O ROTARY DO SEGUNDO SÉCULO
Alberto Bittencourt
Quando me perguntam como será o Rotary do futuro, eu não hesito em
responder que o Rotary do segundo século de existência é o que nós estamos
construindo hoje. Ele se baseia em três palavras de ordem, três tarefas
principais que ocupam todos os momentos e energias do líder rotariano do
presente. São elas: visibilidade, integração e mobilização.
I) VISIBILIDADE
Seja a nossa primeira tarefa, a de dar visibilidade a todo o bem que o Rotary faz no mundo.
O presidente Glenn disse que o Rotary nada tem a esconder. Não tem
senhas nem códigos secretos. Tudo é claro e transparente, para ser
compartilhado com a humanidade.
O Rotary de hoje não se cala, nem fica quieto. O Rotary de hoje faz e
mostra o que faz. O Rotary de hoje prima pela visibilidade, para que todos saibam da existência de pessoas
irmanadas, de braços dados, integradas, ajudando a mudar este Brasil e a mudar
o mundo.
Para divulgar Rotary, podemos usar recursos de marketing, da mídia, o
que estiver ao nosso alcance para que todos o conheçam e aprendam a admirá-lo.
Devemos levar o nome do Rotary ao nosso ambiente de trabalho, às nossos
profissões, aos nossos círculos de amizades, à nossa casa, mostrar as ações, os
feitos, as realizações de nossos clubes.
É preciso dar visibilidade a
tudo o clube faz, mostrar para sociedade os seus trabalhos, divulgar para o
povo todo o bem que esse grupo de voluntários pratica. Só assim o Rotary Club
terá credibilidade, fazendo e mostrando o que faz. Não é a toa que o novo Plano
de Liderança de Clubes, recém instituído, preconiza a Comissão de Relações
Públicas como uma das comissões permanentes.
Visibilidade é primeira palavra de ordem neste
segundo século da existência do Rotary.
II) INTEGRAÇÃO
A segunda tarefa do rotariano é a integração.
Integrar
é desenvolver e motivar as pessoas. É ensinar ao novo companheiro, como ser um
autêntico rotariano, despertando-lhe a vocação de serviço. É transformar o
velho companheiro, já cansado e desestimulado, em autêntico homem de ação,
verdadeiro líder, reacendendo em seu coração a chama da amizade, da boa
vontade, da paz e compreensão.
É a integração da Família
Rotária na vida do clube. A Família Rotária integrada, unida como um FEIXE DE VARAS. As esposas ao lado dos
maridos nas sessões plenárias, os filhos, os parentes, os clubes de jovens,
Rotaract e Interact Clubs, os ex-integrantes do Intercâmbio de Jovens, os
ex-participantes dos programas da Fundação Rotária, os familiares de rotarianos
já falecidos, os amigos do Rotary, os "Rotarianos de Coração", tudo
isso faz parte da Família Rotária. Integrados,
unidos, trabalhando junto, freqüentando os clubes, as reuniões plenárias, dando
opiniões, palpites, sugerindo programas, não apenas em companheirismo mas em
todos os momentos de trabalho e de atividades do clube. O cônjuge pode
estimular, ajudar muito a levantar os clubes. O cônjuge muitas vezes é quem
puxa o rotariano cansado, acomodado, para vir a uma reunião plenária.
A integração, é a busca de
parcerias, no que se chama de mútua cooperação, porque um clube sozinho faz
muito menos do que a soma de vários clubes. São como brasas isoladas, são
limitados. Se nós unirmos essas brasas, podemos ter uma grande fogueira
resultante. Integração de um Rotary
Club com outro Rotary Club, integração
com outros clubes de serviços, integração
com empresas privadas, com órgãos públicos, autoridades municipais, secretarias
de governo, Polícia Militar, com entidades de classe, associações comerciais.
Integração é a
segunda palavra de ordem neste segundo século da existência do Rotary.
III) MOBILIZAÇÃO
A terceira tarefa do rotariano é a Mobilização
do Quadro Social, para atender ao chamamento do serviço. Mobilizar todos os sócios, a Família Rotária, esposas, filhos,
parentes, amigos, parceiros.
Mobilizar para o
trabalho, é fazer com que todos os rotarianos sejam cúmplices uns dos outros,
na busca dos ideais rotários.
Disse o ex-presidente de RI, Luís Vicente Giay: “cada clube é a soma de
seus membros, o reflexo de seus sócios, quanto mais eficientes formos, maior
eficiência terá o clube. Clubes de qualidade correspondem a homens dispostos,
devotados ao ideal de servir, consagrados à ação como produto de sua fé”.
O Rotary de hoje é um Rotary composto de pessoas que não são apenas
comprometidas. Ser comprometido só não é suficiente, ser comprometido não muda
a vida das pessoas, não muda o futuro de ninguém, não muda essa situação
crescente de sofrimento. É preciso que nós sejamos cúmplices uns dos outros.
Cúmplices das metas e sonhos do ideal rotário para que todos nós sejamos
envolvidos e responsáveis, verdadeiros militantes
rotários. Sim, posto que os idosos
desamparados, os enfermos desassistidos, as crianças deficientes, pobres, nas
ruas, as pessoas que não têm onde morar, as comunidades carentes, não precisam
de simpatizantes. É isso que nós
temos que ser, militantes rotários,
para mudar um pouco esse quadro de violência que permeia a sociedade, para
mudarmos o nosso Brasil. É com realizações concretas de nossos Rotary Clubs que
podemos elevar a imagem do Rotary ante tantos que nos rodeiam, em nossas
comunidades e no mundo. Mobilização
é a terceira palavra de ordem neste segundo século da existência do Rotary.
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