ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

OS PONTOS CRÍTICOS DO ROTARY



OS PONTOS CRÍTICOS DO ROTARY

Alberto Bittencourt
(Trecho de palestra e debate sobre o CENTRO DE ESTUDOS ROTÁRIO, apresentado na REPRESE dos clubes do Grande Recife, em 25 de outubro de 2011)








Companheiros.

Sinto que o Rotary de hoje possui quatro grandes pontos críticos. 

São eles os pontos que mais têm atraído as atenções, mais têm sido abordados e enfatizados pelos dirigentes rotários de todos os níveis. É onde o Rotary mais tem concentrando as suas ações. É com esses pontos críticos que o Rotary vem se preocupando nos últimos tempos. Eles são constantemente temas de conferências distritais, seminários, fóruns. 

Por que são pontos críticos? Porque mesmo com todo o esforço despendido, com todos os programas e recursos empregados, não se consegue eliminá-los, resolvê-los, nem mesmo abrandá-los. 

Eles são críticos, porque apesar de tudo o que se fez e se faz, eles continuam desafiadores, intangíveis. Na minha opinião, o Rotary de hoje depende da resolução desses quatro pontos críticos. 

Somente a você, rotariano e a ninguém mais, cabe a missão de levantar e identificar esses pontos críticos do Rotary, para estudá-los, compreendê-los e, finalmente, agir, no sentido de eliminá-los, para que o Rotary volte a crescer, livre, pujante, dinâmico, realizador, eficiente e eficaz.

São eles:

Primeiro Ponto Crítico:
Imagem Pública
(Transparência, visibilidade)

A Imagem Pública do Rotary precisa de brilho. Precisamos fazer com que as luzes da ribalta focalizem mais o Rotary, 

Um ponto crítico é, sem dúvida, a sua imagem pública. Apesar de toda uma mudança de concepção, na prática o esforço despendido não tem surtido o efeito esperado. O Rotary precisa aparecer mais. 

O que percebemos é que o Rotary tem uma visibilidade muito limitada aí fora. Tudo o que fazemos hoje em nossos clubes, todo o trabalho dos rotarianos, seja nas creches, nos centros de apoio a deficientes, nas comunidades, tem tido uma repercussão muito restrita, muito limitada, entre o público que nos observa. 

De maneira geral, os rotarianos se omitem na divulgação dos feitos de seus clubes. Eles não repassam à mídia qualquer tipo de matéria. Bastaria uma pequena lauda com fotos, em linguagem bem atrativa, com a descrição dos trabalhos e do envolvimento do Clube. 

Precisamos criar mecanismos em nossos clubes, envolvendo os associados neste trabalho importantíssimo para a transparência do Rotary, principalmente, porque esta é a melhor forma de atrair futuros companheiros para engrossar nossas fileiras. 

Nossos clubes falham neste quesito, apesar da prioridade que o Rotary vem dando à Imagem Pública, transformando-a em uma das mais importantes ênfases presidenciais de RI nos últimos anos. 

Segundo Ponto Crítico:
Inovação
(Mudança, flexibilidade)

James Hunt, autor do livro "O Monge e o Executivo" disse: "O cúmulo da insanidade é tentar obter resultados diferentes e continuar fazendo a mesma coisa, do mesmo jeito, sempre".

O segundo ponto crítico do Rotary, a meu ver, é a inovação, que hoje também é uma das ênfases presidenciais em 2011-2012, trazida pelo Presidente Kalyan Banerjee.

Inovação se consegue levando para nossos clubes a mudança de paradigmas e a quebra da rotina massacrante.

O Rotary nunca mudou tanto quanto nesses últimos quinze anos. Ele fez uma verdadeira revolução, em se tratando de inovação. 

Começou antes do ano 2000, criando o PLD (Plano de Liderança Distrital), o PLC (Plano de Liderança de Clube), e o Planejamento Estratégico. Somente estes três itens representaram uma enorme transformação em Rotary. Foram mecanismos muito úteis para barrar o marasmo e a acomodação que tomava conta dos clubes, que impedia o seu desenvolvimento. Seus resultados ainda não foram sentidos inteiramente, mas o principal benefício foram a sustentabilidade e a continuidade das ações, das metas e objetivos, que passaram a ser de curto, médio e longo prazo. 

Na Fundação Rotária, o Plano Visão de Futuro também representa uma tremenda transformação em seus programas, métodos e ações. 

O PLD, por si só, representou uma profunda mudança na estrutura dos distritos rotários, com a criação e estruturação das funções do Instrutor Distrital, dos Governadores Assistentes, dando uma ênfase especial aos Treinamentos, como PETS, GATS, Equipe Distrital, além dos Seminários de Capacitação, da Fundação Rotária, Imagem Pública e Desenvolvimento do Rotary.

Ainda há muito a melhorar como, por exemplo, a pouca profundidade na abordagem dos assuntos, devido à exiguidade do tempo disponível, pois os seminários são feitos concomitantemente no espaço de uma manhã. Apesar da repetição em várias cidades do Distrito, falta avaliar e divulgar os resultados desses treinamentos. Qual foi efetivamente o alcance das informações recebidas, que mudanças acarretaram e qual foi o resultado das ações daí advindas? 

Treinamento e capacitação são hoje fatores determinantes de sucesso.

O próprio PLC já sofreu mudanças em 2010, com a criação da Quinta Avenida de Serviços, dedicada às Novas Gerações, (Juventude), de suma importância para o futuro do Rotary. 

No Distrito 4.500, o meu clube, o RC do Recife-Boa Viagem fez parte de um Programa Piloto de Rotary chamado Inovação e Flexibilidade. Foram apenas duzentos clubes no mundo inteiro e somente dois no Brasil. O que um clube de Rotary pode fazer dentro deste programa Inovação e Flexibilidade? Ele pode virar pelo avesso coisas que sempre foram sagradas em Rotary, como o Estatuto do Clube, antes só alterado mediante proposta aprovada no Conselho de Legislação. Como clube piloto deste programa, o RC Recife-Boa Viagem poderia tentar novas experiências, buscar novos paradigmas, novas formas de se reunir e de agir, desde que, claro, fazendo os devidos relatórios. Infelizmente, a maioria de nossos companheiros detesta inovar, inventar qualquer coisa diferente, que os tire da zona de conforto, que os desafie e o programa não trouxe resultados que pudessem ser avaliados. 

Então, companheiros, uma das preocupações de RI é justamente a mudança para acompanhar as transformações da vida moderna.

Quando falamos em mudanças, nos referimos a transformações, não apenas a melhorias. A melhoria é como tornar um gato magro num gato gordo e bonito, mas ele continuará sendo sempre um gato. A transformação significa tornar o gato magro em um tigre, o que é radicalmente diferente. Essas transformações ainda precisam atingir a todos os clubes, com todos os associados trabalhando em conjunto, cada qual em sua comissão, fazendo com que as metas e objetivos sejam realmente alcançados e avaliados.

Terceiro Ponto Crítico:
Liderança
(Integração, participação)

O terceiro ponto crítico que eu vejo em Rotary é a formação de novos líderes. Nunca os clubes de Rotary foram tão carentes de lideranças. 

Se olharmos para nossos líderes, eles são, desde muito, aqueles de sempre, os mesmos. 

Nossos clubes precisam de líderes para mobilizar o quadro associativo. São esses líderes que integram os rotarianos dentro do clube, que fazem uns interagirem com os outros, que fazem com que todos participem e se envolvam nos programas, do clube e do Rotary. 

Assim, o Rotary depende dos líderes, precisa de lideres, são os líderes os responsáveis pelo dinamismo, pela pujança do clube e do Quadro Associativo.

Onde estão os novos líderes dos clubes? Eles deveriam estar presentes e alertas, incentivando e levando os companheiros para o caminho proposto pelo PLC, para que o clube cresça e alcance suas metas. 

Onde estão os novos líderes? Eles estão fazendo muita, muita falta mesmo, nos clubes, nos Distritos e até em Rotary International. 

Ouvi alguém dizer: mas são os próprios líderes que impedem o surgimento de novos, para não perder espaço. Não acredito, respondi. A verdadeira liderança é aquela que forma novos líderes para abraçar e seguir seus ideais. É assim no Rotary.

A formação de novos líderes começa em nossos clubes, com a convocação de companheiros para trabalhos e apresentações, para palestras e exposições. O que muito ajuda na preparação e divulgação destas novas lideranças são as reuniões conjuntas de dois ou mais clubes, os interclubes temáticos e o intercâmbio de rotarianos em reuniões plenárias e palestras em outros clubes.

Quarto Ponto Crítico:
Seriedade
(Comprometimento, ética)

E o último ponto crítico, na minha ótica, chama-se Seriedade. 

Quando eu digo seriedade, eu falo em Comprometimento e Ética, e quando falo em Ética, falo em Prova Quádrupla. 

Não é a totalidade, graças a Deus, mas podemos ter a certeza que para grande parte dos rotarianos, falta seriedade no compromisso rotário.

O que é seriedade? Seriedade é não ficar acomodado, não empurrar com a barriga as obrigações para com o grupo, nem os compromissos que, como rotariano assumiu. Hoje em dia é o que você vê a maioria dos associados fazer. ]

Quem não tem seriedade, quem não vê o Rotary com seriedade, não comparece às reuniões, não assume funções e quando as tem, não se empenha no trabalho, não faz jus ao distintivo, nem ao título de rotariano.

Conclusão

Esses Quatro Pontos Críticos aparecem nitidamente quando se faz uma análise a partir dos problemas que nossos clubes enfrentam. Eles precisam vencer e superar estes Quatro Pontos Críticos, para que nossa associação volte a crescer numericamente e possa produzir ações cada vez mais importantes para a humanidade.

Acredito que os CENTROS DE ESTUDOS ROTÁRIOS dos Distritos possam dar uma efetiva colaboração nesse sentido.

Precisamos fazer alguma coisa, começando dentro de nossa casa, para que, depois, fortalecidos e unidos como um FEIXE DE VARAS, possamos defender um BRASIL cada vez melhor, alegre e feliz.


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