenta anos, o Rotary International publicou em 1959 um livro intitulado “Seven Path to Peace”. Encontramos a versão original em inglês e a tradução em português, no site do rotariano e pacifista canadense Robert Stuart. Ele veio ao Recife em fevereiro de 2005, proferir palestra no seminário “Vivendo e Aprendendo Paz”, promovido por meu clube, o Rotary Club do Recife-Boa Viagem, quando fui governador do Distrito 4500, por ocasião do Centenário do Rotary. A iniciativa foi da companheira, pacifista e mediadora do Espaço Família, Márcia Gama Batista.O site era visitado mensalmente por mais de 50.000 pessoas:

Em lugar de Sete Caminhos para a Paz, alteramos o título do livro para Sete Caminhos da Paz, pois entendemos que a Paz não está no fim do caminho, mas é o próprio caminho.

Segundo o mestre pacifista Mahatma Gandhi: não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho.

Bob Stuart diz, na introdução da edição em inglês: Os conceitos e sabedoria apresentados nesse livro são hoje mais relevantes do que o eram na data em que foi escrito. Por duas razões: o Rotary de hoje é duas vezes maior, em número de sócios, que em 1959, além de contar com a forte participação das mulheres. Além disso, podemos aumentar nossos serviços com a integração e parcerias com outros clubes de serviços, fundações beneficentes, organizações religiosas, empresas privadas, órgãos dos governos, etc.

 

7. MOSTREMOS OS CAMINHOS

Quais são os Sete Caminhos da Paz?

1)    O Caminho do Patriotismo

O caminho do patriotismo é o amor à nossa terra, ao nosso país, à nossa gente, reverenciando e honrando os símbolos nacionais.

Modernamente, há uma diferença de conceitos entre nacionalismo e patriotismo. Fazendo analogia, o conceito de nacionalismo está para o de patriotismo assim como o de eficácia, está para o de eficiência. Nacionalismo é filosofia, ideal, diretriz. Patriotismo é ação, mobilização, participação.

Erich Fromm, psicólogo: “O nacionalismo é a nossa idolatria e o patriotismo o seu culto”

Krishnamurti, filósofo indiano: “O nacionalismo é uma forma sofisticada de tribalismo”

Paulo Viriato: Patriotismo é amor à nossa própria Pátria. É a responsabilidade de compartilhar com nossos irmãos que aqui vieram e escolheram o Brasil por sua própria Pátria também. Patriotas sim, para erradicar a poliomielite do Brasil, mas com a responsabilidade de levar a Paz, a boa vontade e o mútuo entendimento aos outros países, especialmente aos nossos visinhos.

No ano em que Esta Era Rotária foi escrito, 1935, os conceitos de nacionalismo e patriotismo se confundiam. Naquele tempo, havia apenas patriotismo.  Entretanto, nas entrelinhas do livro de Paul Harris, verificamos que, na sua visão holística, ele distinguia dois tipos de patriotismo que poderíamos batizar como sendo: patriotismo virtuoso e patriotismo pernicioso (xenofobia).

Paul Harris aborda o que seria o patriotismo virtuoso: Para uns, o patriotismo é o conjunto de sentimentos de heranças, de afinidades que nos fazem entrever além da vida individual, além da vida da família, uma ilimitada vida comum.

E, também o patriotismo pernicioso: Para outros, o patriotismo é unicamente o ódio e a desconfiança excessiva nos povos estrangeiros. Muitos dos considerados grandes moralistas desfazem-se do padrão ético, quando apelam para o patriotismo.

Rotary almeja vencer a barreira intransponível que ameaça todas as nações – o patriotismo, causa principal dos desentendimentos e das guerras.

Muitos são os obstáculos a vencer: idiomas diversos e religiões várias, tendências e costumes raciais diferentes e o patriotismo, com suas constantes intolerâncias, formam ainda uma barreira ponderável.  Felizmente nenhum desses obstáculos é insuperável pois remover-se-á gradualmente à luz da compreensão.

Cito um exemplo de patriotismo pernicioso: os Estados Unidos possuem cerca de 5% da população mundial, mas consomem cerca de um terço dos recursos naturais do planeta. Emitem metade dos gases estufa, como o dióxido de carbono, que estão relacionados com o aquecimento global, No entanto, nada disso importa. Só importa permanecer rico e confortável, manter o “american way of life”, mesmo à custa do sacrifício do planeta.


2) O Caminho da Conciliação

É o caminho do diálogo, do amor como comportamento, da aproximação, da união.

Em qualquer negociação, seja entre nações ou entre pessoas, até mesmo nas brigas domésticas, o caminho da conciliação é colocar-se no lugar do outro. Coloque-se no lugar dele e você entenderá suas razões. Você verá que ele está certo, do ponto de vista dele.

O lema do presidente do RI, Ragendra Saboo, “Olhe mais além de si mesmo”, pode ser expresso como “Coloque-se no Lugar dele”

Paulo Viariato: “Mais valem cem pessoas em torno de uma mesa de negociação, discutindo a Paz, que um único tiro de canhão que mate outras cem pessoas.”

Madre Teresa: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos amor e a compaixão. A Paz começa com um sorriso.”

Paul Harris: O fator de maior vulto na obtenção da paz mundial é o mútuo entendimento. Quanto mais relações tiverem os povos, tanto melhor se compreenderão. O objetivo do Rotary é o estabelecimento de relações amistosas entre nações e pessoas..

3)  O Caminho da Liberdade

Desmond Tutu:”É preciso liberdade para chegar à Paz

Paulo Viriato: Somente um homem autenticamente livre pode gozar a plenitude da paz. Ninguém encarcerado, submisso, dependente, pode se engajar no processo de paz. Não confundir liberdade com liberalidade. O direito de cada um termina onde começa o direito do outro.

O maior inimigo da paz é o caos. O caminho da liberdade implica no respeito às leis, às instituições, às autoridades constituídas, expresso no lema da bandeira nacional: “ORDEM E PROGRESSO”. Há que se ter “Liberdade com responsabilidade”.

4)  O Caminho do Progresso

Papa Paulo VI: “O novo nome da Paz é: _ Desenvolvimento”

Desenvolver os povos, tentar diminuir as diferenças sociais, combater as doenças, a fome, o analfabetismo, Promover o ser humano, encaminhar os jovens, proteger os valores familiares, preservar o planeta terra, tem sido os trabalhos e ações do Rotary em prol da Paz.

Paul Harris: Os navios velozes, os aeroplanos, o telégrafo e o rádio auxiliam a aproximação de muitos povos dos pontos mais distantes do mundo. O progresso das ciências físicas e tecnológicas está fazendo a sua parte, o que não acontece com as ciências políticas e humanas. Quando estas conseguirem o mesmo avanço, desaparecerão as nuvens de guerra e os países voltarão as energias para os trabalhos culturais e produtivos. Oxalá chegue depressa esse almejado dia!

Na década de 50 a humanidade se conscientizou pela primeira vez que a tecnologia poderia ser profundamente imoral e destrutiva. O momento crítico foi numa manhã chuvosa, de julho de 1945, no meio do deserto do Novo México, onde uma equipe detonou com êxito a bomba atômica. No mundo de hoje, as maiores invenções e descobertas estão associadas ao desenvolvimento de armas cada vez mais sofisticadas e letais. A enorme emoção de enviar o telescópio Hubble ao espaço, está associada ao potencial destrutivo do escudo antimísseis do programa “Guerra nas Estrelas”. O raio laser pode ser ao mesmo tempo fatal e benéfico para a vida, dependendo de ser usado para raios mortíferos potenciais ou na micro cirurgia.

Porém, a grande revolução da última década, foi sem dúvida o extraordinário avanço do uso dos computadores e da internet, com a possibilidade de amplificar milhares de vezes tudo o que se faz, transferindo e multiplicando instantaneamente informações pelo mundo. Por exemplo, clubes e distritos hoje possuem seus web sites e boletins on line. Temos as conferências pela internet, que reúne pessoas em lugares distantes. Temos também os e-clubes, clubes de Rotary que se reúnem pela internet. Além disso, qualquer rotariano pode pertencer a inúmeras comunidades, como as do Orkut, para trocar e partilhar informações. Ainda há os grupos da internet, como o ROTI, - Rotary on the Internet -, o “amigos-com-padrão”, o GEROI – Grupo de Estudos sobre o Rotary na Internet -, este o maior do Brasil com quase 600 membros. São instrumentos poderosos para difusão da paz e da compreensão mundial. Um livro como OS SETE CAMINHOS DA PAZ, hoje está disponível na internet, ao alcance de qualquer um, após quase ter sido perdido, ao longo destes 48 anos em que foi escrito.

5)  O Caminho dos Sacrifícios

A paz é conquistada a cada dia, momento a momento.

Robert Kennedy: “A paz é como pão. Precisa ser amassada a cada dia, precisa ser trabalhada a cada dia, para que ela chegue a cada dia para cada um de nós.

São Francisco de Assis: Ó Senhor! Fazei de mim um instrumento de vossa Paz!”

6)  O Caminho da Justiça

Henry David Thoureau: “Justiça e liberdade são alicerces da Paz.”

Dom Helder: “Os verdadeiros fatores de violência são aqueles que ferem a justiça e impedem a Paz.”

Paul Harris: “Ao declarar guerra à outra nação, cada governo entende ser justa a sua causa. Contudo pergunta-se: onde estará a razão em época de guerra?

7)  O Caminho da Lealdade

O valor do cumprimento à palavra empenhada. Ser leal é ser íntegro, ser honesto. Ser fiel à Pátria, à família, à Deus. É corresponder à confiança que lhe foi outorgada. Ser leal é acima de tudo ser honrado, ser digno.

Paulo Viriato: “Quando não existe lealdade eu não tenho amigos. Quando eu não tenho amigos, eu não tenho a paz.”

Jesus Cristo:”Eu vos deixo a minha Paz. A minha Paz vos dou. Vos dou a Paz que o mundo não pode dar.”

 

8. TRANSFORME-SE NUM PACIFISTA


1. Vivenciando e aplicando a Prova Quádrupla Rotária

A maneira mais simples de se transformar num pacifista, de percorrer os Caminhos da Paz, é vivenciar e praticar a Prova Quádrupla. Repita-a mil vezes, todos os dias, em todos os momentos, como se fosse um mantra. Então, você só fará o que é VERDADEIRO; jamais fará algo que não seja JUSTO PARA TODOS OS INTERESSADOS; suas ações vão gerar BOA VONTADE E MELHORES AMIZADES e tudo o que você pensar, tudo o que você disser, tudo o que você fizer, será sempre  BENÉFICO PARA TODOS OS INTERESSADOS.

Então você terá se transformado num verdadeiro PACIFISTA.

Há quatro maneiras de AGIR em favor da paz;

2.   Sendo um ativista

Todas as guerras criam algum tipo de movimento pela paz que se opõe a elas.

É o engajamento político. Seja participando da política partidária, seja exercendo pressão sobre autoridades, governos, políticos.

Participar de manifestações públicas de protesto, campanhas e marchas da Paz, fazer lobby. Enviar artigos e cartas para jornais, revistas. Denunciar os casos de malversação de recursos públicos.

Paul Harris escreveu, em ESTA ERA ROTÁRIA, 1935:

O espírito e o ideal rotários manifestaram-se nos incontáveis artigos de contestação que rotarianos enviaram aos propagandistas da guerra, publicados em revistas e jornais rotários de mais de oitenta países.

3.   Sendo um humanitarista

Consiste no trabalho dos clubes de Rotary em apoio às creches e instituições que tiram as crianças da rua, aos abrigos de idosos, aos centros profissionalizantes, aos centros de deficientes, aos hospitais, às comunidades as mais carentes, realizando projetos humanitários e educacionais da Fundação Rotária, participando dos inúmeros programas de intercâmbio de jovens, Intercâmbio de Grupos de Estudos-IGE, Intercâmbio da Amizade. É a formação de Embaixadores da Boa Vontade, através das Bolsas Educacionais da FR.

A eliminação da poliomielite da face da terra, a ajuda às vítimas de guerra, de conflitos, de cataclismos, são todos os atos de humanidade e compaixão praticados por rotarianos de todo o mundo.

4.   Realizando a transformação pessoal.

Gandhi ensinou: Você é capaz de ser a mudança que quer ver no mundo?

A transformação pessoal é adquirir a consciência da paz. É quando você resolve acabar com a guerra pessoa por pessoa. A idéia predominante é que a guerra começa pessoa por pessoa e só aí pode terminar.

Nando Cordel: A paz no mundo começa em mim.

A tradição religiosa de rezar pela paz começa por acabar com a guerra dentro do coração. Depois, como uma onda de luz, extravasa para a nossa família, para os nossos amigos, para os nossos círculos de relações, alcança os dirigentes de nossa cidade, dos países, do mundo.

O fato de que a guerra é o principal problema do mundo é inegável. A necessidade de uma idéia nova é inegável. A idéia nova, sugerida por Deepak Chopra, é criar uma massa crítica de pacifistas através da atuação pessoa por pessoa. Se um número suficiente de pessoas no mundo se transformar em pacifistas, teremos uma massa crítica que pode mudar o mundo. A guerra acabaria.

Foi uma massa crítica de seres humanos que formou as religiões, que aboliu a escravatura do mundo, que acabou com o apartheid e com a discriminação racial.

A eliminação da poliomielite da face da Terra só é possível porque o Rotary formou uma massa crítica que há mais de vinte anos trabalha diuturnamente com esse objetivo. O programa da Pólio Plus honra toda a comunidade rotariana e sua erradicação do mundo será o nosso maior galardão.

Todas as tradições espirituais acreditam que a paz precisa viver no coração das pessoas antes que possa existir no mundo exterior.

Patanjali, mestre indiano da antiguidade: “Quando uma pessoa está apoiada na não violência, os que estão perto dela deixam de sentir hostilidade.”

5. Compartilhando Rotary

-  Compartilhe a Paz. Converse sobre a paz. Na medida em que um número cada vez maior de pessoas participar desse compartilhamento, sua massa crítica surgirá.

- Compartilhe sua experiência de paz por e-mail, por telefone, nos boletins dos clubes.

- Compartilhe a consciência da paz com outras pessoas, na família, na escola, no trabalho.

- Compartilhe sua gratidão pelo fato de outra pessoa encarar a paz com tanta seriedade quanto você.

- Compartilhe suas idéias para ajudar o mundo a ter paz.

- Compartilhe sua energia, sua força, sua abundância para ajudar qualquer pessoa que deseje se tornar um pacifista.

Nossa meta é realizar a mudança por meio da transformação pessoal. Nossa tarefa é acabar com as 30 guerras ao redor do mundo e talvez todas as guerras futuras que certamente irão irromper.

Nossa tarefa é formar um movimento pela paz, que não seja um movimento contra a guerra.

Madre Tereza de Calcutá: As pessoas me perguntam por que eu não participo de movimentos contra a guerra e eu respondo que se vocês tiverem movimentos a favor da paz, podem me chamar que irei a todos.”

A diferença é fundamental, porque todo movimento criado para ser “contra”, acaba se transformando em resistência, oposição e violência.

9. TRÊS GRANDES ESTADISTAS PACIFISTAS BRASILEIROS:

Aproveito para enaltecer aqui as figuras de três grandes estadistas brasileiros, três  grandes patriotas, de renome internacional, que jamais deixaram de praticar a força do o diálogo, da razão, do convencimento e conseguiram fazer do Brasil uma grande nação, mundialmente reconhecida.

 - José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco, (1845 - 1912), até o último dia titular da pasta de Relações Exteriores que ocupou ininterruptamente desde 3 de dezembro de 1902. Destacou-se sempre por sua política exterior de concórdia, repulsando toda guerra de conquista, de acordo com a Constituição Federal (1891), art. 88 que diz: “Os Estados Unidos do Brasil em caso algum se empenharão em guerra de conquista, direta ou indiretamente, por si ou em aliança com outra nação.”

Amigo sincero da Paz, assinou, durante a sua gestão trinta tratados de arbitramento internacional, entre eles o das “Missões”, o do território do Amapá, (1900), o do território do Acre, concluído em Petrópolis,(1903), no qual o Brasil indenizou a Bolívia em 2 milhões de libras esterlinas e mais alguns territórios pequenos para acertar as fronteiras, e o tratado com o Uruguai, (tratado de condomínio da Lagoa Mirim do rio Jaguarão), considerado como “ato de raro altruísmo internacional” (1908).

Sua visão ampla e seu espírito pacífico e simultaneamente seu patriotismo que demonstrou na atividade de pacificação das relações exteriores com os povos e governos sul-americanos, evitou muitas conflagrações durante a sua época.

 - Ruy Barbosa, (1849 - 1923), grande pacifista brasileiro, de valor internacional que, durante uma vida inteira de ação, peleja e apostolado, pugnou pelo direito, pela justiça e pela liberdade. Inumeráveis são suas realizações, no campo da política, da literatura, do direito e do jornalismo. Dotado de fulgurante inteligência, enfrentou corajosamente os ditadores, pois encarnaram-se nele enormes aspirações pela liberdade, elemento essencial para a Paz na Terra.

Este grande senso de liberdade tornou-o também um dos maiores lutadores pela abolição. Para a libertação do Brasil da monarquia, foi ele um dos mais eficazes arautos, talvez o mais notável. A respeito de suas contribuições para este objetivo, na imprensa, diz Osório Duque Estrada em sua “História do Brasil”: “Nunca a voz da imprensa militante e partidária logrou tanto prestígio entre nós”.

Ruy Barbosa participou do primeiro ministério da jovem República e destacou-se muito na consolidação do Estado, na realização de reformas e solução de problemas surgidos em virtude das novas instituições.

Repercussão internacional alcançou sua participação na Conferência da Paz em Haya, (1907), como representante do Brasil. Lá, conquistou sucesso eminente, defendendo a igualdade entre pequenos e grandes Estados, quanto à sua soberania. É considerado uma das maiores inteligências do seu tempo, pela clareza e perspicácia de suas argumentações.

O caminho do Patriotismo se opõe a qualquer tendência de agir em termos de superioridade nacional ou racial. Ruy Barbosa provou que na mesa de negociação, não existe nação superior, nem nação inferior.

 - Marechal Rondon. Outro exemplo de patriota e pacifista foi o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865 – 1958). Nos primórdios do século 20, à frente da Comissão Rondon, foi o grande líder da construção de linhas telegráficas no interior do Mato Grosso até Goiás. Desbravando e mapeando regiões, enfrentando doenças tropicais como a malária, sofrendo ataques dos silvícolas, o marechal Rondon abriu caminho rumo ao oeste brasileiro, no desafio ciclópico de integrar o Brasil. Seu lema: “Morrer se preciso for, matar nunca”.


10. O ROTARY TRABALHA PELA PAZ.

Em 2003 havia 30 guerras declaradas  no mundo. O século 20, em que a  humanidade experimentou extraordinário desenvolvimento tecnológico, deixou um saldo de 108 milhões de pessoas mortas em guerras.

Paul Harris: Rotary tem por objetivo promover a amizade internacional entre povos, vinculados pelo sublime ideal de servir.

Rotary, no seu crescente desenvolvimento, deseja que o seu ideal seja manifestado em todos os paises, para que reine unicamente uma camaradagem sincera, na qual muitos corações se entrelacem numa amizade pura e duradoura.

Se a paz mundial ainda não chegou, é porque os líderes mundiais ainda não se motivaram o suficiente para elevar suas consciências e trabalhar em conjunto, numa mútua cooperação pela paz. A educação, conscientização e conhecimento dos nossos jovens pode motivá-los a cobrar das instituições e dos governos a ação que se fizer necessária para encontrar a paz.

O grande objetivo do Rotary é criar a paz, sabendo que ela é possível.

O Rotary trabalha pela paz interior, na razão de ser um instrumento de crescimento e desenvolvimento pessoal, através de seus programas educacionais.

O Rotary trabalha pela paz social, na minoração do sofrimento do próximo, na ajuda a quem precisa, nas famílias, nas comunidades e no mundo, através de seus programas humanitários.

O Rotary trabalha pela paz ambiental, em defesa do meio ambiente, na preservação dos recursos naturais.

Vamos nos unir em favor da paz, precisamos nos mobilizar a favor da paz.

O Rotary tem dado seguidas demonstrações de sua preocupação com a saúde, definida pela OMS como sendo o completo bem estar físico, psíquico e social. Isso inclui a fome, a miséria, o analfabetismo, além das doenças, dos cuidados com o meio ambiente.

Transforme as reuniões plenárias semanais de seu clube em fórum de discussão, no qual todos tenham a chance de falar no seu desejo para a paz. Que cada Rotary Club se transforme numa “Célula da Paz”, num grupo que deseja promover a paz nas ruas, nas escolas, nas comunidades. 

A paz é uma visão íntima, de cada um, invisível, oculta. No momento, é apenas uma centelha que queima em nosso peito. Em algum momento essa centelha se incendiará e juntará com outras centelhas que também se incendiarão e teremos então a grande fogueira. A fogueira da Paz Universal. O ideal rotário da Paz Universal nunca foi utopia. O sonho está prestes a se tornar realidade. Esse futuro não está longe. 

 

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • THIS ROTARIAN AGE, (ESTA ERA ROTÁRIA), Paul Harris, 1935
  • SEVEN PATH TO PEACE ( OS SETE CAMINHOS DA PAZ), Publicação do RI, 1959
  • MENSAGENS, Paulo Viariato Corrêa da Costa, coletânea, Editora Brasil Rotário.
  • A PAZ É O CAMINHO, Deepak Chopra, 2006, ed. Rocco.

F  I  M

 

 

5 comentários:

SERGIO LEVY disse...

Como sempre o Governador Alberto Bittencourt esbanja conhecimento e mostrando os caminhos a serem trilhados.
Forte Abraço
Sergio Levy

Ana Maria disse...

Querido companheiro Alberto Bittencourt, que dádiva para nós rotarianos ter pessoas iguais a vc como companheiro. Todas as vezes que leio seus trabalhos e artigos fico extasiada e o admiro mais! Parabéns belíssimo trabalho!

Unknown disse...

Parabéns Alberto, seus gestos e atitudes revelam sua grandeza espiritual...sao esses valores intimos cultivados e ampliados no servir o proximo o verdadeiro sentido da vida....plantando hj a alegria que colheremos amanhâ...que Deus lhe de forca e disposicão para trabalhos sempre edificantes. Forte e fraterno abraço , comp.. Arildo

SERGIO LEVY disse...

O Gov.Alberto Bittencourt se difere por ser um estudioso e letrado Rotariano.

Unknown disse...

De tempos... e ainda tão verdadeiro e atual. Obrigada por compartilhar conhecimentos e sobretudo disseminar a PAZ!