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MÊS DA PREVENÇÃO E
TRATAMENTO DE DOENÇAS
Alberto Bittencourt –
presidente da Subcomissão Distrital da Poliomielite
DEZEMBRO - Mês da Prevenção e Tratamento de Doenças |
A partir do ano rotário 2015-16, o mês
de dezembro é dedicado à área de enfoque da Fundação Rotária: Prevenção e
Tratamento de Doenças.
Dentro desse enfoque, situam-se duas
infecções virais graves, evitáveis pela vacinação: sarampo e poliomielite.
1. Sarampo
Os sintomas do sarampo aparecem num
curto período de 10 a 14 dias após a exposição. Eles incluem febre, tosse seca,
coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele, com
manchas vermelhas, além de fadiga e mal-estar. A transmissão do vírus ocorre de
pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O
sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das
pessoas próximas que não estejam imunes.
Ao atacar o organismo, o vírus
compromete a memória imunológica, impedindo-o de reagir a outras infecções
graves. É como se o sarampo fosse a chave para abrir a porta de entrada para
novas doenças.
Algumas complicações podem ocorrer decorrentes
do sarampo: pneumonia, otite, encefalite aguda, morte.
Já erradicado do país, o sarampo
voltou a circular, principalmente em três estados: São Paulo, Amazonas e
Rondônia.
O Brasil vive um surto, com 2300 casos
confirmados nos meses de junho, julho e agosto deste ano. O epicentro da
epidemia localizou-se no estado de São Paulo, com 98% do total.
2. Campanha Nacional de Vacinação
Para conter o avanço da doença, o
governo intensificou a imunização com foco em crianças de até 1 ano e adultos
jovens. A preocupação do governo é com a queda da cobertura vacinal, que pode
aumentar o índice de mortalidade infantil. Para evitar a proliferação da
doença, a OMS recomenda a imunização de pelo menos 95% da população em todos os
municípios.
Como medida do aumento da cobertura
vacinal, o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Vacinação contra
Poliomielite e Sarampo, entre os dias 6 e 31 de agosto deste ano. Mesmo assim a
meta de 95% não foi alcançada e a campanha foi prorrogada até 14 de setembro.
Segundo balanço do MS, os estados de Amazonas e Roraima, permaneciam até meados
de agosto com o maior número de casos registrados de sarampo, e com a menor
cobertura.
Após o fim da Campanha, o MS divulgou
no dia 3 de outubro, o aumento da cobertura vacinal para sarampo (97,7%) e pólio
(97,9%). Mas os casos de sarampo ainda continuam a ser monitorados, pois o
Brasil ainda enfrenta surtos no Amazonas e Roraima, tendo ocorrido nove mortes
este ano, nesses dois estados.
3. Poliomielite
Quanto à pólio, ocorreu um aumento do
número de casos neste ano, de 30 em 2018, para 126, sendo 22 no Afeganistão e 104
no Paquistão.
Cada caso de pólio por infecção do
vírus selvagem, corresponde em média à infecção de 200 casos, assintomáticos,
pelo mesmo vírus. Isto é, o paciente é portador do vírus, mas não manifesta os
sintomas da doença, podendo, entretanto, transmiti-la. Daí os cuidados do Ministério
da Saúde em manter a cobertura vacinal recomendada pela OMS, de 95%, mesmo
estando o Brasil sem apresentar nenhum caso de pólio desde o ano de 1989.
É sempre bom lembrar que a importação
do vírus da pólio não precisa de passaporte e pode, rapidamente se espalhar
entre a população não imunizada. Embora o número de casos de pólio no mundo já
tenha decrescido 99%, desde 1985, o trabalho final, capitaneado pelo Rotary é o
mais difícil e necessita do empenho de todos. A campanha antipólio no Paquistão
foi alvo de grupos militantes, que atacaram e mataram trabalhadores da saúde.
4. Recursos
A arrancada final para acabar com a
paralisia infantil está exigindo muito mais recursos e envolvimento emocional.
Tecnologias inovadoras, como o uso de drones e a realidade virtual, têm o
potencial de atender a essas exigências.
Desde 1988, ano em que foi instituída
a Iniciativa Global para Erradicação da Pólio, foram investidos US$ 17 bilhões;
US$ 1,2 bilhão dos bolsos dos rotarianos, mais US$ 900 milhões da Fundação
Gates, via Rotary, somando 2,1 bilhões em nome do Rotary. O maior contribuinte
individual é a Fundação Gates, com US$ 3,6 bilhões, além da doação ao Rotary.
Depois vem o governo americano, com US$ 3,55 bilhões.
O Rotary e seus parceiros ajudaram a
imunizar mais de 2,5 bilhões de
crianças, em 122 países.
Não podemos desistir. A erradicação da
pólio continua a ser a meta número 1 da Fundação Rotária.
Um comentário:
Definitivamente, uma ação justa e verdadeira deve servir como entusiasmo (Deus no Coração) para ser perseguida via nossos talentos e determinação!
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