ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PARÁBOLA DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA


PARÁBOLA DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

(Baseada na fábula de Charles Péguy, escritor francês, 1873-1914)

 

Alberto Bittencourt

Uma vez um viajante, percorrendo uma estrada, deparou-se com uma obra em início de construção. Três pedreiros, com suas ferramentas, trabalhavam na fundação do que parecia ser um  importante projeto.

O viajante aproximou-se, curioso. Perguntou ao primeiro deles o que estava fazendo.

Estou quebrando pedras, não vê? Respondeu o pedreiro.  Expressava no semblante um misto de dor e sofrimento. Eu estou morrendo de trabalhar, isto aqui é um meio de morte, as minhas costas doem, minhas mãos estão esfoladas, eu não suporto mais este trabalho, concluiu.

Mal satisfeito, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e repetiu a pergunta .

Estou ganhando a vida, respondeu. Não posso reclamar, pois foi o emprego que  consegui. Estou conformado porque levo o pão de cada dia para minha família.

O viajante queria saber o que seria aquela construção. Perguntou então ao terceiro pedreiro: O que está você fazendo?

Este respondeu:  Estou construindo uma Catedral!

Três pedreiros, três respostas diferentes para o mesmo trabalho.  Cada um manifestou sua própria visão. 

Para o primeiro, o serviço significava dor e sofrimento. Um sacrifício que certamente tornava a ação muito mais penosa e lhe fazia mal.

O segundo pedreiro manifestou indiferença. Estava conformado mas não realizado. O trabalho nada lhe significava e ele só o fazia por obrigação.

Já o  terceiro pedreiro tinha a consciência da importância do que fazia. Desempenhava a função com orgulho e satisfação. Tinha o sentimento elevado de participar de uma grande realização, o que lhe dava muito mais força, energia, ânimo, felicidade.

O rotariano, como em tudo na vida, deve encarar sempre as ações, com o sentimento superior  do terceiro pedreiro, com a consciência de que é vetor da construção de um mundo melhor, mais justo, mais humano, de que trabalha para o bem do Brasil.

Em se tratando de  contribuições para a Fundação Rotária, é a mesma coisa. Ao se doar 10 ou 100 reais,   alguém com o sentimento do primeiro pedreiro, diria: Com esse dinheiro eu poderia estar jantando com a minha família, ou  fazendo tantas outras coisas. Ao invés disso, estou doando para a Fundação Rotária. Esta é uma visão que só vai causar angústia, frustração, mal estar.

Por sua vez, quem encarar como o segundo pedreiro, estará pensando: Vou dar logo o dinheiro. Dessa forma  não  preciso mais trabalhar e me livro disso.

Fazer qualquer tarefa, por menor significado que tenha, apenas para se ver livre, não constrói, não edifica, gera desânimo e em geral, acaba em desistência.

Porém, se você manifestar a visão do terceiro pedreiro, ao colaborar com a Fundação Rotária, você estará dizendo com devoção e orgulho: Eu estou construindo a Paz e a Compreensão Mundial!

É a visão maior de quem tem a verdadeira Conscientização Rotária, a consciência de estar participando de uma grande obra. Assim, seremos felizes e teremos a consciência de estarmos cumprindo a nossa parte.

 

 




 


 

 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ARCH KLUMPH: O HOMEM QUE NUNCA DESISTIU



ARCH KLUMPH:
O HOMEM QUE NUNCA DESISTIU
 

                                                                           Alberto Bittencourt
 

Arch Klumph, presidente do Rotary International, 1916-17, teve um sonho. Durante a Convenção do Rotary International de Atlanta, Georgia, EUA, em junho de 1917, propôs a criação de um Fundo de Dotações para receber doações e “fazer o bem no mundo”. Em 1928 esse Fundo transformou-se na Fundação Rotária.

A primeira doação, no valor de US$ 26,50, pelo  RC de Kansas City, foi recebida poucos após a convenção de Atlanta, Mas as doações continuaram tímidas. Arch Klumph, porém, nunca desistiu. Persistiu, continuou a sua divulgação, a peregrinar por todos os Rotary Clubs, a fazer palestras e mais palestras. Entretanto as doações não deslanchavam. Por trinta anos Arch Klumph garimpou apoio para a Fundação Rotária. Até que, em 1947, Paul Harris, antevendo o fim que se aproximava, pediu que todo o dinheiro das homenagens póstumas fosse canalizado para a Fundação Rotária. Foi o bastante. Com a sua morte, uma avalanche de doações, de 2,0 milhões de dólares, chegou aos cofres da Fundação Rotária.

A Fundação Rotária é fruto de um sonho. Começou como uma pequena semente, lançada por Arch Klumph.

No início, toda semente pode parecer igual à qualquer outra, marrom e seca, sem nenhum sinal aparente de Energia Vital. Arch Klumph a colocou na terra com confiança, certo de que no momento adequado ela começaria a crescer. Acreditou na planta que iria nascer daquela semente. Por trinta anos empregou sua palavra para implantar essas idéias e pensamentos na mente dos rotarianos. Jamais desistiu, pois tinha a certeza de que a semente iria crescer e prosperar.  

Arch Klumph podia não imaginar que a Fundação Rotária viesse a se tornar uma das maiores fundações do mundo. Podia nem pensar que um dia a Fundação Rotária   se lançaria na empreitada de erradicar a poliomielite da face da Terra. Mas certamente acreditou que a Fundação Rotária seria um instrumento essencial para o trabalho do Rotary International em prol das crianças deficientes, dos idosos desamparados, das comunidades excluídas.

Decorridos quase cem anos daquela convenção de Atlanta, todo o poder, toda a força, toda a energia que fez a planta nascer, crescer e se fortalecer, advém da absoluta confiança que os rotarianos do mundo inteiro depositam na Fundação Rotária, da seriedade e transparência de suas administrações e da credibilidade que ela conquistou na sociedade. E isso só aconteceu porque Arch Klumph jamais desistiu.

A campanha “Todos os Rotarianos, Todos os Anos” pede a todo rotariano que contribua anualmente com US$ 100 ou mais para a Fundação Rotária. Em muitos clubes isto não é possível. Em outros clubes porém, muitos rotarianos já excederam esta marca. Independente de condição financeira, todos podemos contribuir com algo para a Fundação Rotária. Este investimento valerá a pena. Os dividendos virão em forma de esperança, de futuro para as crianças, de diminuição da violência, da exploração, da miséria, de compreensão e paz entre todos os povos.

Não desistam, nunca, jamais. Contribuam, façam seus companheiros contribuírem para a Fundação Rotária. O sucesso do Rotary depende de uma Fundação Rotária forte. A Fundação Rotária depende de nós.

 

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