TRIBUTO A CHICO
O que está acontecendo no Brasil, de forma muito mais exacerbada, extremada mesmo, nesta era de divisão, de polarização entre “nós” e “eles”, é a radicalização de atitudes.
Hoje, em todos os níveis, há uma intolerância quase inadmissível há algumas décadas. De repente, opiniões políticas, posicionamentos ideológicos passaram a prevalecer acima de talentos, de valores individuais, físicos e espirituais.
Aos poucos, foi se implantando a divisão no seio das famílias, entre irmãos, parentes, amigos, nas profissões, nos clubes, nas confrarias.
As pessoas deixaram de valer pelo que são, pelo que representam, pelas atitudes, pela educação, civilidade, e passaram a ser julgadas pela matiz partidária.
Em suma, o que tem valor nos dias de hoje é o ego. superficial, vaidoso, aquela roupagem que vestimos ou que nos atribuem, aquilo que parecemos ser, em lugar do que realmente somos.
A nossa essência verdadeira, o nosso EU, superior, imortal e divino, que, segundo os versos do Mestre Paramahansa Yogananda, oculto, mora no "altar do pensamento, sentimento e vontade", essa essência imortal e divina, o que realmente somos, parece não ter significado nos dias de hoje.
Personalidades como Chico Buarque, Oscar Niemeyer, Dom Hélder e tantos outros, têm um valor intrínseco. Eles construíram uma parte importante do Brasil. Eles valem. pela essência, pelo que são e pelo que fizeram. A vestimenta ideológica pouco importa. Eles merecem todo o nosso respeito e consideração. A eles o nosso culto e veneração.
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